Acho isso uma questão de cunho pessoal, mas penso o seguinte: pelo menos no caso da ICAR, espera-se que os noivos
passem por um "curso" antes do casamento. Trata-se de uma grande encheção de linguiça (e de saco), mas não mata. Porém,
você provavelmente vai ser arguido acerca de suas crenças. Você pode escolher mentir, para poder seguir adiante com o evento
social, ou pode ser sincero.
Se for sincero, e dependendo do padre, isso pode atrapalhar a cerimônia. Um conhecido meu foi perguntado pelo padre:
"você acredita em deus?" Ele: "não". O padre respondeu: "É... Bem, pelo menos você foi honesto" e continuou
com os preparativos
. Outros padres não teriam sido tão compreensivos.
No meu caso, não estava disposto a fazer uma encenação. Não só por uma questão de princípios (eu não deveria ter que me sujeitar a
isso) mas também por respeito à crença alheia. Isso porque, para muitos na suposta audiência a cerimônia seria algo bastante sério e
o meu fingimento poderia parecer (pareceria a mim) uma espécie de piada com algo que é importante para eles. Ou assim me pareceu na
época. Minha esposa, que é espírita, até que desejava a cerimônia (puramente pelo aspecto social e de realização de fantasia feminina)
mas rapidamente se convenceu. Ajuda se você disser que o dinheiro da cerimônia vai ser usado para uma viagem de lua-de-mel na Europa!