Não creio que os EUA estejam "indo para a m*". O que está acontecendo, penso eu, é uma perda de importância relativa. Salvo uma catástrofe, que provavelmente afetria também o resto do mundo, os EUA continuarão poderososo por muito tempo - só que será mais um país poderoso dentre muitos.
Não sei se poderoso entre muitos. Não vejo um país que possa ser considerado no mesmo nível de poder que EUA e China. Acho que será EUA e China, depois Japão e Alemanha e india, depois Fraça, Inglaterra, Koréia e aí um pelotão de Brasil, Mexico, Russia, etc..
Esse é o cenário que vejo para daqui dez anos.
Estou pensando em 30 anos +.
Quando se fala em poder militar, o que costuma vir à mente são porta-aviões, tanques, etc. Nesse aspecto os EUA são realmente imbatíveis. Porém uma guerra, como bem disse o general Giap, se desenrola também no front político. E é por isso que desde o fim da Segunda Guerra que os americanos só ganharam realmente, no sentido de ter atingido seus objetivos, uma (1) guerra: a Guerra do Golfo, em 1991 [1]. Os americanos ganharam todas as batalhas no Vietnã, mas perderam a guerra. Ganharam todas as batalhas na Guerra do Iraque, mas esta foi motivada por mentiras e se seu objetivo foi derrotar a Al Quaida (que, vale lembrar, nem era ativa por lá), acabou sendo uma derrota também.
O local mais provável para um conflito futuro seria no mar da China. E não é por menos que a China tem reforçado sua presença nessa região: está construindo porta-aviões, construindo (!) ilhas [2] para servirem de bases e modernizado sua força aérea [3]. E se tem uma coisa que a Guerra da Coréia deveria nos ensinar, é que não bastam armas modernas, mas é preciso também ter capacidade de absorver perdas - os japoneses sofreram com isso na Segunda Guerra por questões materiais (eram uma ditadura com recursos materiais limitados), e os americanos sofreram isso no Vietnã por questões políticas (uma democracia com recursos materiais praticamente ilimitados, mas combustível político limitado).
De Natal, eles desembarcaram na Normandia.
Ver
Operação Tocha. A base de Natal serviu para dar apoio logístico às operações do Norte da África.
[1] Pode-se argumentar também que a Guerra da Coréia foi uma vitória segundo esses critérios, mas na prática ficou mais como um empate.
[2]
http://www.wantchinatimes.com/news-subclass-cnt.aspx?cid=1101&MainCatID=11&id=20150131000124[3] Recentemente descobriu-se que desde 2007 os hackers chineses têm roubado projetos de jatos militares americanos. O
J-31, por exemplo, é uma cópia melhorada do "peru" F-35.