Autor Tópico: Um historiador e ex-ateu, agora espírita  (Lida 21635 vezes)

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Offline Rios

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #50 Online: 04 de Setembro de 2010, 17:14:12 »
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Não disse somente isso meu caro Rios, também você pode acrescentar ai que muitos espíritas também são assim ou foram, a diferença é que alguns deles procuram combater esses defeitos enquanto que outros alimentam.

você acha que estatisticamente os espíritas são melhores moralmente que os demais? sim ou não.


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São coisas assim que afastam muitas pessoas de serem espíritas, não conseguem ouvir nada que ja se sentem atacadas.

não, não. repita comigo:
"o que leva uma pessoa a se afastar do espíritismo é a total falta de evidências para tudo o que alegam, somada as incontáveis bobagens científicas que os espíritos superiores proferiram."
repita isso até entender.


Offline Geotecton

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #51 Online: 04 de Setembro de 2010, 17:18:51 »
os ex-espiritas do grupo chegaram a participar de sessões onde havia a "comunicação" propriamente dita? Qual o parecer sobre isso e qual o motivo mais relevante para abandonar ? o tópico da discussão é exatamente o contrário mas acho q pode ser discutido aqui tb....

My first post here. :|

Nunca fui espírita.

Dito isto. Seja bem vindo hjnf.
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Offline Micrômegas

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #52 Online: 04 de Setembro de 2010, 17:25:55 »
Reparem na evolução moral da humanidade e vão entender de fato que realmente existe uma seleção natural para o aperfeiçoamento moral do ser humano, e está cada vez mais em evidência. Tudo gira em torno da evolução moral humana, tudo mesmo, desde as guerras, catástrofes, meios de comunicação, evolução cientifica, tudo é para o fim moral da espécie humana.

O ser humano está sendo muito mais cobrado hoje do que nunca. Na grécia antiga por volta de 400-500 a.c por exemplo, os ensinamento éticos e morais eram dito de forma mais ponderada, além disso, somente um certo número de pessoas conseguiam seguir porque naquela época os defeitos morais do ser humano estavam enraizados na cultura. No tempo de Jesus era a mesma coisa, mas Jesus revelou muito mais conhecimento sobre a moral, ética e a justiça que antes, e teve que falar por parábolas para não ofender tanto as pessoas; E assim os ensinamentos morais foram evoluindo até os dias de hoje, de forma que a humanidade pudesse acompanhar sem enlouquecer, e de forma que as pessoas não se sentissem tão ofendidas e atacadas; porque enxergar os defeitos que temos não é fácil e é preciso muito tempo para isso,

Hoje sabemos muito mais dos defeitos morais que antes, e quanto mais sabemos mais descobrimos, e a medida que descobrimos percebemos que temos outros e outros e não existe um que não seja pior que outro. Hoje ja se combate defeitos que antigamente não tinha a menor importância, além disso a sociedade não está aceitando as coisas que antes aceitavam; futuramente não aceitarão as coisas que aceitamos hoje. Vejam o caso da menina que foi mutilada no Irã e a outra que foi condenada a morte por apedrejamento; são alguns exemplos. O mundo todo foi sacudido, todos os meios de comunicação ficaram horrorizados com essa barbaridade, isso é porque chegou o fim para essas coisas e a humanidade ja aprendeu o que tinha que aprender com isso - é hora de ir para a próxima etapa: outros casos análogos. O mesmo acontecia 100 anos atras e o mundo fechava os olhos. Claro que hoje tem meios de comunicação que faz com que todos participem dessa guerra contra os direitos humanos, mas isso faz parte da evolução moral do planeta.


É o que eu costumo dizer para alguns amigos: Se aprumem e tentem corrigir seus menores defeitos ou a seleção natural, moral, vai te pegar. Seja em um simples relacionamento ou em uma fila de banco, você será testado e obrigado a melhorar moralmente :D

estou falando sério, não estou brincando, ficam ai tentando achar algum preconceito em minhas palavras para me jogar aos "leões", mas pouco me importa, a verdade acima de tudo. muitos filósofos ja sabiam disso, que a humanidade so tem um caminho: o moral,  porque a única forma do ser humano conhecer a verdade e a verdadeira felicidade é transformando moralmente; não existe outro caminho.

Desafio qualquer um me mostrar outro caminho. :)
« Última modificação: 04 de Setembro de 2010, 18:02:52 por Micrômegas »
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"Toda filosofia aspira a difundir-se, a ser uma propaganda. Ter a mão cheia de verdades e conservá-la fechada é de espíritos tacanhos. O que seria, pois, uma verdade que não quisesse comunicar-se?"

Todas as vezes que um fato novo se revela no campo da Ciência, logo o averbam de apócrifo; depois, que é contrário à Religião; e, por fim, que há muito era sabido. Efetivamente, a verdade tem duas espécies de adversários: os cépticos do materialismo, e os céptico do dogma.

Offline Jorje Junqueira

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #53 Online: 04 de Setembro de 2010, 21:23:50 »
Olha este camarada Micrômegas no futuro vai se transformar num grande ex-espirita. Quero viver para vê-lo por aqui combatendo os religiosos alienados. Eu acho que o amigo Micrômegas anda a confundir ética com evolução espiritual. :no:

Offline _Juca_

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #54 Online: 04 de Setembro de 2010, 22:31:46 »

É o que eu costumo dizer para alguns amigos: Se aprumem e tentem corrigir seus menores defeitos ou a seleção natural, moral, vai te pegar. 


Explica, como essa evolução moral, vai atingir as pessoas, como ela vai me pegar, por exemplo se eu fizer alguma coisa moralmente errada? E quem define o que é moralmente certo?

Offline Gigaview

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #55 Online: 05 de Setembro de 2010, 03:24:53 »
Alguma coisa me diz que dentro em breve teremos a volta do sumido Leafar no comando de uma legião de amigos espirituais para defender o Micrômegas e suas recentes bobagens espiritóides. :histeria:

Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Gigaview

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #56 Online: 05 de Setembro de 2010, 03:33:01 »
Reparem na evolução moral da humanidade e vão entender de fato que realmente existe uma seleção natural para o aperfeiçoamento moral do ser humano, e está cada vez mais em evidência. Tudo gira em torno da evolução moral humana, tudo mesmo, desde as guerras, catástrofes, meios de comunicação, evolução cientifica, tudo é para o fim moral da espécie humana.

O ser humano está sendo muito mais cobrado hoje do que nunca. Na grécia antiga por volta de 400-500 a.c por exemplo, os ensinamento éticos e morais eram dito de forma mais ponderada, além disso, somente um certo número de pessoas conseguiam seguir porque naquela época os defeitos morais do ser humano estavam enraizados na cultura. No tempo de Jesus era a mesma coisa, mas Jesus revelou muito mais conhecimento sobre a moral, ética e a justiça que antes, e teve que falar por parábolas para não ofender tanto as pessoas; E assim os ensinamentos morais foram evoluindo até os dias de hoje, de forma que a humanidade pudesse acompanhar sem enlouquecer, e de forma que as pessoas não se sentissem tão ofendidas e atacadas; porque enxergar os defeitos que temos não é fácil e é preciso muito tempo para isso,

Hoje sabemos muito mais dos defeitos morais que antes, e quanto mais sabemos mais descobrimos, e a medida que descobrimos percebemos que temos outros e outros e não existe um que não seja pior que outro. Hoje ja se combate defeitos que antigamente não tinha a menor importância, além disso a sociedade não está aceitando as coisas que antes aceitavam; futuramente não aceitarão as coisas que aceitamos hoje. Vejam o caso da menina que foi mutilada no Irã e a outra que foi condenada a morte por apedrejamento; são alguns exemplos. O mundo todo foi sacudido, todos os meios de comunicação ficaram horrorizados com essa barbaridade, isso é porque chegou o fim para essas coisas e a humanidade ja aprendeu o que tinha que aprender com isso - é hora de ir para a próxima etapa: outros casos análogos. O mesmo acontecia 100 anos atras e o mundo fechava os olhos. Claro que hoje tem meios de comunicação que faz com que todos participem dessa guerra contra os direitos humanos, mas isso faz parte da evolução moral do planeta.


É o que eu costumo dizer para alguns amigos: Se aprumem e tentem corrigir seus menores defeitos ou a seleção natural, moral, vai te pegar. Seja em um simples relacionamento ou em uma fila de banco, você será testado e obrigado a melhorar moralmente :D

estou falando sério, não estou brincando, ficam ai tentando achar algum preconceito em minhas palavras para me jogar aos "leões", mas pouco me importa, a verdade acima de tudo. muitos filósofos ja sabiam disso, que a humanidade so tem um caminho: o moral,  porque a única forma do ser humano conhecer a verdade e a verdadeira felicidade é transformando moralmente; não existe outro caminho.

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Offline Lion

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #57 Online: 05 de Setembro de 2010, 09:18:47 »
Outro dia me irritei muito ao ler em http://migre.me/1arug , o Sr. Michelson Borges realmente acreditar que alguem se converter por medo de morrer ser algo positivo.  Me comove esta "bondade" dos "crentes"

Em um trecho do texto o cara diz o seguinte: 
Citar
“...me ocorre Epicuro com sua sabedoria irrefutável: nada é tão importante para a felicidade como a boa saúde.
Alguém poderia me dizer especificamente onde Epicuro disse isso? Se não me engano o próprio Epicuro não era lá muito saudável. 
Eu teria dúvidas que a frase não é de sua autoria se caso ele fosse saudável!   :)



Pq?  :|

Na verdade não importa se ele era saudável ou não, o lance que essa frase não parece se encaixar dentro da filosofia dele, por isso fiz a pergunta, mas talvez possa fazer sentido em um contexto específico.

Offline Lion

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #58 Online: 05 de Setembro de 2010, 09:38:02 »
Micrômegas,

A evolução moral da humanidade se deve ao fato dos chacras do planeta estarem vibrando com maior intensidade aqui em Minas fazendo com que as pessoas se tornem melhores.  Postei a notícia completa aqui: ../forum/topic=23131.new#new

Offline uiliníli

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #59 Online: 05 de Setembro de 2010, 13:42:26 »
Micrômegas, eu acho realmente cômico o orgulho que os espíritas têm de sua própria humildade :P
O que você deixou claro nos seus posts é o quanto você se considera superior. Os ex-espíritas é que não têm disciplina e empenho, eles não aguentam ouvir a verdade, estão "demasiado orgulho, egoista, demasiado apegado aos prazeres carnais, demasiado preso a bens materias", primeiro devem ir "se limpar", e depois buscarem o espiritismo. Eu sei que não foi sua intenção, mas o que você fez foi transbordar condescendência e arrogância de um tipo que é muito comum dentro do meio espírita.

Eu conheço esse discurso de "humildade" que vocês repetem feito um mantra, mas dentro da minha experiência eu considero isso uma hipocrisia sem tamanho. O espiritismo é uma religião que por princípio já hierarquiza as pessoas, divide todas entre "melhores" e "piores", ou dentro do jargão de vocês, mais "evoluídas" e menos "evoluídas". E apesar de dentro da DE a mediunidade não estar relacionada com uma maior evolução espiritual, no centro espírita que eu frequentava eu percebia como o status das pessoas que diziam ter algum grau de mediunidade era maior que o da plebe. Desde a evangelização infantil e mais ainda depois no grupo de jovens havia uma pressão social enorme para as pessoas relatarem experiências mediúnicas, e os que as relatassem eram prontamente recompensados com atenção, elogios e a admiração dos pares (lembre que estou falando de grupos de crianças e adolescentes, idades em que essa autoafirmação é muito importante)

Como eu falei no meu post anterior, eu tinha uma colega que toda semana chegava com uma experiência sobrenatural diferente para contar. Eu ficava assustado com as histórias dela na época, e geralmente eram assustadoras mesmo :P Ela falava de conversas com espíritos, de objetos voando, de materializações, do que você imaginar. Era uma charlatã? Não. Era uma criança. Era carente, ela queria chamar a atenção e não a culpo por isso. Eu acredito hoje que ela tinha um pequeno problema psicológico... mas que por causa do reforço positivo hoje pode ter virado um problema bem maior. Eu morria de ciúmes dela na época, afinal ela era a estrela do centro espírito, as "tias", como todos os meus colegas e eu mesmo, acreditavam nela; elas elogiavam sua mediunidade desenvolvida; todo mundo queria ser amigo dela; mais tarde, no grupo de jovens, ela sempre sentava num lugar especial e era convidada a dar suas opiniões...

Enfim, o que eu quero dizer com essa história é o seguinte: o centro espírita, pelo menos o que eu frequentava, era uma organização social que premiava os membros que reforçavam a mensagem que eles queriam passar. Nada de estranho nisso, toda organização social funciona assim, empresas, equipes esportivas, e até o Clube Cético, por que não? O que torna o espiritismo, aliás, qualquer religião, especial, é que ele pega pessoas numa idade sugestionável e prometem que elas vão ganhar um doce se virem um fantasma. As pessoas mais sugestionáveis ainda entre elas vão começar a ver fantasmas por aí, não por maldade, não por serem pessoas ruins, mas porque essas pessoas realmente querem ver um fantasma, porque elas estão num ambiente onde todo mundo acredita em fantasmas e os considera uma das coisa mais interessantes do mundo e porque ver fantasmas ainda dá prestígio.

Aí o que acontece é a experiência que eu citei no outro post: as pessoas começam a confundir vultos e barulhos estranhos com fantasmas; começam a conversar com amigos invisíveis e se sugestionam que são espíritos... enfim, eu mesmo já senti isso na pele! Já me convenci que tinha experimentado fenômenos mediúnicos que na verdade, olhando em perspectiva, eram completamente triviais. Mas na época, inconscientemente aquilo me fazia sentir importante e especial. E assim nasce a fábrica de autossugestão que mantém o espiritismo, acredito que poucos sejam os charlatães mal intencionados dentro da doutrina, mas as pessoas bem intencionadas são mais do que suficiente para enganarem a si mesmas e aos outros. Apesar do discurso de humildade, o orgulho é o motor que põe o espiritismo para girar. Para mim essa é uma explicação muito mais convincente para os fenômenos espirituais do que supor que exista todo um mundo invisível por aí.

Offline uiliníli

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #60 Online: 05 de Setembro de 2010, 14:05:40 »
Reparem na evolução moral da humanidade e vão entender de fato que realmente existe uma seleção natural para o aperfeiçoamento moral do ser humano, e está cada vez mais em evidência. Tudo gira em torno da evolução moral humana, tudo mesmo, desde as guerras, catástrofes, meios de comunicação, evolução cientifica, tudo é para o fim moral da espécie humana.

O ser humano está sendo muito mais cobrado hoje do que nunca. Na grécia antiga por volta de 400-500 a.c por exemplo, os ensinamento éticos e morais eram dito de forma mais ponderada, além disso, somente um certo número de pessoas conseguiam seguir porque naquela época os defeitos morais do ser humano estavam enraizados na cultura. No tempo de Jesus era a mesma coisa, mas Jesus revelou muito mais conhecimento sobre a moral, ética e a justiça que antes, e teve que falar por parábolas para não ofender tanto as pessoas; E assim os ensinamentos morais foram evoluindo até os dias de hoje, de forma que a humanidade pudesse acompanhar sem enlouquecer, e de forma que as pessoas não se sentissem tão ofendidas e atacadas; porque enxergar os defeitos que temos não é fácil e é preciso muito tempo para isso,

Hoje sabemos muito mais dos defeitos morais que antes, e quanto mais sabemos mais descobrimos, e a medida que descobrimos percebemos que temos outros e outros e não existe um que não seja pior que outro. Hoje ja se combate defeitos que antigamente não tinha a menor importância, além disso a sociedade não está aceitando as coisas que antes aceitavam; futuramente não aceitarão as coisas que aceitamos hoje. Vejam o caso da menina que foi mutilada no Irã e a outra que foi condenada a morte por apedrejamento; são alguns exemplos. O mundo todo foi sacudido, todos os meios de comunicação ficaram horrorizados com essa barbaridade, isso é porque chegou o fim para essas coisas e a humanidade ja aprendeu o que tinha que aprender com isso - é hora de ir para a próxima etapa: outros casos análogos. O mesmo acontecia 100 anos atras e o mundo fechava os olhos. Claro que hoje tem meios de comunicação que faz com que todos participem dessa guerra contra os direitos humanos, mas isso faz parte da evolução moral do planeta.


É o que eu costumo dizer para alguns amigos: Se aprumem e tentem corrigir seus menores defeitos ou a seleção natural, moral, vai te pegar. Seja em um simples relacionamento ou em uma fila de banco, você será testado e obrigado a melhorar moralmente :D

estou falando sério, não estou brincando, ficam ai tentando achar algum preconceito em minhas palavras para me jogar aos "leões", mas pouco me importa, a verdade acima de tudo. muitos filósofos ja sabiam disso, que a humanidade so tem um caminho: o moral,  porque a única forma do ser humano conhecer a verdade e a verdadeira felicidade é transformando moralmente; não existe outro caminho.

Desafio qualquer um me mostrar outro caminho. :)

Há controvérsisas sobre essa suposta "evolução moral" da humanidade. O século XX viu mais genocídios, guerras crimes contra a humanidade do que qualquer outro. Foi o século de Auschwitz e da bomba atômica.

Isso dito, assumindo que exista realmente uma "evolução moral" da humanidade, você reparou que ela está dividida geograficamente? No Irã ainda se apedreja adúlteras, no norte da África se mutila o clitóris das mulheres, em Papua Nova Guiné ainda há tribos que praticam antropofagia, em grande parte do mundo as mulheres têm menos direitos que os homens, na Índia há toda uma casta de pessoas "intocáveis" que sofrem discriminações ultrajantes... Os lugares em que, do meu ponto de vista, se observa uma humanidade "mais moral", mais civilizada, são as democracias ocidentais, sobretudo no norte da Europa e no Japão, uma democracia ocidental honorária. E mesmo assim esses dois pontos tiveram participação direta em alguns dos momentos mais horrorosos do nosso século e mesmo hoje ainda têm graves defeitos. Então eu pergunto: será que os espíritos mais evoluídos escolhem reencarnar em países democráticos? Ou são os países democráticos que propiciam essa "evolução moral"? E será que isso não pode ser explicado pela evolução das ideias e da cultura? Nas democracias existe o princípio da igualdade jurídica, da presunção de inocência, do sufrágio universal, dos direitos humanos... Tudo isso ajuda a coibir abusos de poder. Provavelmente a única entidade que precisaria ter reencarnado e evoluído ao longo da história para garantir uma sociedade melhor é o Estado.

Offline Micrômegas

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #61 Online: 05 de Setembro de 2010, 22:22:53 »
Eu entendo  que vocês interpretaram meus posts dessa forma errônea;  isso, talvez, por conveniência, porque aqui nesse forum a verdade deve ficar de lado, enquanto que "refutar" e tentar jogar o forista (que não participa da mesma opnião) contra quem ler, é o que parece ser o principal.

Se prestarem atenção em meus posts notariam (ou notaram) que eu  generalizo, falo sempre do ser humano, não de grupos em particular. Todos os meus posts é referente à moral humana em geral. Nem precisava está aqui explicando isso por que sei que estão procurando chifre em cabeça de cavalo para me jogar aos leões; e quanto mais eu me explicar mais vocês encontrarão.

Se caso alguém se sentiu ofendido, peço desculpas; mas peço também que releiam meus posts com mais atenção.
Outra coisa é que vocês falam trocentas vezes pior, e quando a gente fala de uma forma generalizada são os primeiros a se dizerem ofendidos. Estranho isso, não?

uiliníli
Falar que eu me acho "superior" foi de mais.  :) Depois eu leio seus posts pq so vi as primeiras duas linhas.


PS: Os tempos não mudam mesmo.. estava lendo uma biografia de Voltaire esses dias e ele so faltou fugir para a lua porque falava como eu estou falando  :P
« Última modificação: 05 de Setembro de 2010, 22:37:27 por Micrômegas »
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"Toda filosofia aspira a difundir-se, a ser uma propaganda. Ter a mão cheia de verdades e conservá-la fechada é de espíritos tacanhos. O que seria, pois, uma verdade que não quisesse comunicar-se?"

Todas as vezes que um fato novo se revela no campo da Ciência, logo o averbam de apócrifo; depois, que é contrário à Religião; e, por fim, que há muito era sabido. Efetivamente, a verdade tem duas espécies de adversários: os cépticos do materialismo, e os céptico do dogma.

Offline Rios

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #62 Online: 06 de Setembro de 2010, 09:20:52 »
Micromegas, sem enrolar:

1- você acha que os espíritas são pessoas melhores (moralmente) que os demais?

2- você acha que é possível alguem abandonar o espiritismo com base unicamente na lógica e no raciocínio?

Offline Correio

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #63 Online: 06 de Setembro de 2010, 12:36:26 »
Citação de: uiliníli
Eu conheço esse discurso de "humildade" que vocês repetem feito um mantra, mas dentro da minha experiência eu considero isso uma hipocrisia sem tamanho. O espiritismo é uma religião que por princípio já hierarquiza as pessoas, divide todas entre "melhores" e "piores", ou dentro do jargão de vocês, mais "evoluídas" e menos "evoluídas".

Caro Senhor, há muita confusão quanto a respeito sobre espíritas e espiritismo.
A DE prega a humildade sim! Humildade do qual o ser humano terá que aprender e não simular. A vaidade de muitos é causa de tantos tropeços. Como espírita e principalmente cristão que me julgo ser, não procuro nenhum lugar de destaque e desconfio de todo e qualquer “médium”, mesmo o mais bambambam. Não é difícil notar a vaidade em muitos e também há inúmeros casos de quem não tem o menor tino pra coisa mas se força a convecer-se e aos demais de seu “dom”. Mas, note, o problema está relacionado a pessoas e não à doutrina em sí.

Reflita sobre o que o Senhor escreveu:
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Ela falava de conversas com espíritos, de objetos voando, de materializações, do que você imaginar. Era uma charlatã? Não. Era uma criança. Era carente, ela queria chamar a atenção e não a culpo por isso. Eu acredito hoje que ela tinha um pequeno problema psicológico... mas que por causa do reforço positivo hoje pode ter virado um problema bem maior. Eu morria de ciúmes dela na época, afinal ela era a estrela do centro espírito, as "tias", como todos os meus colegas e eu mesmo, acreditavam nela; elas elogiavam sua mediunidade desenvolvida; todo mundo queria ser amigo dela; mais tarde, no grupo de jovens, ela sempre sentava num lugar especial e era convidada a dar suas opiniões...

Não há nenhuma referência em qualquer livro doutrinário sobre está pratica acima mencionada. Ciúmes? Puxa-saquismo? Lugar de destaque? Não meu caro Senhor, HUMILDADE! Solidariedade e com muito mais destaque nas práticas do bem para com o próximo, independente da sua cor, credo, idade......e não, espíritas não são melhores a ninguém e se falam mais desta lengalenga de moral, tal como citei a pouco, fica por conta dos ensimantos que são passados e não para se destacar entre os demais irmãos deste planeta. :|
Quando se tem pouco, pouco se tem a perder.

Offline uiliníli

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #64 Online: 06 de Setembro de 2010, 14:08:47 »
Caro Senhor, há muita confusão quanto a respeito sobre espíritas e espiritismo.
A DE prega a humildade sim! Humildade do qual o ser humano terá que aprender e não simular. A vaidade de muitos é causa de tantos tropeços. Como espírita e principalmente cristão que me julgo ser, não procuro nenhum lugar de destaque e desconfio de todo e qualquer “médium”, mesmo o mais bambambam. Não é difícil notar a vaidade em muitos e também há inúmeros casos de quem não tem o menor tino pra coisa mas se força a convecer-se e aos demais de seu “dom”. Mas, note, o problema está relacionado a pessoas e não à doutrina em sí.

De fato, estou falando de pessoas. A doutrina não prega explicitamente o orgulho, muito pelo contrário, mas ironicamente ela favorece que ele floresça, pois, como eu disse, o espiritismo hierarquiza as pessoas.

Citar
Reflita sobre o que o Senhor escreveu:
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Ela falava de conversas com espíritos, de objetos voando, de materializações, do que você imaginar. Era uma charlatã? Não. Era uma criança. Era carente, ela queria chamar a atenção e não a culpo por isso. Eu acredito hoje que ela tinha um pequeno problema psicológico... mas que por causa do reforço positivo hoje pode ter virado um problema bem maior. Eu morria de ciúmes dela na época, afinal ela era a estrela do centro espírito, as "tias", como todos os meus colegas e eu mesmo, acreditavam nela; elas elogiavam sua mediunidade desenvolvida; todo mundo queria ser amigo dela; mais tarde, no grupo de jovens, ela sempre sentava num lugar especial e era convidada a dar suas opiniões...

Não há nenhuma referência em qualquer livro doutrinário sobre está pratica acima mencionada. Ciúmes? Puxa-saquismo? Lugar de destaque? Não meu caro Senhor, HUMILDADE! Solidariedade e com muito mais destaque nas práticas do bem para com o próximo, independente da sua cor, credo, idade......e não, espíritas não são melhores a ninguém e se falam mais desta lengalenga de moral, tal como citei a pouco, fica por conta dos ensimantos que são passados e não para se destacar entre os demais irmãos deste planeta. :|


Correio, sobre quê eu estava falando no trecho que você citou? Eu estava falando sobre livros? Não. Sobre doutrina? Também não. Sobre ensinamentos morais? Nidem. Eu estava falando sobre o centro espírita como uma organização social. Eu estava discutindo sobre o como a sociedade espírita premia os seus membros que dizem ter experiências mediúnicas desde muito cedo, sobre como crianças e adolescentes sugestionáveis e com necessidades de autoafirmação e reconhecimento dentro de um grupo (orgulho) podem ser influenciados a acreditar e relatar experiências mediúnicas fajutas. É disso que estou falando, se você quiser discutir o que eu falei, estou à sua disposição, mas eu não vou discutir o que eu não falei.

Offline Micrômegas

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #65 Online: 06 de Setembro de 2010, 17:58:10 »
Micromegas, sem enrolar:
Sim, Sr.
1- você acha que os espíritas são pessoas melhores (moralmente) que os demais?
É preciso convir, meu caro, que o homem não é senão vicissitudes. Aquele que procura melhor combater o maior número delas são os mais felizes e ditosos; porque sabem suportar melhor a infelicidade.

É impossível um homem reunir as condições necessárias à felicidade, ou serem melhores moralmente, da mesma maneira que nenhum país possui todos os bens de que necessita. Se conta com uns, está sempre privado de outros; o melhor será o que possuir maior número deles. Assim acontece com o homem: não há um que se baste a si mesmo. Se possui algumas vantagens, outras lhe faltam.


Me perguntar quem sãos os melhores... é uma pergunta um tanto vaga.

2- você acha que é possível alguem abandonar o espiritismo com base unicamente na lógica e no raciocínio?
Se essa pessoa, de fato, chegar a compreender o espiritismo, eu acho impossível.



 :)

« Última modificação: 06 de Setembro de 2010, 19:08:36 por Micrômegas »
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Todas as vezes que um fato novo se revela no campo da Ciência, logo o averbam de apócrifo; depois, que é contrário à Religião; e, por fim, que há muito era sabido. Efetivamente, a verdade tem duas espécies de adversários: os cépticos do materialismo, e os céptico do dogma.

Offline uiliníli

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #66 Online: 06 de Setembro de 2010, 18:15:56 »
2- você acha que é possível alguem abandonar o espiritismo com base unicamente na lógica e no raciocínio?
Se essa pessoa, de fato, chegar a compreender o espiritismo, eu acho impossível.


O que você diria se eu te falasse que pra mim, a resposta 4 do Livro dos Espíritos (argumento cosmológico) é um argumento contra a existência de Deus?

Offline Micrômegas

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #67 Online: 06 de Setembro de 2010, 18:25:42 »
Não me surpreenderia   :D
____________________
"Toda filosofia aspira a difundir-se, a ser uma propaganda. Ter a mão cheia de verdades e conservá-la fechada é de espíritos tacanhos. O que seria, pois, uma verdade que não quisesse comunicar-se?"

Todas as vezes que um fato novo se revela no campo da Ciência, logo o averbam de apócrifo; depois, que é contrário à Religião; e, por fim, que há muito era sabido. Efetivamente, a verdade tem duas espécies de adversários: os cépticos do materialismo, e os céptico do dogma.

Offline uiliníli

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #68 Online: 06 de Setembro de 2010, 19:20:26 »
Não me surpreenderia   :D

:P

Vamos fazer um exercício de lógica então.

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1 O que é Deus?

– Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

(...)

4 Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?

– Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e a vossa razão vos responderá.

☼ Para acreditar em Deus, basta ao homem lançar os olhos sobre as obras da criação. O universo existe, portanto ele tem uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa e admitir que o nada pôde fazer alguma coisa.

Muito bem, vamos concordar nessa premissa de que não existe efeito sem causa. Calma, não, eu não vou perguntar "qual é a causa de Deus?" eu sei que você tem uma resposta na ponta da língua (apesar de eu não a achar nem um pouco convincente).

O caso é que geralmente as pessoas pensam em causa e efeito em termos de "bolas de bilhar," ou seja, em termos de uma sequência de acontecimentos. Por exemplo, a bola 2 é posta em movimento porque foi acertada pela bola branca. É esse tipo de metáfora de causa e efeito que vem à nossa cabeça quando pensamos que se o universo existe, algo deve tê-lo criado.

Mas existe outra forma de se pensar em causa e efeito, baseada em outra metáfora: a do "relógio." Diferentemente da metáfora das bolas de bilhar, que nos dão uma ideia de sequência, a metáfora do relógio nos dá uma ideia de funcionamento. Sabemos que os ponteiros de um relógio não se movem por mágica. Eles se movem porque há uma fonte de energia, por exemplo, uma pilha de lítio, que causa a rotação de engrenagens que por sua vez movem os ponteiros.

O que vale para relógios, vale para carros, computadores, células e até para o cérebro humano. Temos dentro de nossos crânios um órgão formidável com quase 100 bilhões de neurônios, cada um fazendo mais de 10 000 conexões sinápticas. Existem mais conexões entre os neurônios de nosso cérebro do que folhas nas árvores da floresta amazônica. Entendemos relativamente pouco sobre como esse mecanismo estupendo funciona, mas o pensamento materialista é bem compatível com a "lei da causa e efeito" aí: as interações entre os neurônios no cérebro humano explica o pensamento, como o a pilha de lítio e as engrenagens explicam o relógio.

O pensamento espiritualista, por outro lado, ou viola ou transfere para outro lugar o mecanismo da causa e efeito. Ao supor que o cérebro sozinho não é suficiente para gerar pensamentos, precisando ser animado por um espírito, e ao propor que o espírito sem o cérebro é um ser inteligente, capaz de ter pensamentos, emoção, memória, etc, podemos questionar: se o cérebro não explica a inteligência do homem, o que explica a inteligência do espírito? Vamos pensar nas duas respostas possíveis: a primeira, que já ouvi de espíritas, é a de que o espírito é "pensamento puro", ele não precisa de um mecanismo, ele é simplesmente dotado de inteligência e pronto. Ora, a inteligência não é pouca coisa! A inteligência é um processo complexo. Por isso mesmo não conseguimos e nem conseguiremos a curto prazo criar uma máquina inteligente. Por isso que pedras e nuvens não são dotados de inteligência. Supor que algo pode ter inteligência sem uma estrutura complexa que lhe viabiliza é pensamento mágico, é animismo. A inteligência do espírito é um efeito sem causa então, é mágica, os pensamentos brotam do nada. A segunda possibilidade é que a inteligência venha de alguma fonte (provavelmente com origem divina) ou que eles tenham algum tipo de mecanismo responsável por gerá-la, um mecanismo complexo projetado diretamente por Deus.

Tá, mas e Deus? Deus não é simplesmente inteligente, ele é a inteligência suprema! De onde vem essa inteligência? Deus tem um cérebro, uma CPU ou algo análogo? Se sua resposta é não, então parabéns, você é um animista e não acredita em causa e efeito. Se sua resposta é sim, como imagino, então chegamos a uma questão mais interessante: o cérebro supremo da inteligência suprema deve ser algo complexíssimo! Se o nosso cérebro precisa de 100 bilhões de neurônios fazendo 1 quatrilhão de conexões e ainda somos tão estúpidos, imagino o nível de organização funcional que precisaria haver em uma inteligência suprema? Deus precisa ser de uma complexidade infinita! Sou obrigado a perguntar de onde veio isso. Conforme a Bíblia e o LE, "Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre", logo ele não evoluiu de formas mais simples.

Deus sempre teve esse cérebro pujante e ponto final. Mas não é estranho que para resolver o problema espinhoso de como esse universo complexo existe, tenhamos que invocar causas mais complexas ainda? Infinitamente complexas até? O materialismo parte do caminho oposto, de que o universo deve ter brotado de causas simples, quanto mais simples melhor. A física, a química e a biologia têm tido muito sucesso em mostrar como leis simples são capazes de gerar sistemas complexos e como de fato o universo evoluiu nesse sentido, no limite os materialistas imaginam que o universo brotou do extremo da simplicidade e resultou nisso que estamos vendo agora. A teoria da evolução em particular, explica como um cérebro complexo pode ter surgido de formas extremamente simples. Mas nada explica como um Deus infinitamente inteligente pode existir e funcionar... sem causa. O espiritualismo, portanto, supõe que nossa origem está na complexidade infinita tendo gerado um estado de complexidade finita que com o tempo foi aumentando. Precisamos dessa hipótese a mais? Incluir Deus na origem do universo responde nossas perguntas ou só inclui novas perguntas ainda mais complicadas?
« Última modificação: 06 de Setembro de 2010, 19:22:48 por uiliníli »

Offline _Juca_

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #69 Online: 06 de Setembro de 2010, 21:30:22 »
Não me surpreenderia   :D

:P

Vamos fazer um exercício de lógica então.

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1 O que é Deus?

– Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

(...)

4 Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?

– Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e a vossa razão vos responderá.

☼ Para acreditar em Deus, basta ao homem lançar os olhos sobre as obras da criação. O universo existe, portanto ele tem uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa e admitir que o nada pôde fazer alguma coisa.

Muito bem, vamos concordar nessa premissa de que não existe efeito sem causa. Calma, não, eu não vou perguntar "qual é a causa de Deus?" eu sei que você tem uma resposta na ponta da língua (apesar de eu não a achar nem um pouco convincente).

O caso é que geralmente as pessoas pensam em causa e efeito em termos de "bolas de bilhar," ou seja, em termos de uma sequência de acontecimentos. Por exemplo, a bola 2 é posta em movimento porque foi acertada pela bola branca. É esse tipo de metáfora de causa e efeito que vem à nossa cabeça quando pensamos que se o universo existe, algo deve tê-lo criado.

Mas existe outra forma de se pensar em causa e efeito, baseada em outra metáfora: a do "relógio." Diferentemente da metáfora das bolas de bilhar, que nos dão uma ideia de sequência, a metáfora do relógio nos dá uma ideia de funcionamento. Sabemos que os ponteiros de um relógio não se movem por mágica. Eles se movem porque há uma fonte de energia, por exemplo, uma pilha de lítio, que causa a rotação de engrenagens que por sua vez movem os ponteiros.

O que vale para relógios, vale para carros, computadores, células e até para o cérebro humano. Temos dentro de nossos crânios um órgão formidável com quase 100 bilhões de neurônios, cada um fazendo mais de 10 000 conexões sinápticas. Existem mais conexões entre os neurônios de nosso cérebro do que folhas nas árvores da floresta amazônica. Entendemos relativamente pouco sobre como esse mecanismo estupendo funciona, mas o pensamento materialista é bem compatível com a "lei da causa e efeito" aí: as interações entre os neurônios no cérebro humano explica o pensamento, como o a pilha de lítio e as engrenagens explicam o relógio.

O pensamento espiritualista, por outro lado, ou viola ou transfere para outro lugar o mecanismo da causa e efeito. Ao supor que o cérebro sozinho não é suficiente para gerar pensamentos, precisando ser animado por um espírito, e ao propor que o espírito sem o cérebro é um ser inteligente, capaz de ter pensamentos, emoção, memória, etc, podemos questionar: se o cérebro não explica a inteligência do homem, o que explica a inteligência do espírito? Vamos pensar nas duas respostas possíveis: a primeira, que já ouvi de espíritas, é a de que o espírito é "pensamento puro", ele não precisa de um mecanismo, ele é simplesmente dotado de inteligência e pronto. Ora, a inteligência não é pouca coisa! A inteligência é um processo complexo. Por isso mesmo não conseguimos e nem conseguiremos a curto prazo criar uma máquina inteligente. Por isso que pedras e nuvens não são dotados de inteligência. Supor que algo pode ter inteligência sem uma estrutura complexa que lhe viabiliza é pensamento mágico, é animismo. A inteligência do espírito é um efeito sem causa então, é mágica, os pensamentos brotam do nada. A segunda possibilidade é que a inteligência venha de alguma fonte (provavelmente com origem divina) ou que eles tenham algum tipo de mecanismo responsável por gerá-la, um mecanismo complexo projetado diretamente por Deus.

Tá, mas e Deus? Deus não é simplesmente inteligente, ele é a inteligência suprema! De onde vem essa inteligência? Deus tem um cérebro, uma CPU ou algo análogo? Se sua resposta é não, então parabéns, você é um animista e não acredita em causa e efeito. Se sua resposta é sim, como imagino, então chegamos a uma questão mais interessante: o cérebro supremo da inteligência suprema deve ser algo complexíssimo! Se o nosso cérebro precisa de 100 bilhões de neurônios fazendo 1 quatrilhão de conexões e ainda somos tão estúpidos, imagino o nível de organização funcional que precisaria haver em uma inteligência suprema? Deus precisa ser de uma complexidade infinita! Sou obrigado a perguntar de onde veio isso. Conforme a Bíblia e o LE, "Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre", logo ele não evoluiu de formas mais simples.

Deus sempre teve esse cérebro pujante e ponto final. Mas não é estranho que para resolver o problema espinhoso de como esse universo complexo existe, tenhamos que invocar causas mais complexas ainda? Infinitamente complexas até? O materialismo parte do caminho oposto, de que o universo deve ter brotado de causas simples, quanto mais simples melhor. A física, a química e a biologia têm tido muito sucesso em mostrar como leis simples são capazes de gerar sistemas complexos e como de fato o universo evoluiu nesse sentido, no limite os materialistas imaginam que o universo brotou do extremo da simplicidade e resultou nisso que estamos vendo agora. A teoria da evolução em particular, explica como um cérebro complexo pode ter surgido de formas extremamente simples. Mas nada explica como um Deus infinitamente inteligente pode existir e funcionar... sem causa. O espiritualismo, portanto, supõe que nossa origem está na complexidade infinita tendo gerado um estado de complexidade finita que com o tempo foi aumentando. Precisamos dessa hipótese a mais? Incluir Deus na origem do universo responde nossas perguntas ou só inclui novas perguntas ainda mais complicadas?

Foi exatamente por isso que me tornei Ateu. Como pode o homem pensar sem um cérebro?

Offline Price

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #70 Online: 06 de Setembro de 2010, 23:53:34 »
Uma vez perguntei pro meu pai: "Deus poderia criar uma montanha tão grande que ele mesmo não aguentaria?", ele respondeu: "Ele move todos os corpos do espaço, não teria como criar uma montanha maior que o infinito".

Somando isso ao 'fato' de ele ser 'saber e ver tudo e estar em todos os lugares', fica mais fácil acreditar que nossa árvore genealógica tem bactérias & cia.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Lion

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #71 Online: 07 de Setembro de 2010, 13:37:16 »
Uiliníli,

Você não compreende o espiritismo porque você não conhece a verdade verdadeiramente verdadeira e nem possui a humildade humildemente humilde.  Mas fique tranquilo porque assim como o pássaro voa a folha cai e a água de um rio flui pelas montanhas um dia você compreendera. Toda pessoa um dia tem que deixar de ser criança e encarar as verdades universais. Esse processo é natural, faz parte da evolução, todos passamos por um período de dúvidas, mas no fim (ou quase no fim) todos evoluímos e aceitamos a realidade como de fato ela é.


 ::)

Offline uiliníli

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #72 Online: 07 de Setembro de 2010, 13:55:46 »
Uiliníli,

Você não compreende o espiritismo porque você não conhece a verdade verdadeiramente verdadeira e nem possui a humildade humildemente humilde.  Mas fique tranquilo porque assim como o pássaro voa a folha cai e a água de um rio flui pelas montanhas um dia você compreendera. Toda pessoa um dia tem que deixar de ser criança e encarar as verdades universais. Esse processo é natural, faz parte da evolução, todos passamos por um período de dúvidas, mas no fim (ou quase no fim) todos evoluímos e aceitamos a realidade como de fato ela é.


 ::)

 :histeria:

Offline Gaúcho

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #73 Online: 07 de Setembro de 2010, 14:52:37 »
:rola:
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline uiliníli

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Re: Um historiador e ex-ateu, agora espírita
« Resposta #74 Online: 07 de Setembro de 2010, 14:57:58 »
Você esqueceu de mencionar que somos teimosos, vaidosos, egoístas e demasiado apegados aos bens materiais e aos prazeres carnais. :P

 

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