Autor Tópico: Estados Unidos da América  (Lida 30095 vezes)

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Offline _tiago

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #25 Online: 28 de Maio de 2010, 10:28:32 »
Reduzir as coisas a bonzinhos ou não é complicado, tomar como referência pra analisar qualquer imagem ou ato o conceito de imperialismo, costume até insistente, acho um tanto superficial... São interesses políticos e nem por isso são prejudiciais. Se fábricas estão sendo instaladas onde antes não havia nada, qual o problema? Não vejo nenhuma dignidade na miséria.
Lógico, pra alguém ganhar nem sempre alguém tem que perder, mas é o costume, por isso nenhuma política é 100%.

Offline CyberLizard

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #26 Online: 28 de Maio de 2010, 10:45:22 »
As fábricas não vão tirar da miséria os haitianos. Eles estão sendo empregados em atividades produtivas que gerarão riqueza que será exportada e ficará em sua maior parte com os donos das indústrias brasileiras. O salário de miséria que eles recebem, que é a parte da riqueza gerada que vai ficar no Haiti, não é grande coisa para movimentar a economia haitiana. Dá para pagar refeição diária e só. A troca de benefícios dá uma vantagem muito maior para o Brasil (e mais especificamente, para alguns empresários brasileiros mais próximos da política) do que para o Haiti.

Offline _tiago

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #27 Online: 28 de Maio de 2010, 11:01:23 »
Esqueça os interesses dos empresários, por que ter uma refeição quando antes não se tinha nenhuma é ruim? É a melhor política para o local? Talvez não. Dá pra se fazer melhor? Não sabemos!

Offline CyberLizard

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #28 Online: 28 de Maio de 2010, 11:21:20 »
Não é bem que antes não tinha nenhuma. O problema de desabastecimento de comida começa no Haiti com a política de Baby Doc de promover um êxido rural para promover uma industrialização. Para isso, várias pessoas foram desalojadas de suas propriedades rurais e também ocorreu um abate geral de animais de criação (principalmente porcos) feita pelo estado. Depois disso, começaram a se instalar indústrias no Haiti, a grande maioria de origem estrangeira, graças ao aumento da mão-de-obra que ficou cada vez mais barata.

O efeito da política de Baby Doc foi enfraquecer enormemente o setor primário da economia e fortalecer o secundário. Isso levou à um desabastecimento de alimentos. Em teoria, não seria um problema tão grande, vários países de primeiro mundo importam grande quantidade de alimentos e nem por isso é o fim do mundo. O problema é que como o Haiti não tem um desenvolvimento interno grande, e aliando isso à mão-de-obra baratíssima, o efeito disso foi atrair empresas estrangeiras que tem um lucro enorme produzindo artigos de exportação (e a maior parte do lucro também vai para fora do país) deixando no Haiti apenas a quantia referente ao salário de miséria de seus funcionários. Este salário acaba indo primariamente para o consumo de alimentos que... é insuficiente no país e muitas vezes precisa ser importado.

A maior preocupação do Brasil e dos EUA no Haiti é com suas indústrias e com isso eles acabam dando continuidade à política anterior. Isso é expresso por algumas medidas como a Lei Hope, que dá isenção fiscal para indústrias e produtos produzidos no Haiti. Até agora, os empregos gerados foram dez vezes menos do que o previsto pelos teóricos da Lei Hope, e mesmo com os benefícios dados aos empresários, estes fazem uma pressão enorme para barrar o aumento do salário mínimo no Haiti de U$2,00 para U$5,00. Diante de tudo isso, não tenho dúvidas que esta não é a melhor política para o país e de que dava para fazer muito melhor buscando desenvolver iniciativas locais e a economia local do Haiti.
« Última modificação: 28 de Maio de 2010, 11:23:48 por CyberLizard »

Offline _Juca_

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #29 Online: 28 de Maio de 2010, 11:26:58 »
As fábricas não vão tirar da miséria os haitianos. Eles estão sendo empregados em atividades produtivas que gerarão riqueza que será exportada e ficará em sua maior parte com os donos das indústrias brasileiras. O salário de miséria que eles recebem, que é a parte da riqueza gerada que vai ficar no Haiti, não é grande coisa para movimentar a economia haitiana. Dá para pagar refeição diária e só. A troca de benefícios dá uma vantagem muito maior para o Brasil (e mais especificamente, para alguns empresários brasileiros mais próximos da política) do que para o Haiti.

Investimentos diretos estrangeiros dão tanto retorno quanto divisas provenientes de exportações. Os empregos gerados por esses investimentos são a melhor ajuda que um país destroçado como o Haiti pode receber, não existe melhor forma de ajudar.

Offline Unknown

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #30 Online: 28 de Maio de 2010, 12:31:17 »
Até agora, os empregos gerados foram dez vezes menos do que o previsto pelos teóricos da Lei Hope, e mesmo com os benefícios dados aos empresários, estes fazem uma pressão enorme para barrar o aumento do salário mínimo no Haiti de U$2,00 para U$5,00. Diante de tudo isso, não tenho dúvidas que esta não é a melhor política para o país e de que dava para fazer muito melhor buscando desenvolver iniciativas locais e a economia local do Haiti.
US$5,00/mês ou US$5,00/dia?

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #31 Online: 28 de Maio de 2010, 14:33:39 »
Existem vários casos de abusos promovidos pelos Estados Unidos contra outros países ao longo do século. Mas acho válido lembrar que isso não é diferente de nenhuma outra grande potência que existia antes dos EUA. A Inglaterra antes dos Estados Unidos já havia cometido muitos abusos contra a Índia, China e África. E o próprio Brasil é visto como um país imperialista por muitas pessoas na América Latina.

Será que o envio de tropas brasileiras para o Haiti é tão diferente assim de tropas que os Estados Unidos mandam para outros países? Alguém aí acredita que a gente mandou tropas para o Haiti só porque somos bonzinhos? Estou sem meu laptop onde anotei alguns dados, mas existem algumas indústrias brasileiras que acabaram sendo instalaladas no Haiti, se beneficiando de uma mão-de-obra praticamente tão barata como a da China. Na imprensa regional e também em alguns artigos da imprensa internacional, também se encontram algumas denúncias de abusos  de soldados da MINUSTAH contra a população local. Nada muito diferente de ocupações feitas pelos EUA.

Não defendo os Estados Unidos, nem o Brasil, nem a Inglaterra de qualquer uma destas acusações. O imperialismo não é algo restrito à um único país. Assim como os EUA defendem o lucro de suas indústrias e empresas mundo afora, muitos outros países fazem a mesma coisa. A diferença é somente uma questão de escala. E não acho que um presidente, seja ele quem for, realmente tenha tanta força assim para mudar isso. Eu não acho que é impossível mudar isso, vejo tudo como conseqüência de desequilíbrio de forças, tanto na esfera internacional, que permite que um país subjulgue o outro, como na esfera regional que permite que os interesses de determinados indivíduos seja mais representado pelo estado do que o de outros. Acho que muitos dos problemas podem ser resolvidos atacando o desequilíbrio de forças.

Quase Cyber, quase

Minha única contribuição é a classificação de "imperialista" ou não. Você pode ter uma africa do sul tirando vantagem do Quenia, uma india sacaneando com cazaquistão, argentina com uruguay, casos onde o Brasil detona empresas americanas e belgas (IMBEV), mandando gente embora, cortando custos e benefícios.

Na verdade, uma relação assimétrica de poder pode gerar abusos se não há leis maduras e atuantes, e quando o caso envolve unidades soberanas como estados, a coisa fica um pouco mais complicada.

Resumindo... o que você chama de imperialismo é simplesmente uma atitude humana de usar a força que tem caso possa.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Moro

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #32 Online: 28 de Maio de 2010, 14:34:52 »
As fábricas não vão tirar da miséria os haitianos. Eles estão sendo empregados em atividades produtivas que gerarão riqueza que será exportada e ficará em sua maior parte com os donos das indústrias brasileiras. O salário de miséria que eles recebem, que é a parte da riqueza gerada que vai ficar no Haiti, não é grande coisa para movimentar a economia haitiana. Dá para pagar refeição diária e só. A troca de benefícios dá uma vantagem muito maior para o Brasil (e mais especificamente, para alguns empresários brasileiros mais próximos da política) do que para o Haiti.

Investimentos diretos estrangeiros dão tanto retorno quanto divisas provenientes de exportações. Os empregos gerados por esses investimentos são a melhor ajuda que um país destroçado como o Haiti pode receber, não existe melhor forma de ajudar.

concordo. É uma lenda esse blablabla citado pelo Cyber. Mas isso vale também para investimentos norte-americanos.
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Offline CyberLizard

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #33 Online: 28 de Maio de 2010, 15:01:34 »
Até agora, os empregos gerados foram dez vezes menos do que o previsto pelos teóricos da Lei Hope, e mesmo com os benefícios dados aos empresários, estes fazem uma pressão enorme para barrar o aumento do salário mínimo no Haiti de U$2,00 para U$5,00. Diante de tudo isso, não tenho dúvidas que esta não é a melhor política para o país e de que dava para fazer muito melhor buscando desenvolver iniciativas locais e a economia local do Haiti.
US$5,00/mês ou US$5,00/dia?

Oops! Era por dia, esqueci de escrever. Mas além disso, fiz alguns cálculos de conversão com valores incorretos. Seriam na verdade 6000 gourdes por mês. Na cotação atual, isso daria uns U$145,00 por mês. Mas este novo salário foi vetado apesar das manifestações sindicais (que foram bastante reprimidas).

O salário mínimo atual é de 3750 gourdes, o que dá uns U$90,00. Com cerca de U$3,00 por dia, dá só para comprar uma marmita no centro de Porto Príncipe. Para juntar dinheiro para outras coisas, o jeito é comprar marmita só de vez em quando e em boa parte das vezes comer nas favelas umas bolachinas de água, sal, açúcar e barro. Eu já conversei com alguns estudantes que estiveram lá no dia do terremoto.

Eu até poderia concordar que alguma quantidade de riqueza acabaria ficando no Haiti trazida pelas indústrias se os haitianos contratados recebêssem uma quantidade mais justa de salário e não fôssem tão explorados. Mas do jeito que estão as coisas, a tal ajuda não é algo que realmente auxilie as pessoas ou a economia.

Offline _tiago

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #34 Online: 29 de Maio de 2010, 13:32:13 »
O Cyber tem a idéia de que uma empresa instalado num país pobre funciona como sumidouro de riquezas, ele ainda acredita na dinâmica da colônia, por isso sua palavra favorita é imperialismo disso, daquilo...

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #35 Online: 29 de Maio de 2010, 13:56:56 »
O Cyber tem a idéia de que uma empresa instalado num país pobre funciona como sumidouro de riquezas, ele ainda acredita na dinâmica da colônia, por isso sua palavra favorita é imperialismo disso, daquilo...

Exato.  :)

A única coisa de diferente que uma empresa estrangeira faz (comparado a uma empresa nacional) é remeter ocasionalmente uma parte do lucro para ser gasto/investido fora do país (perdendo-se o efeito keynesiano correspondente a essa quantida remetida). Ora, o Haiti não me parece nenhuma potência cheia de empresários e dinheiro doidos para investir, de modo que tais investimentos concorram com os mesmos. Investimentos estrangeiros são TUDO o que o Haiti e QUALQUER país precisa.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline DDV

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #36 Online: 29 de Maio de 2010, 13:57:51 »
Pensando bem, só um louco rejeitaria ou acharia ruim receber investimentos só porque são estrangeiros. Seria quase como rasgar dinheiro.

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #37 Online: 29 de Maio de 2010, 14:01:41 »
Até agora, os empregos gerados foram dez vezes menos do que o previsto pelos teóricos da Lei Hope, e mesmo com os benefícios dados aos empresários, estes fazem uma pressão enorme para barrar o aumento do salário mínimo no Haiti de U$2,00 para U$5,00. Diante de tudo isso, não tenho dúvidas que esta não é a melhor política para o país e de que dava para fazer muito melhor buscando desenvolver iniciativas locais e a economia local do Haiti.
US$5,00/mês ou US$5,00/dia?

Oops! Era por dia, esqueci de escrever. Mas além disso, fiz alguns cálculos de conversão com valores incorretos. Seriam na verdade 6000 gourdes por mês. Na cotação atual, isso daria uns U$145,00 por mês. Mas este novo salário foi vetado apesar das manifestações sindicais (que foram bastante reprimidas).

O salário mínimo atual é de 3750 gourdes, o que dá uns U$90,00. Com cerca de U$3,00 por dia, dá só para comprar uma marmita no centro de Porto Príncipe. Para juntar dinheiro para outras coisas, o jeito é comprar marmita só de vez em quando e em boa parte das vezes comer nas favelas umas bolachinas de água, sal, açúcar e barro. Eu já conversei com alguns estudantes que estiveram lá no dia do terremoto.

Eu até poderia concordar que alguma quantidade de riqueza acabaria ficando no Haiti trazida pelas indústrias se os haitianos contratados recebêssem uma quantidade mais justa de salário e não fôssem tão explorados. Mas do jeito que estão as coisas, a tal ajuda não é algo que realmente auxilie as pessoas ou a economia.


Você fez uma descrição do Haiti com os investimentos e os empregos gerados pelos mesmos.

Faça agora uma descrição do Haiti ANTES desses empregos e salários já descritos, para compararmos.


Nota: 3 dólares (7 reais) compra só uma marmita no Haiti? Que comida cara da p**** é essa lá?! Ainda mais com a mão-de-obra agropecuária e dos cozinheiros barata como você alega?
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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #38 Online: 29 de Maio de 2010, 14:17:32 »
Até agora, os empregos gerados foram dez vezes menos do que o previsto pelos teóricos da Lei Hope, e mesmo com os benefícios dados aos empresários, estes fazem uma pressão enorme para barrar o aumento do salário mínimo no Haiti de U$2,00 para U$5,00. Diante de tudo isso, não tenho dúvidas que esta não é a melhor política para o país e de que dava para fazer muito melhor buscando desenvolver iniciativas locais e a economia local do Haiti.
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Oops! Era por dia, esqueci de escrever. Mas além disso, fiz alguns cálculos de conversão com valores incorretos. Seriam na verdade 6000 gourdes por mês. Na cotação atual, isso daria uns U$145,00 por mês. Mas este novo salário foi vetado apesar das manifestações sindicais (que foram bastante reprimidas).

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Eu até poderia concordar que alguma quantidade de riqueza acabaria ficando no Haiti trazida pelas indústrias se os haitianos contratados recebêssem uma quantidade mais justa de salário e não fôssem tão explorados. Mas do jeito que estão as coisas, a tal ajuda não é algo que realmente auxilie as pessoas ou a economia.


Você fez uma descrição do Haiti com os investimentos e os empregos gerados pelos mesmos.

Faça agora uma descrição do Haiti ANTES desses empregos e salários já descritos, para compararmos.


Nota: 3 dólares (7 reais) compra só uma marmita no Haiti? Que comida cara da p**** é essa lá?! Ainda mais com a mão-de-obra agropecuária e dos cozinheiros barata como você alega?

Não posso dizer com certeza, mas a agricultura por lá é rudimentar, sendo assim uma boa parte dos alimentos tem que ser importados...

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #39 Online: 29 de Maio de 2010, 14:23:23 »
O Haiti é um país completamente ferrado e semi-destruido por dentro. Ainda assim, não é de se estranhar que comunistas e esquerdistas radicais tratem dos problemas de lá como se fossem causados pelos investimentos estrangeiros que agora estão sendo feitos para a sorte dos haitianos.

O correto é olharmos o antes e depois dos investimentos estrangeiros, senão daqui a pouco alguém poderá dizer que o Haiti era um paraíso e os investimentos estrangeiros os reduziram à miséria atual.


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Offline calvino

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #40 Online: 29 de Maio de 2010, 14:28:06 »
dos EUA ao haiti
por isso eu amo o CC
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Offline DDV

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #41 Online: 29 de Maio de 2010, 14:34:02 »
Adriano, agora você deve entender o porquê da minha opinião forte sobre os patrulhadores de assuntos de tópicos.
 :)

E o pior que esses chatonildos parecem reclamar só depois que EU posto, mesmo quando o desvio de assunto ocorreu há muitas páginas. Parece até perseguição.  :biglol:

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Offline Adriano

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #42 Online: 29 de Maio de 2010, 14:46:40 »
Não acredito em nova superpotência. Considerando as novas configurações econômicas atuais, a época de uma superpotência hegemônica está findada. As superpotências emergentes mostram esse caminho.

Concordo, mas sempre haverá o "primo rico" na história, e esse sempre será mais invejado, criticado, copiado...
Então o primo rico da história será a China. E ela traz uma mostra de que o planejamento estratégico a longo prazo é uma boa alternativa, sem o problema de continuidade que ocorre com as eleições, ainda mais quando a questão é praticamente tecnica e a China tem investido muito nisso.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #43 Online: 29 de Maio de 2010, 14:53:01 »
Não acredito em nova superpotência. Considerando as novas configurações econômicas atuais, a época de uma superpotência hegemônica está findada. As superpotências emergentes mostram esse caminho.

Concordo, mas sempre haverá o "primo rico" na história, e esse sempre será mais invejado, criticado, copiado...
Então o primo rico da história será a China. E ela traz uma mostra de que o planejamento estratégico a longo prazo é uma boa alternativa, sem o problema de continuidade que ocorre com as eleições, ainda mais quando a questão é praticamente tecnica e a China tem investido muito nisso.

O primo rico continuará sendo os EUA ao longo desse século, mesmo que a China venha a ter um pib maior. Vai demorar mais de século, ou sequer vai haver um país que invista tantos recursos na área militar quanto eles.


Conte ainda que segundo o Golman Sachs a China, em 2050, terá um pib percapita 5 vezes menor que o dos EUA.

Offline calvino

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #44 Online: 29 de Maio de 2010, 14:59:06 »
Adriano, agora você deve entender o porquê da minha opinião forte sobre os patrulhadores de assuntos de tópicos.
 :)

E o pior que esses chatonildos parecem reclamar só depois que EU posto, mesmo quando o desvio de assunto ocorreu há muitas páginas. Parece até perseguição.  :biglol:




Eu falei no sentido literal e não como ironia...  |(
Me faz tão bem estar com pessoas de tanto conteúdo, que podem "navegar" nos "links" das informações com facilidade.
Queria ter pessoas assim à minha volta sempre. Mas a maioria é um bando de zé mané, infelizmente.
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Offline Adriano

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #45 Online: 29 de Maio de 2010, 14:59:18 »
Adriano, agora você deve entender o porquê da minha opinião forte sobre os patrulhadores de assuntos de tópicos.
 :)

E o pior que esses chatonildos parecem reclamar só depois que EU posto, mesmo quando o desvio de assunto ocorreu há muitas páginas. Parece até perseguição.  :biglol:


Falar dos EUA é como falar do universo. Não tem como não relacionar com outras infinitas áreas.

Gosto muito da filosofia americana e da maneira como ela se desenvolveu, incluindo a filosofia analítica e a da linguagem que tem um conteúdo histórico muito forte e que nescessita da contextualização dos Estados Unidos para uma melhor compreensão.

A discussão dos pensadores americanos sobre a matemática é épica.  :)
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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #46 Online: 29 de Maio de 2010, 15:01:34 »
Não acredito em nova superpotência. Considerando as novas configurações econômicas atuais, a época de uma superpotência hegemônica está findada. As superpotências emergentes mostram esse caminho.

Concordo, mas sempre haverá o "primo rico" na história, e esse sempre será mais invejado, criticado, copiado...
Então o primo rico da história será a China. E ela traz uma mostra de que o planejamento estratégico a longo prazo é uma boa alternativa, sem o problema de continuidade que ocorre com as eleições, ainda mais quando a questão é praticamente tecnica e a China tem investido muito nisso.

O primo rico continuará sendo os EUA ao longo desse século, mesmo que a China venha a ter um pib maior. Vai demorar mais de século, ou sequer vai haver um país que invista tantos recursos na área militar quanto eles.


Conte ainda que segundo o Golman Sachs a China, em 2050, terá um pib percapita 5 vezes menor que o dos EUA.
Eu ainda me questiono sobre o papel do militarismo num mundo onde a disputa econômica é preponderante.  :?
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #47 Online: 29 de Maio de 2010, 15:02:12 »
Conte ainda que segundo o Golman Sachs a China, em 2050, terá um pib percapita 5 vezes menor que o dos EUA.

Exatamente, a China produz muito mas é o país mais populoso do mundo.
A riqueza real deles deverá consistir na per capita que ainda vai demorar mmmuuiiitttooo para se tornar digna.
Postei por aí um tópico sobre funcionários de uma empresa da china se matando por causa do salário ridículo.
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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #48 Online: 29 de Maio de 2010, 15:05:48 »
Não acredito em nova superpotência. Considerando as novas configurações econômicas atuais, a época de uma superpotência hegemônica está findada. As superpotências emergentes mostram esse caminho.

Concordo, mas sempre haverá o "primo rico" na história, e esse sempre será mais invejado, criticado, copiado...
Então o primo rico da história será a China. E ela traz uma mostra de que o planejamento estratégico a longo prazo é uma boa alternativa, sem o problema de continuidade que ocorre com as eleições, ainda mais quando a questão é praticamente tecnica e a China tem investido muito nisso.

 :o
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Re: Estados Unidos da América
« Resposta #49 Online: 29 de Maio de 2010, 15:07:37 »
Adriano, agora você deve entender o porquê da minha opinião forte sobre os patrulhadores de assuntos de tópicos.
 :)

E o pior que esses chatonildos parecem reclamar só depois que EU posto, mesmo quando o desvio de assunto ocorreu há muitas páginas. Parece até perseguição.  :biglol:




Eu falei no sentido literal e não como ironia...  |(
Me faz tão bem estar com pessoas de tanto conteúdo, que podem "navegar" nos "links" das informações com facilidade.
Queria ter pessoas assim à minha volta sempre. Mas a maioria é um bando de zé mané, infelizmente.

É porque já ocorreu em uns 6 ou mais tópicos a reclamação de desvio de assunto aparecer justamente depois da minha postagem. É o trauma  :).
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