Cheguei à conclusão de que quando se menciona o termo deus isso só gera confusão. Pois existem muitas formas de se interpretar esse deus. Não só cada religião interpreta esse deus de uma forma diferente, mas até mesmo um ateu tem sua definição de deus, que é uma idéia criada pelo homem, e não fruto de uma revelação transcendental.
Para o ateu, tudo o que se define como espiritual é criado pelas religiões. Já entre as religiões e espiritualismo, estes tratam o espiritual como fruto de manifestações ou revelações. E esse é o ponto, para o ateu ou cético, tende-se a pensar que a matéria é absoluta, que tudo se baseia nela e que só pode existir o que pode ser observado.
No meu caso, a nossa interpretação da matéria é uma ilusão, visto que vejo todas as partículas como formas de uma mesma energia condensada e organizada de forma distinta. Quer dizer, prefiro o energismo ao materialismo. Isso porque, para o meu entendimento, tudo tem uma causa em comum, e só existe uma essência, que seria esta energia desconhecida. Energia porque ela é menos densa que a matéria em si, portanto é-me lógico pensar que matéria se baseia em energia, e também porque matéria gasta energia, pois é energia, uma forma de energia.
A concepção de várias essências distintas seria só uma ilusão de uma mesma essência que apenas estaria em estados diferentes. É essa a minha visão de realidade. Para mim, de certa forma, tanto a matéria, quanto a consciência e a alma seriam ilusões. Seria a vida uma ilusão? Quer dizer, que os três seriam apenas variações de algo que existiria de forma absoluta. Tudo seria baseado numa substância primordial.
O real existe, mas pode ser que as coisas que concebemos como reais sejam na verdade meio reais. E que o verdadeiro real ainda está para ser descoberto. Não estou com isso defendendo as religiões, pois isso é uma pura reflexão minha, e não propaganda religiosa.