Juro, porque?
Porque não é o que parece.
Porque você acha que sua visão mágica é não mágica?
Por que você acha que minha "visão" é mágica?
Sem dúvida e para qualquer fins práticos fora da masturbação mental voce esta correto.
Como você pode afirmar isso se nem mesmo uma definição estabelecida há do que seja consciência? E considerando, ainda, que o consenso entre especialistas do mainstream da área é de que consciência e livre arbítrio são processos ilusórios?
Se você ler o texto vai ver que sequer estávamos falando de consciência, de modo que sua intervenção já começa furada.
Se você ler os textos e souber do que fala vai ver que estavam (que ridículo eu ter que dizer isso).
O contexto está exatamente aqui (leia o comentário logo acima deste seu e, em seguida, este seu):
../forum/topic=24447.0.html#msg588669Onde, exatamente, minha "intervenção" já começa furada?
Que ponto você discorda, fora do bláblábá, que pode suportar a afirmação que não temos livre-arbítrio?
Se você não puder definir este "blábláblá" e "suportar a afirmação" estará parecendo mais um trol do tipo Alano ou Itacare. Se quer saber que ponto eu discordo, faça o que você adora afirmar que eu não fiz (tendo eu feito, todavia) e que você mesmo, aparentemente, não faz -- leia a porcaria do texto, cara.
Mas nosso cérebro é exatamente o eu. Caso ele esteja em mal funcionamento, o eu continua tomando a decisão.
Isso é quase o mesmo que dizer que o alto-falante é exatamente o som. Quase porque o som, ao menos, existe como algo real, físico. Já o "eu" nem mesmo existe. O cérebro é o cérebro e o "eu" é só um "produto" irreal do funcionamento dele.
Pode ser, desde que o som seja gerado pelo cérebro, não tenho nada contra essa alusão.
Mas eu tenho tudo contra. O som, uma vez gerado pelo alto-falante, possui existência física própria (se o AF for destruído logo em seguida, o som continuará existindo). O "eu", uma vez "gerado" pelo cérebro, não assume existência própria (se o cérebro for destruído "logo em seguida", o "eu" não continuará existindo). Por isso eu disse *quase*. Porque não há comparação alguma entre uma coisa e outra. Foi só para mostrar o seu absurdo em afirmar que "nosso cérebro é exatamente o eu". O cérebro é uma máquina que possui certo(s) modo(s) de funcionamento. O "eu" é uma ilusão que se origina, linguisticamente, disso.
O que não dá para ficar discutindo é a consciência como algo fora do cérebro.
Ótimo, mas... neste caso, por que você considera a consciência como algo fora do cérebro? Porque, se você ainda não está percebendo, te informo que é o que está fazendo.
Alias, em alguma medida nosso cérebro sempre possui um mal funcionamento
Isso é totalmente arbitrário da sua parte e demonstra sua falta de cientificidade.
Que tal colocar dentro do contexto? Parece que você pincelou partes de textos, não leu porra nenhuma e colocou aqui só para encher o saco..
Não é necessário colocar isso em contexto nenhum. Você é quem tem que colocar num contexto a sua afirmação. O conceito de funcionar bem ou mal é arbitrário e, como eu disse logo em seguida para o Feliperj, para concluir isso é necessário estabeler um critério e um padrão de funcionalidade ótima. Você lê os contextos já que exige tanto isso dos outros, não?
O que está sendo terrível para você é o fato de eu ter entendido muito bem todo o tópico QUE LI e, principalmente, de VOCÊ estar entendendo muito bem o que estou dizendo, embora finja que não.
Ola Cientista,
"Como você pode afirmar isso se nem mesmo uma definição estabelecida há do que seja consciência? E considerando, ainda, que o consenso entre especialistas do mainstream da área é de que consciência e livre arbítrio são processos ilusórios?"
Não vejo pq a nossa dificuldade em definí-la não nos permita tirar conclusões sobre ela. O que é matéria, o que é energia? nestes termos, são tão mal definidas qto a consciência(até pq, o que vc fala em seguida tb é uma conclusão sobre algo que não está bem definido)?
Lamento por essa sua falta de dificuldade porque tirar conclusões sobre coisas que não se sabe nem o que são é, 'por definição', acientificidade ou, pior, acientificismo. O que se pode, cientificamente, fazer, é aventar definições provisórias (veja que isto não é tirar conclusões em cima de qualquer ausência de definição) e procurar verificar se, empiricamente, a definição se mantém.
Nos casos da matéria e da energia há sim definições contextuais e matemáticas que permitem até aplicabilidades e há, sobretudo, teorias preditivas consagradas (que geram tais definições) a respeito, ou não teríamos tão refinadas engenharias. Não há comparação com o que poderíamos chamar de definições *pré*-estabelecidas especulativas da consciência. Não temos nem mesmo um teoria preditiva ampla, quanto mais explanatória. Então, como é que estas grandezas físicas "são tão mal definidas quanto a consciência"?
Qual mainstream ?Filosófico, científico ? Defenda sua posição sobre esta ilusão.
É óbvio (espero) que só posso estar mencionando o stream científico. O filosófico não resolverá problema algum, não definirá nada.
Se as coisas que eu disse aqui não foram suficientes para a minha "defesa de tese", aponto este texto que escrevi aqui:
../forum/action=post;quote=543577;topic=23492.0.html;last_msg=571647../forum/action=post;quote=543585;topic=23492.0.html;last_msg=571647Infelizmente, isto poderá parecer mais filosófico que científico (o que, para mim, é trágico admitir muito embora eu mesmo não veja filosofia alguma no texto -- ela pode estar apenas visível, como uma alucinação, para aqueles que são vítimas da dominação da degenerescência linguística da filosofia), mas se você apreciar, divirta-se. Aviso que é meio longo (e chato, dependendo do ponto de vista).
Não confinda personalidade com consciência.
Primeiro, onde está a grande diferença? Segundo, onde foi que fiz essa "confusão"? Me escapa.
De todas as suas ironias esta foi a melhor....Qdo eu li o último parágrafo achei estranho(cientista falando mal do falsificacionismo)....mas depois vi pq vc critica o falsificacionismo: vc é mais um dos adeptos da pesudo-ciência dos memes e, neste sentido tão crente qto um religioso.
Você gostou?
Você nem imagina o que mais pode achar estranho em mim (pergunte aos outros que "me conhecem mais"). Você ainda não viu nada. Acho que você ainda não captou e nem faz idéia do porquê de eu "criticar" o falsificacionismo (criticar é pouco, eu o execro).
Não vejo de que ponto de vista a memética possa ser considerada pseudociência. De qualquer forma, não sou "adepto" dela. O único que conheço aqui que poderia ser definido assim é o Adriano.
Não sou religioso, mas tenho minha crença com relação ao universo e ao fenomeno da consciência, mas sei que é uma crença que até o momento não pode ser falseada.
Você não é religioso (embora tenha sua "crença com relação ao universo e ao fenomeno da consciência") e eu sou? Eu gostaria de saber no que você crê. Na transcendência da alma?
Permita que eu esclareça uma coisa para você que demonstra não ter entendido bem a proposta falsificacionista. Quem decide se sua crença *pode* ser falseada ou não é você. O que decidirá se ela será *efetivamente* falseada, serão as evidências. Por isso, quem é intelectualmente honesto dispensa o falsificacionismo. E quem não é, defeca sobre ele. Portanto, não serve para nada.
Quando você diz "mas sei que é uma crença que até o momento não pode ser falseada" aparenta humildade e prudência mas, na verdade, está incorrendo num tremendo paralogismo. Percebe o que estou dizendo?
Mas a sua posição qto aos memes´é religiosa..
Ah! não importa que minha "posição"(?) quanto aos memes seja religiosa... O que importa é que a sua quanto ao universo e a consciência não é, não é mesmo?
Uma teoria onde a sua entidade fundamental é mal definida, tem recursividade infinita sobre ela mesma, e excessivamente interpretativa.
Eu acho que você precisa entender melhor a proposta dos memes. Você está só repetindo coisas que leu ou estas suas palavras são provenientes de uma análise pessoal profunda de informações disponíveis?
Quer vc goste ou não é esta filosofia que garante rigor ao método.
Filosofia não garante rigor a nada; ela tira o rigor de tudo. O único método que possui alguma licitude em ser chamado "científico" é o indutivo galileano e é autosuficiente, não precisa ter seu "rigor" garantido por nada.
Quer você, ou quem quer que seja, goste ou não, a única coisa que garante rigor à ciência é a honestidade intelectual (do cientista). Por isso, ciência não se faz de métodos, mas de cientistas e de seus sensos críticos. É deles toda a responsabilidade pela ciência. E é uma responsabilidade estritamente pessoal. Não adianta esconder-se atrás de método algum. Por isso é tão difícil que alguém possua o status mental necessário para ser um cientista. E se você acha que existe algum "filtro", ele não passa da prática tecnológica e não de qualquer metodologia filosófica que seja. Todos esperam que ciência gere "frutos" e quando estes frutos não aparecem ou não funcionam, todos sabem que alguma coisa está errada. É só neste ponto que aqueles que não são cientistas são capazes de fazer a separação. Antes disso, meu caro, "método" algum mostra o "caminho". Ciência não é budismo.
"A memética pode ser só mais um modelo para a abordagem da cultura humana, mas é o melhor de todos já criado e vai até além da própria cultura. Talvez esta tenha sido a criação cognitiva mais brilhante de toda a vida do Dawkins. O que ele fez foi a desinversão desta interpretação que você sugere."
Isto é sua opinião. Antropologia e sociologia explicam tão bemq a cultura humana, qto a memética.
Abs
Felipe
Está visto que você está por fora da memética, mesmo (embora ela esteja "bem dentro" de você). Antropologia e sociologia não chegam nem perto dos potenciais preditivos e *explanatórios* da memética. A memética vai muito além da cultura e das simples interações entre indivíduos; ela explica porque surgem coisas novas; ela explica o fenômeno tecnológico que eu defino como expansão extracorpórea do processo evolutivo-biológico. Explica muito mais. É uma tipiquíssima teoria científica poderosa, com toda a grandeza da sua simplicidade.