Autor Tópico: Casamento. E agora?  (Lida 10157 vezes)

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Offline David

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Casamento. E agora?
« Online: 30 de Dezembro de 2010, 14:29:47 »
Olá a todos, como vão?

Estou vivendo um pequeno impasse nesses últimos tempos e gostaria de compartilhá-lo com vocês. Resumindo:

Eu, ateu, namoro já há algum tempo uma mulher sensacional, "cristã". Ela mora com os pais e o único jeito de ficarmos juntos é casando. No próximo ano pretendo pedir a mão dela em casamento, mas ela só aceita casar através de cerimônia religiosa (não em igreja, nisso concordamos) por ter toda aquela coisa de usar branco e etc. Ela não vai em igrejas e nem é praticante, mas acredita em um deus. Para mim não há problema nenhum nisso, já adianto. Da mesma forma ela não vê problema nenhum em meu posicionamento.

Então eu lhes pergunto: O que devo fazer? Existe alguma solução alternativa para isto? Se um pastor ou padre me perguntar se acredito em deus ou se sou religioso serei franco e falarei a verdade. Não consigo mentir.

Qualquer sugestão é bem-vinda.

Abraços.
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Offline uiliníli

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #1 Online: 30 de Dezembro de 2010, 15:08:10 »
Os casamentos interreligiosos costumam ter regras que variam de igreja para igreja, então a primeira coisa que você deve fazer é se informar sobre como funciona na fé da sua parceira. Mas sendo o Brasil um país multirreligioso como é, certamente a maioria das igrejas está acostumada a fazer cerimônias desse tipo, então converse com o padre ou pastor que vai realizar a cerimônia também e diga e ele o que você pensa e como você se sente, diga quais são as concessões que você está disposto a fazer e o que não o deixaria à vontade, acredito que é possível chegar a uma solução negociada.

Offline Eduardo Vanderlei

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #2 Online: 30 de Dezembro de 2010, 19:17:48 »
Rapaz, casamento, antes de tudo, é um evento social, não necessariamente religioso. Se ela quer fazer "tudo bonitinho" (com padre, pastor ou juiz) e já sabe como você pensa, e não esquenta com isso, então vai fundo!!! Satisfaça essa vontade dela (que pode ser simples vaidade...) e sejam felizes!  :ok:  :ok:  :ok:

PS. Não vai doer nada, garanto!
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Autor Desconhecido

Offline Titoff

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #3 Online: 30 de Dezembro de 2010, 20:19:14 »
Bom, geralmente padre fala um monte de dogmas e comportamentos q vc supostamente esta concordando ("juram criar seus filhos na santissima igreja catolica?"). Pelo q vc fala, vcs dois estariam mentindo fazendo isso.

É hipocrisia se sujeitar voluntariamente a isso se for so para fazer teatrinho.

Vc pode muito bem fazer todo o formato de um casamento tradicional (religioso), com ela de branco entrando com pai, etc., mas com um juiz de paz realizando a cerimonia. Uns fazem ate um "discurso" bacana.

Assim, faz-se um casamento no formato classico fugindo das xaropadas religiosas.

Fale isso com jeitinho com ela, no discurso "nem vc acredita nisso tudo" e "podemos fazer cerimonia muito bonita no civil mesmo, com vc de vestido de noiva como quiser".

E se ela não se convencer, não vai deixar de casar por causa disso, né?

Offline Moro

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #4 Online: 30 de Dezembro de 2010, 22:05:43 »
Tenho um amigo que se diz ateu e em um casamento em que fomos juntos, ele se recusava a fazer o que o padre mandava (não fazia o sinal da cruz, não repetia aquelas rezas, não levantava quando pedia...)

Pensei comigo que isso não é realmente algo esperado em um cético, talvez seja mais esperado em alguém que tenha algo pessoal contra deus, as vezes até acreditando nele.

Se vou a uma festa celta em stonehenge e vejo aquelas baboseiras, vou repetir sem problema algum. Para mim não diz nada.
Se for a uma festa cristã, o mesmo. Canto, danço, rebolo em uma festa gospel e uso kipá na boa, porque para mim realmente não quer dizer nada.

Nesse contexto,Churrumino , se você não quer mentir para sua sogra, não o faça por uma pureza ideológica que você pode querer ter consigo mesmo.
Se for essa a questão, minta e pronto. Vai te economizar um monte de brigas, dores de cabeça, vai talvez evitar uma questão entre sua futura esposa e sua sogra ao fazer sua esposa tomar partido em uma discussão ... e vai ser uma merda.

Não minta apenas se você acha que deve respeito à quem você irá mentir, no caso os sogros. E respeito no sentido de querer que eles te conheçam, querer que eles participem da sua vida, etc..

Eu mentiria nesta questão. E você pode ir dando os sinais verdadeiros conforme você ganha a confiança deles, e quando você tenha certeza que eles não vão te estereotipar.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Dr. Manhattan

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #5 Online: 30 de Dezembro de 2010, 23:54:47 »
Acho isso uma questão de cunho pessoal, mas penso o seguinte: pelo menos no caso da ICAR, espera-se que os noivos
passem por um "curso" antes do casamento. Trata-se de uma grande encheção de linguiça (e de saco), mas não mata. Porém,
você provavelmente vai ser arguido acerca de suas crenças. Você pode escolher mentir, para poder seguir adiante com o evento
social, ou pode ser sincero.

Se for sincero, e dependendo do padre, isso pode atrapalhar a cerimônia. Um conhecido meu foi perguntado pelo padre:
"você acredita em deus?" Ele: "não". O padre respondeu: "É... Bem, pelo menos você foi honesto" e continuou
com os preparativos :). Outros padres não teriam sido tão compreensivos.

No meu caso, não estava disposto a fazer uma encenação. Não só por uma questão de princípios (eu não deveria ter que me sujeitar a
isso) mas também por respeito à crença alheia. Isso porque, para muitos na suposta audiência a cerimônia seria algo bastante sério e
o meu fingimento poderia parecer (pareceria a mim) uma espécie de piada com algo que é importante para eles. Ou assim me pareceu na
época. Minha esposa, que é espírita, até que desejava a cerimônia (puramente pelo aspecto social e de realização de fantasia feminina)
mas rapidamente se convenceu. Ajuda se você disser que o dinheiro da cerimônia vai ser usado para uma viagem de lua-de-mel na Europa!  :hihi:
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Offline Geotecton

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #6 Online: 31 de Dezembro de 2010, 01:04:04 »
a) Conhecer a natureza e a intensidade da influência dos pais da amada sobre ela, no que concerne às crenças e rituais de passagem. Isto é importante para manter uma relação amistosa com a família dela.

b) Conhecer quais são as características da religião e do templo/igreja em que será realizada a cerimônia. Com isto voce saberá quais atitudes e comportamentos serão socialmente aceitáveis naquele local.

c) Deixar claro, antecipadamente, para o celebrador do ritual que voce não cre em nenhum deus. Isto poderá auxiliar o celebrador na preparação de um ritual que crie o menor número de constrangimentos.
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Offline Moro

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #7 Online: 31 de Dezembro de 2010, 01:21:44 »
pessoal, porque constrangimento? Ouve o que o cara tem que falar, não temos uma crença para ser afrontada. Curte, faz o sinal da cruz e pronto
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Offline Geotecton

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #8 Online: 31 de Dezembro de 2010, 01:22:59 »
pessoal, porque constrangimento? Ouve o que o cara tem que falar, não temos uma crença para ser afrontada. Curte, faz o sinal da cruz e pronto

Pessoas diferentes, reações diferentes.

Só isto. :)
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Offline uiliníli

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #9 Online: 31 de Dezembro de 2010, 01:52:14 »
De fato. Eu também não me sinto à vontade fazendo parte de celebrações religiosas, até mesmo de orações.

Offline Moro

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #10 Online: 31 de Dezembro de 2010, 01:53:39 »
eu me sinto completamente a vontade
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Offline Moro

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #11 Online: 31 de Dezembro de 2010, 01:54:19 »
pense em um ritual indígena, e você está lá acompanhando aquilo tudo..
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Offline uiliníli

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #12 Online: 31 de Dezembro de 2010, 01:57:20 »
Eu, quando sou forçado a participar de orações só por que todas as outras pessoas estão participando, sinto que a minha opinião não é considerada legítima, sinto que estou sendo desrespeitado e fico intimamente ofendido. Peço para não fazer parte do círculo. E acho impressionante quando as pessoas acham que sou eu quem nõa as está respeitando.

Offline Geotecton

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #13 Online: 31 de Dezembro de 2010, 01:58:16 »
pense em um ritual indígena, e você está lá acompanhando aquilo tudo..

Desculpe-me.

Eu sou um simples geólogo e não um antropólogo. :biglol:
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Offline Geotecton

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #14 Online: 31 de Dezembro de 2010, 02:01:48 »
Eu, quando sou forçado a participar de orações só por que todas as outras pessoas estão participando, sinto que a minha opinião não é considerada legítima, sinto que estou sendo desrespeitado e fico intimamente ofendido. Peço para não fazer parte do círculo. E acho impressionante quando as pessoas acham que sou eu quem nõa as está respeitando.

Aconteceu comigo na noite de véspera de Natal na casa de minha sogra. Toda a família de minha esposa é religiosa (católicos) e antes da ceia, uma cunhada (por isto que começa com "cu"  :biglol:) solicitou que fosse realizada uma oração.

Eu, respeitosamente, declinei da oferta por convicção e me retirei da sala. Nada foi dito, mas a linguagem corporal mostrou que eles ficaram estupefatos e, é claro, descontentes.
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Offline Pellicer

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #15 Online: 31 de Dezembro de 2010, 02:08:09 »
Com tantas coisas que você vai ter que ceder em um casamento, acho que participar de uma cerimônia religiosa em um dia da sua vida é o menor dos problemas.

Offline uiliníli

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #16 Online: 31 de Dezembro de 2010, 02:13:33 »
Aconteceu comigo na noite de véspera de Natal na casa de minha sogra. Toda a família de minha esposa é religiosa (católicos) e antes da ceia, uma cunhada (por isto que começa com "cu"  :biglol:) solicitou que fosse realizada uma oração.

Eu, respeitosamente, declinei da oferta por convicção e me retirei da sala. Nada foi dito, mas a linguagem corporal mostrou que eles ficaram estupefatos e, é claro, descontentes.

No ano retrasado aconteceu o mesmo comigo, mas no Réveillon. E na época, mesmo a contragosto, eu acabei aceitando participar porque não tinha ideias tão fortes sobre o tema quanto hoje. O pior é que a oração durou vários minutos porque a mulher que a estava conduzindo, uma tia com quem nem tenho contato, de repente, "incorporou um espírito". Esse "espírito" falava portunhol muito mal e começou a discurçar sobre a importância da família, falou de pessoa por pessoa (mas felizmente "ele" não me conhecia e me pulou.) E eu tive que ficar lá aguentando. Depois de um tempo comecei a notar que eu não era o único exasperado e que as crianças estavam assustadas, uma delas começou a chorar quando o "espírito" quis conversar com ela.

Enfim, a gente tenta respeitar as manifestações religiosas dos outros, aceita participar para não causar mal-estar e o que a gente ganha em troca é uma mulher desequilibrada enchendo a paciência de todo mundo em nome de um respeito imerecido, já que ela demonstrou não respeitar mais ninguém no tempo que lhe foi concedido.

Essa foi a última vez que aceitei ser desrespeitado dessa jeito, agora não participo das orações nem de gente sensata. E não vou mais às festas da família, prefiro ficar sozinho.

Offline Spitfire

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #17 Online: 31 de Dezembro de 2010, 02:16:30 »
Casar é para doidos... mas como se diz, cada um cava sua própria cova.  :histeria:

Citar
Com tantas coisas que você vai ter que ceder em um casamento, acho que participar de uma cerimônia religiosa em um dia da sua vida é o menor dos problemas.

Tai uma verdade.  :ok:

Offline Cientista

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #18 Online: 31 de Dezembro de 2010, 02:40:57 »
Nesse ponto (pelo menos, NESSE ponto) eu tenho que concordar com o Agnóstico. Essas reservas são tolice da parte de quem não deveria ter e ser um exemplo para os crentes. Seria mais um motivo para eles chamarem até o ceticismo de religião (que, só por terminar em ismo, é mesmo). A frase que sempre uso é: não tenho crença nenhuma a perder e deus nenhum a contrariar. Sinto-me completamente livre, como só uma mente científica permite ser. É um grau de liberdade (mental) tão grande que poucos desfrutam dele. Porque não tenho nenhum ritual a cumprir, posso cumprir todos os rituais. E isso não significa nada para mim. Percebo a realidade e isso não mudará por meras gesticulações e, como sei que não serei capaz de mudar os crentes, aceito conviver com eles.

O que o Pellicer disse também é fundamental.

Offline uiliníli

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #19 Online: 31 de Dezembro de 2010, 03:04:44 »
O problema para mim não é o ritual em si, é exigirem que eu participe dele. Eu não tenho deus nenhum para contrariar, mas eu sinto que minha autonomia e minha liberdade estão sendo desrespeitadas.

Offline Fabrício

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #20 Online: 31 de Dezembro de 2010, 07:31:04 »
Gente, larguem de frescura... David, vai lá, reze, faça o sinal da cruz, jure criar seus filhos na santa madre igreja, aceite Jesus!

Depois vire as costas e esqueça tudo isso. Como o Pellicer disse, esse vai ser o menor dos seus problemas em um casamento... Não vale a pena se indispor com sua futura esposa, família e amigos dela por uma bobagem dessas. Guarde energia para brigar pelas coisas REALMENTE importantes :D...

Eu fui padrinho de batismo do meu sobrinho, fiz o tal curso. Um dia inteiro ouvindo bobagens, mas era importante para o meu irmão e cunhada, e não me matou. Basta ouvir, ficar na sua, se alguém te perguntar alguma coisa (ninguém me perguntou) responda de forma vaga ou simplesmente minta.

Ateísmo é só não acreditar em deuses, não precisa necessariamente se tornar uma causa a defender (lógico, a não ser que o cara queira, o que não parece ser o caso aqui). Falamos tanto em tolerância religiosa mas não podemos tolerar algumas horinhas de baboseira? Será que os seus "princípios ateístas (coisa chata...)" são tão importantes assim? Porque se forem, começam a parecer muito com uma religião, como tantos nos acusam.


« Última modificação: 31 de Dezembro de 2010, 07:33:31 por Fabrício »
"Deus prefere os ateus"

Offline Contini

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #21 Online: 31 de Dezembro de 2010, 08:30:36 »
Eu era um deísta quando casei na igreja. Casei na igreja apenas por respeito a família dela, tradicionalmente católica assim como a minha, mas já não acreditava em nenhuma religião. Naquele momento eu sei que era a coisa certa a se fazer, e não me arrependo! Tivemos uma bela cerimônia, e eu encarei mais ou menos como o agnostico sujeriu. Afinal o que importou para mim foi o clima de felicidade e ver pessoas tão importantes para mim compartilhando comigo aquela cerimônia.

Não sou contra cerimônias e até curto algumas, acho que socialmente elas tem um papel e o valor intrinseco que voce dá a ela.

Vai lá, casa na igreja! O importante é que ela saiba de que maneira isso é importante para voce, mesmo desvinculado de uma idéia de deus.
"A idade não diminui a decepção que a gente sente quando o sorvete cai da casquinha"  - anonimo

"Eu não tenho medo de morrer, só não quero estar lá quando isso acontecer"  - Wood Allen

    “O escopo da ciência é limitado? Sim, sem dúvida: limitado a tratar daquilo que existe, não daquilo que gostaríamos que existisse.” - André Cancian

Offline Eduardo Vanderlei

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #22 Online: 31 de Dezembro de 2010, 08:34:03 »
Depois vire as costas e esqueça tudo isso.

Que é o que, na prática, todos fazem :lol:...

Guarde energia para brigar pelas coisas REALMENTE importantes :D...

É isso aí! :ok:
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Offline Adriano

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #23 Online: 31 de Dezembro de 2010, 08:44:41 »
O meu irmão é ateu e teve um casamento muito bom numa igreja católica, devido a família da minha cunhada ser bem religiosa, como muitos evangélicos. E a festa foi uma das mais marcantes na família, onde todos elogiaram e curtiram muito.

Mas o ideal seria um casamento numa igreja atéia  :P
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Offline _Juca_

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Re: Casamento. E agora?
« Resposta #24 Online: 31 de Dezembro de 2010, 08:46:37 »
Acho que o problema dele não é de fazer sinal da cruz ou casar na igreja  e o que o valha, mais sim o fato de que sua noiva não tem religião, mas acredita em um deus.

Como fazer para celebrar o casamento de uma forma mística sem ser adepto de nenhuma religião?

Aposto que a família dela é daquelas que foram católicas e depois cada um foi para um lado, espíritas, evangélicos, católicos, mistureba...

Meio difícil...

 

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