Autor Tópico: Novo vazamento no Wikileaks  (Lida 22834 vezes)

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #100 Online: 22 de Março de 2012, 21:44:13 »
Argentina temeu ambição nuclear do Brasil no governo Lula, revela Wikileaks; leia telegrama traduzido

A Argentina temeu que as ambições internacionais do governo Lula levassem o Brasil a rever seus compromissos na área de proliferação nuclear – caminhando perigosamente em direção à bomba atômica. Em uma conversa reservada com diplomatas americanos no Natal de 2009, funcionários argentinos disseram que “luzes amarelas” acenderam em Buenos Aires diante da aproximação do Brasil com o Irã de Mahmoud Ahmadinejad e da abertura de uma embaixada brasileira na Coreia do Norte.
O telegrama diplomático comenta ainda que o governo argentino chegou a preparar resposta para a eventualidade de o Brasil construir uma arma nuclear, mas viu com alívio a eleição de Dilma em 2011, “por acreditarem que nenhum sucessor tentaria sustentar a arriscada política externa de Lula”.

O relato completo do encontro está entre as centenas de despachos da Embaixada dos EUA em Buenos Aires revelados pelo WikiLeaks.

Leia abaixo o telegrama traduzido para o português.

CONFIDENCIAL BUENOS AIRES 001305
SIPDIS
E.O. 12958: DECL: 2034/12/24
TAGS: PREL, KNNP, PARM, PGOV, BR, AR
ASSUNTO: (C) MFA (Ministério das Relações Exteriores) argentino compartilha algumas preocupações a respeito da política externa e do potencial nuclear do Brasil
REF: BRASÍLIA 09 MDA 839 Classificado como sigiloso por: Alex Featherstone, A/DCM; MOTIVO: 1.4(B), (D)

1. Resumo: Representantes do MFA da Argentina para a não proliferação nuclear mostraram-se preocupados com os rumos tomados pela política de segurança do Brasil nos últimos anos do governo Lula, numa reunião realizada no dia 10 de dezembro. Eram apenas “sinais de advertência”, mas os argentinos mostraram-se temerosos diante da aproximação do Brasil com o Irã e a Coreia do Norte e de alguns comentários extraoficiais feitos no Brasil a respeito da posição estratégica deste país ao lado dos países do BRIC que têm a arma nuclear. O MFA da Argentina chegou até a preparar sua resposta na eventualidade pouco provável de que o Brasil construa uma arma nuclear. Representantes do GOA (Governo da Argentina) enfatizaram que enquanto o Brasil continuar aceitando as salvaguardas e o compromisso com a transparência estabelecidos pela AIEA e pela Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC), não haverá muito com que se preocupar. Não obstante, enxergaram a mudança na presidência do Brasil em 2011 com certo alívio, por acreditarem que nenhum sucessor tentaria sustentar a arriscada política externa de Lula, um presidente extremamente popular, particularmente no início do mandato.
2. O oficial do PolMil esteve no dia 10 de dezembro na Diretório de Segurança Internacional e Assuntos Nucleares e Espaciais (DIGAN) do Ministério das Relações Exteriores da Argentina. A embaixada solicitou o encontro para discutir as posições argentinas em relação ao Brasil. Representaram o DIGAN seu experiente e respeitado diretor, Gustavo Ainchil, seu vice-diretor Alberto Dojas, e a funcionária Lorena Capra. A participação da equipe completa do DIGAN reforça a impressão da embaixada de que os argentinos decidiram de antemão compartilhar sua preocupação com o USG (Governo dos Estados Unidos)(conclusão corroborada por uma visita anterior do PolCouns argentino à embaixada americana em Brasília para expor suas preocupações).
3. (C) Ainchil começou dizendo que eventos recentes no Brasil haviam chamado a atenção da Argentina. A recepção do presidente iraniano Ahmadinejad havia sido particularmente problemática para a Argentina, considerando suas questões com o Irã. A visita de Ahmadinejad, somada à decisão do Brasil de abrir uma missão diplomática na Coreia do Norte, havia causado certa preocupação em Buenos Aires com relação ao compromisso do país com a diplomacia de não proliferação internacional. Mais diretamente, sua velha resistência ao Protocolo Adicional (PA) do Tratado de Não Proliferação Nuclear era preocupante. (Nota: Ainchil confirmou separadamente a um funcionário político que, embora a ABACC e a AIEA tivessem acesso a instalações civis e militares nas quais eram usados materiais nucleares, elas não contavam com o acesso mais amplo e imediato previsto no PA. Sob os termos atuais, o Brasil protegia certas tecnologias nucleares, como centrífugas, dos inspetores argentinos, enquanto adotava medidas elaboradas para demonstrar que combustíveis e materiais nucleares haviam sido computados em sua totalidade no processo. Fim da nota.)
4. (C) A “luz amarela” foi acesa na Argentina, disse Ainchil, por causa desses eventos e também de comentários de vários ex-funcionários e acadêmicos manifestando certa frustração com o fato de o Brasil ter sido proibido de se juntar aos outros países do BRIC em pé de igualdade em termos de capacidades para a fabricação de armas nucleares. Além disso, com base em suas percepções de diplomatas e ex-diplomatas brasileiros em encontros multilaterais, Ainchil especulou que alguns membros do GOB (governo do Brasil) sentiam-se fortemente pressionados a explicar em detalhes e defender as posições do país diante do PA e sua política de defesa.
5. (C) Mais genericamente, Ainchil estava preocupado com o ritmo das compras militares brasileiras. O governo estava particularmente incomodado com uma visita a Buenos Aires do ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, na qual ele fez um pronunciamento público sem coordenação com o GOA. De acordo com Ainchil, funcionários dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores da Argentina tinham sido instruídos por seus chefes a não comparecer. Ainchil sugeriu que a influência de Jobim era vista como excessiva dentro do GOB.

Garantias

6. (C) Ainchil e Dojas descreveram a reação da Argentina a vizinhos capazes de gastar muito mais que a Argentina na modernização militar. No caso do Chile, o governo da Argentina (GOA) entendia que as receitas da exploração do cobre ofereciam um orçamento fixo para aquisições militares, mas que o Chile havia adotado medidas para amenizar qualquer temor da Argentina de ser superada em tecnologia militar. Uma delas era o compromisso do Chile de desenvolver um batalhão de paz conjunto com a Argentina, o Cruz del Sur. A segunda era o foco do Chile em retirar as minas de sua fronteira com a Argentina, um sinal impressionante de confiança na relação bilateral.
7 (C) Eles disseram que, no caso do Brasil, a Argentina confiava no regime de não proliferação internacional para refrear o País. Embora o Acordo Nuclear EUA-Índia “tivesse sido um precedente terrível para o Brasil”, disse Ainchil, o País continuaria relutando em correr os vários riscos envolvidos na violação de seus acordos regionais e internacionais. No momento, a Argentina via o Brasil como um risco de proliferação do mesmo modo como via a Alemanha, o Japão ou a Coreia do Sul – países que poderiam desenvolver e detonar armas nucleares rapidamente se quisessem fazê-lo, mas cujo compromisso forte e de bases democráticas com as regras internacionais evitaria esta decisão em quase todos os cenários.
8. (C) Ainchil disse ainda que a Argentina contava com uma transição presidencial no Brasil em 2011. Embora sublinhasse o respeito da Argentina pelo presidente Lula, ele sugeriu que a popularidade única de Lula e seu distanciamento de considerações políticas no final do mandato tinham permitido que ele se tornasse um aventureiro na política externa e nas questões de defesa. Qualquer sucessor, especulou Ainchil, se afastaria de tais políticas controvertidas em seus primeiros anos de mandato, talvez recuando na relação com o Irã e cooperando mais com novos instrumentos de construção de confiança nuclear.

Estratégia

9. (C) O vice-diretor Dojas sugeriu que o Brasil tinha de chegar por conta própria a uma nova perspectiva em relação ao PA. A pressão externa seria contraproducente. Por essa razão, a Argentina acreditava que não poderia assinar o PA sem o Brasil – fazê-lo significaria encurralar o Brasil na questão e, potencialmente, provocar um maior endurecimento de sua posição. No entanto, o GOA acreditava que abordagens moderadas e o diálogo com o Brasil eram importantes, e sugeriu que os Estados Unidos deveriam continuar a desempenhar um papel nessa área. Especificamente, Dojas sugeriu que o USG se aproxime logo dos candidatos presidenciais Dilma Rousseff e José Serra, os favoritos nas pesquisas.
10. (C) Ainchil indicou que o MFA considerava quais medidas deveria adotar na eventualidade improvável de seu poderoso vizinho abandonar a ABACC ou, pior, desenvolver a capacidade de construir armas nucleares. Ainchil acreditava que a Argentina escolheria o caminho de desenvolver e implementar uma tecnologia nuclear pacífica avançada para demonstrar capacidade, sem de fato direcionar-se à construção de armas nucleares. Ele mencionou um navio quebra-gelo de propulsão nuclear como um desses projetos de demonstração.

Comentário

11. (C) Claramente Ainchil e Dojas pretendiam partilhar algumas preocupações ou ansiedades em relação ao Brasil que suspeitamos estarem crescendo em determinados setores do governo argentino. Eles parecem desejar que os EUA adotem a mesma abordagem, trabalhando amigavelmente com Brasília no sentido de uma maior cooperação no regime internacional de não proliferação sem exercer uma pressão excessiva. Eles esperam que o Brasil não avance muito mais antes de 2011 e que, depois desta data, uma nova liderança política vai renovar seu compromisso com a transparência e a cooperação regional em relação à não proliferação.

http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2012/03/22/wikileaks-vaza-telegrama-sobre-temor-do-governo-argentino-com-ambicao-nuclear-do-brasil/

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #101 Online: 22 de Março de 2012, 21:48:12 »
Eu acho que os argentinos estavam bem mais preocupados entre o início dos anos 70 e 90.
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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #102 Online: 23 de Março de 2012, 08:54:44 »
Eu acho que os argentinos estavam bem mais preocupados entre o início dos anos 70 e 90.

Concordo, mas ser vizinho do Brasil é como dormir com um elefante, por mais dócil que seja o animal você sempre vai ter o temor de amanhecer pisoteado. Qualquer passo que o Brasil dê em direção à consolidação militar, política e econômica vai refletir sempre como uma certa preocupação para os países vizinhos, dada a diferença de tamanho do Brasil para com esses países, e isso é natural.

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #103 Online: 31 de Março de 2012, 01:21:28 »
Reva Bhalla, da Stratfor, no GSI

Representante da Stratfor foi recebida pelo alto escalão do GSI, que teria lhe contado que Brasil "prendeu terroristas ligados ao 11 de setembro"

Atual diretora de análise da Stratfor, a americana Reva Bhalla não precisou gastar um tostão, grampear telefones ou pagar propinas para conseguir fácil acesso ao alto escalão da inteligência brasileira.

Em 6 de janeiro de 2011, segundo documentos internos da empresa analisados pela Agência Pública e pela Carta Capital, Bhalla foi recebida com entusiasmo pelo gabinete do ministro-chefe do GSI, o general José Elito Siqueira, menos de um mês depois de chegar ao País para sua missão em nome da Stratfor.

Mais do que ser bem recebida, Bhalla obteve informações confidenciais de funcionários do GSI que são negadas até mesmo aos brasileiros.

No seu relato, ela diz ter sido levada à chamada “sala de situação”, local onde militares e agentes de inteligência se reunem com a presidência em caso de crises de segurança nacional. “Eu tive a impressão de que o Brasil não tem que lidar com esse tipo de questão com muita freqüência. Eles disseram que durante o governo Lula eles se reuniram 64 vezes. Havia mapas muito legais por todo o lugar. Eles me deram de presente um lindo mapa do mundo com Brasília ao centro (muito ambicioso? Ahaha)”, escreve.

O contato, segundo ela, teria sido armado por um “amigo diplomata” que estaria trabalhando no escritório da própria presidenta, diz ela, sem identificar o nome. “Todos, inclusive o General Elito Sequeiro (sic) -  o chefe do GSI, o qual eu encontrei mais tarde no seu escritório, conhecem e lêem os relatórios da Stratfor regularmente. Eles estavam, literalmente, me dizendo sobre as notícias da Stratfor que haviam lido nesta manhã, e que quase todos ali eram membros”.

Animada com o “tour completo” que recebeu do palácio presidencial, Bhalla chegou à sala da presidenta Dilma Rousseff – mas ela estava numa reunião. “Eu queria dizer ‘olá’ em nome da Stratfor”.

A analista relata ter conversado longamente com o secretario-adjunto José Antônio Macedo Soares, cujo nome chegou a ser cotado pelo Palácio do Planalto para assumir a direção da Abin. Segundo seu relato, ele lhe explicou tranquilamente que o Brasil se esforça para não atrair atenção para si mesmo como palco de ações ligadas ao terrorismo. “Como Macedo Soares me disse, nós capturamos vários ‘terroristas’ em São Paulo – pessoas da Al Qaeda, Hezbollah, e até pessoas ligadas aos ataques de 11 de setembro. Mas nós não queremos nos vangloriar por isso e  não queremos atenção. Isso não serve aos nossos interesses e não queremos que os EUA nos empurre para esse assunto’”, escreve.

A informação, prontamente repassada para a rede de analistas da Stratfor, confirma uma revelação feita pelo WikiLeaks em 2010, nos primeiros documentos diplomáticos sobre o Brasil publicados pela organização. Os despachos traziam o então embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Clifford Sobel, a dizer, ainda em 2008, que a Polícia Federal “frequentemente prende pessoas ligadas ao terrorismo, mas os acusa de uma variedade de crimes não relacionados a terrorismo para evitar chamar a atenção da imprensa e dos altos escalões do governo”. O mesmo telegrama de Sobel cita dois exemplos. Em 2007, a PF teria capturado um potencial facilitador terrorista sunita que operava primordialmente em Santa Catarina sob acusação de entrar no País sem declarar fundos – e estaria trabalhando pela sua deportação. A operação Byblos, que desmantelou uma quadrilha de falsifcação de documentos brasileiros no Rio de Janeiro para os libaneses também é citada como exemplo de operação de contra-terrorismo.

Leia mais: alunos de Clouseau

Histórias sobre prisões de suspeitos de terrorismo no Brasil haviam pipocado antes do vazamento dos documentos diplomáticos. Em maio de 2009, a PF prendeu um libanês acusado de propagar pela internet material racista. À época, o colunista da Folha Jânio de Freitas escreveu que, para preservar o sigilo, a PF atribuiu a prisão, inclusive internamente, a uma investigação sobre células de neonazistas, enquanto o libanês seria na verdade suspeito de ligação com a Al Qaeda. Quase um mês depois, o Gabinete da Segurança Institucional da Presidência criou um grupo de prevenção e combate ao terrorismo, com a finalidade oficial de exercer o “acompanhamento de assuntos pertinentes ao terrorismo internacional e de ações” para “a sua prevenção e neutralização”.

Foi exatamente no GSI e com funcionários do órgão que Bhalla teve reuniões pessoais que renderam relatórios de inteligência privada, para alimentar os boletins a clientes no mundo todo.

Naquele encontro, ela teria perguntado ainda sobre a capacidade do GSI em vigiar e capturar esses ‘terroristas’. “A resposta não me pareceu tão confiante assim. Ele disse basicamente que isso é muito difícil. São Paulo tem uma população estrangeira muito grande. Fronteiras são difíceis de controlar: essa é a atitude brasileira em relação a isso”. Segundo a analista, eles teriam reconhecido que há alvos de terrorismo no Brasil. E teriam citado uma misteriosa “casa noturna israelense” em São Paulo como um exemplo.

“Eu levantei a questão do terrorismo, já que Macedo Soares é basicamente o único brasileiro que foi citado pelo Wikileaks. Eu perguntei a ele se isso causou algum tipo de problema e ele riu e disse “só inveja”! Aparentemente, vários oficiais brasileiros ficaram seriamente com ciúmes de que ele tenha ficado com toda a fama, haha”, relata Bhalla no seu email. Macedo Soares foi interlocutor do ex-embaixador Sobel nos primeiros documentos diplomáticos vazados.

Amazônia e crack

A conversa não parou por aí. Bhalla chegou a ser convidada a visitar um posto militar na Amazônia na sua próxima visita, “coisa que eu definitivamente vou fazer”. Ouviu do alto escalão do GSI que “a corrupção nesses postos é mais concentrada na polícia do que nos militares”.

“Um deles levantou um ponto interessante, dizendo que uma coisa que o Brasil tem feito muito bem é controlar a qualidade dos precursores químicos que entram no país. Então, a cocaína produzida na Bolívia, por exemplo, não é ‘classe A’ que os compradores de NY querem. Ao invés disso, são de baixa qualidade, crack, que é vendido em São Paulo. Então essa é uma conseqüência não-intencional para eles: drogas mais baratas e de baixo valor permeiam o mercado brasileiro”, descreveu.

No fim da mensagem, a analista diz ter desgostado da capital federal, no mesmo tom informal que marca os demais emails da Stratfor publicados pelo WikiLeaks. E envia uma foto sua diante do Palácio do Planalto.

A correspondência com Macedo Soares não terminou aí, como mostra a esfuziante mensagem sobre o mapa com o Brasil no centro, reenviado a Bhalla dois meses depois da visita.

A reportagem procurou o GSI através da sua assessoria de imprensa, mas recebeu como resposta que o ministro José Antônio de Macedo Soares está de férias no exterior e se disponibilizaria a esclarecer o assunto depois do dia 30 de março. A assessoria confirmou, no entanto, que o ministro-chefe José Elito Siqueira “recebeu, em 06 Jan 11, a Sra Reva Bhalla para cumprimento protocolar durante a sua visita ao GSI”.

Oficialmente, o governo sempre negou a existência de atividades terroristas no Brasil – e continua negando, mesmo depois das revelações do Wikileaks. Já os militares brasileiros parecem ficar bem mas à vontade quando falam do assunto com americanos – sejam eles diplomatas, militares, ou arapongas como os da Stratfor.

Leia mais: alunos de Clouseau

http://apublica.org/2012/03/wikileaks-reva-bhalla-da-stratfor-gsi/

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #104 Online: 31 de Março de 2012, 08:13:34 »
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A analista relata ter conversado longamente com o secretario-adjunto José Antônio Macedo Soares, cujo nome chegou a ser cotado pelo Palácio do Planalto para assumir a direção da Abin. Segundo seu relato, ele lhe explicou tranquilamente que o Brasil se esforça para não atrair atenção para si mesmo como palco de ações ligadas ao terrorismo. “Como Macedo Soares me disse, nós capturamos vários ‘terroristas’ em São Paulo – pessoas da Al Qaeda, Hezbollah, e até pessoas ligadas aos ataques de 11 de setembro. Mas nós não queremos nos vangloriar por isso e  não queremos atenção. Isso não serve aos nossos interesses e não queremos que os EUA nos empurre para esse assunto’”, escreve.
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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #105 Online: 31 de Março de 2012, 08:59:36 »
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A analista relata ter conversado longamente com o secretario-adjunto José Antônio Macedo Soares, cujo nome chegou a ser cotado pelo Palácio do Planalto para assumir a direção da Abin. Segundo seu relato, ele lhe explicou tranquilamente que o Brasil se esforça para não atrair atenção para si mesmo como palco de ações ligadas ao terrorismo. “Como Macedo Soares me disse, nós capturamos vários ‘terroristas’ em São Paulo – pessoas da Al Qaeda, Hezbollah, e até pessoas ligadas aos ataques de 11 de setembro. Mas nós não queremos nos vangloriar por isso e  não queremos atenção. Isso não serve aos nossos interesses e não queremos que os EUA nos empurre para esse assunto’”, escreve.
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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #106 Online: 31 de Março de 2012, 09:07:20 »
Plausível. Especialmente se lembrarmos do fuzue que o governo fez com relação ao filme da tríplice fronteira para não ter o nome ligado ao terrorismo nas vésperas da copa e das olimpíadas.

Tem outras coisas acontecendo nas inteligências de estado que reforçam isso, mas vai saber...
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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #107 Online: 31 de Março de 2012, 12:08:45 »
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Offline gogorongon

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #108 Online: 31 de Março de 2012, 12:22:02 »
A capacidade do nosso governo de nos manter isolados desse tipo de problema internacional é uma das poucas coisas das quais nosso país me dá realmente um orgulho enorme.

Offline Diegojaf

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #109 Online: 31 de Março de 2012, 13:20:05 »
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A analista relata ter conversado longamente com o secretario-adjunto José Antônio Macedo Soares, cujo nome chegou a ser cotado pelo Palácio do Planalto para assumir a direção da Abin. Segundo seu relato, ele lhe explicou tranquilamente que o Brasil se esforça para não atrair atenção para si mesmo como palco de ações ligadas ao terrorismo. “Como Macedo Soares me disse, nós capturamos vários ‘terroristas’ em São Paulo – pessoas da Al Qaeda, Hezbollah, e até pessoas ligadas aos ataques de 11 de setembro. Mas nós não queremos nos vangloriar por isso e  não queremos atenção. Isso não serve aos nossos interesses e não queremos que os EUA nos empurre para esse assunto’”, escreve.
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Eu acho plausível, embora não tenha nenhum fato confirmando. São Paulo tem de tudo.

Eu não duvido de que São Paulo "tenha de tudo", mas sim da capacidade de vigilância dos "serviços de inteligência" deste país.

Discordo. E com conhecimento razoável de quem trabalhou por 2 anos em operações de inteligência Brasil afora.
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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #110 Online: 31 de Março de 2012, 15:00:38 »
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A analista relata ter conversado longamente com o secretario-adjunto José Antônio Macedo Soares, cujo nome chegou a ser cotado pelo Palácio do Planalto para assumir a direção da Abin. Segundo seu relato, ele lhe explicou tranquilamente que o Brasil se esforça para não atrair atenção para si mesmo como palco de ações ligadas ao terrorismo. “Como Macedo Soares me disse, nós capturamos vários ‘terroristas’ em São Paulo – pessoas da Al Qaeda, Hezbollah, e até pessoas ligadas aos ataques de 11 de setembro. Mas nós não queremos nos vangloriar por isso e  não queremos atenção. Isso não serve aos nossos interesses e não queremos que os EUA nos empurre para esse assunto’”, escreve.
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Eu acho plausível, embora não tenha nenhum fato confirmando. São Paulo tem de tudo.
Eu não duvido de que São Paulo "tenha de tudo", mas sim da capacidade de vigilância dos "serviços de inteligência" deste país.
Discordo. E com conhecimento razoável de quem trabalhou por 2 anos em operações de inteligência Brasil afora.

Entendo.

Mas prefiro que os "serviços de inteligência" deem os nomes das pessoas que eles prenderam para que então se possa avaliar a informação deles.

O Brasil nunca teve nenhum segredo relevante para ser protegido por atividade de contra-espionagem e ameaças militares externas nunca existiram realmente no últimos 100 anos.

Assim, sendo, quais fatores poderiam indicar que o Brasil tem um "sistema de inteligência" efetivo, não contando, é claro, com os testemunhos pessoais e a propaganda de sites institucionais?
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Offline Diegojaf

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #111 Online: 31 de Março de 2012, 16:50:35 »
A atividade de inteligência é uma atividade velada. Não aparece e nem deve. Recentes operações onde morros inteiros foram invadidos sem que um tiro sequer fosse disparado e onde arsenais de guerra foram descobertos, além de apreensões diárias de armas, drogas e contrabando em geral.

NENHUMA atividade de segurança de estado é desenvolvida sem um trabalho de inteligência por detrás. Não existe "sorte" em apreensão. Tudo decorre de levantamentos feitos por agentes de campo com nada mais do que informações que são trabalhadas.

Agora, infelizmente não tem como eu tirar da sua cabeça esse pré-conceito de que se é Brasil, não presta e que teima em comparar qualquer tipo de empresa ou instituição nacional com uma semelhante americana. Você já deixou claro que pensa dessa maneira sobre basicamente todos os assuntos.

Pelo menos deixe claro que sua opinião não passa disso, opinião. E baseada em absolutamente nenhuma informação pois eu quase posso apostar que você sequer já buscou conhecer quem compõe, o que é e como é exercida a atividade de inteligência no país
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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #112 Online: 31 de Março de 2012, 17:24:55 »

(...)

O Brasil nunca teve nenhum segredo relevante para ser protegido por atividade de contra-espionagem e ameaças militares externas nunca existiram realmente no últimos 100 anos.

(...)

Uai, se é segredo, como é que você pode afirmar isso com tanta convicção?

Ou você é um araponga nos monitorando aqui no CC:? :-)
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #113 Online: 31 de Março de 2012, 18:51:33 »
Eu já fiz concurso para a ABIN. Meu sonho sempre foi ser um 007 :lol:
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Diegojaf

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #114 Online: 31 de Março de 2012, 19:00:13 »
Eu já fiz concurso para a ABIN. Meu sonho sempre foi ser um 007 :lol:

Ótimo ambiente de trabalho. Bons profissionais e uma estrutura que você nem imagina. Sempre que precisamos o pessoal mostrou boa vontade e interesse.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Geotecton

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #115 Online: 31 de Março de 2012, 20:07:53 »
[...]
Agora, infelizmente não tem como eu tirar da sua cabeça esse pré-conceito de que se é Brasil, não presta e que teima em comparar qualquer tipo de empresa ou instituição nacional com uma semelhante americana. Você já deixou claro que pensa dessa maneira sobre basicamente todos os assuntos.

Hehehehe.

O Barata e o DDV me acusaram de ser anti-estadunidense e o Diegojaf de ser 'americanófilo'.
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Offline AlienígenA

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #116 Online: 31 de Março de 2012, 20:22:47 »
Saindo do assunto um instante. Por que "estadunidense" se o país se chama América? Só por curiosidade, nada contra, só acho estranha a expressão.

Offline Diegojaf

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #117 Online: 31 de Março de 2012, 20:30:35 »
[...]
Agora, infelizmente não tem como eu tirar da sua cabeça esse pré-conceito de que se é Brasil, não presta e que teima em comparar qualquer tipo de empresa ou instituição nacional com uma semelhante americana. Você já deixou claro que pensa dessa maneira sobre basicamente todos os assuntos.

Hehehehe.

O Barata e o DDV me acusaram de ser anti-estadunidense e o Diegojaf de ser 'americanófilo'.
Não te acusei de nada. É um fato que você sempre faz comparações Brasil X Eua. Já o fez nos esportes, na questão das forças armadas, questões de qualidade de produção...
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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #118 Online: 31 de Março de 2012, 20:32:11 »
A atividade de inteligência é uma atividade velada. Não aparece e nem deve. Recentes operações onde morros inteiros foram invadidos sem que um tiro sequer fosse disparado e onde arsenais de guerra foram descobertos, além de apreensões diárias de armas, drogas e contrabando em geral.

Mas por quem foi desenvolvida esta operação de inteligência? Como não é uma matéria de segurança nacional, eu duvido que tenha sido desenvolvida pela ABIN.

 
NENHUMA atividade de segurança de estado é desenvolvida sem um trabalho de inteligência por detrás. Não existe "sorte" em apreensão. Tudo decorre de levantamentos feitos por agentes de campo com nada mais do que informações que são trabalhadas.

Perfeito. Mas eu pensei que tinha ficado clara a minha ênfase em relação às atividades de segurança nacional pois o meu comentário crítico inicial versava sobre uma notícia que mencionava membros de células terroristas internacionais.


Agora, infelizmente não tem como eu tirar da sua cabeça esse pré-conceito de que se é Brasil, não presta e que teima em comparar qualquer tipo de empresa ou instituição nacional com uma semelhante americana. Você já deixou claro que pensa dessa maneira sobre basicamente todos os assuntos.

Aqui voce está exagerando e partindo para uma crítica quase pessoal, pois das pouquíssimas vezes que fiz uma crítica a uma empresa brasileira foram para a Embraer e para a Petrobrás, sendo que a primeira é nitidamente inferior a todas as grandes empresas estadunidenses de aeronáutica, enquanto que para a segunda eu teço críticas aos aspectos de ingerência política em sua gestão, pois tecnicamente ela é muito bem colocada internacionalmente.

Sobre as instituições, eu não tenho dúvida que a maioria das instituições estadunidenses são melhores que as suas correspondentes brasileiras, em especial por causa do tempo de gestação e pela história de cada país. Cite 10 instituições brasileiras, das mais variadas, e compare-as com as equivalentes no EUA.

Eu começo: Universidades, Forças Armadas, Federalismo, Polícia, Congresso e Judiciário.


Pelo menos deixe claro que sua opinião não passa disso, opinião.

Sim, foi uma opinião pois como voce mesmo escreveu as operações e os seus resultados dificilmente são revelados ao público, de tal modo que não posso fazer uma avaliação mais precisa.


E baseada em absolutamente nenhuma informação pois eu quase posso apostar que você sequer já buscou conhecer quem compõe, o que é e como é exercida a atividade de inteligência no país

Mas há muitos tipos de "inteligência" (empresarial e estatal), atuando em diversos níveis (federal pela ABIN e Polícia Federal, por exemplo; estadual pelas polícias locais; forças armadas), embora a resposta seja "sim" eu não conheço sobre a maior parte delas.

E um pouco do que conheço veio de informações de um amigo, brigadeiro reformado, que forneceu algumas informações consideradas não-vitais.
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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #119 Online: 31 de Março de 2012, 20:33:43 »
[...]
Agora, infelizmente não tem como eu tirar da sua cabeça esse pré-conceito de que se é Brasil, não presta e que teima em comparar qualquer tipo de empresa ou instituição nacional com uma semelhante americana. Você já deixou claro que pensa dessa maneira sobre basicamente todos os assuntos.
Hehehehe.

O Barata e o DDV me acusaram de ser anti-estadunidense e o Diegojaf de ser 'americanófilo'.
Não te acusei de nada. É um fato que você sempre faz comparações Brasil X Eua. Já o fez nos esportes, na questão das forças armadas, questões de qualidade de produção...

A avaliação de esportes é algo subjetiva. Nos demais itens há possibilidade de uma mensuração mais objetiva.

E?
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Offline Diegojaf

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #120 Online: 31 de Março de 2012, 20:41:31 »
O que você sabe sobre atividade de inteligência de Estado? Legislação, atuação, efetivo, logística, objetivos? Com qual fundamentação você afirma que são incapazes tecnicamente para tal tarefa? Você sabe como um levantamento de inteligência é realizada e a partir de que? Você pode afirmar então que o Brasil é incapaz de realizar este trabalho?
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #121 Online: 31 de Março de 2012, 20:44:16 »
(...)
O Brasil nunca teve nenhum segredo relevante para ser protegido por atividade de contra-espionagem e ameaças militares externas nunca existiram realmente no últimos 100 anos.
(...)

Uai, se é segredo, como é que você pode afirmar isso com tanta convicção?

Ou você é um araponga nos monitorando aqui no CC:? :-)

Não. Não sou nenhum agente.

E respondo a sua pergunta com outra pergunta: Que tipo de tecnologia ou conhecimento científico que o Brasil desenvolveu em qualquer área sensível (agrícola, industrial ou militar) que tenha sido "objeto do desejo" externo?
« Última modificação: 31 de Março de 2012, 20:55:10 por Geotecton »
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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #122 Online: 31 de Março de 2012, 20:54:44 »
O que você sabe sobre atividade de inteligência de Estado? Legislação, atuação, efetivo, logística, objetivos? Com qual fundamentação você afirma que são incapazes tecnicamente para tal tarefa? Você sabe como um levantamento de inteligência é realizada e a partir de que? Você pode afirmar então que o Brasil é incapaz de realizar este trabalho?

Voce leu a minha resposta em que eu declaro abertamente ao fCC que o que eu emiti foi uma opinião, baseada em poucas e fragmentadas informações, após a sua inquirição?

E devolvo lhe perguntando:

Quais elementos, verificáveis por nós, que voce pode apresentar de que o Brasil é capaz de realizar as tarefas relativas ao assunto que foi tema de toda esta discussão?

Já que a coleta de dados é um dos pilares dos serviços de inteligência eu pergunto:

Em quais aeroportos e portos brasileiros estão instalados um programa de reconhecimento facial? E desde quando?

O monitoramento ao longo das fronteiras brasileiras é feito ostensivamente? Com quais meios?
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Offline Derfel

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #123 Online: 31 de Março de 2012, 21:08:50 »
Ultracentrífugas?

Offline Geotecton

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Re:Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #124 Online: 31 de Março de 2012, 21:15:13 »
Ultracentrífugas?

Qual é a fonte?

Não-brasileira e da área nuclear por favor.
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