-O que impede os formadores do cartel de contratar seguranças particulares para impedir suas prisões?
Nada impede isso hoje.
Os cartéis de drogas e as mafias tem seus soldados hoje em dia.
Quando isso ocorre o que se vê é tiroteio entre policia e bandido, é assim hoje e seria assim em uma sociedade anarco-capitalista. A diferença é que em um sistema privado a policia tende a ser mais eficiente.
-O que ou quem vai estabelecer as leis a serem seguidas? Esta é outra função do estado (estabelecer leis e aplica-las) que eu não consigo visualizar uma forma de realizar sem a sua presença.
Se o governo tivesse o monopólio da venda de roupas também seria difícil saber como o mercado faria sem ele.
Mesmo hoje eu não saberia te explicar como funciona o mercado da moda, ele têm suas particularidades em cada localidade do brasil e do mundo.
O fato é que eu não preciso saber te explicar como funciona o mercado da moda, para saber que ele estaria melhor não sendo um monopólio estatal. Eu só preciso apontar os problemas de um mercado monopolista ofertando algo através do roubo.
O monopólio legal do estado converte crime em lei e lei em crime.
Sem esse monopólio isso fica mais difícil de acontecer, uma lei sempre pode ser contestada por outros grupos.
Seriam necessárias organizações com juristas para criar leis e uma reunião com diversos setores da sociedade para vota-las em um sistema democrático acessível. Provavelmente essas leis seriam mais regionais do que hoje em dia.
Concordo com a afirmação de que a livre-concorrência é principio básico e constitucional.
- Mas, quem ou o que vai garanti-la, se não for o Estado?
- Quem vai assegurar o cumprimento da constituição?
A policia e o sistema judiciário.
Não é preciso uma corporação monopolista para garantir isso, o mesmo serviço é melhor garantido por varias instituições não-monopolistas.
Agora eu pergunto, quem garante que o estado respeitar a constituição?
-Seria um grande problema se as fornecedoras de eletricidade combinassem preços e eu tivesse que escolher entre pagar um valor injusto ou ficar sem o fornecimento de energia elétrica.
-Ainda no exemplo das fornecedoras de energia, não é qualquer um que possui condições financeiras de construir uma usina elétrica ou comprar um gerador de eletricidade. Não adianta ter a liberdade para tomar uma iniciativa se não haver condições de leva-la adiante.
Ao menos assim temos opções.
O boicote é sempre uma opção, busque meios alternativos e fontes alternativas de energia, gás, carvão, o que seja.
Um pequeno empreendimento elétrico nem é assim tão difícil de por em pratica, chame os outros empresários que estão na mesma situação, unam forças e recursos e façam alguma coisa, incluindo abrir concorrência.
O que não dá é achar que o governo vai resolver esse problema melhor do que poderia ocorrer em um livre mercado.
Veja o exemplo do Brasil, quando ocorreu o apagão, fomos obrigados a tomar medidas para economizar energia e logo em seguida tivemos que engolir um aumento que levou o preço da energia aos céus.
Vai tentar abrir concorrência aqui no Brasil hoje pra ver a máfia que é o setor... e com o apoio do estado.
Por fim eu gostaria de lembrar que, governo não impedem carteis, os sindicatos usam dessa pratica e decretam preços de mão-de-obra e o fazem com a benção da lei estatal. Há casos onde o próprio governo faz parte de carteis, como os cartéis petrolíferos.
Sindicatos são empreendimentos monopolistas, não é possível abrir concorrência a eles, os governos vão contra a livre-concorrência quando proíbem a mão-de-obra estrangeira e o trabalho dos ambulantes, bem como quando criam regras protecionistas a determinados setores e quando dão subsídios.
São todas práticas do Estado, todas contrarias a livre-concorrência e só são possível graças ao monopólio da lei.
-As ações mencionadas acima não são inerentes à existência de um estado, elas podem ser tanto adotadas quanto não adotadas por um governo, portanto não há necessidade da extinção deste para que não ocorram.
O que você disse não faz sentido, é totalmente falso.
Sindicatos e federações existem amparados pela lei estatal, o sindicato é considerado direito humano pela ONU.
O governo em si é um monopólio, ou seja, uma instituição que via contra a livre concorrência.
Minhas opiniões sobre os assuntos abordados:
-Concordo que não deveria haver fixação de salários e que estados não deveriam financiar, participar e/ou permitir qualquer tipo de cartel (como no caso da OPEP).
Quem bom...
-Acho que sindicatos podem existir como forma de reivindicação dos trabalhadores, mas sem apoio do estado.
Sindicatos são monopolistas (vão contra a livre concorrência), decretam leis sobre assuntos privados e roubam o salário dos trabalhadores na fonte.
-Sou contra medidas protecionistas e à proibição de mão-de-obra estrangeira.
Quem bom...
-Não acho que se age contra a livre-concorrência quando se impede ambulantes de fazer uma algazarra em ambientes públicos ou quando suas mercadorias provém de furtos ou outras atividades ilícitas.
Nem todo ambulante é baderneiro ou vende produto pirateado/roubado.
Qualquer artesão que não tenha loja e venda seu artesanato feito a mão de porta em porta é um ambulante. Muitas vezes o governo não da licença pra essa gente vender em feiras de artesanato quando há vagas, para proteger outros que tenham produtos semelhantes já presentes na feira.