O preconceito contra os ateus não é normal. Mas é comum e do interesse dos que exploram a fé do povão. Aqui, na Paraíba, nós temos um programa policial - Cidade Em Ação - apresentado pelo Samuca Duarte, um evangélico que abusa dos mesmos artifícios utilizados pelo Datena. Ele intitula seu modus operandi de 'falar a língua do povo', 'aqui eu não tenho papas na língua', etc. e tals... A verdade é que este sujeito alcançou o 1º lugar da audiência com o sensacionalismo evangelista, dantesco e ululante que se utiliza...
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O Datena, apesar de maior visibilidade (aqui salvo às proporções). Ele é fraquinho perto do Samuca Duarte e de muitos que têm atuado noutras regiões. Arrisco-me a chutar que muitos dos meus caros colegas, poderiam citar um 'Samuca Duarte' de sua respectiva região. Não acho que seja o caso de concentrar todas as atenções no Datena. Lembro de uma entrevista que assisti do Paulo Miklos, do Titãs, em que ele falava sobre o efeito da crítica no meio midiático. É o *falem mal, mas falem de mim*. O importante e o que realmente vem a propulsionar os profissionais da supracitada área, é o mexer com o sentimentalismo público, independente que a reação seja de aprovo ou desaprovo. O ideal é a repercussão, e nesse ponto o Datena sairia vitorioso ao considerar a reação de ambas as partes. Então, o desprezo é a melhor medida a ser tomada. O melhor é ignorar sua pessoa.
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De algum modo, urgentemente. A comunidade ateísta precisa promover um alarde geral contra essa alienatividade e cobrar, dentro da legalidade e respaldado pelo que nos é legítimo, não só o direito à liberdade de crença. Mas, uma medida de conscientização em massa, que possa lenificar os danos já causados à imagem dos que não crêem em Deus. E o ideal seria fazer um apanhado destes contraventores, jogá-los todos no mesmo balaio, sem que se dê destaque algum a fulaninho ou sicraninho.
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Daí, sim, teríamos maior eficiência. Pois, caso contrário. Estaremos criando um ‘mártir’, e isso é deveras perigoso.