Agnóstico, não entendi nada do primeiro parágrafo que você escreveu e para mim isso é sinal de que você também não está me entendendo. Primeiro: eu disse várias vezes já que minhas considerações éticas dizem respeito a mim. Eu não estou dizendo que a mulher lá do texto do gavilan agiu errado, eu estou dizendo que funcionou para ela, que todo mundo ficou feliz naquela história, mas que isso não funcionaria para mim. Eu não terminaria feliz se eu agisse como ela. A minha visão de mundo é diferente, a minha psicologia é diferente, a forma como eu lido com meus sentimentos é diferente, então naturalmente eu vou agir diferente dela. Naturalmente eu vou agir diferente de você também.
Sobre as ações dos outros que nos afetam, ou as nossas que afetam eles, eu acredito que a mentira priva a outra pessoa de pesar o que é importante para ela e decidir por si mesma. Você está falando dessa história de preservar o casamento, pensar no bem estar dos filhos, etc., mas você está tomando essa decisão sozinho. Eu não me acho no direito de decidir sozinho por algo que não afeta somente a mim. Eu acho que se eu traí a minha esposa, eu devo contar a ela e deixar ela ponderar livremente se isso é perdoável ou não, se vale a pena continuar no casamento para preservar os filhos, etc. O importante é que isso seja decidido conjuntamente.