Autor Tópico: Novo vazamento no Wikileaks  (Lida 22831 vezes)

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Offline _Juca_

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #25 Online: 05 de Dezembro de 2010, 09:02:45 »
Esses vazamentos só implicam uma coisa, criar constrangimentos para a diplomacia americana. Até agora o que foi vazado era o que mais ou menos todo mundo pensava um do outro, ou seja, fofoca de bastidores. Essas impressões já ficavam no ar faz tempo, nenhuma novidade realmente nova, nenhuma bomba bombástica ou nada que mude os rumos do mundo, por enquanto. Pra mim parece mais pequenos boatos e disse-que-me-disse tornando-se verdades.

Offline Geotecton

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #26 Online: 05 de Dezembro de 2010, 09:37:09 »
Esses vazamentos só implicam uma coisa, criar constrangimentos para a diplomacia americana. Até agora o que foi vazado era o que mais ou menos todo mundo pensava um do outro, ou seja, fofoca de bastidores. Essas impressões já ficavam no ar faz tempo, nenhuma novidade realmente nova, nenhuma bomba bombástica ou nada que mude os rumos do mundo, por enquanto. Pra mim parece mais pequenos boatos e disse-que-me-disse tornando-se verdades.

Campanha anti-Obama?
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Offline Barata Tenno

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #27 Online: 05 de Dezembro de 2010, 10:35:24 »
Esses vazamentos só implicam uma coisa, criar constrangimentos para a diplomacia americana. Até agora o que foi vazado era o que mais ou menos todo mundo pensava um do outro, ou seja, fofoca de bastidores. Essas impressões já ficavam no ar faz tempo, nenhuma novidade realmente nova, nenhuma bomba bombástica ou nada que mude os rumos do mundo, por enquanto. Pra mim parece mais pequenos boatos e disse-que-me-disse tornando-se verdades.
Concordo.... Parece uma revista Contigo de politica.
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Offline _tiago

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #28 Online: 06 de Dezembro de 2010, 09:17:42 »
WikiLeaks divulga lista de locais "vitais" para segurança nacional dos EUA

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ALVOS POTENCIAIS

A lista no documento divulgado pelo WikiLeaks é considerada como uma relação de alvos potenciais para ataques contra interesses americanos no exterior.

O diário britânico "The Times" publicou a notícia sob o título "WikiLeaks lista 'alvos para o terror' contra os Estados Unidos".

Alguns locais recebem uma qualificação especial na lista, como o entroncamento de oleodutos de Nadym, no oeste da Sibéria, descrito como "a instalação de gás mais importante do mundo".

O local é um importante ponto de trânsito do gás russo exportado para a Europa Ocidental.

Em alguns casos, indústrias farmacêuticas específicas ou fábricas de produtos sanguíneos são especificadas por sua importância crucial para a cadeia global de suprimento.

Para muitos críticos, o documento gera o questionamento sobre quais os benefícios dos vazamentos do WikiLeaks.

"Esta é mais uma evidência de que eles têm sido geralmente irresponsáveis, à beira da criminalidade", afirmou o ex-ministro das Relações Exteriores do Reino Unido Malcolm Rifkind.

"Este é o tipo de informação que os terroristas têm interesse em conhecer", disse.

Da folha.com


Offline Diegojaf

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #29 Online: 06 de Dezembro de 2010, 11:21:04 »
WikiLeaks divulga lista de locais "vitais" para segurança nacional dos EUA

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ALVOS POTENCIAIS

A lista no documento divulgado pelo WikiLeaks é considerada como uma relação de alvos potenciais para ataques contra interesses americanos no exterior.

O diário britânico "The Times" publicou a notícia sob o título "WikiLeaks lista 'alvos para o terror' contra os Estados Unidos".

Alguns locais recebem uma qualificação especial na lista, como o entroncamento de oleodutos de Nadym, no oeste da Sibéria, descrito como "a instalação de gás mais importante do mundo".

O local é um importante ponto de trânsito do gás russo exportado para a Europa Ocidental.

Em alguns casos, indústrias farmacêuticas específicas ou fábricas de produtos sanguíneos são especificadas por sua importância crucial para a cadeia global de suprimento.

Para muitos críticos, o documento gera o questionamento sobre quais os benefícios dos vazamentos do WikiLeaks.

"Esta é mais uma evidência de que eles têm sido geralmente irresponsáveis, à beira da criminalidade", afirmou o ex-ministro das Relações Exteriores do Reino Unido Malcolm Rifkind.

"Este é o tipo de informação que os terroristas têm interesse em conhecer", disse.

Da folha.com



Esse tipo de informação eu já acho irresponsável publicar. Bem como nomes de informantes no exterior.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Dbohr

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #30 Online: 06 de Dezembro de 2010, 12:22:18 »
É, a lista de alvos sensíveis é o limiar da irresponsabilidade. Já divulgar nomes de informantes seria criminoso.

Offline Spitfire

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #31 Online: 06 de Dezembro de 2010, 14:41:34 »
Citar
02/12/2010 - 01h06

Criador do WikiLeaks divulga arquivo que pode ser seu "seguro de vida"

DA EFE, EM WASHINGTON

O fundador do site Wikileaks, Julian Assange, postou na internet há algumas semanas um misterioso arquivo intitulado "insurance.aes256", que pode conter todos seus segredos para o caso de lhe ocorrer algo, dizem várias páginas especializadas.

O motivo da existência do arquivo e seu conteúdo se transformou em um acalorado debate em muitas páginas da internet, especialmente depois de o WikiLeaks revelar durante esta semana mais de 251 mil documentos confidenciais dos Estados Unidos.

O arquivo, que foi inicialmente colocado na página do WikiLeaks sobre os documentos da guerra do Afeganistão e que pode ser baixado como arquivo "torrent", pesa 1,4 Gigabytes e está codificado com AES256, o sistema de encriptação mais avançado e adotado pelo Governo dos EUA.

O WikiLeaks e Assange não deram praticamente nenhuma explicação sobre o conteúdo do arquivo e a razão pela qual ele está sendo disseminado.

No final de julho, pouco depois de o arquivo aparecer em seu site, Assange foi questionado sobre o tema pela jornalista americana Amy Goodman.

"Bom, acho que é melhor não comentarmos sobre isso. Mas já sabe, alguém poderia imaginar em uma situação similar que valeria a pena assegurar as partes importantes da história para que não desaparecessem", explicou.

O site "Cryptome" especulou então que se algo acontecesse com o "Wikileaks" ou com Assange seus voluntários revelariam a contra-senha para abrir o arquivo.

A revista "Wired", por sua vez, especulou que o suposto autor do envio dos documentos secretos que estão sendo revelados pelo WikiLeaks, o soldado Bradley Manning, na realidade proporcionou a Assange mais documentos que os 251 mil telegramas diplomáticos e as dezenas de milhares de documentos sobre o Afeganistão e o Iraque já revelados.

Não é difícil achar esse arquivo nos torrents públicos mais comuns. Até baixei o cujo dito por curiosidade.

Continuei pesquisando mais sobre esse arquivo e me deparei com várias discussões e debates em foruns, e muita pouca informação "boa para análise". A única coisa que aparentemente foi verídica relacionada ao arquivo é que ele realmente foi hospedado no extinto wikileaks.org. Tinha até gente falando sem saber: "Qualquer hora alguém quebra a criptografia". E se realmente for um arquivo encriptado em AES-256, isso é praticamente impossível.

AES-256: http://pt.wikipedia.org/wiki/AES

Obs.: Se você já tem conhecimento da encriptação AES-256, pode pular a minha explicação nerd abaixo. :P

Citação de: Explicação AES-256
Uma encriptação AES-256 usa uma senha (ou passphrase) para "embaralhar" todos os bytes do arquivo com um algorítmo próprio. Essa senha/chave não é armazenada no arquivo, e o arquivo de saída (encriptado) parecerá apenas um arquivo "RAW" cheio de bytes sem sentido. Se você tiver a senha/chave correta, o algorítmo retoma o arquivo original. Com uma senha errada, ele apenas geraria outro arquivo com bytes aleatórios sem sentido. Outra, a encriptação muda de acordo com a senha/chave usada. Então se eu encriptar um arquivo com a senha "123" ele vai ter uma composição de bytes "aleatórios" diferente do que se eu encriptar o mesmo arquivo com a senha "ABC".

O único jeito de quebrar uma encriptação AES-256 será através do bruce-force, que consiste em testar todas as combinações possíveis de senhas até acertar. O que não adianta de nada nesse caso.

Explico: Suponhamos que o autor do arquivo tenha usado uma chave de 10 caracteres alfanuméricos (apenas letras e números). Então teremos 26 letras do alfabeto maiúsculo (A-Z), 26 letras do alfabeto minúsculo (a-z) e 10 números (0-9), no total de 62 combinações diferentes. Supondo que a senha tenha 10 bytes, um computador teria que testar 6210 combinações diferentes para quebrar a encriptação (pois testaria todas as possibilidades possíveis). Isso é um número monstruoso. Um exemplo: Se tivéssemos um computador capaz de testar 1 milhão de senhas por segundo no arquivo, e supondo que a combinação verdadeira seja a última a ser testada, todo o processo demoraria aproximadamente 26.596 anos.

Isso se soubessemos de antemão que a) a senha usada foi de 10 caracteres e b) a senha é alfanumérica.

Se o arquivo foi encriptado usando 32 caracteres (que é o padrão do AES - 256 bits), e fosse usada na senha qualquer caractere da tabela ASCII (256 no total), na simulação acima testar todas as possibilidades demoraria 25632 / 1.000.000 = 3,67 x 1063 anos!


Continuando a minha pesquisa, me deparei com o seguinte site com um artigo excelente, que analisou o tal insurance.aes256 com muito bom senso. Recomendo a todos que leiam o artigo:
http://www.minousoft.com/2010/07/probability-analysis-of-the-insurance-aes256-file-posted-by-wikileaks/

A parte de melhor propriedade do artigo foi testar o arquivo com um "Pseudorandom Number Sequence Test Program". Esse programa gera uma estatística de quantas vezes cada byte aparece no arquivo, e o resultado foi muito curioso:

Código: [Selecionar]
Value Char Occurrences Fraction
0 5831133 0.003909
1 5821896 0.003903
2 5829493 0.003908
3 5825654 0.003905
4 5826771 0.003906
5 5828268 0.003907
6 5824812 0.003904
7 5825516 0.003905
8 5829742 0.003908
9 5827343 0.003906
10 5832027 0.003909
11 5829195 0.003907
12 5827384 0.003906
13 5828728 0.003907
14 5830264 0.003908
15 5827702 0.003906
16 5826254 0.003905
17 5826796 0.003906
18 5827655 0.003906
19 5829898 0.003908
20 5823791 0.003904
21 5826721 0.003906
22 5830325 0.003908
23 5827184 0.003906
24 5827418 0.003906
25 5826649 0.003906
26 5829073 0.003907
27 5830903 0.003909
28 5829320 0.003907
29 5822054 0.003903
30 5830935 0.003909
31 5825495 0.003905
32 5826277 0.003905
33 ! 5825157 0.003905
34 " 5828451 0.003907
35 # 5832609 0.003910
36 $ 5826940 0.003906
37 % 5824398 0.003904
38 & 5832584 0.003910
39 ' 5827261 0.003906
40 ( 5829910 0.003908
41 ) 5824543 0.003904
42 * 5826074 0.003905
43 + 5830256 0.003908
44 , 5829193 0.003907
45 - 5824406 0.003904
46 . 5826575 0.003906
47 / 5829038 0.003907
48 0 5821723 0.003902
49 1 5825675 0.003905
50 2 5828370 0.003907
51 3 5825673 0.003905
52 4 5829694 0.003908
53 5 5829471 0.003908
54 6 5827969 0.003907
55 7 5827824 0.003906
56 8 5830805 0.003908
57 9 5823738 0.003904
58 : 5831109 0.003909
59 ; 5829838 0.003908
60 < 5829588 0.003908
61 = 5831567 0.003909
62 > 5828582 0.003907
63 ? 5827448 0.003906
64 @ 5825238 0.003905
65 A 5828482 0.003907
66 B 5830997 0.003909
67 C 5825871 0.003905
68 D 5824193 0.003904
69 E 5826975 0.003906
70 F 5828318 0.003907
71 G 5823672 0.003904
72 H 5826967 0.003906
73 I 5831510 0.003909
74 J 5824043 0.003904
75 K 5825664 0.003905
76 L 5825418 0.003905
77 M 5825536 0.003905
78 N 5830349 0.003908
79 O 5831757 0.003909
80 P 5831266 0.003909
81 Q 5826086 0.003905
82 R 5828675 0.003907
83 S 5825970 0.003905
84 T 5829911 0.003908
85 U 5825395 0.003905
86 V 5829711 0.003908
87 W 5831360 0.003909
88 X 5824735 0.003904
89 Y 5825407 0.003905
90 Z 5829758 0.003908
91 [ 5819914 0.003901
92 \ 5823519 0.003904
93 ] 5826185 0.003905
94 ^ 5828524 0.003907
95 _ 5832354 0.003910
96 ` 5825820 0.003905
97 a 5828110 0.003907
98 b 5826906 0.003906
99 c 5824343 0.003904
100 d 5822172 0.003903
101 e 5827340 0.003906
102 f 5827127 0.003906
103 g 5825124 0.003905
104 h 5832981 0.003910
105 i 5826975 0.003906
106 j 5825581 0.003905
107 k 5825491 0.003905
108 l 5825104 0.003905
109 m 5826918 0.003906
110 n 5823465 0.003904
111 o 5828650 0.003907
112 p 5828446 0.003907
113 q 5829390 0.003908
114 r 5827485 0.003906
115 s 5823606 0.003904
116 t 5828506 0.003907
117 u 5826148 0.003905
118 v 5826219 0.003905
119 w 5828943 0.003907
120 x 5829263 0.003907
121 y 5826001 0.003905
122 z 5829743 0.003908
123 { 5829260 0.003907
124 | 5822397 0.003903
125 } 5828862 0.003907
126 ~ 5823484 0.003904
127 5823496 0.003904
128 5826185 0.003905
129 5829053 0.003907
130 5824485 0.003904
131 5827967 0.003907
132 5826922 0.003906
133 5826153 0.003905
134 5828158 0.003907
135 5827341 0.003906
136 5828230 0.003907
137 5826507 0.003906
138 5829568 0.003908
139 5828237 0.003907
140 5826541 0.003906
141 5827883 0.003907
142 5827333 0.003906
143 5826359 0.003905
144 5829751 0.003908
145 5829125 0.003907
146 5825086 0.003905
147 5826675 0.003906
148 5823525 0.003904
149 5832068 0.003909
150 5825977 0.003905
151 5829231 0.003907
152 5828683 0.003907
153 5830115 0.003908
154 5830568 0.003908
155 5829353 0.003908
156 5829319 0.003907
157 5823290 0.003903
158 5826116 0.003905
159 5826230 0.003905
160 5823560 0.003904
161 í 5827576 0.003906
162 ó 5827266 0.003906
163 ú 5831967 0.003909
164 ñ 5827865 0.003907
165 Ñ 5827662 0.003906
166 ª 5823918 0.003904
167 º 5823846 0.003904
168 ¿ 5829778 0.003908
169 ? 5824655 0.003904
170 ¬ 5828859 0.003907
171 ½ 5829188 0.003907
172 ¼ 5824222 0.003904
173 ¡ 5829270 0.003907
174 « 5823372 0.003903
175 » 5824438 0.003904
176 ? 5827143 0.003906
177 ? 5824586 0.003904
178 ? 5831909 0.003909
179 ? 5827259 0.003906
180 ? 5830235 0.003908
181 ? 5831856 0.003909
182 ? 5828774 0.003907
183 ? 5830828 0.003908
184 ? 5829501 0.003908
185 ? 5827530 0.003906
186 ? 5825374 0.003905
187 ? 5827948 0.003907
188 ? 5827309 0.003906
189 ? 5823734 0.003904
190 ? 5832416 0.003910
191 ? 5832396 0.003910
192 ? 5827631 0.003906
193 ? 5826624 0.003906
194 ? 5828155 0.003907
195 ? 5825351 0.003905
196 ? 5828894 0.003907
197 ? 5833022 0.003910
198 ? 5827565 0.003906
199 ? 5825051 0.003905
200 ? 5825892 0.003905
201 ? 5827507 0.003906
202 ? 5826458 0.003906
203 ? 5825486 0.003905
204 ? 5828733 0.003907
205 ? 5828540 0.003907
206 ? 5830445 0.003908
207 ? 5825805 0.003905
208 ? 5825267 0.003905
209 ? 5823457 0.003904
210 ? 5830062 0.003908
211 ? 5822106 0.003903
212 ? 5832123 0.003909
213 ? 5828281 0.003907
214 ? 5826942 0.003906
215 ? 5826355 0.003905
216 ? 5829180 0.003907
217 ? 5828365 0.003907
218 ? 5829759 0.003908
219 ? 5826086 0.003905
220 ? 5830598 0.003908
221 ? 5831230 0.003909
222 ? 5828050 0.003907
223 ? 5823466 0.003904
224 ? 5828778 0.003907
225 ß 5829330 0.003907
226 ? 5830131 0.003908
227 ? 5826472 0.003906
228 ? 5828401 0.003907
229 ? 5826891 0.003906
230 µ 5827650 0.003906
231 ? 5825816 0.003905
232 ? 5829096 0.003907
233 ? 5827508 0.003906
234 ? 5831141 0.003909
235 ? 5824228 0.003904
236 ? 5827457 0.003906
237 ? 5822154 0.003903
238 ? 5827440 0.003906
239 ? 5821770 0.003902
240 ? 5826786 0.003906
241 ± 5830915 0.003909
242 ? 5829086 0.003907
243 ? 5822656 0.003903
244 ? 5828582 0.003907
245 ? 5829998 0.003908
246 ÷ 5827474 0.003906
247 ? 5826453 0.003906
248 ° 5828926 0.003907
249 ? 5824695 0.003904
250 · 5827524 0.003906
251 ? 5827312 0.003906
252 ? 5829973 0.003908
253 ² 5826288 0.003905
254 ? 5827450 0.003906
255   5829174 0.003907

Total: 1491834576 1.000000

Entropy = 8.000000 bits per byte.

Optimum compression would reduce the size
of this 1491834576 byte file by 0 percent.

Chi square distribution for 1491834576 samples is 285.70, and randomly
would exceed this value 9.05 percent of the times.

Arithmetic mean value of data bytes is 127.4998 (127.5 = random).
Monte Carlo value for Pi is 3.141583671 (error 0.00 percent).
Serial correlation coefficient is -0.000029 (totally uncorrelated = 0.0).

"According to the results, the file is almost completely random. There is a very tiny bias towards 0 bits showing up more than 1 bits, but this is insignificant. Again, it could just be 1.4GB of random garbage designed as disinformation intended to throw us off, or it could be some big secrets that WikiLeaks is blackmailing the government with."

Como podem ver, todos os 256 bytes da tabela ASCII repetem praticamente na mesma quantidade dentro do arquivo, sugerindo que ele pode conter apenas uma coletânia de bytes aleatórios (e não documentos encriptados).

Mas claro, existe a possibilidade de terem criado um algorítmo diferente... (Será?)

Vou fazer um teste básico assim que possível: Vou reunir uma leva de arquivos diferentes (imagens, sons, vídeos, documentos, etc) até somar 1,4 GB, vou encriptá-los com AES-256 com uma senha de 32 caracteres e usar esse programa para analisar meu arquivo. Se a saída for semelhante, não dá para afirmar que o arquivo seja falso (no sentido de estar encriptado). Porém se o resultado for diferente (tiver uma quantia maior de certos bytes comparado a outros bytes), é provável que o arquivo não seja encriptado e só tenha bytes randômicos, o que já seria um ponto contra a credibilidade do Wikileaks.

Desculpe-me se me estendi demais com meu post. :hihi:

Assim que eu fizer o teste posto aqui para vocês (se interessarem).

PS: Esse teste me lembrou de um ótimo artigo do Ceticismo Aberto:
http://www.ceticismoaberto.com/fortianismo/2078/coincidncias-aleatrias-ou-fantsticas



Estava pensando nisto ante-ontem.... não seria de se surpreender que o dito cujo arquivão secreto seja só um filme bobinho de DVD ripado e encriptado.  :hihi:

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #32 Online: 07 de Dezembro de 2010, 15:21:57 »
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WikiLeaks pede ajuda e ganha 507 sites espelho
O serviço espera que os novos sites garantam a sobrevivência da massa de documentos que vazaram.

Na última semana, o WikiLeaks pediu à comunidade Web para abrir sites espelho, evitando assim que pudesse ser derrubado ou censurado. Resultado: nessa segunda-feira, 06/12, 507 novos sites já estão no ar, número que continua crescendo.

Essas informações são divulgadas publicadas pelo próprio site na página http://213.251.145.96/mirrors.html, com uma listagem de todos os endereços.

Sites espelho são sites adicionais que têm as mesmas informações do site original e são atualizadas automaticamente a cada vez que o site original acrescenta novos conteúdos. O WikiLeaks espera que os novos sites garantam a sobrevivência da massa de documentos que vazaram, além dos vídeos e outros dados que tenha recolhido e publicado.

Sexta-feira passada, o site controverso não pôde ser acessado através do seu nome de domínio WikiLeaks.org após encerrado o seu serviço de nome de domínio por contas de repetidos ataques de DDOS (Distributed Denial of Service). O pedido de criação de sites espelho foi feito logo depois de a Amazon parar de hospedar o WikiLeaks em seus servidores alegando rompimento das regras de usuário por não publicar apenas seus próprios conteúdos e, além disso, transportar dados ofensivos a terceiros. No caso, o governo e o Congresso dos Estados Unidos.
(Dan Nystedt)
> http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/12/06/wikileaks-pede-ajuda-e-ganha-355-sites-espelho/
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #33 Online: 07 de Dezembro de 2010, 19:12:22 »
É, a lista de alvos sensíveis é o limiar da irresponsabilidade. Já divulgar nomes de informantes seria criminoso.
Não acredito que eles divulguem o nome de informantes. Mas quanto aos alvos sensíveis, pelo menos na questão da segurança econômica, não creio que haja nenhuma novidade aí.

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #34 Online: 07 de Dezembro de 2010, 19:17:48 »
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Saiba mais sobre os telegramas diplomáticos

Conheça o formato e entenda como são enviados os documentos da diplomacia americana divulgados pelo site WikiLeaks

O site WikiLeaks provoca polêmica desde a semana passada com a divulgação de mais de 250 mil mensagens secretas transmitida por diplomatas dos Estados Unidos. Em inglês, as comunicações entre instituições diplomáticas são conhecidas como “cables” (ou “cabos”), o que levou o fundador do site, o australiano Julian Assange, a denominar o vazamento de “Cablegate”. O nome também faz referência ao escândalo de espionagem Watergate, que culminou na renúncia do presidente Richard Nixon, em 1974.

Grande parte dos documentos divulgados pelo WikiLeaks foram obtidos por meio do SIPRNet (Secret Internet Protocol Router Network), um sistema de comunicação utilizado pelos departamentos de Defesa e de Estado dos EUA. Cerca de 2,5 milhões de funcionários americanos têm acesso ao SIPRNet por computadores autorizados. Apenas os documentos considerados “top secret” (ultrassecretos) não transitam pela rede, que funciona como uma espécie de grupo de emails.

Escritos por diplomatas americanos em todo o mundo, os documentos são enviados para o sistema e passam a ser acessíveis a todos os computadores autorizados. Assim, o telegrama é enviado apenas uma vez, mas pode ser lido por várias pessoas. Além disso, a mensagem fica arquivada para evitar que as informações sejam perdidas.

Formato

Cada telegrama diplomático consiste em três partes. A primeira é uma espécie de cabeçalho que indica seu número de referência, a data de criação, a pessoa que o enviou e qual sua classificação inicial.

Na imagem abaixo, essa primeira parte está marcada na cor azul. O documento é identificado como 09PARIS1526; foi criado em 17/11/2009, às 15h03; classificado como “confidencial”; e enviado pela Embaixada dos Estados Unidos em Paris.


Telegrama diplomático enviado pela Embaixada dos EUA em Paris e divulgado pelo WikiLeaks

A segunda parte do telegrama reúne informações sobre quem vai recebê-lo. No exemplo, a marcação na cor cinza indica que o destino é o Departamento de Estado, em Washington.

A última parte do telegrama mostra seu assunto e conteúdo completo. No exemplo, o assunto está marcado na cor amarela: “França e Brasil: o início de uma história de amor”.

Nessa mensagem, o embaixador dos Estados Unidos em Paris diz acreditar que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, usava o status de celebridade de sua esposa Carla Bruni para impulsionar as relações diplomáticas entre França e Brasil.

Conteúdo

De acordo com Brandon Grove, ex-embaixador dos Estados Unidos no Zaire e autor do livro “Behind Embassy Walls: The Life and Times of an American Diplomat”, no qual fala sobre sua experiência como diplomata, o conteúdo dos documentos é variável.

Alguns são mais factuais, como os que relatam os acontecimentos de uma reunião oficial, por exemplo. Outros são mais analíticos, como os que comentam o resultado da eleição de um país e seu impacto no que diz respeito aos interesses americanos. Há, também, os que fazem previsões e recomendam uma determinada ação ou política.

Grove conta que apenas o embaixador pode escrever usando a primeira pessoa. A determinação ajuda as autoridades americanas a identificar facilmente os documentos mais importantes, em meio aos milhares de telegramas enviados ao sistema.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/saiba+mais+sobre+os+telegramas+diplomaticos/n1237852399276.html

E o fundador do Wikileaks se entregou: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/justica+britanica+nega+fianca+a+fundador+do+wikileaks/n1237853709886.html

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #35 Online: 07 de Dezembro de 2010, 19:21:59 »
O que mais me impressionou nesse caso do Assange foi ver como o "Sistema" agiu rápido para tentar tirá-lo de
circulação. O que deve ter de teórico de conspiração babando não é brincadeira.
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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #36 Online: 07 de Dezembro de 2010, 20:31:50 »
Desviando o assunto um pouco, o NYT aproveitou o vazamento do Wikileaks para fazer algumas críticas à política americana:
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Artigo: A China no lugar dos EUA nos vazamentos do WikiLeaks

Se Pequim tivesse sistema parecido e documentos vazados por site, diplomatas contariam vantagens da China em relação aos EUA

Enquanto os segredos do WikiLeaks estampavam as capas dos jornais americanos, eu não pude deixar de pensar: e se a China tivesse um sistema parecido e nós pudéssemos ver o que sua embaixada em Washington relata sobre os Estados Unidos? Eu suspeito que o dossiê diria o seguinte:

Da Embaixada da República Popular da China em Washington ao Ministério de Negócios Estrangeiros de Pequim, CONFIDENCIAL / Assunto: os Estados Unidos de hoje.

As coisas estão indo bem para a China aqui. Os Estados Unidos continuam a ser um país profundamente polarizado politicamente, o que é certamente útil para o nosso objetivo de ultrapassá-los como a economia e o país mais poderoso do mundo. Mas nós estamos particularmente otimistas porque os americanos estão polarizados nas coisas erradas.

Há uma deliberada autodestruição no ar, como se os EUA tivessem todo o tempo e o dinheiro do mundo para a politicagem. Brigam por coisas como – não estamos inventando isso – como e onde um oficial de segurança de aeroporto pode tocá-los. Eles estão brigando – ficamos felizes em relatar – a respeito do mais recente tratado de redução de armas nucleares com a Rússia. Parece que os republicanos estão tão interessados em enfraquecer o presidente Barack Obama que vão fugir de um tratado que teria promovido o reforço da cooperação russo-americana em questões como o Irã. E já que tudo o que aproxima a Rússia e a América pode acabar nos isolando, somos gratos ao senador Jon Kyl, do Arizona, por colocar os nossos interesses à frente daqueles dos Estados Unidos e bloquear no Senado a ratificação do tratado. O embaixador convidou Kyl e sua esposa para jantar no restaurante chinês Mr. Kao para elogiá-lo por sua firmeza na defesa dos interesses dos EUA (leia-se: os nossos).

Os americanos tiveram recentemente o que eles chamam de uma "eleição". Pelo que conseguimos entender, isso envolve um parlamentar tentando arrecadar mais dinheiro do que os outros (de empresas que deveriam regular) para que possa contar mentiras maiores na TV com mais frequência do que o outro antes que esse o faça. Isso nos deixa aliviados. Isso significa que os Estados Unidos não farão nada de especial para corrigir seus graves problemas estruturais: um déficit explosivo, uma decadente atuação dos educadores, uma infraestrutura em declínio e uma menor imigração de novos talentos.

O embaixador recentemente pegou o que os americanos chamam de um trem rápido – o Acela – de Washington a Nova York. Nosso trem-bala usado entre Pequim e Tianjin teria feito a viagem em 90 minutos. Ele levou três horas – e não houve atraso! Ao longo do caminho o embaixador usou seu telefone celular para ligar para seu escritório na embaixada e, em uma hora, a ligação caiu 12 vezes – mais uma vez, não estamos inventando isso. Temos uma piada na embaixada: "Quando alguém te liga da China parece que a pessoa está na porta ao lado. E quando alguém te liga da porta ao lado na América, parece que estão ligando da China!" Aqueles de nós que trabalharam na embaixada da China em Zâmbia muitas vezes dizem que o serviço de telefonia celular da África é melhor do que o dos Estados Unidos.

Mas os americanos estão indiferentes a isso. Eles viajam ao exterior tão raramente que não veem o quanto estão ficando para trás. É por isso que nós, na embaixada, achamos engraçado que os americanos estejam brigando sobre quão "excepcionais" eles são. Mais uma vez, não estamos inventando isso. Na primeira página do Washington Post de uma segunda-feira havia um artigo que dizia que os republicanos Sarah Palin e Mike Huckabee estão denunciando Obama por negar o "excepcionalismo americano". Os norte-americanos substituíram o trabalhar duro para ser excepcional, por discutir sobre como ainda são excepcionais. Eles não parecem compreender que você não pode declarar-se "excepcional", apenas os outros podem conceder esse adjetivo a você.

Política externa

Na política externa, não vemos chances de Obama desvincular as forças dos Estados Unidos do Afeganistão. Ele sabe que os republicanos vão chamá-lo de covarde se o fizer, portanto a América continuará a gastar US$190 milhões por dia no país. Assim, os Estados Unidos não terão os meios militares para desafiar-nos em qualquer outro lugar, em especial na Coreia do Norte, onde os nossos amigos lunáticos continuam a provocar a América a cada seis meses para que os americanos tenham que vir e pedir-nos para acalmar a situação. Quando os americanos deixarem o Afeganistão, os afegãos irão certamente odiá-los tanto que as empresas chinesas de mineração que já operam no país serão capazes de comprar todo o resto de seus minerais raros.

A maioria dos republicanos recém-eleitos para o Congresso não acredita no que seus cientistas lhes dizem sobre a mudança climática causada pelo homem. Os políticos da América são geralmente advogados – não engenheiros ou cientistas como os nossos – então eles só dizem coisas malucas sobre ciência e ninguém lhes chama atenção sobre isso. Isso é muito bom. Isso significa que eles não vão apoiar qualquer projeto de lei para incentivar a inovação em energia limpa, que é central para nosso plano para os próximos cinco anos. E isso garante que nossos esforços para dominar a energia solar, eólica, nuclear e as indústrias de automóveis elétricos não vão ser desafiados pelos Estados Unidos.

Finalmente, um número recorde de estudantes secundários dos Estados Unidos está estudando chinês, o que deve garantir um fornecimento estável de mão de obra barata que fala a nossa língua aqui, conforme usamos os nossos US$ 2,3 trilhões em reservas para silenciosamente comprar fábricas nos Estados Unidos. Em suma, as coisas estão indo bem para a China aqui.

Felizmente, os americanos não podem ler nossos dossiês diplomáticos.

Embaixada em Washington.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/artigo+a+china+no+lugar+dos+eua+nos+vazamentos+do+wikileaks/n1237852620154.html

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Offline Geotecton

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #37 Online: 07 de Dezembro de 2010, 21:36:29 »
Perfeito!

E seria ótimo se os ianques lessem tal ensaio.
Foto USGS

Offline Derfel

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #38 Online: 08 de Dezembro de 2010, 07:46:07 »
E os sulistas também!

Offline Unknown

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #39 Online: 08 de Dezembro de 2010, 15:16:06 »
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WikiLeaks divulga novos documentos após prisão de seu criador

O site WikiLeaks publicou hoje (8) nova rodada de documentos da diplomacia norte-americana, mesmo após a prisão, ontem (7), de seu criador, o australiano Julian Assange. Ele foi preso em Londres, logo após se apresentar a uma delegacia da capital londrina. Assange é procurado pela polícia da Suécia, onde é acusado de delitos sexuais, entre outros crimes.

Ele nega as acusações, afirmando que elas fazem parte de um complô dos Estados Unidos em represália ao vazamento dos papéis da diplomacia norte-americana em agosto passado, tratando de informações confidenciais sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão. O site Wikileaks informou que os vazamentos continuarão.

Os ultimos documentos revelam que a Líbia ameaçou o Reino Unido com "terríveis" represálias comerciais se o país não libertasse o acusado de um atentado contra um avião da extinta companhia aérea norte-americana PanAm. O avião caiu na localidade escosesa de Lockerbie, em 1988.

Um segundo documento descreve em detalhes as excentricidades de Muammar Khadafi, líder da Líbia. Um embaixador americano define Kadhafi como "hipocondríaco" e "obcecado pela estética". Outro telegrama, um despacho da embaixada norte-americana na Arábia Saudita, descreve uma festa oferecida por um dos príncipes sauditas em que um seleto grupo de jovens consome bebidas alcoólicas, burlando a lei islâmica.

O porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, usou a rede social Twitter para anunciar a liberação dos novos documentos. "Não seremos amordaçados nem com ações judiciais, nem com censura corporativa. Wikileaks continua online. O site está duplicado em mais de 500 lugares diferentes".

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=26668089
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Austrália diz que dará apoio legal a fundador do WikiLeaks

O ministro das Relações Exteriores da Austrália, o ex-primeiro-ministro Kevin Rudd, afirmou nesta quarta-feira que seu país dará ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, o mesmo apoio legal que daria a qualquer cidadão australiano com problemas na Justiça de outro país.

Assange foi preso na terça-feira na Grã-Bretanha após se apresentar à Justiça e deve enfrentar um processo de extradição para a Suécia, onde é acusado por crimes sexuais contra duas mulheres.

Assange e o site WikiLeaks vêm sofrendo uma forte pressão internacional, principalmente por parte dos Estados Unidos, desde que começaram a divulgar um pacote de mais de 250 mil comunicações diplomáticas secretas americanas, na semana passada.

Kevin Rudd afirmou à agência de notícias Reuters que Assange não 'é pessoalmente responsável' pela divulgação dos documentos. 'Os americanos são responsáveis por isso', afirmou.

'Acho que há questões importantes a serem feitas sobre a adequação dos sistemas de segurança (dos Estados Unidos), e o nível de acesso que as pessoas têm a esse material', disse.

'A responsabilidade principal, e portanto responsabilidade legal, está com os indivíduos responsáveis por esse vazamento inicial', afirmou.

Em outra entrevista, à rádio australiana ABC, Rudd disse que somente a Justiça poderá dizer se Assange é culpado de algo.

'Ele está certo em ter a expectativa e a presunção de inocência em relação às questões pelas quais foi levado à Justiça na Grã-Bretanha, e deveria obter todo o apoio que normalmente daríamos a qualquer outro australiano nas circunstâncias de comparecer em juízo diante das autoridades legais de qualquer outro país', afirmou.

Artigo

Assange vem criticando a posição da Austrália desde o início da divulgação dos documentos. Em um artigo publicado nesta quarta-feira pelo jornal The Australian, ele acusou o governo australiano de 'se vender vergonhosamente' aos Estados Unidos e de colocar seus serviços à disposição do governo americano.

'O procurador-geral da Austrália está fazendo tudo o que pode para ajudar uma investigação americana com o objetivo claro de atingir cidadãos australianos e extraditá-los aos Estados Unidos', disse.

No artigo, intitulado 'Não mate o mensageiro por revelar verdades desagradáveis', ele afirma ainda: 'As sociedades democráticas precisam de uma mídia forte, e o WikiLeaks é parte dessa mídia. A mídia ajuda a manter o governo honesto'.

A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, que tomou o posto de Rudd em junho, havia classificado anteriormente a divulgação dos documentos secretos americanos por Assange como 'altamente irresponsável'.

O governo americano também classificou a divulgação de 'irresponsável' e disse que ela é 'um ataque contra a comunidade internacional'.

Os Estados Unidos iniciaram uma investigação criminal sobre o caso e prometeram punir os responsáveis pelos vazamentos ilegais dos documentos.

Ninguém foi indiciado pelo vazamento até agora, mas as suspeitas caíram sobre o analista de inteligência do Exército americano Bradley Manning, que já havia sido preso em junho passado sob acusação de entregar dados confidenciais ao WikiLeaks.

O ministro das Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt, disse que não recebeu contatos das autoridades americanas sobre uma possível extradição de Assange da Suécia para os Estados Unidos.

O advogado de Assange, Mark Stephens, afirmou que as acusações contra seu cliente na Suécia são 'politicamente motivadas'.

http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=26667017

Site de promotoria sueca é alvo de hackers: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=26668275

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Offline Dbohr

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #40 Online: 09 de Dezembro de 2010, 10:11:59 »
Apesar do Assange ser um troll chato, o Wikileaks é a melhor coisa que já aconteceu no jornalismo desde o Deep Throat :ok:

Offline André Luiz

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #41 Online: 09 de Dezembro de 2010, 10:39:27 »
Até agora nao vi nenhuma informaçao TOP SECRET, apenas fofocas diplomaticas


Offline _tiago

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #42 Online: 10 de Dezembro de 2010, 19:25:15 »

Offline Moro

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #43 Online: 12 de Dezembro de 2010, 01:23:05 »
Até agora nao vi nenhuma informaçao TOP SECRET, apenas fofocas diplomaticas



pois é.. pensei exatamente o mesmo, impressões pessoais e fofocas. Para quem espera um papel do embaixador a lá Jamos Bond, que decepção.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

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Offline Sparke

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #44 Online: 13 de Dezembro de 2010, 09:56:08 »
Apesar do Assange ser um troll chato, o Wikileaks é a melhor coisa que já aconteceu no jornalismo desde o Deep Throat :ok:
hahahaha ainda estou em dúvida!

Offline Unknown

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #45 Online: 14 de Dezembro de 2010, 02:07:24 »
Petroleiras americanas eram contra novas regras para pré-sal

As petroleiras americanas não queriam a mudança no marco de exploração de petróleo no pré-sal que o governo aprovou no Congresso, e uma delas ouviu do então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB), a promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse.

É isso que mostra telegrama diplomático dos EUA, de dezembro de 2009, obtido pelo site WikiLeaks (www.wikileaks.ch). A organização teve acesso a milhares de despachos. A Folha e outras seis publicações têm acesso antecipado à divulgação no site do WikiLeaks.

"Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta", disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.

Um dos responsáveis pelo programa de governo de Serra, o economista Geraldo Biasoto confirmou que a proposta do PSDB previa a reedição do modelo passado.

"O modelo atual impõe muita responsabilidade e risco à Petrobras", disse Biasoto, responsável pela área de energia do programa. "Havia muito ceticismo quanto à possibilidade de o pré-sal ter exploração razoável com a mudança de marcos regulatórios que foi realizada."

Segundo Biasoto, essa era a opinião de Serra e foi exposta a empresas do setor em diferentes reuniões, sendo uma delas apenas com representantes de petroleiras estrangeiras. Ele diz que Serra não participou dessa reunião, ocorrida em julho deste ano. "Mas é possível que ele tenha participado de outras reuniões com o setor", disse.

SENSO DE URGÊNCIA

O despacho relata a frustração das petrolíferas com a falta de empenho da oposição em tentar derrubar a proposta do governo brasileiro.

O texto diz que Serra se opõe ao projeto, mas não tem "senso de urgência". Questionado sobre o que as petroleiras fariam nesse meio tempo, Serra respondeu, sempre segundo o relato: "Vocês vão e voltam".

A executiva da Chevron relatou a conversa ao representante de economia do consulado dos EUA no Rio.

A mudança que desagradou às petroleiras foi aprovada pelo governo na Câmara no começo deste mês.

Desde 1997, quando acabou o monopólio da Petrobras, a exploração de campos petrolíferos obedeceu a um modelo de concessão.

Nesse caso, a empresa vencedora da licitação ficava dona do petróleo a ser explorado -pagando royalties ao governo por isso.

Com a descoberta dos campos gigantes na camada do pré-sal, o governo mudou a proposta. Eles serão licitados por meio de partilha.

Assim, o vencedor terá de obrigatoriamente partilhar o petróleo encontrado com a União, e a Petrobras ganhou duas vantagens: será a operadora exclusiva dos campos e terá, no mínimo, 30% de participação nos consórcios com as outras empresas.

A Folha teve acesso a seis telegramas do consulado dos EUA no Rio sobre a descoberta da reserva de petróleo, obtidos pelo WikiLeaks.

Datados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, mostram a preocupação da diplomacia dos EUA com as novas regras. O crescente papel da Petrobras como "operadora-chefe" também é relatado com preocupação.

O consulado também avaliava, em 15 de abril de 2008, que as descobertas de petróleo e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) poderiam "turbinar" a candidatura de Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil.

O consulado cita que o Brasil se tornará um "player" importante no mercado de energia internacional.

Em outro telegrama, de 27 de agosto de 2009, a executiva da Chevron comenta que uma nova estatal deve ser criada para gerir a nova reserva porque "o PMDB precisa de uma companhia".

Texto de 30 de junho de 2008 diz que a reativação da Quarta Frota da Marinha dos EUA causou reação nacionalista. A frota é destinada a agir no Atlântico Sul, área de influência brasileira.

José Serra nega afirmação: "Isso não faz sentido"

Procurado pela Folha, José Serra negou ter feito as afirmações a ele atribuídas no telegrama. "Nunca recebi empresas individualmente, portanto, não recebi esta representante [Patricia Pradal, diretora da petroleira Chevron]", disse ele, por meio de sua assessoria. "Não falei isso porque não faz sentido, alguém vendeu 'mercadoria falsa'.

O modelo que vigorava naquela época era o modelo anterior. Isso [o teor do telegrama] não faz sentido. Além disso, o relato não corresponde ao meu modo de falar. É um estilo que não é o meu".



http://www1.folha.uol.com.br/poder/844645-petroleiras-americanas-eram-contra-novas-regras-para-pre-sal.shtml

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #46 Online: 14 de Dezembro de 2010, 03:40:15 »

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #47 Online: 18 de Dezembro de 2010, 22:27:16 »
Citar
Fundador do WikiLeaks vira
herói e vilão da era cibernética

Amado e odiado, Julian Assange virou celebridade após vazar documentos secretos

Do R7

   
Montage - Reprodução/AFP
Assange, na capa da Rolling Stone (esq.), e um dia após sair da prisão (dir.); australiano é "Che Guevara" do século 21



Há poucas semanas, pouca gente havia ouvido o nome de Julian Assange. Mas o vazamento de 250 mil documentos diplomáticos dos Estados Unidos pelo site WikiLeaks, e a prisão logo em seguida do seu criador, sob acusação de estupro, fez o ativista australiano virar celebridade. Há quem o busque como terrorista, e há quem faça terrorismo cibernético para defendê-lo. Mesmo sem fazer música, ele virou o roqueiro do ano da revista Rolling Stone.

Nesta quinta-feira (16), Assange saiu da prisão em Londres, por onde ficou nove dias. Ele foi preso acusado de estupro por duas mulheres suecas – o ativista manteve relações sexuais sem camisinha. O processo oficialmente não tem nenhuma relação com as atividades do site WikiLeaks. Mas sua prisão logo após o vazamento de documentos constrangedores para os EUA fez muita gente falar em conspiração. Não demorou para uma legião de admiradores tratar Assange como mártir cibernético e entrar em ação.

Nos dias seguintes, um movimento internacional de hackers declarou a Operation Payback (Operação Revanche), para vingar o que consideram uma perseguição ao homem que está revelando os segredos de governos de todo o mundo. O grupo atacou sites e serviços dos cartões de crédito Visa e Mastercard, além de bancos e outros prestadores de serviço que romperam contratos com o WikiLeaks, após a repercussão de suas revelações.

Até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do “rapaz” que “desnuda a diplomacia”. No mesmo dia, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, também defendeu Assange. No Twitter, no dia em que foi preso, o nome do ativista foi tão citado que ultrapassou até o astro teen Justin Bieber – segundo a ferramenta Trendistic.

Assange é “roqueiro do ano”

Assim que entrou no meio do furacão midiático com as revelações do WikiLeaks, Assange foi parar na capa da imprensa de todo o mundo. Mesmo sem ter nenhum dote musical conhecido, virou a “estrela do Rock de 2010”, da edição italiana da revista Rolling Stone.


A revista disse que “o rock informático de Assange será o que levaremos com alegria durante 2011”. Disse também que “Assange é um ícone como Che Guevara nas camisetas, como Mao para Andy Warhol. É o líder pop do fim da diplomacia e da segurança imperial. Assange é a verdadeira estrela do rock & roll dos anos 3000".

Livre da prisão, mas sob risco de ser extraditado para a Suécia e até para os EUA, Assange espera o seu futuro numa mansão de dez quartos no interior do Reino Unido – oferecimento de um apoiador.

Foi também a legião de admiradores, como o cineasta americano Michael Moore, que pagou sua fiança equivalente a R$ 640 mil. Na Alemanha, uma ONG está vendendo camisetas retratando Assange como Che.

Já nos EUA, o líder da oposição republicana no Senado pediu a cabeça de Assange, dizendo que ele é um “terrorista de alta tecnologia”.

Fonte:http://noticias.r7.com/internacional/noticias/fundador-do-wikileaks-vira-heroi-e-vilao-da-era-cibernetica-20101218.html

Hehehe... O cara virou um popstar. Tá ganhando até do Justin Biba. :lol:
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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #48 Online: 21 de Dezembro de 2010, 16:44:45 »
ONG defende WikiLeaks de "censura" e retransmite site

Repórteres Sem Fronteiras hospeda um espelho do portal que publicou documentos secretos da diplomacia mundial

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) começou nesta segunda-feira a hospedar um espelho do portal WikiLeaks "perante a censura e a perseguição" à qual foi submetida a página.

A RSF anunciou a abertura de um site (wikileaks.rsf.org) que dá acesso aos documentos americanos revelados pelo WikiLeaks após o mesmo ter sido rejeitado por alguns serviços de hospedagem de sites.

"Damos simbolicamente nosso apoio ao direito do WikiLeaks de publicar informação e não ser impedido neste trabalho", disse, por meio de comunicado, a organização defensora da liberdade de imprensa.

Um porta-voz da entidade acrescentou que a iniciativa "é uma resposta à censura que alguns querem impor à WikiLeaks", constatada com os "atentados" sofridos pelo site.

Prisão

Na última quinta-feira, o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, foi libertado sob fiança após passar nove dias preso. Em entrevista coletiva após ser solto, o criador do WikiLeaks prometeu continuar o seu trabalho e voltou a negar as acusações de crimes sexuais que enfrenta na Suécia.

O dinheiro da fiança estabelecida previamente - 240 mil libras (cerca de R$ 640 mil) - já havia sido obtido com apoiadores do fundador do WikiLeaks, de acordo com seu advogado. Sob as condições da fiança que haviam sido estabelecidas previamente, Assange deve ser monitorado eletronicamente. Ele ficará abrigado em uma casa de campo no leste da Inglaterra, que pertence a um de seus apoiadores, e terá de reportar-se à polícia diariamente.

O criador do site foi preso em 7 de dezembro, após se entregar à polícia britânica, que cumpriu um mandado de prisão internacional emitido pela Suécia. Assange, que tem irritado os EUA e outros países por causa da divulgação de milhares de comunicações diplomáticas secretas, nega a acusação de crimes sexuais, que diz ter motivação política.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/ong+defende+wikileaks+de+censura+e+retransmite+site/n1237888331834.html

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Re: Novo vazamento no Wikileaks
« Resposta #49 Online: 23 de Dezembro de 2010, 22:22:56 »
Vamos falar sobre isso: Mulheres, WikiLeaks e manobras políticas

Demorei para escrever sobre o caso, mas tentei me informar mais e consolidar melhor as opiniões sobre o caso Assange, não sobre o vazamento de informações que tem sido promovido pelo WikiLeaks em todo mundo. Na verdade pretendia escrever sobre os motivos que fizeram a Suécia pedir a extradição de Assange: as alegações de estupro que foram praticados em agosto deste ano por Julian Assange.

É óbvio que como feminista o repúdio a qualquer ato de violência contra a mulher seja ela física ou psicológica é base da minha formação, porém por compreender que o feminismo também é um movimento político não se pode negar o que acontece hoje na conjuntura mundial e como estes dois casos denunciados contra Assange ressurgem das cinzas.

Ora, Michael Moore em sua carta bem colocou a quantidade exorbitante de casos de estupros não investigados na Suécia, é dever do estado sueco em investigar todos os casos de violência sexual que foram denunciados ali e que sejam feitos sem protelação, coisa que a Suécia, Dinamarca, Finlândia e Noruega segundo a Anistia Internacional se recusam a fazer de forma séria.

A Anistia Internacional analisou os furos nas leis, procedimentos e práticas que visam investigar e proteger as vítimas de violência sexual e em seu relatório sobre estupro e direitos humanos nos países nórdicos chega a conclusão de que estes países não dão prosseguimento as denúncias. Moore em sua carta ao governo sueco cita informação dada por Katrin Axelsson da organização Mulheres Contra o Estupro, na qual ela afirma que: “No dia 23 de abril deste ano, Carina Hägg e Nalin Pekgul, respectivamente membro do Congresso Nacional e líder das Mulheres sócio-democratas na Suécia, escreveram no Göteborgs (jornal sueco) que até 90% de todos os casos denunciados de estupros no país nunca são julgados”.

Ora, em meio a tantos boicotes ao WikiLeaks e ao próprio Julian Assange soa no mínimo contraditório o governo sueco dar celeridade a apenas estas 2 denúncias de abuso sexual e deixar na gaveta o resto é no mínimo estranho e nisso concordo em diversas coisas que a Naomi Wolf  falou no Democracy NOW! de que a volta destes processos tem sim relação política com o caso de vazamentos promovidos pelo WikiLeaks e vincular as alegações de abuso sexual a esta questão do boicote ao WikiLeaks que os EUA vem promovendo desde o começo da ação é de um desserviço para a luta feminista.

Sim, por que se utilizar de tal ferramenta com motivos políticos sem a sustentação da própria investigação promovida pela polícia sueca é instrumentalizar os direitos das mulheres da forma mais sórdida e cruel, não há outras palavras. A polícia sueca havia investigado e retirado o pedido de prisão de Assange, ainda lá no começo do 2º semestre deste ano e cada vez mais o que surge no caso é deveras contraditório.

Se por um lado tal instrumentalização é ruim por que acaba criando uma casta dentro dos processos de investigação contra crimes sexuais, ou seja, aqueles casos que politicamente são interessantes vamos atrás e apuramos até o último fiapo de cabelo e os que são “apenas” crimes sexuais deixamos ali mofando sem data para serem julgados.

Há também o surgimento da necessidade de discutir experiências a cerca de crimes sexuais na Suécia, a jornalista Johana Koljonen iniciou pela internet o debate utilizando a tag #prataomdet (em inglês #talkaboutit). Por enquanto a iniciativa visa apenas a abrir espaço para se falar sobre o tema, ainda não foi criado nenhum tipo de organismo que pressione o governo sueco para que dê celeridade aos processos encalhados na justiça do país, seria louvável que isso acontecesse, para que a luta pelos direitos das mulheres e contra a violência sexual não se tornasse novamente um joguete nas mãos dos políticos.

http://bdbrasil.wordpress.com/2010/12/22/vamos-falar-sobre-isso-mulheres-wikileaks-e-manobras-politicas/

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