Autor Tópico: Novo vazamento no Wikileaks  (Lida 22830 vezes)

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Novo vazamento no Wikileaks
« Online: 28 de Novembro de 2010, 21:55:49 »
Dados secretos indicam que EUA ordenaram espionagem na cúpula da ONU

Cerca de 250 mil documentos secretos obtidos pelo site Wikileaks e divulgados neste domingo indicam que os Estados Unidos ordenaram espionagem a respeito de diversos altos funcionários da ONU - incluindo o seu secretário-geral, Ban Ki-moon.

Os dados têm como base comunicações feitas entre embaixadas dos Estados Unidos em todo o mundo. As informações mais recentes obtidas pelo Wikileaks - especializado na publicação de documentos confidenciais - são de fevereiro deste ano.

Um comunicado assinado pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e enviado a diplomatas americanos em julho de 2009 pede "dados biométricos detalhados" e informações técnicas - como senhas usadas em comunicações privadas - de altos integrantes da ONU.

Entre as autoridades visadas, estavam o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e os representantes permanentes de Grã-Bretanha, França, Rússia e China no Conselho de Segurança.

Chávez "louco"

Segundo os dados obtidos pelo Wikileaks, o assessor diplomático da Presidência francesa, Jean-David Levitte, disse ao subsecretário de Estado americano Philip H. Gordon, em um encontro realizado em Paris em setembro de 2009, que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, é "louco" e que nem o Brasil era capaz de dar-lhe mais apoio.

"Infelizmente, Chávez está pegando um dos países mais ricos da América Latina e transformando-o em outro Zimbábue", disse Levitte, segundo o comunicado.

Os documentos também reforçam o medo dos Estados Unidos de que o Paraguai reúna agentes iranianos e militantes islâmicos. A tese é corrente desde os atentados de 11 de setembro de 2001, principalmente em relação à "tríplice fronteira" entre Brasil, Argentina e Paraguai.

Pressão para atacar Irã

Entre as informações que constam dos documentos, também estão a pressão de líderes árabes - como o rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz - para que os Estados Unidos bombardeassem o Irã, além de esforços clandestinos do governo americano em atacar a rede Al-Qaeda no Iêmen.

O editor da BBC para o Oriente Médio Jeremy Bowen acredita que o vazamento vai intensificar o debate sobre os planos nucleares do Irã, assim como sobre as chances de uma ação militar por parte dos Estados Unidos ou de Israel.

"Os vazamentos são profundamente constrangedores para os americanos e vão enfurecer os líderes árabes cujas declarações foram citadas", diz Bowen.

Os comunicados entre embaixadas ainda indicam preocupações com a segurança do programa nuclear paquistanês, com o possível uso de material radioativo para a construção de armas atômicas.

Críticas ao vazamento

O governo dos Estados Unidos criticou o site Wikileaks pela divulgação dos dados.

"O presidente (Barack) Obama apoia um governo responsável e aberto tanto internamente quanto ao redor do mundo, mas esta ação descuidada e perigosa vai contra este objetivo", disse um comunicado da Casa Branca.

"Nós condenamos nos termos mais fortes a divulgação não-autorizada de documentos confidenciais e informações sensíveis da segurança nacional", afirma a nota.

Para o fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange, o governo dos Estados Unidos tem medo de prestar esclarecimentos em relação aos documentos que foram vazados.

Horas antes da divulgação dos dados, o Wikileaks disse estar sendo vítima de um ataque cibernético. "Nós estamos agora sob um ataque de rejeição de servidores massivamente distribuído", afirmou o site por meio de seu perfil no serviço de microblogging Twitter.

Às 17h30, a página principal do site abria normalmente, mas apresentava lentidão no acesso aos seus demais conteúdos.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/11/101128_wikileaks_vazamento_rp.shtml

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #1 Online: 28 de Novembro de 2010, 22:45:19 »
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/837599-eua-criticam-novo-vazamento-de-dados-secretos-pelo-wikileaks-veja-principais-revelacoes.shtml


PRINCIPAIS REVELAÇÕES

Veja abaixo algumas das principais revelações presentes nos cerca de 250 mil documentos divulgados pelo WikiLeaks.

O Politburo, segundo organismo mais importante do governo da China, comandou a invasão dos sistemas de computador do Google no país, como parte de uma campanha de sabotagem a computadores, realizada por funcionários do governo, especialistas particulares e criminosos da internet contratados pelo governo chinês. Eles também invadiram computadores do governo americano e de aliados ocidentais, do Dalai Lama e de empresas americanas desde 2002.
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O rei Abdullah, da Arábia Saudita, repetidamente pediu aos EUA para atacar o Irã e destruir seu programa nuclear, além de, segundo registros, ter aconselhado Washington a "cortar a cabeça da cobra" enquanto ainda havia tempo.
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Doadores sauditas continuam sendo os principais financiadores de grupos militantes sunitas, como a Al Qaeda; e o pequeno Estado do Qatar, generoso anfitrião do Exército americano no golfo Pérsico por anos, era "o pior da região" em esforços de combate ao terrorismo, segundo um telegrama ao Departamento de Estado em dezembro do ano passado.
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Representantes dos EUA e da Coreia do Sul discutiram a possibilidade de uma Coreia unificada se os problemas econômicos da Coreia do Norte e a transição político no país levassem o Estado a implodir. Os sul-coreanos chegaram a considerar incentivos econômicos à China para "ajudar a aliviar" as preocupações de Pequim sobre o convívio com uma Coreia reunificada em "aliança benigna" com Washington, segundo o embaixador americano em Seul.
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Desde 2007, os EUA montaram um esforço secreto e, até agora, mal sucedido para remover urânio altamente enriquecido do reator de pesquisa do Paquistão, com medo de que pudesse ser desviado para uso em um reator nuclear ilícito.
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O Irã obteve mísseis sofisticados da Coreia do Norte, capazes de atingir o leste europeu, e os EUA estavam preocupados de que o Irã estaria usando esses foguetes como "peças de montagem" para construir mísseis de mais longo alcance. Os mísseis avançados são muito mais poderosos do que qualquer equipamento que os EUA publicamente reconheceram existir no arsenal iraniano.
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Quando o vice-presidente afegão, Ahmed Zia Massou, visitou os Emirados Árabes Unidos no ano passado, autoridades locais trabalhando para a Agência de Controle às Drogas descobriram que ele carregava US$ 52 milhões em dinheiro vivo. Segundo o telegrama da embaixada americana em Cabul, ele pode manter o dinheiro sem revelar a origem ou destino do montante.
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Diplomatas americanos barganharam com outros países para ajudar a esvaziar a prisão da baía de Guantánamo, realocando detentos. Por exemplo, foi pedido que a Eslovénia aceitasse um prisioneiro se quisesse agendar um encontro com o presidente Barack Obama. A República de Kiribati recebeu oferta de incentivos valendo milhões de dólares para aceitar detentos muçulmanos chineses. Em outro caso, aceitar mais presos foi descrito como "uma forma de baixo custo para a Bélgica alcançar proeminência na Europa".
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Os EUA não conseguiram evitar que a Síria fornecesse armas ao Hizbollah no Líbano, que acumulou um grande arsenal desde a guerra de 2006 com Israel. Uma semana após o presidente sírio, Bashar al Assad, prometer a um alto representante americano que não mandaria "novas" armas ao Hizbollah, os EUA reclamaram que tinham informações de que a Síria estava dando ao grupo armas cada vez mais sofisticadas.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #2 Online: 29 de Novembro de 2010, 16:45:48 »
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Membros do Congresso dos EUA pedem investigação da WikiLeaks

O congressista republicano Peter King pediu para que o Governo dos Estados Unidos investigue a organização WikiLeaks e que analise a possibilidade de incluí-la na lista de grupos que Washington considera terroristas.

King, de Nova York, se manifestou depois que a WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos, alguns deles secretos, referentes principalmente às comunicações do Departamento de Estado com mais de 270 embaixadas, consulados e missões diplomáticas dos EUA no mundo todo.

O senador independente de Connecticut, Joseph Lieberman, que preside o Comitê de Segurança Nacional, disse que as divulgações arriscaram a vida de muitas pessoas.

Os senadores Claire McCaskill, democrata do Missouri, e Lindsey Graham, republicano da Carolina do Sul, também criticaram duramente a WikiLeaks, durante entrevistas em programas da televisão, e disseram que as informações divulgadas poderiam prejudicar a diplomacia dos EUA no mundo todo.

King, que avaliou a divulgação dos documentos como "pior que um ataque militar", pediu ao Departamento de Justiça e ao Departamento de Estado alguma ação contra WikiLeaks e seu fundador, Julian Assange.

King ainda pediu ao secretário da Justiça, Eric Holder, que processe Assange sob a Lei de Espionagem dos Estados Unidos.

Graham admitiu que ele não sabe exatamente de que maneira a exposição pública dos documentos prejudica os Estados Unidos, mas acrescentou: "Estamos em guerra. O mundo torna-se a cada dia mais perigoso".

McCaskill declarou que as pessoas que publicam esses documentos deveriam fazer um exame de consciência sobre seu patriotismo.

"Espero que possamos descobrir de onde vem isto e que possamos punir os que entregaram as informações", ressaltou a senadora.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=26547956
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Wikileaks: mundo tenta lidar com tensão provocada por documentos vazados

Governos do mundo todo estão quebrando a cabeça nesta segunda-feira para tentar reduzir os danos provocados pelos milhares de documentos confidenciais - e comentários indiscretos - dos Estados Unidos publicados pelo Wikileaks, que geraram uma das mais tensas crises diplomáticas do mundo.
Apesar do embaraço dos diplomatas, as autoridades foram rápidas em criticar a divulgação das cartas confidenciais, a maioria datada de 2007 a fevereiro deste ano, e em afirmar que seus conteúdos não danificarão as relações.

Entre as revelações mais bombásticas, um pedido do rei saudita Abdullah aos americanos, para que "cortem a cabeça" da cobra iraniana e um memorando que relata como hackers do governo chinês tentaram invadir o Google.

As mais de 200.000 mensagens já haviam sido mostradas a jornalistas de cinco veículos ocidentais há várias semanas, e agora serão publicados gradualmente na internet ao longo das próximas semanas. Muitos ainda esperam o pior.

O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, cujas políticas são alvo de muitos documentos, desprezou o vazamento, afirmando que as informações são "uma travessura", "não valem nada" e não afetarão as relações com seus vizinhos árabes.

A Grã-Bretanha, por sua vez, afirmou que continuará trabalhando de maneira próxima com os EUA, apesar das descrições pouco honrosas do primeiro-ministro David Cameron contidas em alguns dos memorandos que ainda serão divulgados.

O jornal inglês The Guardian, um dos que receberam uma prévia de alguns documentos, indicou que os próximos memorandos contêm opiniões americanas "constrangedoras" acerca de Cameron e do ex-premier Gordon Brown - um "fraco".

Um porta-voz de Cameron disse que os vazamentos "inibem a conduta dos governos".

O dono do Wikileaks, Julian Assange, descreveu o lote de documentos divulgados como "uma história diplomática dos Estados Unidos", que abrange "todos os temas mais importantes" de sua política externa.

Apesar de um ataque virtual que derrubou seu principal site no domingo, o Wikileaks começou a publicar as 251.287 mensagens - 15.652 das quais são classificadas como "secretas" - enviadas por 274 embaixadas americanas em todo o mundo na página http://cablegate.wikileaks.org.

As autoridades americanas correram para tentar conter os danos causados pela divulgação dos documentos diplomáticos, comunicando-se com governos aliados para avisar sobre alguns conteúdos constrangedores. Washington, no entanto, recusou-se a negociar com o Wikileaks, afirmando que os documentos haviam sido obtidos pelo site de maneira ilegal.

O Afeganistão também insistiu que suas relações com os EUA não seriam danificadas, apesar das mensagens nas quais o presidente Hamid Karzai é descrito como fraco e paranoico, e seu irmão, como um barão do narcotráfico corrupto.

"Não vimos nada de substancial nos documentos que manchem as relações", destacou Waheed Omer, porta-voz de Karzai. "Vamos esperar para ver o que mais é publicado antes de fazer mais comentários a respeito".

Em algumas mensagens, diplomatas americanos dizem que Karzai é "dominado pela paranoia" e por "teorias da conspiração".

Também a Rússia se esforçou para minimizar o conteúdo das mensagens, nas quais diplomatas dos Estados Unidos chamam o país de "virtual Estado mafioso" e afirmam que Vladimir Putin, e não o presidente Dmitri Medvedev, é quem manda no país, num momento delicado em que Washington e Moscou tentam impulsionar as relações bilaterais.

"Não há nada de novo ou que mereça um comentário nestas pulicações", afirmou Yulia Timakov, porta-voz do Kremlin, citada por agências russas.

"Nossos próprios diplomatas às vezes são tão abertos quanto nas mensagens particulares que trocam entre eles", riu um oficial do Kremlin, que pediu o anonimato, citado pelo jornal Kommersant.

Israel, por outro lado, saiu beneficiado da confusão: os documentos revelam diplomatas de alto escalão defendendo as posições do Estado judaico e discutindo a preocupação dos países árabes em relação ao programa nuclear iraniano.

"Não acho que Israel tenha sido prejudicado de nenhum modo" pela publicação dos documentos, comemorou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu - embora um documento de 2007, quando ele integrava a bancada oposicionista, revele uma declaração sua polêmica: "nunca permitirei que nenhum palestino retorne para Israel".

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4817656-EI294,00-Wikileaks+mundo+tenta+lidar+com+tensao+provocada+por+documentos+vazados.html

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #3 Online: 29 de Novembro de 2010, 17:14:21 »
EUA: Brasil tem dois discursos sobre contraterrorismo

Segundo documentos do Wikileaks, postura política de negar a existência de ameaças contrasta com ações dos serviços de segurança

A postura política do Brasil de negar a existência de ameaças terroristas no país contrasta com as ações dos serviços de segurança brasileiros, na avaliação descrita pela embaixada dos Estados Unidos em Brasília em documento secreto divulgado pelo site Wikileaks.

O comunicado, enviado pela embaixada americana no último dia do ano passado, faz parte do pacote de mais de 250 mil “telegramas diplomáticos” (comunicações entre embaixadas e outros canais diplomáticos) americanos aos quais o Wikileaks teve acesso e começou a divulgar neste domingo.

“Há dois discursos separados no governo do Brasil sobre contraterrorismo; politicamente, o Brasil continua a negar a presença e a ameaça potencial de terroristas e do terrorismo no Brasil, enquanto os órgãos de aplicação da lei e de inteligência monitoram e cooperam para combater a ameaça”, diz o documento.

Segundo o documento diplomático, um dos quatro relacionados ao Brasil já divulgados pelo Wikileaks, os serviços de segurança e inteligência do país “estão preocupados com a possibilidade de que terroristas explorem o território brasileiro para apoiar e facilitar ataques terroristas, domesticamente ou no exterior, e concentraram seus esforços nas áreas de São Paulo, nas tríplices fronteiras entre Brasil, Argentina e Paraguai e entre Brasil, Colômbia e Peru e nas fronteiras com a Colômbia e com a Venezuela”.

'Parceiro'

Outro documento anterior, enviado pela embaixada americana em janeiro de 2008, afirma que o Brasil “é um parceiro cooperativo nas atividades de contraterrorismo” no país, mas observa que o tema é politicamente sensível.

O comunicado da embaixada cita prisões feitas pela Polícia Federal de indivíduos com supostas ligações com o extremismo, mas sob acusações de crimes não relacionados, como narcotráfico e contrabando, para evitar chamar a atenção.

“Os mais altos níveis do governo brasileiro, particularmente o Ministério das Relações Exteriores, são extremamente sensíveis a quaisquer afirmações públicas de que terroristas podem ter uma presença no Brasil – seja para arrecadar fundos, organizar logística ou mesmo transitar pelo país – e rejeitam vigorosamente qualquer afirmação que sugira isso”, diz o telegrama.

Para a embaixada, essa sensibilidade do Itamaraty teria como explicação um temor de estigmatizar a comunidade islâmica no Brasil ou de prejudicar a imagem da região como destino turístico.

O documento cita ainda uma suposta postura pública das autoridades brasileiras de evitar serem vistas como muito próximas à chamada ‘Guerra ao Terror’ americana, considerada muito agressiva.

Consultada pela BBC Brasil, a assessoria de comunicação da Polícia Federal disse que o órgão não comentaria o assunto, por se tratar de documentos internos do governo americano. O Itamaraty também afirmou que não se pronunciaria sobre o assunto.

Dilma

Os documentos americanos sobre o Brasil também demonstram uma preocupação com o arquivamento de um projeto de lei sobre contraterrorismo, em novembro de 2007, e citam uma suposta ingerência da presidente eleita Dilma Rousseff, então ministra-chefe da Casa Civil.

Um dos comunicados observa que “alguns relatos noticiosos sugeriram que a poderosa chefe de gabinete do presidente Lula enterrou o projeto de lei, que tinha sido atacado por alguns ativistas sociais e grupos que temiam que a lei fosse usada contra eles e o compararam à repressão da era militar”.

O documento cita a opinião de vários analistas ouvidos pelos diplomatas americanos em busca de informações sobre as razões que levaram ao arquivamento do projeto.

Informações

Outro documento divulgado pelo Wikileaks relata um encontro em 2005 entre o então embaixador americano em Brasília, John Danilovich, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Armando Felix.

No relato de Danilovich, os dois discutiram as ações brasileiras de combate ao terrorismo e outras áreas de possível cooperação entre os dois países.

O general Felix teria comentado ao embaixador que uma área na qual o Brasil tinha dificuldades e gostaria de ajuda americana era na proteção aos seus sistemas de computador com informações secretas.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/eua+brasil+tem+dois+discursos+sobre+contraterrorismo/n1237842439026.html

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #4 Online: 29 de Novembro de 2010, 19:50:59 »
O comunicado da embaixada cita prisões feitas pela Polícia Federal de indivíduos com supostas ligações com o extremismo, mas sob acusações de crimes não relacionados, como narcotráfico e contrabando, para evitar chamar a atenção.

Se for verdade é assustador... :o

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #5 Online: 29 de Novembro de 2010, 19:51:56 »
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Veja as principais revelações feitas pelo Wikileaks

O WikiLeaks, site que se especializa em "vazar" dados secretos, começou no domingo a divulgar um lote de 250 mil mensagens secretas enviadas por diplomatas dos Estados Unidos em todo o mundo. Até agora, foram publicados 220 de 251.287 documentos dos EUA descritos como 'telegramas' - como são chamadas as comunicações entre instituições diplomáticas. O site entregou antecipadamente os arquivos em sua íntegra a cinco grupos de mídia, entre eles o jornal americano "New York Times", o britânico "Guardian", o francês "Le Monde" e o espanhol "El Pais".

Os documentos mostram avaliações ácidas de líderes estrangeiros, bem como arquivos sigilosos sobre terrorismo e proliferação nuclear colhidos por diplomatas dos EUA. Entre as informações mais delicadas está a revelação de que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, teria ordenado que autoridades da ONU fossem espionadas. Abaixo, alguns dos pontos principais dos documentos divulgados:

Brasil oculta prisões de suspeitos de terrorismo

Entre os mais de 250 mil documentos diplomáticos americanos vazados no domingo pelo site WikiLeaks está um relato do embaixador americano no Brasil, Clifford Sobel, sobre prisões de suspeitos de terrorismo no país. Segundo o documento, Sobel afirma que a Polícia Federal oculta este tipo de detenção. Os documentos também afirmam que a PF e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) seguem dicas da inteligência americana para realizar operações de combate ao terrorismo. A informação estaria em telegramas enviados da embaixada dos EUA em Brasília para Washington.

Hillary Clinton ordenou espionagem da ONU

Os EUA ordenaram que vários funcionários de alto escalão da ONU fossem espionados, entre eles o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, segundo documentos divulgados pelo Wikileaks. Um comunicado endereçado assinado pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e enviado a diplomatas americanos em julho do ano passado, pede que se coletem informações "biográficas e biométricas" (incluindo amostras de DNA, impressões digitais e biometria da íris) de subsecretários, chefes de agências especializadas, consultores, assessores, chefes de missões de paz e de missões de caráter político, incluindo comandantes de forças (militares). Também foram pedidos dados de cartões de crédito, endereços de email, senhas e decodificadores usados em redes de computador em comunicações oficiais.

Estão incluídas nos documentos ao menos nove orientações semelhantes sobre vários países, tanto sob o nome de Hillary quanto de sua antecessora, Condoleezza Rice. Representantes de Reino Unido, França, Rússia e China - todos membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - também foram visados.
Pedidos de ataque ao Irã

Vários líderes árabes e seus representantes são citados no documento como tendo exortado os EUA a atacar o Irã, para pôr fim ao suposto programa de armas nucleares do país. Um deles, o rei Adbullah bin Abdulaziz al Saud da Arábia Saudita. Em um relatório de um encontro entre o embaixador saudita em Washington, Ader al-Jubeir, e o general americano David Petraeus, em 2008, o diplomata disse que o rei queria que os EUA "cortassem a cabeça da serpente". O rei Hamad bin Isa al-Khalifa, do Bahrein, teria pedido aos EUA que contivessem o Irã "de qualquer maneira", enquanto o príncipe regente de Abu Dhabi, xeque Mohammad bin Zayed, disse aos EUA acreditar que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, iria "levar-nos à guerra".

Líder supremo do Irã tem câncer

Comunicações diplomáticas dos EUA divulgadas pelo WikiLeaks indicam que o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, sofre de câncer em estágio terminal e pode morrer em poucos meses". Segundo os documentos, Rafsanjani, identificado com o movimento reformista iraniano, estaria se preparando para tentar suceder Khamenei no cargo mais importante do Irã.

Crise no Paquistão

Os "telegramas" mostram a preocupação dos EUA com a presença de material radioativo em usinas nucleares do Paquistão, que Washington temia ser usado em ataques terroristas. As comunicações revelam que, desde 2007, os EUA vinham tentando remover urânio altamente enriquecido de um reator usado para pesquisas no Paquistão. Em um documento de 2009, a embaixadora dos EUA no Paquistão, Anne W. Patterson, diz que o país se recusa a aceitar uma visita de especialistas dos EUA. Segundo ela, autoridades do Paquistão disseram que uma visita seria vista pelos paquistaneses como "se os EUA estivessem tomando as armas nucleares do Paquistão".

China e infiltração cibernética

Os documentos revelam preocupação sobre o suposto uso em grande escala, pelo governo chinês, de técnicas de infiltração e sabotagem cibernética. Alguns dos documentos afirmam que uma rede de hackers e especialistas em segurança foram contratados pela China a partir de 2002, e que essa rede conseguiu acesso a computadores do governo e de empresas dos EUA, além de aliados ocidentais e do Dalai Lama. Um contato chinês que disse à embaixada dos EUA em Pequim que o governo chinês estaria por trás da infiltração do sistema de computadores do Google no país em janeiro.

Planos da Coreia

Autoridades dos EUA e da Coreia do Sul discutiram planos para se formar uma Coreia unificada, no caso de colapso do regime da Coreia do Norte. O embaixador dos EUA em Seul afirma na comunicação que a Coreia do Sul considerava oferecer incentivos comerciais à China para "ajudar a mitigar" as "preocupações da China sobre o convívio com uma Coreia reunificada".

Guantánamo

Os 'telegramas' revelam discussões entre vários países sobre o destino de presos libertados da base americana em Guantánamo, Cuba. A Eslovênia recebe a oferta de um encontro com o presidente Barack Obama se o país receber um prisioneiro, enquanto Kiribati, no Pacífico Sul, recebe a oferta de milhões de dólares em incentivos. E Bruxelas recebe a informação de que abrigar prisioneiros poderia ser "uma maneira barata de a Bélgica conseguir proeminência na Europa".

Paraguai em foco

Os documentos também reforçam o medo americano de que o Paraguai possa abrigar agentes iranianos e extremistas islâmicos. A tese é corrente desde os atentados de 11 de setembro de 2001, principalmente em relação à "Tríplice Fronteira", entre Brasil, Argentina e Paraguai. Washington também teria pedido a sua embaixada em Assunção que investigasse um possível apoio financeiro do presidente venezuelano, Hugo Chávez, ao presidente paraguaio, Fernando Lugo, durante a campanha que levou Lugo ao governo em 2008, além de pedir informações sobre candidatos presidenciais.

Líderes mundiais

Os documentos também citam diversos líderes mundiais de maneira polêmica. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, é chamado "louco"; O premier da Itália, Silvio Berlusconi, é tratado como "displicente, vaidoso e ineficiente como líder europeu moderno" por um diplomata americano em Roma. A embaixada em Moscou descreve o presidente russo, Dmitry Medvedev como "um Robin do Batman (no caso, o premier Vladimir Putin)". Este, por sua vez, é citado como "machista".

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, é tratado como "irritado" e "autoritário". O líder norte-coreano Kim Jong-il é descrito como "um camarada velho e flácido" que sofre com o trauma de um derrame, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, é tratado como "Hitler", enquanto o ministro de Relações Exteriores e Cooperação da África do Sul se refere ao presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, como "aquele velho maluco". Documentos americanos também tratam da Argentina e nutrem suspeitas em relação à saúde mental da presidente Cristina Kirchner.
> http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/11/29/veja-as-principais-revelacoes-feitas-pelo-wikileaks-923135226.asp

Eu sempre achei o Wkileaks um site sério, mas algumas das últimas revelações tem um quê de "teorias da conspiração", outras são totalmente irrelevantes para uma análise de política internacional. Não sei se é feita alguma triagem das informações e tbm nao li os artigos originais, mas a impressão que me ficou é que dessa vez o Wikileaks não deu a devida atenção ao conteúdo que publicou, fazendo com que sua credibilidade seja cada vez mais questionada. O que vcs acham?

P.S.: nap encontrei o outro tópico sobre isso (foi apagado?), entao se acharem melhor, podem juntar.
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #6 Online: 29 de Novembro de 2010, 19:53:18 »
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Veja posição dos países sobre os documentos do Wikileaks

No último domingo, o site WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos enviados de embaixadas americanas ao redor do mundo a Washington. O conteúdo diplomático foi entregue a cinco dos principais jornais do planeta (o americano The New York Times, o britânico The Guardian, o espanhol El País, o francês Le Monde e o alemão Die Spiegel), causando imediata repercussão no mundo inteiro. Veja o posicionamento de alguns países citados nos documentos.

Estados Unidos: "ataque à comunidade internacional"
A Casa Branca atacou os documentos do WikiLeaks referindo-se a "uma ação negligente e perigosa" que põe vidas em risco ao redor do mundo. "Condenamos nos termos mais fortes a revelação não autorizada de documentos secretos e informação sensível de segurança nacional", afirmou o secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs. A Casa Branca afirmou que o vazamento é "irresponsável" e também põe a vida dos diplomatas em risco. O congressista republicano Peter King, que avaliou a divulgação dos documentos como "pior que um ataque militar, pediu que o WikiLeaks seja classificado como organização terrorista.

O procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, informou nesta segunda que seu departamento abriu uma investigação criminal sobre o vazamento dos documentos diplomáticos pelo WikiLeaks. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, por sua vez, condenou o vazamento e afirmou que o vazamento "é um ataque à comunidade internacional", além de manifestar pesar. "Essa divulgação não é apenas um atentado a interesses estrangeiros da política americana. É um ataque à comunidade internacional", disse Hillary. "Estamos tomando medidas agressivas para responsabilizar quem roubou as informações", disse.

Israel: "sem linguagem dupla"
Um alto funcionário do governo israelense afirmou nesta segunda-feira que o país aparece bem, depois do temor de graves problemas com as revelações de documentos diplomáticos dos Estados Unidos pelo site WikiLeaks. "Nós saímos aparecendo muito bem", disse. "As revelações demonstram que Israel não tem uma linguagem dupla e diz de modo privado o mesmo que diz em público a respeito do programa nuclear iraniano", afirmou. "Acontece que todo o Oriente Médio está temeroso com a perspectiva de um Irã nuclear. Os países árabes querem dos Estados Unidos uma ação militar de maneira muito mais acelerada que Israel", disse.

Austrália: "publicação ilegal"
A Justiça australiana ordenou uma investigação sobre a divulgação de documentos pelo site WikiLeaks e anunciou que apoiará eventuais ações judiciais dos Estados Unidos contra o portal fundado pelo australiano Julian Assange. "Do ponto de vista australiano, pensamos que a publicação destas informações pode ser contrária a vários artigos da lei", disse o procurador-geral do país, Robert McClelland. "A Austrália apoiará qualquer ação judicial que possa ser iniciada. Os Estados Unidos devem iniciá-las, mas as agências australianas darão sua ajuda", disse McClelland.

França: "ameaça à soberania democrática"
O porta-voz do governo francês, François Baroin, expressou nesta segunda-feira solidariedade com Washington após o vazamento de documentos do WikiLeaks. "Nos solidarizamos com a administração americana e com sua vontade de evitar algo prejudique não só a autoridade dos Estados Unidos, mas coloque em perigo homens e mulheres que trabalharam a serviço do país", afirmou Baroin. Após mostrar "preocupação" com "a difusão de informações de caráter confidencial", o porta-voz garantiu que haverá colaboração com os Estados Unidos para combater "o que é uma ameaça" contra "a autoridade e a soberania democrática". Segundo Baroin, Washington advertiu a Paris sobre "a realidade dessas publicações".

Iraque: "não ajuda em absoluto"
O ministro iraquiano das Relações Exteriores, Hoshyar Zebari, criticou a publicação pelo site WikiLeaks de documentos confidenciais americanos. "Estas publicações não nos ajudam em absoluto", disse Zebari. "Estamos em uma fase crítica, tentando formar um governo. Esperamos que tudo isto não envenene a atmosfera geral entre os políticos e dirigentes iraquianos", completou. No entanto, o ministro reconheceu que ainda não havia lido os textos que envolvem especificamente o Iraque.

Itália: "revista de fofocas"
O chanceler italiano, Franco Frattini, qualificou o vazamento como "o 11 de Setembro da diplomacia mundial". Já o ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, pediu que não seja dada excessiva importância ao vazamento. "São informações que tinham de permanecer secretas. Provavelmente sua publicação é ilegal, mas, ao fim, parecem sair de uma revista de fofocas", disse La Russa.

O ministro criticou a definição do primeiro-ministro Silvio Berlusconi como 'porta-voz' na Europa do premiê russo, Vladimir Putin, dizendo que Berlusconi defende o "direito da Rússia de ser ouvida". Ele também qualificou de "banais" e "ridículos" outros dos documentos falando sobre as supostas festas de Berlusconi. No entanto indicou que essas publicações obrigarão "a mudar o sistema de relações diplomáticas, e os diplomatas terão de ser mais cuidadosos, reflexivos e prudentes em seus relatórios".

Paraguai: "questão delicada"
O governo paraguaio convidou a embaixadora dos Estados Unidos para uma reunião sobre dos documentos do WikiLeaks que contém dados sobre o país. O chanceler Héctor Lacognata disse que, se as informações se confirmarem, será uma ingerência em assuntos internos de outro país e um fato grave. "Se for confirmado, será um fato que poderá ser considerado grave. Mas estamos falando de suposições, e precisamos avançar na investigação e falar com os principais envolvidos. É uma questão delicada, que requer prudência", disse o ministro.

Rússia: "leitura divertida"
O Kremlin e o governo russo reagiram com prudência ao vazamento dos documentos. "Há uma sensação de pesar e mal-estar", declarou à imprensa um alto funcionário próximo aos círculos diplomáticos. "Mas não é uma tragédia". Para Serguei Lavrov, chefe da diplomacia russa, os documentos são "uma leitura divertida". Na política, entretanto, "preferimos nos apoiar em fatos concretos de nossos aliados", afirmou.

Natalia Timakova, porta-voz de Medvedev, disse que não há nada "interessante ou que mereça comentário" nos documentos publicados pelo Wikileaks. "Os heróis inventados de Hollywood não merecem comentários", afirmou, em resposta a uma mensagem na qual um diplomata compara Putin e Medvedev a Batman e seu fiel assistente Robin. Dimitri Peskov, porta-voz de Putin, também tentou diminuir o peso do assunto. "Primeiro, temos que ver quais diplomatas, de qual escalão, fizeram estes comentários e em quais documentos. Depois, é preciso determinar se de fato eles falam de Putin", afirmou.

Irã: "WikiLeaks não tem crédito"
O presidente Mahmoud Ahmadinejad minimizou a importância dos documentos vazados pelo site WikiLeaks. O presidente iraniano insistiu que a divulgação "não é mais do que um jogo" e que o governo iraniano é "suficientemente inteligente para não prestar atenção (aos documentos)". "O WikiLeaks está publicando de modo sistemático e programado e não tem crédito. Parece mais uma guerra psicológica e não terá o impacto político que eles querem", afirmou Ahmadinejad.

Alemanha: "atuação lamentável"
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, foi duramente criticado após o vazamento de informações do WikiLeaks com comentários depreciativos sobre sua gestão. "Não acho que a história tenha sido assim", disse o ministro sobre a versão de que alguém do Partido Liberal tenha sido o informante a serviço do embaixador dos Estados Unidos. Westerwelle qualificou o vazamento como uma "atuação lamentável", que espera que "não traga consequências para a segurança da Alemanha e de seus aliados", questão que está sendo analisada por especialistas do governo.

Israel: "documentos provam ameaça iraniana"
O primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Ele disse que os documentos revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente.

"A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano. Mais e mais estados, governos e líderes do Oriente Médio e do mundo compreendem que esta é uma ameaça fundamental", disse Netanyahu.
> http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4817829-EI8141,00-Veja+posicao+dos+paises+sobre+os+documentos+do+Wikileaks.html
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Barata Tenno

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #7 Online: 29 de Novembro de 2010, 20:51:49 »
O comunicado da embaixada cita prisões feitas pela Polícia Federal de indivíduos com supostas ligações com o extremismo, mas sob acusações de crimes não relacionados, como narcotráfico e contrabando, para evitar chamar a atenção.

Se for verdade é assustador... :o
Nem tanto, imagino que esses terroristas devam estar ligados com narcotráfico e contrabando de armas.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #8 Online: 29 de Novembro de 2010, 21:19:49 »
Citar
Cerca de 250 mil documentos secretos obtidos pelo site Wikileaks e divulgados neste domingo

Não é o site que diz ter boas informações sobr o governo brasileiro?
 
Espero que chutem o balde logo.

Offline Felius

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #9 Online: 29 de Novembro de 2010, 22:53:15 »
O comunicado da embaixada cita prisões feitas pela Polícia Federal de indivíduos com supostas ligações com o extremismo, mas sob acusações de crimes não relacionados, como narcotráfico e contrabando, para evitar chamar a atenção.

Se for verdade é assustador... :o
Nem tanto, imagino que esses terroristas devam estar ligados com narcotráfico e contrabando de armas.
Fora que, se for pra começar prender terrorista só por ser terrorista aqui no Brasil, vamos ter que começar com nossa presidente eleita... :P
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Offline Geotecton

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #10 Online: 29 de Novembro de 2010, 23:39:23 »
EUA: Brasil tem dois discursos sobre contraterrorismo

Segundo documentos do Wikileaks, postura política de negar a existência de ameaças contrasta com ações dos serviços de segurança
[...]
“Há dois discursos separados no governo do Brasil sobre contraterrorismo; politicamente, o Brasil continua a negar a presença e a ameaça potencial de terroristas e do terrorismo no Brasil, enquanto os órgãos de aplicação da lei e de inteligência monitoram e cooperam para combater a ameaça”, diz o documento.
[...]
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/eua+brasil+tem+dois+discursos+sobre+contraterrorismo/n1237842439026.html

E qual é a real capacidade brasileira no que tange à capacidade de coletar, processar e usar as informações de inteligência?
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Offline Unknown

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #11 Online: 30 de Novembro de 2010, 13:40:15 »
Tópicos unidos.

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Offline Dr. Manhattan

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #12 Online: 30 de Novembro de 2010, 13:43:56 »
Interessante. Esses vazamentos implicam uma discordância entre o Nelson Jobim e o Itamaraty acerca de como lidar com os americanos.
O NJ parece ser o menos antiamericano.
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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #13 Online: 30 de Novembro de 2010, 14:12:03 »
Interessante. Esses vazamentos implicam uma discordância entre o Nelson Jobim e o Itamaraty acerca de como lidar com os americanos.
O NJ parece ser o menos antiamericano.
Onde tem antiamericanismo por parte do Brasil nesses relatórios? Se vi, realmente deixei passar batido.

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #14 Online: 01 de Dezembro de 2010, 17:54:59 »
Pode deixar, já vi hoje. E apesar de algumas declarações meio exaltadas do Samuel Pinheiro Guimarães, não dá para chamar o Itamaraty como um todo de antiamericano. Desde a época da Guerra Fria ele e o Celso Amorim já defendiam que o Brasil tivesse uma posição mais independente nas relações internacionais, como o Movimento dos Não-Alinhados, só que o Celso Amorim é mais comedido e prático em suas opiniões, enquanto o SGP está mais para um ultranacionalista. Discordo em muitas coisas que o SGP diz, mas chamar todo o Itamaraty de antiamericano só por causa das opiniões dele me parece exagero.

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #15 Online: 03 de Dezembro de 2010, 12:20:22 »
Brazil - Brasil rejeitou prisioneiros de Guantánamo
http://213.251.145.96/articles/2010/Brasil-rejeitou-prisioneiros-de.html

Não vou colar noticias, porque tem vários links de referências.

Mas é interessante os trechos:

"Outros dois telegramas obtidos pelo WikiLeaks mostram que o Itamaraty manteve o mesmo discurso quando procurado para receber cubanos que fugiram do regime de Fidel Castro.

Em maio de 2005, o Brasil recusou dar status de refugiados para cubanos e haitianos que fugiram para a Baía de Guantánamo, controlada pelos EUA."

E depois:

"Já Varese explicou que a posição do CONARE era a mesma – o Brasil só aceitaria refugiados que já tivessem este status no país onde estão vivendo – e não mudaria no futuro.

Em 2009, já sob o governo de Barack Obama, a embaixada voltou à carga. Contactou Gilda Mattos Santos Neves, chefe do departamento da ONU do MRE, que deu a mesma explicação das tentativas anteriores.

“Neves não levantou nenhuma questão política ou diplomática sobre o reassentamento de cubanos no Brasil”, relatou a Ministra Conselheira da embaixada Lisa Kubiske em um telegrama não classificado em 30 de outubro de 2009."

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #16 Online: 03 de Dezembro de 2010, 15:28:27 »
Após 'expulsão', site WikiLeaks muda de endereço

Provedor retira domínio wikileaks.org do ar alegando que "múltiplos ataques" de hackers ameaçam toda a sua rede

O site WikiLeaks, especializado em vazar documentos secretos, foi obrigado a mudar de endereço após seu domínio original (wikileaks.org) ser retirado do ar pelo provedor americano EveryDNS na madrugada desta sexta-feira. A EveryDNS, que faz a gestão de domínios de internet, justificou a medida dizendo que os ataques de hackers ao WikiLeaks estavam ameaçando toda a sua rede.

Em nota, a EveryDNS disse que o "wikileaks.org se tornou alvo de múltiplos ataques". "Esses ataques já ameaçaram e, no futuro, vão continuar ameaçando a estabilidade da nossa infraestrutura." A empresa dá acesso a cerca de 500 mil sites.

O WikiLeaks agora passa a funcionar no endereço wikileaks.ch, com base na Suíça. Na manhã desta sexta-feira, porém, o site funcionava de forma instável, saindo do ar em vários momentos. Um rastreamento mostrou que o WikiLeaks também está hospedado em um servidor francês. Segundo o site especializado Gizmodo, o servidor OVH, baseado em Roubaix, acolhe o WikiLeaks desde quinta-feira.

Mas o Ministério de Economia Digital francês, Eric Besson, iniciou nesta sexta-feira o procedimento para que site deixe de ser hospedado no servidor francês por considerá-lo "criminoso". Besson escreveu ao Conselho Geral da Indústria, Energia e Tecnologias (CGIET) para que acabe com a presença no OVH.

"Essa situação não é aceitável. A França não pode abrigar sites que violam o segredo das relações diplomáticas e põem em risco pessoas protegidas pelo segredo diplomático", indicou.

Na quinta-feira, a empresa americana Tableau Software, cujo software foi utilizado pelo WikiLeaks para criar e publicar gráficos relacionados com a diplomacia americanas, retirou também seu suporte técnico ao site do australiano Julian Assange.

Em seu blog, a empresa explicou que na quarta-feira à tarde retirou "visualizações de dados publicados pelo WikiLeaks" em resposta a um pedido público do senador independente por Connecticut Joe Lieberman, que preside o Comitê de Segurança e Assuntos Governamentais do Senado dos EUA.

Na quarta-feira, o WikiLeaks anunciou que a Amazon.com o expulsou de seus servidores, forçando o site a voltar para um provedor sueco. Lieberman disse que a medida da Amazon.com foi tomada depois de membros do Congresso terem pedido na terça-feira à companhia que repensasse seu relacionamento com o WikiLeaks.

Pelo "Twitter", o WikiLeaks demonstrou seu incômodo: "Se a Amazon está tão incomodado com a primeira emenda (que protege a liberdade de expressão) deveria deixar de vender livros."

Para garantir sua distribuição, o WikiLeaks tinha se abrigado em dois servidores, o sueco Bahnhof, muito comprometido com a liberdade de expressão, e o americano Amazon, agora substituído pelo OVH. Segundo meios franceses, O Bahnhof chegou a abrigar seus servidores em um antigo bunker antinuclear para se proteger de eventuais ataques físicos.

As revelações do último lote de documentos publicados pelo WikiLeaks provocou um tumulto diplomático mundial, ao divulgar documentos secretos de embaixadas americanas na internet. As correspondências fazem parte do pacote de mais de 250 mil comunicações entre embaixadas e outros canais diplomáticos americanos aos quais o site WikiLeaks teve acesso e que começou a vazar no domingo.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/apos+expulsao+site+wikileaks+muda+de+endereco/n1237847850540.html

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #17 Online: 03 de Dezembro de 2010, 16:30:14 »
Sim, e agora o novo endereço é: http://213.251.145.96/index.html
Se cair, tenho alguns guardados via Tor.

Offline Matheus de Souza

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #18 Online: 03 de Dezembro de 2010, 23:12:58 »
Manolos, eu estou adorando esse tal Wikileaks.  :D
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Mário Vargas Llosa

Offline Matheus de Souza

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #19 Online: 03 de Dezembro de 2010, 23:15:38 »

O comunicado da embaixada cita prisões feitas pela Polícia Federal de indivíduos com supostas ligações com o extremismo, mas sob acusações de crimes não relacionados, como narcotráfico e contrabando, para evitar chamar a atenção.

Isso é grave, hein.
"Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por ideias."

Mário Vargas Llosa

Offline Barata Tenno

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #20 Online: 04 de Dezembro de 2010, 02:40:29 »

O comunicado da embaixada cita prisões feitas pela Polícia Federal de indivíduos com supostas ligações com o extremismo, mas sob acusações de crimes não relacionados, como narcotráfico e contrabando, para evitar chamar a atenção.

Isso é grave, hein.

O que é grave? A existencia de terroristas ou a prisão deles?
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Offline Matheus de Souza

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #21 Online: 05 de Dezembro de 2010, 02:46:42 »

O comunicado da embaixada cita prisões feitas pela Polícia Federal de indivíduos com supostas ligações com o extremismo, mas sob acusações de crimes não relacionados, como narcotráfico e contrabando, para evitar chamar a atenção.

Isso é grave, hein.

O que é grave? A existencia de terroristas ou a prisão deles?

Você não entendeu. O que esses documentos dizem é que a Policia Federal prende terroristas, porém arruma um jeito de acusá-los de crimes comuns pra não chamar a atenção da imprensa e não espalhar a informação de que existe atividade terrorista aqui no Brasil.

Um caso que eles citaram foi o do tal "Senhor K", que foi acusado de racismo, porém, segundo documentos da embaixada americana no Brasil, ele comandava uma célula da Al Qaeda em São Paulo.
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Mário Vargas Llosa

Offline Lord_Dracon

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #22 Online: 05 de Dezembro de 2010, 05:16:23 »
Citar
02/12/2010 - 01h06

Criador do WikiLeaks divulga arquivo que pode ser seu "seguro de vida"

DA EFE, EM WASHINGTON

O fundador do site Wikileaks, Julian Assange, postou na internet há algumas semanas um misterioso arquivo intitulado "insurance.aes256", que pode conter todos seus segredos para o caso de lhe ocorrer algo, dizem várias páginas especializadas.

O motivo da existência do arquivo e seu conteúdo se transformou em um acalorado debate em muitas páginas da internet, especialmente depois de o WikiLeaks revelar durante esta semana mais de 251 mil documentos confidenciais dos Estados Unidos.

O arquivo, que foi inicialmente colocado na página do WikiLeaks sobre os documentos da guerra do Afeganistão e que pode ser baixado como arquivo "torrent", pesa 1,4 Gigabytes e está codificado com AES256, o sistema de encriptação mais avançado e adotado pelo Governo dos EUA.

O WikiLeaks e Assange não deram praticamente nenhuma explicação sobre o conteúdo do arquivo e a razão pela qual ele está sendo disseminado.

No final de julho, pouco depois de o arquivo aparecer em seu site, Assange foi questionado sobre o tema pela jornalista americana Amy Goodman.

"Bom, acho que é melhor não comentarmos sobre isso. Mas já sabe, alguém poderia imaginar em uma situação similar que valeria a pena assegurar as partes importantes da história para que não desaparecessem", explicou.

O site "Cryptome" especulou então que se algo acontecesse com o "Wikileaks" ou com Assange seus voluntários revelariam a contra-senha para abrir o arquivo.

A revista "Wired", por sua vez, especulou que o suposto autor do envio dos documentos secretos que estão sendo revelados pelo WikiLeaks, o soldado Bradley Manning, na realidade proporcionou a Assange mais documentos que os 251 mil telegramas diplomáticos e as dezenas de milhares de documentos sobre o Afeganistão e o Iraque já revelados.

Não é difícil achar esse arquivo nos torrents públicos mais comuns. Até baixei o cujo dito por curiosidade.

Continuei pesquisando mais sobre esse arquivo e me deparei com várias discussões e debates em foruns, e muita pouca informação "boa para análise". A única coisa que aparentemente foi verídica relacionada ao arquivo é que ele realmente foi hospedado no extinto wikileaks.org. Tinha até gente falando sem saber: "Qualquer hora alguém quebra a criptografia". E se realmente for um arquivo encriptado em AES-256, isso é praticamente impossível.

AES-256: http://pt.wikipedia.org/wiki/AES

Obs.: Se você já tem conhecimento da encriptação AES-256, pode pular a minha explicação nerd abaixo. :P

Citação de: Explicação AES-256
Uma encriptação AES-256 usa uma senha (ou passphrase) para "embaralhar" todos os bytes do arquivo com um algorítmo próprio. Essa senha/chave não é armazenada no arquivo, e o arquivo de saída (encriptado) parecerá apenas um arquivo "RAW" cheio de bytes sem sentido. Se você tiver a senha/chave correta, o algorítmo retoma o arquivo original. Com uma senha errada, ele apenas geraria outro arquivo com bytes aleatórios sem sentido. Outra, a encriptação muda de acordo com a senha/chave usada. Então se eu encriptar um arquivo com a senha "123" ele vai ter uma composição de bytes "aleatórios" diferente do que se eu encriptar o mesmo arquivo com a senha "ABC".

O único jeito de quebrar uma encriptação AES-256 será através do bruce-force, que consiste em testar todas as combinações possíveis de senhas até acertar. O que não adianta de nada nesse caso.

Explico: Suponhamos que o autor do arquivo tenha usado uma chave de 10 caracteres alfanuméricos (apenas letras e números). Então teremos 26 letras do alfabeto maiúsculo (A-Z), 26 letras do alfabeto minúsculo (a-z) e 10 números (0-9), no total de 62 combinações diferentes. Supondo que a senha tenha 10 bytes, um computador teria que testar 6210 combinações diferentes para quebrar a encriptação (pois testaria todas as possibilidades possíveis). Isso é um número monstruoso. Um exemplo: Se tivéssemos um computador capaz de testar 1 milhão de senhas por segundo no arquivo, e supondo que a combinação verdadeira seja a última a ser testada, todo o processo demoraria aproximadamente 26.596 anos.

Isso se soubessemos de antemão que a) a senha usada foi de 10 caracteres e b) a senha é alfanumérica.

Se o arquivo foi encriptado usando 32 caracteres (que é o padrão do AES - 256 bits), e fosse usada na senha qualquer caractere da tabela ASCII (256 no total), na simulação acima testar todas as possibilidades demoraria 25632 / 1.000.000 = 3,67 x 1063 anos!


Continuando a minha pesquisa, me deparei com o seguinte site com um artigo excelente, que analisou o tal insurance.aes256 com muito bom senso. Recomendo a todos que leiam o artigo:
http://www.minousoft.com/2010/07/probability-analysis-of-the-insurance-aes256-file-posted-by-wikileaks/

A parte de melhor propriedade do artigo foi testar o arquivo com um "Pseudorandom Number Sequence Test Program". Esse programa gera uma estatística de quantas vezes cada byte aparece no arquivo, e o resultado foi muito curioso:

Código: [Selecionar]
Value Char Occurrences Fraction
0 5831133 0.003909
1 5821896 0.003903
2 5829493 0.003908
3 5825654 0.003905
4 5826771 0.003906
5 5828268 0.003907
6 5824812 0.003904
7 5825516 0.003905
8 5829742 0.003908
9 5827343 0.003906
10 5832027 0.003909
11 5829195 0.003907
12 5827384 0.003906
13 5828728 0.003907
14 5830264 0.003908
15 5827702 0.003906
16 5826254 0.003905
17 5826796 0.003906
18 5827655 0.003906
19 5829898 0.003908
20 5823791 0.003904
21 5826721 0.003906
22 5830325 0.003908
23 5827184 0.003906
24 5827418 0.003906
25 5826649 0.003906
26 5829073 0.003907
27 5830903 0.003909
28 5829320 0.003907
29 5822054 0.003903
30 5830935 0.003909
31 5825495 0.003905
32 5826277 0.003905
33 ! 5825157 0.003905
34 " 5828451 0.003907
35 # 5832609 0.003910
36 $ 5826940 0.003906
37 % 5824398 0.003904
38 & 5832584 0.003910
39 ' 5827261 0.003906
40 ( 5829910 0.003908
41 ) 5824543 0.003904
42 * 5826074 0.003905
43 + 5830256 0.003908
44 , 5829193 0.003907
45 - 5824406 0.003904
46 . 5826575 0.003906
47 / 5829038 0.003907
48 0 5821723 0.003902
49 1 5825675 0.003905
50 2 5828370 0.003907
51 3 5825673 0.003905
52 4 5829694 0.003908
53 5 5829471 0.003908
54 6 5827969 0.003907
55 7 5827824 0.003906
56 8 5830805 0.003908
57 9 5823738 0.003904
58 : 5831109 0.003909
59 ; 5829838 0.003908
60 < 5829588 0.003908
61 = 5831567 0.003909
62 > 5828582 0.003907
63 ? 5827448 0.003906
64 @ 5825238 0.003905
65 A 5828482 0.003907
66 B 5830997 0.003909
67 C 5825871 0.003905
68 D 5824193 0.003904
69 E 5826975 0.003906
70 F 5828318 0.003907
71 G 5823672 0.003904
72 H 5826967 0.003906
73 I 5831510 0.003909
74 J 5824043 0.003904
75 K 5825664 0.003905
76 L 5825418 0.003905
77 M 5825536 0.003905
78 N 5830349 0.003908
79 O 5831757 0.003909
80 P 5831266 0.003909
81 Q 5826086 0.003905
82 R 5828675 0.003907
83 S 5825970 0.003905
84 T 5829911 0.003908
85 U 5825395 0.003905
86 V 5829711 0.003908
87 W 5831360 0.003909
88 X 5824735 0.003904
89 Y 5825407 0.003905
90 Z 5829758 0.003908
91 [ 5819914 0.003901
92 \ 5823519 0.003904
93 ] 5826185 0.003905
94 ^ 5828524 0.003907
95 _ 5832354 0.003910
96 ` 5825820 0.003905
97 a 5828110 0.003907
98 b 5826906 0.003906
99 c 5824343 0.003904
100 d 5822172 0.003903
101 e 5827340 0.003906
102 f 5827127 0.003906
103 g 5825124 0.003905
104 h 5832981 0.003910
105 i 5826975 0.003906
106 j 5825581 0.003905
107 k 5825491 0.003905
108 l 5825104 0.003905
109 m 5826918 0.003906
110 n 5823465 0.003904
111 o 5828650 0.003907
112 p 5828446 0.003907
113 q 5829390 0.003908
114 r 5827485 0.003906
115 s 5823606 0.003904
116 t 5828506 0.003907
117 u 5826148 0.003905
118 v 5826219 0.003905
119 w 5828943 0.003907
120 x 5829263 0.003907
121 y 5826001 0.003905
122 z 5829743 0.003908
123 { 5829260 0.003907
124 | 5822397 0.003903
125 } 5828862 0.003907
126 ~ 5823484 0.003904
127 5823496 0.003904
128 5826185 0.003905
129 5829053 0.003907
130 5824485 0.003904
131 5827967 0.003907
132 5826922 0.003906
133 5826153 0.003905
134 5828158 0.003907
135 5827341 0.003906
136 5828230 0.003907
137 5826507 0.003906
138 5829568 0.003908
139 5828237 0.003907
140 5826541 0.003906
141 5827883 0.003907
142 5827333 0.003906
143 5826359 0.003905
144 5829751 0.003908
145 5829125 0.003907
146 5825086 0.003905
147 5826675 0.003906
148 5823525 0.003904
149 5832068 0.003909
150 5825977 0.003905
151 5829231 0.003907
152 5828683 0.003907
153 5830115 0.003908
154 5830568 0.003908
155 5829353 0.003908
156 5829319 0.003907
157 5823290 0.003903
158 5826116 0.003905
159 5826230 0.003905
160 5823560 0.003904
161 í 5827576 0.003906
162 ó 5827266 0.003906
163 ú 5831967 0.003909
164 ñ 5827865 0.003907
165 Ñ 5827662 0.003906
166 ª 5823918 0.003904
167 º 5823846 0.003904
168 ¿ 5829778 0.003908
169 ? 5824655 0.003904
170 ¬ 5828859 0.003907
171 ½ 5829188 0.003907
172 ¼ 5824222 0.003904
173 ¡ 5829270 0.003907
174 « 5823372 0.003903
175 » 5824438 0.003904
176 ? 5827143 0.003906
177 ? 5824586 0.003904
178 ? 5831909 0.003909
179 ? 5827259 0.003906
180 ? 5830235 0.003908
181 ? 5831856 0.003909
182 ? 5828774 0.003907
183 ? 5830828 0.003908
184 ? 5829501 0.003908
185 ? 5827530 0.003906
186 ? 5825374 0.003905
187 ? 5827948 0.003907
188 ? 5827309 0.003906
189 ? 5823734 0.003904
190 ? 5832416 0.003910
191 ? 5832396 0.003910
192 ? 5827631 0.003906
193 ? 5826624 0.003906
194 ? 5828155 0.003907
195 ? 5825351 0.003905
196 ? 5828894 0.003907
197 ? 5833022 0.003910
198 ? 5827565 0.003906
199 ? 5825051 0.003905
200 ? 5825892 0.003905
201 ? 5827507 0.003906
202 ? 5826458 0.003906
203 ? 5825486 0.003905
204 ? 5828733 0.003907
205 ? 5828540 0.003907
206 ? 5830445 0.003908
207 ? 5825805 0.003905
208 ? 5825267 0.003905
209 ? 5823457 0.003904
210 ? 5830062 0.003908
211 ? 5822106 0.003903
212 ? 5832123 0.003909
213 ? 5828281 0.003907
214 ? 5826942 0.003906
215 ? 5826355 0.003905
216 ? 5829180 0.003907
217 ? 5828365 0.003907
218 ? 5829759 0.003908
219 ? 5826086 0.003905
220 ? 5830598 0.003908
221 ? 5831230 0.003909
222 ? 5828050 0.003907
223 ? 5823466 0.003904
224 ? 5828778 0.003907
225 ß 5829330 0.003907
226 ? 5830131 0.003908
227 ? 5826472 0.003906
228 ? 5828401 0.003907
229 ? 5826891 0.003906
230 µ 5827650 0.003906
231 ? 5825816 0.003905
232 ? 5829096 0.003907
233 ? 5827508 0.003906
234 ? 5831141 0.003909
235 ? 5824228 0.003904
236 ? 5827457 0.003906
237 ? 5822154 0.003903
238 ? 5827440 0.003906
239 ? 5821770 0.003902
240 ? 5826786 0.003906
241 ± 5830915 0.003909
242 ? 5829086 0.003907
243 ? 5822656 0.003903
244 ? 5828582 0.003907
245 ? 5829998 0.003908
246 ÷ 5827474 0.003906
247 ? 5826453 0.003906
248 ° 5828926 0.003907
249 ? 5824695 0.003904
250 · 5827524 0.003906
251 ? 5827312 0.003906
252 ? 5829973 0.003908
253 ² 5826288 0.003905
254 ? 5827450 0.003906
255   5829174 0.003907

Total: 1491834576 1.000000

Entropy = 8.000000 bits per byte.

Optimum compression would reduce the size
of this 1491834576 byte file by 0 percent.

Chi square distribution for 1491834576 samples is 285.70, and randomly
would exceed this value 9.05 percent of the times.

Arithmetic mean value of data bytes is 127.4998 (127.5 = random).
Monte Carlo value for Pi is 3.141583671 (error 0.00 percent).
Serial correlation coefficient is -0.000029 (totally uncorrelated = 0.0).

"According to the results, the file is almost completely random. There is a very tiny bias towards 0 bits showing up more than 1 bits, but this is insignificant. Again, it could just be 1.4GB of random garbage designed as disinformation intended to throw us off, or it could be some big secrets that WikiLeaks is blackmailing the government with."

Como podem ver, todos os 256 bytes da tabela ASCII repetem praticamente na mesma quantidade dentro do arquivo, sugerindo que ele pode conter apenas uma coletânia de bytes aleatórios (e não documentos encriptados).

Mas claro, existe a possibilidade de terem criado um algorítmo diferente... (Será?)

Vou fazer um teste básico assim que possível: Vou reunir uma leva de arquivos diferentes (imagens, sons, vídeos, documentos, etc) até somar 1,4 GB, vou encriptá-los com AES-256 com uma senha de 32 caracteres e usar esse programa para analisar meu arquivo. Se a saída for semelhante, não dá para afirmar que o arquivo seja falso (no sentido de estar encriptado). Porém se o resultado for diferente (tiver uma quantia maior de certos bytes comparado a outros bytes), é provável que o arquivo não seja encriptado e só tenha bytes randômicos, o que já seria um ponto contra a credibilidade do Wikileaks.

Desculpe-me se me estendi demais com meu post. :hihi:

Assim que eu fizer o teste posto aqui para vocês (se interessarem).

PS: Esse teste me lembrou de um ótimo artigo do Ceticismo Aberto:
http://www.ceticismoaberto.com/fortianismo/2078/coincidncias-aleatrias-ou-fantsticas


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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #23 Online: 05 de Dezembro de 2010, 08:43:17 »
Texto interessante e esclarecedor Lord-Dracon.
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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #24 Online: 05 de Dezembro de 2010, 08:59:04 »
O que quero realmente saber é quando ele vai vazar os documentos sobre Roswell, Hoffa, Kennedy, Projeto Filadélfia e tantos outros! :biglol:

 

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