Autor Tópico: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto  (Lida 9111 vezes)

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Offline Adriano

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #50 Online: 23 de Maio de 2010, 21:10:22 »
Adriano, dê uma olhada na dosagem e posologia do lítio ou valproato que você toma, pois esse "confronto" de que você fala não existe*.

*Não estou confundindo patologias, pois a mania também pode cursar com delírio.
Tomo somente lítio. E já aconteceu delírios em crises que tive de mania. Mas não se aproveite da minha doença  :lol:

Confronto é no sentido popperiano, onde as idéias podem morrer e não as pessoas (na clássica comparação entre a ameba e Einstein). Assim o que confrontamos é as diferentes visões de mundo que temos, inclusive sobre Popper. Não tem nada de pessoal, sabe que é um forista que admiro e o considero como um bom amigo virtual.  :)



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Offline Moro

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #51 Online: 23 de Maio de 2010, 21:16:24 »
Pessoal, não se sintam obrigados a responder esse tipo de postagem. Deixem esses caras viajando sozinhos.

mas não entendi a do "cientista".. qual é a dele com o Popper?
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Barata Tenno

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #52 Online: 23 de Maio de 2010, 21:20:16 »
Eu acho que o Adriano tem a ilusão de ele tem a mesma capacidade argumentativa que o DDV, mas de lado oposto.
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Offline Moro

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #53 Online: 23 de Maio de 2010, 21:22:15 »
aí não é ilusão.. é delírio
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Offline Adriano

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #54 Online: 23 de Maio de 2010, 22:26:27 »
Tá com a bola toda em DDV  :ok:

Também quero relembrar o meu reconhecimento a competência argumentativa do DDV que fiz no tópico Qual o ateu que você mais admira:

O DDV é um ateu foda!

Apesar de pegar no meu pé ele manda muito bem nas suas análises econômicas, entende muito. Além disso defende o Popper e gosta do falsificacionismo.
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Offline Cientista

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #55 Online: 23 de Maio de 2010, 22:32:38 »
Pessoal, não se sintam obrigados a responder esse tipo de postagem. Deixem esses caras viajando sozinhos.

mas não entendi a do "cientista".. qual é a dele com o Popper?
Por favor, não me rogue pragas, rapaz! Eu não tenho absolutamente nada *com* o Popper. Quero distância dele.

Offline Adriano

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #56 Online: 24 de Maio de 2010, 11:57:41 »
Então, porque alguém, em sã consciência, perderia o precioso tempo de sua vida discutindo sobre o infante Karl Popper?
Sã consciência? Estou em surto psicótico  :duh:

O que o senhor anônimo, vulgo cientista, não sabe, é que o infante Popper foi também um grande crítico de Platão, assim como o seu "queridinho" Aristóteles:

Mais natural que "escolhê-la" deveria ser *concluí-la*. Qualquer um deveria concluí-la dessa forma. Por que todos não pensam como o menino do relato? Qual é o tipo de pensamento que eles têem para não chegar à mesma conclusão? Que tipo de pensamento é este que, desde antes de Aristóteles até Galileu, impediu "todos" de perceberem a realidade? Confusão interpretativa? É possível, realmente, que aceite-se isto como desculpa? Que confusão interpretativa tão poderosa seria essa, capaz de fazer seus "interpretadores" tão convictos da mesma ao ponto de jamais a questionarem e intentarem confirmá-la por experimentação, ao passo que a interpretação do menino, que apresentei, gerou, imediatamente, este ímpeto? Do menino, você duvidou. De Aristóteles, tenho certeza, você não duvidaria. Porque aquela "força" que você imaginou poder surgir (magicamente) da "união" de corpos, só a percebeu, por contraste, com a "hipótese" do menino e/ou com o conhecimento prévio de como, de fato, os corpos caem.
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Offline Cientista

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #57 Online: 25 de Maio de 2010, 01:08:42 »
Então, porque alguém, em sã consciência, perderia o precioso tempo de sua vida discutindo sobre o infante Karl Popper?
Sã consciência? Estou em surto psicótico  :duh:

O que o senhor anônimo, vulgo cientista, não sabe, é que o infante Popper foi também um grande crítico de Platão, assim como o seu "queridinho" Aristóteles:
E você bem que poderia oferecer-me o benefício de permanecer nesta ignorância. Um idiotissincrático louco que (por pensar magicamente) foi incapaz de perceber, imediatamente, a total, absoluta e inquestionável cietificidade da TE, teve a ousadia de passá-la pelo "escretínio" de sua brincadeirinha de "falsidade ideologico-intelectual", negando-a ridiculamente, só para depois (passando por mais um ridículo) ter que render-se à realidade dos fatos e, agora, fico sabendo que esse mu criticava gente que pensava como ele. Por que teria eu que ficar enchendo meu cérebro com registros sobre alguém tão inútil? Tem certeza de que ele não mudou de idéia a respeito disso também, pelo menos, umas três ou quatro vezes durante a vida?

Por favor, Adriano, é um conselho de amigo (que eu gostaria, sinceramente, de ser seu) que dou como se fosse um pedido. Não perca seu tempo com esse... (melhor nem escrever). Ele não tem nada a te oferecer.

Um indivíduo tão estulto ao ponto de negar a eficácia do *único* método científico, não tem nada a me dizer (a ninguém).

Offline Adriano

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #58 Online: 25 de Maio de 2010, 12:24:18 »
Amigo meu não fala mal de Popper  :beee:

Pode até dizer que estou errado e tentar me corrigir, mas tem que considera-lo  |(





 :P

Aristóteles me parece bom. Vou ter que estuda-lo mais para te entender melhor. Até chegar no verdadeiro método científico  :)
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Offline DDV

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #59 Online: 25 de Maio de 2010, 14:04:27 »
Recomendo ao Cientista que leia algum livro de introdução ao método científico. Uma ótima recomendação é esse: O que é o Método Científico, de Fernando Gewandznajder.

É meio difícil debater algo quando sequer o básico é conhecido pelo interlocutor.



Criticar alguém por já ter defendido idéias questionáveis ou estaparfúdias não é lá muito sábio, pois levaria de roldão mais de 90% dos grandes cientistas e filósofos. Isaac Newton era um carola religioso dos mais devotos. Kepler tinha um "pensamento mágico" nas alturas, e no meio de todo aquele bolo doido de metafísica louca conseguiu as leis do movimento planetário. Darwin defendeu um sistema de mutação induzida pelo ambiente (se eu não me engano) e racismo. Se continuarmos nessa, a lista vai ser longa...

Acreditar em coisas erradas é a coisa mais natural, é quase inevitável. Se eu olhar minhas idéias de 3 anos atrás com certeza encontrarei algumas coisas que atuaalmente considero erradas, e acredito que todos aqui encontrarão.

Problema sério teremos não no ato de ter acreditado em idéias errôneas, mas em persistir acreditando nelas mesmo após contato com evidências e demonstrações do contrário. A ciência avança eliminando (falseando)
teorias erradas.

Popper também já foi marxista em sua juventude (outro "pensamento mágico" pra conta dele), mas ele ficou famoso por ser um dos maiores defensores do pensamento liberal e da democracia em um dos seus livros mais famosos, onde ataca Platão e Marx, ambos teóricos de idéias anti-democráticas.

Por fim, não confunda contexto da descoberta (quem descobriu, onde, como e quando) com o contexto da justificação (as provas, evidências ou demonstrações da correção da descoberta em questão). São coisas separadas.

Não responda com textos prolixos e embromativos dizendo coisas sem sentido nenhum (como provavelmente vei fazer), pois não irei responder. Fiz essa postagem só para recomnendar o livro de introdução ao método científico e para fazer umas colocações básicas.
















 









« Última modificação: 25 de Maio de 2010, 14:06:53 por DDV »
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline DDV

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #60 Online: 25 de Maio de 2010, 14:06:09 »
Amigo meu não fala mal de Popper  :beee:


Tem que falar mal mesmo. Isso faz parte do processo de aperfeiçoamento das teses. Mas tem que falar com conhecimento de causa e algum embasamento lógico mínimo.
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Offline DDV

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #61 Online: 25 de Maio de 2010, 14:40:23 »
Pessoal, não se sintam obrigados a responder esse tipo de postagem. Deixem esses caras viajando sozinhos.

mas não entendi a do "cientista".. qual é a dele com o Popper?

Nesse período em que estive no ramo popperiano, tive uma idéia razoável de quais pessoas ou escolas de pensamento são anti-popperianas. Abaixo vai uma pequena lista:

1-Adeptos do indutivismo ("lógicas indutivas") e do neopositivismo (ou positivismo lógico).

2- Religiosos com inclinação escolástica*

3- Relativistas epistemológicos em geral (incluindo os "pós-modernos" e a "sociologia do conhecimento").

4- Defensores de teorias pseudocientíficas infalseáveis (criacionismo, psicanálise, etc).

5- Adeptos de filósofos que Popper esculachou (Platão, Hegel, Marx) ou menosprezou (Aristóteles).

6- Adeptos de filosofias anti-racionalismo ou irracionalistas (Nietzche, Kieerkegaard, etc)

Etc.

*Escolasticismo é a tendência em querer provar ou demonstrar coisas do mundo físico/factual (Ex: existência de Deus, eternidade do universo, etc) apenas com o raciocínio puro, sem recorrer a nenhum dado empírico. A última pá de cal no escolasticismo foi dada por Kant no seu livro Crítica da Razão Pura. Mas ainda hoje é possível encontrar escolásticos entre teólogos e em publicações voltadas para religiosos.

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Offline Adriano

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #62 Online: 26 de Maio de 2010, 03:46:43 »
Todos conhecem o laconismo cultivado pelos espartanos.

Toda vez que algum estrangeiro se pronunciava em Esparta pedindo ajuda, com discursos longos e floridos, eles se negavam, dizendo que não se lembravam do começo do discurso e não tinham entendido o final. O estrangeiro era obrigado a refazer o pedido com menos lero-lero. :)



Também admiro objetividade!
Imaginem o Adriano em Esparta.....
Este post do DDV não poderia ser pensando em outra coisa  :nao3:

Tudo o que ele queria é se sentir como os Espartanos, subjugando assim os pobres estrangeiros. Não perdeu a oportunidade de "ensinar" sobre Popper, através de "correções didáticas". Assim vem novamente com o seu discurso epistêmico tipo receita de bolo (descoberta x justificativa) para mostrar o seu espartanismo.

Cientificidade x magia ou Espartanismo x lero-lero são todos antagonismos criados individualmente para mostrar o que consideramos qualidades e defeitos no pensamento ou na discussão. Foi assim que busquei criar no outro tópico um antagonismo mais objetivo e próximo de nós, que é a produtividade forística e o trollismo.

O que entendo neste espartanismo não é um laconismo e sim uma representação da sua força bélica.
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Offline Barata Tenno

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #63 Online: 26 de Maio de 2010, 06:46:11 »
DDV, troca seu nick pra Leônidas..... E Adriano....
"THIS IS SPARTA!!!!!!" :D
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Offline Gordon Nerd

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #64 Online: 10 de Junho de 2010, 19:47:44 »
herodoto é muito interessante cara genial em uma epoca medieval sem tanta tecnologia
Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada.

Os homens inteligentes não podem ser bons maridos, pela simples razão de que não se casam.

Offline Derfel

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #65 Online: 10 de Junho de 2010, 21:47:13 »
Heródoto não era do período medieval, mas da antiguidade clássica

Offline _tiago

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #66 Online: 10 de Junho de 2010, 22:45:58 »
Aristóteles também era fenomenal sem tecnologia, Demócrito também...!

Offline Contini

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #67 Online: 10 de Junho de 2010, 22:56:06 »
Foi Heródoto que consruiu Cezareia? Putz, uma cidade que rivalizava com Roma na época!
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Offline Derfel

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #68 Online: 12 de Junho de 2010, 22:54:52 »
Caesarea foi construída por Herodes, O Grande. Heródoto era o historiador grego que, entre outras coisas, narra o episódio das Termópilas.

Offline Contini

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #69 Online: 13 de Junho de 2010, 09:23:40 »
Caesarea foi construída por Herodes, O Grande. Heródoto era o historiador grego que, entre outras coisas, narra o episódio das Termópilas.
Putz... confusão colossal!!! Foi mal ai, peguei o bonde andando e ainda falei besteira!  :vergonha:
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Offline Tupac

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #70 Online: 13 de Junho de 2010, 18:36:48 »
Caesarea foi construída por Herodes, O Grande. Heródoto era o historiador grego que, entre outras coisas, narra o episódio das Termópilas.
Putz... confusão colossal!!! Foi mal ai, peguei o bonde andando e ainda falei besteira!  :vergonha:

Crasso, é você? hauhauauah... Zueira Contini...
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Offline Contini

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Re: Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #71 Online: 13 de Junho de 2010, 21:42:07 »
Caesarea foi construída por Herodes, O Grande. Heródoto era o historiador grego que, entre outras coisas, narra o episódio das Termópilas.
Putz... confusão colossal!!! Foi mal ai, peguei o bonde andando e ainda falei besteira!  :vergonha:

Crasso, é você? hauhauauah... Zueira Contini...
Infame! Mas inteligente... eu ri.
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Offline DDV

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Re:Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #72 Online: 18 de Fevereiro de 2015, 20:10:05 »
Na falta de tópico mais apropriado, e para não criar outro apenas para isso, uso este para mostrar um trecho da História da Guerra do Peloponeso, escrito por Tucídides, que é muito interessante e chega a ser cômico, narrando as ações tomadas durante o cerco de Platéia pelos espartanos e seus aliados. Vale a pena ler.




"75. Após este apelo aos deuses ele iniciou as hostilidades. Como primeira medida os espartanos, usando árvores por eles cortadas, construíram uma paliçada em volta de Platéia, para impedir que alguém a deixasse; depois começaram a fazer um aterro em um ponto junto à muralha em frente à cidade, na esperança de que, com tropas tão numerosas trabalhando, este seria o meio mais rápido de conquistá-la. Cortaram madeira do monte Citéron e construíram uma estrutura paralela à muralha no lugar do aterro, dispondo as toras em forma de treliça, para elevar um paredão destinado a impedir que o aterro se espalhasse demais.

 Em seguida trouxeram e jogaram entre o paredão e a muralha madeira, pedras, terra e qualquer coisa que, posta lá, servisse para a obra. Durante setenta dias e noites trabalharam no aterro, divididos em turnos, de tal forma que enquanto uns carregavam materiais outros podiam dormir e alimentar-se. Os comandantes espartanos e seus auxiliares imediatos que chefiavam os contingentes das várias cidades aliadas cuidavam de mantê-los trabalhando.

Os plateus, vendo o aterro crescer, armaram uma estrutura de madeira e a colocaram no topo de sua muralha, defronte do aterro em construção; dentro da estrutura puseram tijolos trazidos de casas vizinhas; o madeiramento servia para manter os tijolos juntos, de forma a evitar o enfraquecimento da estrutura à medida que ela ganhasse altura; do lado de fora da estrutura estenderam couros de
animais para proteger os trabalhadores e a madeira contra flechas incendiárias. A estrutura crescia cada vez mais e o aterro fronteiro subia com velocidade não menor, e ao mesmo tempo os plateus imaginaram um novo expediente: fizeram uma abertura na parte inferior da muralha em contato com o aterro e começaram a tirar terra dele para o interior.

76. Os peloponésios perceberam essa ação e lançaram na brecha argila enrolada em esteiras, para não escorrer como a terra solta e perder-se. Os sitiados, frustrados com isso, abandonaram o plano, cavaram um túnel partindo da cidade e, quando acharam que estavam sob o aterro, começaram novamente a tirar terra e levá-la para o seu lado, desta vez por baixo; durante muito tempo trabalharam sem ser notados pelos de fora, que por isto pouco progrediam apesar do muito que amontoavam, pois o aterro, solapado por baixo,freqüentemente cedia, descendo para o espaço vazio.

 Masos plateus, temendo que mesmo assim não fossem capazes, por ser poucos, de fazer face a muitos, atinaram com nova tática: pararam de trabalhar na estrutura alta fronteira ao aterro e, partindo de dois pontos na base da muralha correspondentes aos dois extremos da estrutura, começaram a construir uma nova muralha em forma de crescente tangenciando a face interna da outra; com isto, se a muralha alta fosse tomada, a outra poderia permitir a continuação da resistência; o inimigo teria, então, de fazer outro aterro
para ultrapassar a nova muralha e, como teria de ir e vir até o interior junto ao crescente, seu trabalho seria redobrado e ficaria mais exposto a ataques de ambos os lados.

Os peloponésios, embora continuassem a trabalhar no aterro, trouxeram também engenhos de guerra para usar contra a cidade;
um foi levado até o topo do aterro e abalou grande parte da estrutura alta, aterrorizando os plateus, enquanto outros atacaram diferentes trechos da muralha; quanto a estes, os plateus, usando laços móveis, conseguiram imobilizá-los e puxá-los para cima. Suspenderam também grandes vigas por meio de longas correntes de ferro, presas em cada extremidade a dois postes fixos perpendicularmente à muralha; penduraram então as vigas paralelamente à muralha, suspensas sobre os arietes, e quando estes estavam prestes a atacar em qualquer parte, deixavam as vigas cair afrouxando as correntes e largando-as; assim as vigas tombavam com todo o seu peso e quebravam as cabeças dos arietes.

77. Diante disso os peloponésios, vendo que seus engenhos de guerra não estavam produzindo resultados e que a contramuralha estava crescendo na mesma proporção do aterro, concluíram que seria impraticável capturar a cidade com aqueles meios de ataque, e iniciaram os preparativos para a construção de uma muralha em volta dela com o objetivo de apertar o cerco. Antes, porém, de iniciar a nova obra, decidiram tentar o uso de fogo, na esperança de, com o vento a favor, poderem incendiar a cidade, que não era grande; na verdade, estavam pensando em todos os meios imagináveis para levar a cidade à rendição sem os ônus de um cerco prolongado. Prepararam,
então, feixes de lenha e os lançaram do aterro, primeiro no espaço entre a muralha e o aterro; depois, como o espaço logo ficou cheio (tão grande era a multidão que executava a tarefa), jogaram feixes até no interior da muralha, que podiam alcançar do alto do aterro, e finalmente lançaram fogo com enxofre e piche na lenha e a incendiaram. Logo se elevaram chamas mais altas que quaisquer outras provocadas por mãos humanas jamais vistas até aquele tempo (nas montanhas às vezes ocorre que, em conseqüência do atrito de galhos secos agitados pelo vento, uma floresta arde espontaneamente num incêndio devastador). No caso presente o incêndio foi enorme, e os plateus, depois de terem escapado a tantos perigos anteriores, quase foram exterminados por ele; de fato, em grande parte da cidade era impossível chegar perto do fogo e se, como desejava o inimigo, o vento estivesse soprando na direção da cidade, os pia teus não teriam escapado. De acordo com os relatos, todavia, sobreveio uma forte chuva com trovoadas e apagou as chamas, livrando-os assim do perigo.


78. Após o novo fracasso os peloponésios mandaram de volta a maior parte das tropas, deixando lá somente um contingente, e resolveram construir a muralha em volta da que já circundava a cidade, dividindo o trabalho entre as várias cidades participantes da expedição; havia um fosso entre o lado de dentro e o de fora, do qual tiravam a argila para os tijolos. Quando a muralha ficou completamente pronta, na parte do ano em que Arcturo aparecia" deixaram um destacamento para guardar metade da muralha (os
tebanos guardariam a outra metade) e retiraram as tropas restantes, que se dispersaram por suas respectivas cidades.

Os plateus haviam mandado anteriormente para Atenas seus filhos e suas mulheres, bem como os homens mais idosos e os inaptos a servir, e os homens que ficaram para suportar o cerco eram somente quatrocentos da própria Platéia e oitenta atenienses, além de cento e dez mulheres para preparar os alimentos. Era este o número total quando começou o cerco, e ninguém mais, além das pessoas mencionadas, estava no interior das muralhas, seja escravos, seja homens livres. Nestas condições se preparou o cerco de Platéia."




É interessante saber que enquanto Esparta e seus aliados faziam isso com Platéia, Atenas fazia o mesmo com outras cidades aliadas dos espartanos, as quais eles chegavam por mar, contornando e evitando o confronto terrestre direto com Esparta.



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Offline André Luiz

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Re:Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #73 Online: 20 de Fevereiro de 2015, 08:10:35 »
Aproveitando o gancho do tópico, é muito comum ao ler as historias dos grandes sábios e eruditos do mundo antigo e medieval que eles eram muito letrados, falavam varias linguás e viajavam muito.

Mas como isso era possível?

Até hoje com toda metodologia existente aprender inglês que é uma linguá fácil pra caramba, ainda é um saco.

Já li que Atila manjava de latim, grego, trocentos dialetos turcos e mongóis ou sei lá que Heródoto trocava ideia numa boa com os sármatas, mas com os frígios não porque ele foi só até o livro 2 do cursinho :hihi:

E quanto aos deslocamentos?

Tirando guerras, migrações e caravanas comerciais sempre foi dito que nestas épocas as pessoas nasciam e morriam na mesma vila, era raro alguém se deslocar mais de que 30 km.

Eu, se andar mais do que 10 quilômetros a pé sem ser assaltado, abduzido ou se perder já foi uma aventura épica, estou conquistando Troia usando um saleiro

Já o Ibn Battuta, Marco Polo e o Heródoto form acumulando milhas ou eram bons de papo para inventar historias

Offline Voltaire

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Re:Trechos interessantes das Histórias de Heródoto
« Resposta #74 Online: 01 de Maio de 2015, 11:25:31 »
 Comecei a ler e estou adorando. Eu acho interessante buscar as "fontes primárias" de nossa História.  :lol: Quero ainda ler História dos Doze Césares, se não me engano.

 

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