Como os Estados Unidos chegaram lá? Formulando a pergunta com mais precisão: como os estadunidenses chegaram a ter os altos padrões de consumo de que desfrutam hoje? Pessoal quero fazer um alerta a todos vocês: vamos reviver o espírito do ceticismo! Que chuvarada de lugares-comuns! Vamos arregaçar as mangas e pesquisar. Eu faço minha parte, citando um trecho de "A Riqueza das Nações", do bom e velho Smith:
"Causas da prosperidade das novas Colônias
(...) não há colônias cujo progresso tenha sido mais rápido do que as inglesas na América do Norte.
A abundância de terra fértil e a liberdade de tratarem dos assuntos à sua maneira parece seres as duas causas da prosperidade de tpdas essas novas colónias.
No que diz respeito à abundância de terras férteis, as colónias inglesas da América do Norte, embora, sem dúvida, muito bem fornecidas, são contudo inferiores às dos Espanhóis e dos portugueses e não são superiores a algumas colônias que os Franceses possuíam antes da última guerra. Mas as instituições políticas das colónias inglesas tem-se mostrado mais favoráveis ao melhoramento e cultivo desta terra do que as de qualquer outra nação.
Em primeiro lugar, o açambarcamento de terras por cultivar, embora tenha sido totalmente proibido, foi mais restringido nas colónias inglesas do que nas outras. A lei colonial que impõe a cada proprietário a obrigação de melhorar e cultivar, dentro de um tempo limitado, uma determinada proporção das suas terras, e que, em caso de fracasso, entrega essas terras abandonadas a qualquer outra pessoa, embora não tenha sido, talvez, rigorasamente executada,teve, contudo, os seus efeitos.
Em segundo lugar, na Pensilvania não existe direito de primogenitura, e as terras, como bens móveism são repartidas igualmente entre os filhos e a família. Em três das províncias da Nova Inglaterra, o primogénito fica unicamente com uma fração dupla, tal como na lei de Moisés; embora nessas provínicas, portanto, uma quantidade de terra demasiado grande fosse, por vezes, açambarcada por um só individuo, tudo leva a crer que, ao longo de uma geração ou duas, voltasse a ser suficientemente dividida. Nas outras colónias inglesas, na realidade, o direito de primogenitura existe tal como na lei de Inglaterra. Mas, em todas as colónias inglesas a posse de terras todas por outros que não cavalheiros ou nobres, facilita a alienação, e o concessionário de uma extensa parcela de terra considera normalmente do seu interesse alienar, logo que possível, a maior parte dela, garantindo para si unicamente uma pequena renda resolúvel.(...) Em terceiro lugar, o trabalho dos colonos ingleses não só resultaria numa maior e mais valiosa produção, mas inda em consequência da moderação dos seus impostos, uma grande parte dessa produção pertence-lhes, podendo eles armazená-la e utilizá-la na movimentação de ainda mais trabalho. (...) Em quarto lugar, no que respeita à colocação da produção excedentária, ou do que ultrapassa o seu própria, ou do que ultrapassa o seu própio poder de consumo, as colónias inglesas têm sido mais favorecidas, e têm disposto de um maior mercado do que quluer outra nação europeia. Todas estas nações têm tentado, mais ou menos, monopolizar comércio das suas colónias e, por isso, e têm-nas proibido de importar bens europeus de qualquer nação estrangeira" (Depois ele prossegue, explicando como o monopólio comercial da Inglaterra foi menos opressivo).
Resumo: Quer saber por que os EUA é rico? Leia a "Riqueza das Nações"! Esqueça o lixo que essas editoras tentam fazer a gente comprar!