Bockaroo,
é difícil condenar ou endossar esse tipo de coisa pq isso acontece de montão em outras atividades lúdicas.
O que não quer dizer muita coisa, apenas que o que quer que se conclua que é o melhor, provavelmente deverá valer para esses outros casos também, a menos que haja algo excepcional que justifique.
Por ex. na praia tem uma guarnição especial do corpo de bombeiros de salva vidas
Que poderiam ser voluntários ou empresas particulares.
em partidas de futebol vários policiais são mobilizados
O que acho que é mais um exemplo de como é preciso rever estratégias que se tem para lidar com problemas, e não simplesmente aceitá-los como uma parte inevitável da natureza. "As pessoas brigam/têm alta probabilidade de brigar, criar tumultos quando torcendo em algumas competições esportivas". Ora, tem algo de errado aí. Não são todos, e não são em todas competições esportivas. Alguns "torcedores" são meio como animais selvagens. O que é preciso fazer é filtrá-los e puní-los exemplarmente, inclusive revogando o direito de assistir jogos em estádios. Ou talvez até em ambientes públicos de modo geral, como bares.
a copa tem vários subsídios e gastos com estádios públicos
Que novamente, não significa que seja o melhor a ser feito. O estado não deveria interferir nisso, que os interesses privados financiem o que for necessário, e se for economicamente inviável, que seja, é a realidade. Ninguém é obrigado a pagar pelo lazer dos outros, especialmente nesses casos onde pode dar mais problemas do que retornos positivos.
, as religiões tem várias isenções e benefícios públicos.
Fechou com o exemplo mais clássico no fórum de algo que não deveria existir.
Ou seja, o ser humano vai sempre ter atividades lúdicas, e os governos sempre vão apoiar porque são os cidadãos que querem participar dessas atividades e querem que parcela do imposto que eles pagam seja aplicado para nessas atividades. Considero um direito deles.
É muito difícil mensurar onde está ou não o exagero.
Isso nem é o mais dificil. O mais difícil é, uma feito isso, e constatado que há exagero e prejuízo para a sociedade em determinada política popular de subsídio ao entretenimento, convencer as pessoas disso, conseguir vencer a crença de que aquilo que é público é de graça e que o governo deveria fazer mais coisas de graça, bem como o discurso dos lobbies que de fato lucrem com o que quer que seja.
Financiamento de festas como o Carnaval tem resultado financeiro, a parada Gay é o evento que mais atrai turistas para a cidade de São Paulo, o dinheiro gasto volta aos cofres publicos em impostos depois.
Tem algum lugar expondo isso bem claramente? É transparente o quanto se capta com o carnaval e o quanto ele acaba custando, havendo mesmo esse saldo positivo, ou é só algo que se cogita como sendo muito provável? Porque o benefício pode muito bem ser só para uma minoria, e a sociedade ao todo tem prejuízo.
Se não me engano, essa relação custoxbenefício do Carnaval já foi debatida aqui... no Carnaval.
A partir do vídeo daquela Sherazade não-sei-das-quantas.
É possivel mesurar o quanto a prefeitura gasta e o quanto dinheiro é movimentado nesse periodo, mas o "prejuizo para a sociedade" é subjetivo demais para mensurar, assim como o "ganho social" do evento.
Não sei se é tão subjetivo. Pode-se sempre ter parâmetros diversos, e, se alguém não considera tal coisa como ganho ou perda (como violência, DSTs, verbas que poderiam estar ajudando pessoas com necessidades mais básicas), então leva em consideração ou desconsidera. E de qualquer forma, acho que o estado deveria tentar se restringir tanto quanto possível àquilo que há de mais objetivo, o "pão e circo" fica por conta do bolso de cada um na imensa maior parte do tempo, apenas não quando não houver dúvida de que ninguém sai perdendo.