Na verdade eu não estou tentando determinar se é isso ou aquilo. Como disse, são só teorias, não prova científica. Essas explicações que dou, por exemplo, sobre Deus e metafísica é a forma que eu encontrei de ter uma explicação satisfatória para a natureza. De forma que evitasse tanto a ignorância quanto o erro, pois estaria tanto me baseando em teorias e conceitos científicos quanto espíritas no caso, mas de forma que não seja ciência ou religião propriamente ditas. O que eu faço é só tentar unir os dois lados, de forma que os dois possam se explicar, sem para isso estar arraigado num ceticismo ou crença profundas. Na maior parte eu mais falo com base em dados do que inventar algo. A única coisa que criei mesmo foi o tipo de raciocínio, que me levou a esta filosofia.
Sim, eu me baseio tanto em dogmas científicos quanto espíritas, mas ainda assim estes dogmas me são questionáveis. Mas mesmo assim, para se criar uma teoria, ela deve se basear em conceitos elementares (e de certa forma acabei conseguindo unir conceitos materiais e "espirituais", pois é isso o que realmente importa na minha filosofia, é apenas este objetivo... e de criar uma moral em cima disso também).
Agora se estes conceitos elementares são verdadeiros ou não, já é outra história. Com relação às teorias, à medida que a ciência avance, essas teorias vão a acompanhando, de forma que não fiquem estagnadas no tempo. O espírita diz que tudo o que a ciência mostra o espiritismo já tinha revelado, porém eu penso o contrário. Eu acho que o espiritismo está meio atrasado com relação a certos conceitos em relação à ciência. Quer dizer, o espírita não está seguindo o conselho de Kardec, para que esta filosofia acompanhe a ciência. Existem os que acompanham a ciência. Já os tradicionais, como sempre, ficam atrasados. A minha filosofia é o espiritismo como acho que deveria ser, sem aquela religiosidade toda, e com uma filosofia um pouco diferenciada.
Com relação à ignorância e engano, eu não tolero bem a ignorância, ela não me satisfaz. Com relação ao engano... ora, até a ciência pode se enganar, quando teorias são refutadas por outras! O engano de certa forma é necessário para se haver o progresso, caso contrário a teoria ou dogma seriam indiscutíveis. Eu só não vou sair considerando todos os conceitos espiritualistas como engano do homem por causa da ciência.
Não, realmente não acho que ser ignorante é humilde. Assim como ser humilde também não é se vestir como pobre. A humildade é mais uma virtude, mas, no meu caso, é necessário haver ousadia, fazer uma tentativa. Pois sem ousadia também não há progresso, fica-se estagnado (sem isso não teria feito minha filosofia). Daí então há um equilíbrio entre ousadia e humildade, como estou fazendo. Não teria como eu ser 100% humilde, ninguém o é. Até mesmo Gandhi não era 100% humilde. Por fora talvez fosse, mas e por dentro?
O cético tem medo de errar. Isso não seria orgulho dele, de temer o erro? Eu mesmo tenho muito medo de errar, admito, mas, como disse, é necessário haver certa ousadia, senão nem há como filosofar. Portanto realmente não sou totalmente humilde, neste ponto. Mas ainda assim, mesmo com esta parcial falta de humildade, ainda evito de supervalorizar o meu lado emocional, ou então terei o risco de estar enganado. Prefiro a intuição, logo a razão seguida por esta intuição. E só por último o sentimento em função da razão. Sim, tanto a razão quanto a intuição às vezes podem nos levar ao erro, assim como o sentimento, mas para mim é mais seguro.
O sentimento está centrado em você mesmo. É por isso que eu não aceito algo só pelo sentir. No caso, a fé cega.
Em minha filosofia procuro não ter como objetivo o conforto emocional. Não gosto quando reduzem a espiritualidade ao estado emocional do homem. E por isso não me baseio em sentimentos. Sou um tanto emotivo (seria isso bipolar?), mas a minha filosofia não. Não importa o que eu sinto, pois a minha filosofia estará sempre indiferente ao que sinto, pois ela em si não se baseia em minhas carências. A minha filosofia é mais uma insatisfação minha em relação às filosofias mundanas, isso sim.
E não com base numa necessidade de se ter um deus que vá me resguerdar, até porque para mim Deus é um mecanismo inconsciente, não vai fazer nada por mim. Talvez nem saiba que existo, já que seria inconsciente! Ou seja, só isso já prova que não sou do tipo que fica usando a espiritualidade como bengala. Prefiro uma distração ou algo que me dê prazer. Eu não largo mão da reencarnação, mas mesmo assim tenho medo de reencarnar na Terra, pois me vejo incompatível com as sociedades existentes!
Penso que depois de desencarnar e, se eu acordar do outro lado, dependendo só de mim, não mais voltaria aqui na Terra, a não ser se for num futuro mais distante, daqui alguns séculos ou milênios. Por mim reencarnaria noutro planeta, cujas sociedades tenham um padrão mais a ver comigo. Ou seja, não é todo mundo que aceita a reencarnação a use como uma espécie de anestesia emocional. Há aqueles que a temem, mesmo que tenham convicção dela. É meio assim, eu temo a destruição da minha consciência, mas temo também voltar aqui na Terra e temo o desconhecido. Temo tudo, pois sou medroso mesmo. Mas não abdico da reencarnação, pois ela se encaixa na minha filosofia. Ou seja, estou sendo imparcial com minhas emoções, uma vez que faço questão de considerar algo que temo como real e que pelo medo deveria estar negando.
É assim... para mim o ateu é ignorante em relação à espiritualidade, ao que escapa deste universo. O místico é ignorante em ciência e é mais sentimental. Portanto, pensando desta forma, prefiro ficar mesmo no meio, e evito estes extremismos e fico no equilíbrio que conquistei. Porém sem levar em conta o sentimento ou a bíblia, por exemplo.
Para dizer a verdade, a minha filosofia estaria entre o espiritismo, deísmo e filosofia monista (o espiritismo é teísta, dualista, sentimentalista). Seria talvez o espiritismo que queria que fosse. É assim, de um extremo há o materialismo. Do outro o espiritualismo. Eu estaria no meio. É essa minha posição no momento (e um lema meu também), e estou criando uma obra sobre isso (que já tem mais de 500 páginas no formato A4). Faço correlação entre materialidade, espiritualidade, política, religião, extraterrestres, entre outras coisas, além de mim mesmo!
Mais um detalhe importante. Nesta mesma obra eu digo que não há filosofia perfeita, e que portanto não poderia estar sendo o dono da verdade, além de admitir que as minhas teorias contém lacunas e que precisam de aperfeiçoamento. Também incentivo o leitor a pensar sobre estas teorias e, se possível, aperfeiçoá-las. Estou criando um site (ainda em branco), para no dia em que esta for publicada, de eu ter uma chance de fazer o leitor participar do melhoramento desta filosofia, caso o leitor se interesse por ela. Ou seja, só com isso já não poderia ser o dono da verdade. Muito pelo contrário! Não são verdades que estão em minha obra, mas indagações em cima de mais indagações com base racional.