Pra mim, esse negócio de encargos trabalhistas pesados tem muito de mito embutido. Os encargos não são poucos, mas não são um fator para a informalidade. Educação, emprego, crescimento econômico, desenvolvimento soical, podem explicar muito melhor diferenças históricas entre informalidade ou não. Me parece ter uma relação direta entre desenvolvimento e informalidade no trabalho, e não haver relação entre empregos e proteção trabalhista. Emprego está relacionado ao crescimento econômico enquanto emprego formais esta relacionado ao desenvolvimento social, dado que em países desenvolvidos empregos formais são esmagadora maioria, mesmo nos países em que as leis trabalhistas são mais rígidas, e em países com menor grau de desenvolvimento as leis trabalhistas ou a ausência delas não impede que a informalidade seja grande.
Quanto mais caro for empregar uma pessoa, menos vagas de empregos irão existir.
Discordo. Como expliquei no meu post, encargos trabalhistas não tem muito haver com disponibilidade de empregos.
Juca, claro que tem, e o exemplo do Geo é bem ilustrativo. Se o emprego custa mais caro para o empregador, ele vai pensar duas (ou mais vezes) antes de contratar alguém.
E não é nem questão de "pensar duas vezes". É questão de simplesmente poder mesmo. Parece que é muito comum a assunção implícita de que todo mundo que se põe a ser empresário poderia contratar todo mundo que quisesse.
Sim, "se houver demanda" que possibilite a contratação de mais uma pessoa, é bem possível que se opte por isso, mas se criar esse emprego é mais caro, então é mais difícil, mais raro, se fazer isso. É inescapável a lógica.
Por outro lado, eu também não estou lá muito convencido de que sem encargos os salários dos trabalhadores automaticamente melhorariam...
A única maneira disso ocorrer, seria se fosse assim legalmente obrigado, de outra forma não há porque esperar isso.
O que eu penso que ocorreria é que poderia se empregar mais, principalmente. Há o risco de um monte de gente se ferrar sem previdência particular, não tendo noções de como administrar o dinheiro, também.
acho que o segredo está no equilibrio, encargo demais é ruim, de menos também. O diabo é determinar o ponto ideal.
Acho que educação financeira e as pessoas poderem investir como quiserem uma parte dos seus salários naquilo que o governo-babá faz por eles jtalvez pudesse já ser suficiente.