Depois de 6 anos registrada aqui no fórum sem ter postado nada... olá!
Olá Carol.
Em primeiro lugar, gostaria muito de agradecer ao Elton (eu sou o "contato" dele na Ateus em Curitiba, by the way) pela divulgação da nossa "atheist experience", a qual denominamos "Ateus em Curitiba Conversam".
No meu entender o programa terá vida longa.
Eu gostaria de manifestar minha gratidão também ao Biscoito pelo trabalho feito no youtube e também ao nosso colega Geólogo por ter ligado e ter se disposto a colaborar com mais uma linha temática do programa.
Não há de que, Carol, pois foi uma contribuição muito pequena.
No entanto, o que me motivou a vir postar foram algumas colocações feitas aqui que merecem ser esclarecidas: (vou testar minhas habilidades com edição de texto aqui... )
Bem e é este um dos motivos pelo qual eu lhe estou respondendo, pois o autor das recomendações e observações a seguir é o mesmo geólogo que rapidamente participou no seu programa: Eu, Geotecton.
Pela sua resposta, parece que voce ficou ofendida, ou pelo menos contrariada, com o que eu escrevi, o que não foi a minha intenção, mas para que não haja uma confusão maior, eu peço, mui humildamente, antecipada e publicamente
desculpas a voce e ao seu colega.
No entanto eu insisto em explicar os meus comentários e a sua réplica, ponto-a-ponto.
As questões levantadas por voce são pertinentes. E só fui perceber isto após assistir o vídeo no YouTube, pois eu comecei a acompanhar o programa com atraso e, logo após a minha rápida intervenção, eu tive que sair.
No meu entender, as seguintes modificações deveriam ser implementadas.
a) Não fazer comentários agressivos gratuitos contra religiões, crenças e religiosos. As críticas podem ser feitas em um contexto de debate sobre um dado tema, como por exemplo: Incoerências éticas bíblicas à luz do humanismo.
b) Escolher com antecedência os temas que irão compor a pauta do programa, limitando em até dois assuntos por programa.
c) Melhorar o comportamento de "palco" visto que a transmissão do YouTube mostra imagens, mesmo que não seja ao vivo.
d) Convidar pessoas com especialidades diversas para participar no estúdio.
Eu não entendi o porque da crítica ao tom "agressivo". Eu diria que foi reducionista e generalista, mas, no fim das contas, acredito que um dos pilares fundamentais das principais religiões Abraâmicas é o caráter agressivamente excludente delas. Sim, existem trechos que especificamente incitam o ódio e a intolerância. Espero não ter que me dar ao trabalho de citar onde posso encontrar isso.
Voce mesmo respondeu Carol. No meu entender, a maior crítica que podemos fazer contra os religiosos, é o de focar um dado assunto e dissecá-lo, como por exemplo, as incongruências éticas e morais de um suposto deus que é absoluto no espaço e no tempo.
Entendo que por ser o primeiro programa, houve uma vontade imensa de estabelecer um marco histórico. Mas, por alguns comentários feitos por aqui (não considere o meu) voce pode constatar que alguns ateus não concordaram com algumas das colocações apresentadas, o que eu considero absolutamente normal, sem significar um demérito intrínsico a voce ou ao seu programa.
Muito pelo contrário, porque voces mostraram muita coragem e vontade ao montarem um programa que seguramente será mal-visto pela comunidade cristã.
Em segundo lugar, em comparação com "os grandes" da Atheist Experience, sobretudo com o Jeff Dee, fomos MUITO brandos.
É uma questão de tática, que eu respeito, mas não sei se é vantajosa, pois há uma possibilidade de alguém que, ao estar na interface de transição teísta/agnóstico, se sinta assustado com o que ele consideraria uma "hostilidade atéia".
Eu posso falar por mim, minha retórica foi claramente prejudicada em função do fato de eu estar aparecendo diante de câmeras pela primeira vez. Embora eu seja professora e tenha total desembaraço com meus alunos, saber que todos os gestos vão ficar registrados online e que centenas de pessoas vão assistir o que vc vai falar faz com que a adrenalina suba em níveis meio altos.
Por isto mesmo que eu recomendei um cuidado maior frente à câmera, pois a nossa linguagem corporal pode nos prejudicar, mesmo que seja causando um pequeno desvio na atenção do público por causa de gestos e trejeitos. E não há como ter uma melhora sem se exercitar.
E digo isto porque eu sou simplesmente horrível frente à uma câmera, seja ela de foto ou de vídeo.
Em terceiro lugar, temos uma agenda programada, sim. O que acontece é que os temas vão se divagando, as pessoas vão fazendo comentários, acabamos divagando um pouco (porém não muito) no tema do programa - que poderá e deverá ser melhor explorado sob outros ângulos - e a impressão que deu é que não sabíamos o que estávamos fazendo. Enquanto apresentadora, eu ainda estou acertando a mão. Pretendo falar e debater sobre outros temas de meu interesse.
Ótimo, é exatamente o que um programa de divulgação tem que possuir: temas específicos e focados. No meu entender, o obstáculo da sua inexperiência como apresentadora será rapidamente vencido, mesmo porque voce é professora.
Caso alguém daqui se interesse em vir participar e dar uma opinião mais qualificada, fique à vontade para participar de nossas reuniões e também da comunidade Ateus em Curitiba.
Apesar da confusão que eu armei, continuo à disposição do seu programa e da sua comunidade, se voce assim desejar.
Precisamos de amparo técnico com relação ao som (o Manny comprou uma mesa com 6 canais de áudio), imagem e também precisamos de mais idéias circulando.
O forista biscoito1r parece ser um especialista nesta área.
Porém, o que acho um tanto "confortável" fazer é criticar de longe o que estamos fazendo e julgar quem está ali matando a cobra e mostrando o pau (desculpem o tom grosseiro, mas eu sou grossa mesmo, hehehe) ao vivo suando frio,...
De fato eu estava na "zona de conforto" durante o programa, mas não se zangue, visto que as minhas observações e recomendações foram de cunho construtivo, tanto é que eu enalteci voce e seu colega ao vivo, durante o programa, e aqui neste tópico do fCC.
Mas entendo a sua raiva, e foi por isto que eu pedi desculpas.
...com todo um dia de trabalho nas costas e, no meu caso, uma noite mal dormida em função da ansiedade e expectativa gerada em cima dessa nossa módica iniciativa.
O que é absolutamente normal em função do tipo de programa e dos "adversários" que voce está provocando. E aqui eu me refiro aos cristãos e não aos ateus críticos.
Bem, espero que não me linchem, mas não pude me manter passiva diante dos comentários feitos. Achei um tanto exagerado nos chamar de agressivos e dizer que a agressividade, ainda por cima, foi gratuita. Não sei se é nosso propósito ser tão "isento" e "impassional" e simplesmente transpormos nossos textos escritos para um programa.
A minha explicação e o meu pedido de desculpa pública já foram dadas. Eu sinceramente espero que voce aceite-as.
Infelizmente algum tipo de "deslize" será cometido nesse sentido porque é MUITO mais difícil falar do que digitar. E digo mais... é também diferente de dar aula, pois ninguém quer ensinar, o tom do programa é de debate, o que é bem diferente duma postura de professor.
Os supostos "deslizes" que ocorreram não foram graves a ponto de se condenar o programa.
Por hora, acho que vou ficar por aqui, senão realmente acho que vou ser linchada.
Linchamento?
Da minha parte não ocorrerá, mesmo que o meu pedido de desculpa não seja aceito.
Obrigado pela sua atenção.
Geotecton.