Ele tem imunidade parlamentar, não pode ser processado ou responsabilizado pelas suas palavras na condição de deputado. É um direito constitucionalmente assegurado. Ainda, pra mim é claro que ele achou que a pergunta fosse sobre seu filho ter um relacionamento homossexual e não sobre negros, tanto que a resposta que ele deu nem faz sentido em relação a pergunta verdadeira.
As pessoas podem não concordar e repudiar as opiniões dele, contudo, estamos num sistema democrático e ele é um deputado, logo, pode defender idéias como a proibição da união homoafetiva sim. Se não for assim, a democracia é uma farsa, pois apenas algumas idéias poderiam ser defendidas, desde que dentro de um certo espaço amostral.
Na ditadura era assim, várias idéias podiam ser defendidas, mas existia um certo grupo delas que não. Ex: um deputado poderia defender um sistema previdenciário mais generoso, mas não eleições livres, de partidarismo livre.
Engraçado que criar um estatuto da "igualdade racial" pode, em que claramente é uma lei que prevê benefícios para quem é negro e pardo.
A questão sobre os homossexuais está atingindo níveis alarmantes, pois se está interpretando que é proibido não gostar de homossexuais, que é crime, quando na verdade, isso sempre deve ser permitido.
Se você declara publicamente que é contra união homossexual, que não gosta de homossexuais, você é automaticamente acusado de racismo e começa o "auê" na mídia, sobretudo destes grupos GLS.
Os gays tem de lutar para ter direitos iguais, mas não é legítimo querer impor a força que as pessoas os aceitem e gostem deles. Isso depende da alçada de cada um.