Autor Tópico: Líbia: Dirceu segue Fidel e associa massacre a manipulação dos EUA  (Lida 14344 vezes)

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Re: Líbia: Dirceu segue Fidel e associa massacre a manipulação dos EUA
« Resposta #175 Online: 08 de Março de 2011, 18:06:14 »
O Agostico consegue ser tão chato, mas tããão chato que me da vontade de me filiar ao PSTU só pra não ficar no mesmo lado que ele...... E olha que eu também não gosto do comunismo. :P
Fica a dica: as agendas que eles vendem são lindas. Inclusive, é lugar-comum brincar que o PSTU vai fechar o partido e vai montar uma editora só pra vender agendas... :biglol:
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Re: Líbia: Dirceu segue Fidel e associa massacre a manipulação dos EUA
« Resposta #176 Online: 09 de Março de 2011, 00:57:48 »
...
Citação de: Geotecton
Mas quando analisamos os regimes marxistas que foram instalados desde 1917 até o final dos anos 70, observa-se que todos foram centralizadores, burocráticos e repressores de seus povos.
Isso significa que o modelo aplicado nestes regimes não funcionou. A partir daí, você pode seguir duas linhas de pensamento:
a. "Isso é característico do comunismo como um todo" (boa parte da argumentação do DDV se resume a isso)
b. "Isso é característico daquela aplicação do comunismo, o stalinismo" (é o que eu estou tentando argumentar).

Citação de: Geotecton
O DDV já abordou sobre a questão da oferta de água potável, que se dá sob a forma de monopólio natural, assim como a energia elétrica, pelas suas especificidades. Eu somente não concordo com o DDV no que tange à superioridade da oferta concorrencial, em relação aos problemas relacionados ao meio-ambiente.

E não existe (e nem nunca existiu) um Estado realmente controlado pela população e desta condição nenhum Estado socialista ou comunista sequer chegou perto.
Bom, a questão ambiental pode ser analisada por tragédia dos comuns...
Eu acho que o DDV está:
1. Restringindo demais os casos em que há vantagem no monopólio, somente ao monopólio natural, e
2. Subestimando a ocorrência de monopólios naturais.
Meia dúzia de fontes aqui seriam interessantes pro debate...

Controle popular do Estado: independente do sistema econômico, vejo isso como um fim e não como um meio. É algo que eu desejaria mesmo sob uma sociedade capitalista. E embora esse controle possa não ser perfeito (nunca é), as sociedades que chegam mais próximo dele são justamente as que consideramos como modelos de vida.

O que me faz jogar a "culpa" do fracasso de URSS, Leste Europeu, China e etc. na política e não na economia é simples - em países com condições políticas similares, mas condições econômicas diferentes, os mesmos problemas acabaram aparecendo.

...


Sabemos como seria um governo Trotskista, Trotsky era um imbecil quase do mesmo calibre que Stalin e certamente iria levar seu país a massacres e à falência. Ele já havia provado isso.
E existe ainda há o Lenin..

Então, não, não é uma questão só do Stalinismo, a não ser que se fale que Trotsky era Stalinista,  ou Lenin, o que não faz o mínimo sentido.

As condições políticas são similares apenas se olhamos em coisas tão genéricas como "autoritarismo", "burocracia", "luta pelo poder", "centralização" e congêneres. Cada país montou uma estrutura distinta, com o mesmo ideario.

A causa da falha do comunismo vem do

- fator humano simplificado no desenho do comunismo
- gerando um desastre economico
- gerando um desastre político,

sendo que os dois últimos são um ciclo, um sistema desastroso, não ocorrendo necessariamente nessa ordem. A repressão e burocracia são consequências do modelo, e não a causa para sua falência.


“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Re: Líbia: Dirceu segue Fidel e associa massacre a manipulação dos EUA
« Resposta #177 Online: 09 de Março de 2011, 19:09:05 »
Mais notícias do front oceânico no norte da África? As hordas eurasianas ainda são uma ameaça?

Bom, hora de eu aproveitar a relativa calma do tópico e ir respondendo às "pontas" que deixei soltas...



Eu trabalho em uma empresa de economia mista, onde o maior acionista é o estado aqui do ES. E pela minha experiência, embora seja uma evidência anedota (é anedota ou anedótica?), a maioria dos funcionários é comprometida e tenta fazer um bom trabalho... eu inclusive modestamente me incluo nesta categoria, já que antes de entrar para esta empresa sempre trabalhei na iniciativa privada e não vejo lógica em não procurar prestar o melhor serviço possível para quem, afinal de contas, paga meu salário. Mas a proporção de parasitas é grande, gente que não está nem aí para o contribuinte. Numa empresa privada, estes parasitas já teriam sido descartados há um bom tempo, mas em uma empresa pública eles viram um encosto que onera e sobrecarrega quem efetivamente quer trabalhar. E o próprio sistema de trabalho trava o desempenho de quem quer trabalhar. O excesso de burocracia, a ação dos parasitas que demoram a executar (quando executam) tudo que depende deles, as regulamentações excessivas e absurdas, tudo isso faz com que a imagem dos funcionários públicos seja péssima, e o pior é que, em grade parte dos casos, esta imagem negativa seja a mais pura verdade.
A evidência é anedótica, mas bem plausível... bom, a gente sabe que é assim que o Estado brasileiro funciona.

E embora eu seja comunista e vocês não, acho que a gente concorda que o Estado é necessário (discordamos em quanto) e precisa ser mais eficiente.

Então, pergunto:
1. Como fazer o funcionarismo público ser mais eficiente?
2. Para a mesma oferta de serviços, sob a mesma economia, como fazer a burocracia ser reduzida ao mínimo necessário?
(Não sei as respostas. Por isso mesmo estou perguntando.)



Post do Geotecton, que respondi pela metade.

Voce também ignora o fato de que nos estados capitalistas, a maior parte da educação e da ciência é atribuição histórica do Estado, antes mesmos de se constituírem em sociedades capitalistas formais.
Não, meu caro. Não ignoro. Grosseiramente falando, a educação e a ciência como conhecemos hoje surgiram nos Estados Papais na Idade Média... (a primeira universidade é de lá - ano 800 EC).

Mas não é só por causa de tradição histórica que o ensino e a ciência públicas são "melhores" que os privadas, e sim por objetivos.
O objetivo da educação e ciência públicas é, primariamente, servir à sociedade.
O objetivo da educação e ciência privadas é, primariamente, maximização de lucros.
Há diversas situações nas quais ambas as coisas são incompatíveis. Dando um exemplo bem bobinho: diabetes tipo I.
Se o objetivo for servir à sociedade, procura-se uma cura - seja por implante, células-tronco, etc.
Se o objetivo for o lucro, a cura é indesejada, pois o lucro líquido com a venda mensal de insulina é maior.

Entende onde quero chegar? O meu exemplo é em ciência, mas pode ser facilmente extendido para a educação.

(Inclusive, até aonde eu saiba, as escolas públicas brasileiras eram melhores que as privadas até os anos 70. A educação privada se manteve mais ou menos no mesmo patamar, mas a pública decaiu muito. Motivo? Cof cof milicos...)

Citação de: Geotecton
Não. Não é, porque a população não tem condições de decidir sobre questões técnicas. E no seu modelo, quem vai decidir é a Nomenklatura e não o “povo”, que nestes casos, não passa de um ente abstrato.
Para a população, ter uma Nomenklatura decidindo ou um corpo empresarial decidindo dá, efetivamente, na mesma coisa.
Pra mim, nem uma coisa nem a outra são desejáveis.

O que podemos fazer é treinar a população para que saiba escolher o que é mais interessante pra ela mesmo com poucos conhecimentos técnicos do assunto em questão, sabendo reconhecer argumentos válidos e inválidos vindos de quem tem maior conhecimento.

Leia-se... embutir ceticismo na população como parte do sistema social.



Pelo amor de Odim, entrem em uma repartição publica e solicitem um serviço... os caras te atendem como se tivessem fazendo um favor, cheios de má vontade, cheios de entraves... o serviço publico do Brasil é uma MERDA, sejamos francos por favor.

Não estou dizendo que não existam pessoas sérias e comprometidas, existem, mas estas são uma minoria, infelizmente.

Enquanto não encararmos a realidade e ficarmos criando mundinhos paralelos para acomodarem nossas confortáveis fantasias, tudo só irá para pior neste país.
Ô fi'o, é por isso mesmo que eu falo que, pra tentar mudar o sistema econômico brasileiro, a gente precisaria primeiro tacar uma boa faxina por aqui ;)

Eu já comentei algo do tipo, inclusive:

E tá, ninguém perguntou, mas vou falando de um caso em específico chamado Brasil.
Mudar o sistema econômico aqui seria realmente interessante, e tudo, mas... antes disso, há algumas coisas que são necessárias, como:
1. Uma boa reforma jurídica,
2. Mudança cultural quanto à corrupção,
3. Maior efetividade do Estado (especialmente se for pela via fabianista)...
Caso se tentasse mudar o sistema econômico brasileiro agora, ia provavelmente dar em merda e as coisas continuariam mais ou menos como estão.

E eu acho que isso é meio-que proposta de consenso... é algo que tanto vocês (que defendem economia de mercado) quanto eu (que defendo economia estatal) concordamos.



Citação de: Geotecton
Como eu escrevi antes, você está especulando com modelos hipotéticos de marxismo, pois eles não foram operacionalizados em nenhum lugar.

Mas quando analisamos os regimes marxistas que foram instalados desde 1917 até o final dos anos 70, observa-se que todos foram centralizadores, burocráticos e repressores de seus povos.
A gente pode usar isso pra fazer um experimento mental interessante - ver o que esses Estados tinham de similares. E especialmente, compará-los com regimes centralizadores, burocráticos e repressores de seus povos mas que tinham economias diferentes.

Citação de: Geotecton
A Rússia Tsarista possuía ilhas de excelência em termos de cultura e conhecimento científico, bastando lembrar os nomes de Pietr Tchaikovsky e Konstantin Tsiolkovsky. Um dos principais motivos que a tornava menos eficiente e pujante, em termos econômicos, era a ausência de uma burguesia que conecta-se a população campesina e operária com a cúpula imperial.
A URSS também era bastante aclamada culturalmente. Ballet e xadrez são o que me vêm à cabeça.

A literatura e a música decaíram muito, mas por causa da ditadura e não do sistema econômico.
(Nesse ponto, nós brasileiros temos sorte que estivemos sob uma ditadura de imbecis...)

Mas, quanto à ciência... discordo. A Rússia tsarista era bastante atrasada em relação à Península Européia. Pense em Mendelejev como exceção e não como regra.

E falando da população campesina, aqui vem uma questão interessante. Pelo pensamento de Marx quando mais novo, espera-se a proletarização do campesinato dentro do próprio capitalismo. Depois, com o tempo, Marx mudou de idéia e incluiu a possibilidade de revolução mesmo em um país com a população majoritariamente campesina, como na Rússia.

Só que isso deu em merda. :biglol: Com algumas exceções, a população rural normalmente é menos culturalizada e consciente politicamente do que a população urbana. São mais fáceis de manipular por causa disso.

Citação de: Geotecton
O expurgo stalinista afetou o potencial de crescimento da URSS sem dúvida, mas a maior parte dos atingidos estava no setor de humanas e não no setor de exatas ou biológicas. Um scholar do tipo sociólogo causava muito mais estragos que um PhD em Matemática.

Penso que o atraso tecnológico soviético, excluindo os setores militares e espacial, ocorreu em função da natureza do sistema produtivo e econômico e não pela falta de mão-de-obra com qualificação.

Citação de: Geotecton
Todos os países socialistas foram, em diferentes graus, dependentes de Moscou, seja por admiração, seja por dependência financeira, seja por intimidação militar.
Sim... e com isso, as características dos sistemas político e econômico soviéticos iam sendo passadas para os outros países.
Se a URSS tivesse dado certo, eles provavelmente dariam certo também.
Como a URSS deu errado, eles deram errado junto...

Citação de: Geotecton
A simples criação de centenas ou milhares de unidades político-administrativas já demandaria despesas elevadas, pois seria necessária uma estrutura organizacional mínima em cada uma destas unidades, incluindo setores equivalentes aos atuais: executivo, legislativo e judiciário.

E para se calcular os custos com grande precisão seria necessário definir exatamente o tipo de  organização de sociedade que se deseja.
Mas já há milhares de unidades político-administrativas, meu caro. Chamam-se cidades ;)
Minha idéia é mais ou menos assim: ao invés de haver Estados e cidades, haver uma coisa só que valha por ambos. E aproveitar o que for possível da estrutura organizacional já existente de ambos.

Usando Paraná como exemplo... haver uma "prefeitura" da região metropolitana como um todo - englobando Curitiba, Araucária, Pinhais, Sanju, etc. Outra englobando Ponta Grossa, Lapa, Campo Largo, etc. Mas tanto essas cidades como o estado do Paraná, como divisões administrativas, deixariam de existir.

Quanto a cálculos, não seria com grande precisão, mas só saber a ordem de grandeza dos custos já seria interessante...

Mas note que isso é uma idéia adicional, que eu vejo como ampliando a democracia. Não é sumamente necessária.

Citação de: Geotecton
Eu sinceramente não deixaria que a população pudesse decidir sobre certos temas, em especial aqueles que demandam um maior conhecimento tecno-científico.
Talvez, deixar a população escolher seus representantes para esses temas? Ainda seria democracia representativa e não direta, mas a participação popular seria maior.
O que você acha?

Citação de: Geotecton
Eu não conheço aquela comunidade, mas o ponto que eu quero insistir é que não há nenhuma evidência de que eles vivam sem interagir com as comunidades de entorno que não seguem aquele modelo e nem que eles vivam sem as vantagens obtidas pelo capitalismo nativo.
O lugar é pequeno e, pelas fontes que li, apresenta diversos problemas.
Mas é interessante como um caso de uma comunidade anarquista que dura há quarenta anos.
Enfim, Christiania pode ser exemplo fraco, mas ainda assim, é um exemplo...

Citação de: Geotecton
Se você deixar a população decidir, é provável que se mantenham praticamente intactos os atuais conceitos vigentes nas democracias representativas capitalistas.

Então fatalmente, para que o padrão mude para os moldes que você deseja, esta decisão deverá caber ao Estado socialista, que em todos os casos conhecidos sempre foi manipulado pela Nomenklatura.

Aparentemente não há como escapar disto.
Eu ia ficar meio puto da vida, mas prefiro que a população decida contra mim do que simplesmente não decida.

Citação de: Geotecton
Ou seja, o deus-Estado seria o detentor de quase tudo. Mas, apenas por curiosidade, as casas teriam algum tipo de padrão e ou limite?
Menos, meu caro. Não xingue o Estado de "deus". :hihi:
No caso de moradias, obviamente teriam normas. Já há normas - normas de onde construir, normas de como construir...
Fora isso, como vejo casas como algo essencialmente pessoal [e portanto, privado], não acho que deva haver muita norma. Pessoas diferentes têm estilos de vida diferentes, e isso exige moradias diferentes.

Citação de: Geotecton
Sob a sua ótica marxista, qualquer coisa pode ser considerado um bem de produção. E porque você acha preferível que a casa seja um bem privado e não do Estado?
Só que não sou marxista puro ;) como eu disse, tenho muita influência de um lado pelos anarquistas e, do outro pelos fabianos.
E quanto à casa ser um bem privado, acabei respondendo acima...



Lerdinho, lerdinho, mas vou respondendo :D
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« Resposta #178 Online: 09 de Março de 2011, 21:09:11 »
editado: sonooo

O maior absurdo é comparar uma nomenklatura com o empresariado, espantalho puro. Boa parte da economia e geração de empregos é feito por pequenos empreendedores. No mundo de sonho comunista, eles imaginam que o mudo é regido por um seleto grupo de corporações logo a comparação entre poucas pessoas regendo as corporações com poucas pessoas regendo a nomenklatura.

O que querem trocar é a inciativa de milhões de pessoas por uma dezena de incapacitados que nunca, por definição, conseguiram se sobressair em qualquer emprego.

Simples ma informação.
« Última modificação: 10 de Março de 2011, 09:25:10 por Agnóstico »
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Re: Líbia: Dirceu segue Fidel e associa massacre a manipulação dos EUA
« Resposta #179 Online: 09 de Março de 2011, 22:16:41 »
Só uma correção:
Citação de: Kajsar
Não, meu caro. Não ignoro. Grosseiramente falando, a educação e a ciência como conhecemos hoje surgiram nos Estados Papais na Idade Média... (a primeira universidade é de lá - ano 800 EC).
A ciência e o método científico são bem posteriores - finzinho da Idade Média. Fora isso, o texto não se altera.
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Offline Derfel

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Re: Líbia: Dirceu segue Fidel e associa massacre a manipulação dos EUA
« Resposta #180 Online: 10 de Março de 2011, 15:48:34 »

Citação de: Geotecton
A simples criação de centenas ou milhares de unidades político-administrativas já demandaria despesas elevadas, pois seria necessária uma estrutura organizacional mínima em cada uma destas unidades, incluindo setores equivalentes aos atuais: executivo, legislativo e judiciário.

E para se calcular os custos com grande precisão seria necessário definir exatamente o tipo de  organização de sociedade que se deseja.
Mas já há milhares de unidades político-administrativas, meu caro. Chamam-se cidades ;)
Minha idéia é mais ou menos assim: ao invés de haver Estados e cidades, haver uma coisa só que valha por ambos. E aproveitar o que for possível da estrutura organizacional já existente de ambos.

Usando Paraná como exemplo... haver uma "prefeitura" da região metropolitana como um todo - englobando Curitiba, Araucária, Pinhais, Sanju, etc. Outra englobando Ponta Grossa, Lapa, Campo Largo, etc. Mas tanto essas cidades como o estado do Paraná, como divisões administrativas, deixariam de existir.

Quanto a cálculos, não seria com grande precisão, mas só saber a ordem de grandeza dos custos já seria interessante...

Mas note que isso é uma idéia adicional, que eu vejo como ampliando a democracia. Não é sumamente necessária.


Isso que você propõe já existe, pelo menos para algumas deliberações administrativas. Na Saúde, é uma proposta do MS a regionalização, a divisão do estado em regiões para uma melhor administração dos recursos. Os gestores dos municípios da região  mais o estado se reúnem e discutem os problemas em seus municípios e as formas de solucioná-los, isso para uma melhor eficiência dos recursos aplicados. Durante a pactuação, por exemplo, municípios "compram" serviços de outros municípios (o município A não possui um serviço de ultrassom, mas o município B possui, então A pactua com B o acesso da sua população ao serviço de ultrassom). Lá também os municípios se organizam em consórcios para criação de serviços que sozinhos não poderiam possuir. Por exemplo, um grupo x de municípios se organiza em consórcio para montar um NASF, um CAPS ou um CEO. Existem outras instâncias além da saúde, como os Territórios da Cidadania.

Offline Geotecton

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Re: Líbia: Dirceu segue Fidel e associa massacre a manipulação dos EUA
« Resposta #181 Online: 10 de Março de 2011, 17:47:58 »
Isso que você propõe já existe, pelo menos para algumas deliberações administrativas. Na Saúde, é uma proposta do MS a regionalização, a divisão do estado em regiões para uma melhor administração dos recursos. Os gestores dos municípios da região  mais o estado se reúnem e discutem os problemas em seus municípios e as formas de solucioná-los, isso para uma melhor eficiência dos recursos aplicados. Durante a pactuação, por exemplo, municípios "compram" serviços de outros municípios (o município A não possui um serviço de ultrassom, mas o município B possui, então A pactua com B o acesso da sua população ao serviço de ultrassom). Lá também os municípios se organizam em consórcios para criação de serviços que sozinhos não poderiam possuir. Por exemplo, um grupo x de municípios se organiza em consórcio para montar um NASF, um CAPS ou um CEO. Existem outras instâncias além da saúde, como os Territórios da Cidadania.

O que o Kajsar está propondo, inicialmente, é que a administração fique diretamente nas mãos da população e não de técnicos ou burocratas, como são os casos que voce mencionou.

E neste ponto eu levantei uma objeção, que reside no fato de que a população não tem condições de decidir sobre os assuntos tecno-científicos, incluindo a área de Saúde. Ou seja, algum tipo de democracia representativa tem de existir.
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Offline Eremita

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Re: Líbia: Dirceu segue Fidel e associa massacre a manipulação dos EUA
« Resposta #182 Online: 14 de Março de 2011, 04:18:13 »
Geotecton:, são duas propostas. O Derfel comentou uma (regionalização) e você comentou outra (democracia direta). As duas são independentes, mas eu realmente acho que trabalhariam muito bem juntas.

Citar
E neste ponto eu levantei uma objeção, que reside no fato de que a população não tem condições de decidir sobre os assuntos tecno-científicos, incluindo a área de Saúde. Ou seja, algum tipo de democracia representativa tem de existir.
Pegando a Saúde como o exemplo... você não precisa entender como o monóxido de diidrogênio interage com o corpo pra votar em uma lei banindo-o ou o liberando. Se há alguma proposta de lei nesse ponto, você pode:
1. Consultar conhecidos médicos pra montar sua opinião em base da deles - "bane ou libera?"; ou
2. Abster-se de votar nisso, deixando quem entende mais votar.
Pode até ser que pra determinadas questões, sempre as mesmas meia dúzia de figurinhas carimbadas votem... mas ao menos nesse sistema, impede-se a formação e manutenção de uma casta de políticos profissionais, algo que considero danoso. E fornece mais poder à população, mesmo se for pra alguns abdicarem do mesmo.

Derfel: só que isso é feito só para determinados assuntos. Minha idéia é que a regionalização seja suficiente para suplantar os atuais Estados e municípios.
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Re: Líbia: Dirceu segue Fidel e associa massacre a manipulação dos EUA
« Resposta #183 Online: 14 de Março de 2011, 11:05:43 »


Citar
E neste ponto eu levantei uma objeção, que reside no fato de que a população não tem condições de decidir sobre os assuntos tecno-científicos, incluindo a área de Saúde. Ou seja, algum tipo de democracia representativa tem de existir.

E esses assuntos tecno-cientificos são entendidos por pessoas que não fazem parte da população?
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Offline Eremita

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Re: Líbia: Dirceu segue Fidel e associa massacre a manipulação dos EUA
« Resposta #184 Online: 24 de Março de 2011, 16:37:07 »
Citação de: Tonto
E esses assuntos tecno-cientificos são entendidos por pessoas que não fazem parte da população?
Fazem parte de uma minoria da população.
O ideal, extremamente democrático, seria que todos entendessem. Mas isso é impossível.
Mas, se a população ouvisse a minoria técnica nesses assuntos, já seria um grande avanço.



Debate sobre comunismo morreu?
Cansaram de debater sobre o assunto?
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