Análise bastante interessante, Mosca.
Mas o que você diz sobre o que deve se dar agora, em parte, já é feito. Ações já estão sendo tomadas a fim de garantir o "nosso direito à liberdade de crença", e mais do que isso, certos tipos de "propaganda ateísta" já tem circulado pelo mundo. Acontece que esse é um tópico que ainda irá perdurar bastante, e andará vagarosamente ainda por um bom tempo, simplesmente por querer bater na cara de anos e anos de construção cultural.
.
.
Sim sim, Johnny, eu estou ciente da militância ateísta e das dificuldades da contracultura. Só que, no caso em questão, minha crítica é à tática usada que, talvez eu possa até estar enganado. Mas duvido que surte algum efeito ao nosso favor. Penso que esteja mais para um 'tiro no pé'.
A "tática usada", como você chama, eu vejo sendo de bastante importância, embora seja apenas parte de um caminho muito longo e que ainda será percorrido muito vagarosamente.
E eu acho que é importante justamente por provocar o falatório e fazer as pessoas pensarem e tomarem lado sobre a questão. Pode realmente ter o lado do "tiro no pé", mas não acho que é o que vigora.
Penso que "a mobilização dos ateus" sobre o Datena se trata de um caso atípico e bastante pontual, mas faz parte do caminho para que tudo que nos é legítimo seja preservado e até amplificado.
.
.
Não é atípico e pontual, não. Já de muito tempo que o Datena afronta os ateus, moço. A Suelysofia, uma querida minha, ela envia emails em protesto à postura do Datena desde muito tempo...
O que chamei de atípico e pontual foi a "mobilização dos ateus sobre um dado opressor", não a atitude do Datena.
A diferença é que o Datena agora radicalizou. Só que emails e processos não resolvem nada. Processo só bota medo nos Zé Ninguéns da vida. Qual profissional comunicador você conhece, que tema processo?
Não conheço, embora
acredite que existam alguns.
Mas o objetivo não é causar temor, e sim provocar a discussão e mostrar gradualmente, além de outras coisas, que os ateus não comem criancinhas.
O Cajurú coleciona processos, e isso mais o qualificou. Dizem ser o seu charme. Ele só não vingou na grande mídia, porque era do tipo que cuspia até na face do patrão... Olha que, contudo, ele ainda é inegavelmente um comunicador bem sucedido.
Eu vi uma entrevista do Cajuru esses dias e ele não parecia alguém nos moldes do bem sucedido.
Inúmeras depressões, cegueira, demissões, processos, inimigos, pindaíba financeira, coleção de ex-mulheres vagabundas...
O alerta que dou não é nem às ações processuais. Mas, sim, para que não ajamos apaixonadamente.
E aí eu concordo com você!
Ao meu vê. Seria interessante contactarmos ateus do meio, como o Juca Kfouri, por exemplo. Tentar o direito à resposta, mais focado no preconceito do que no preconceituoso. Poderíamos juntar alguns vídeos de programas do gênero, de todas as regiões, e denunciar a prática do preconceito contra os ateus que ocorre livremente em todo país, sem que haja advertência sequer (caso minha intuição seja certeira, claro).
.
.
Mostraríamos por A + B que não se trata de um episódio isolado e que se faz necessário uma ação retrativa rigorosa, pra já! Assim feito, fortalecemos o(s) nosso(s) e enfraquecemo-lo(s).[/i]
Concordo novamente com você!
Isso que você sugere também é interessante e faz parte do caminho a ser seguido. Porém, não substitui as outras ações (como a do processo), assumindo que elas podem ser tomadas em conjunto.