Parcus,
mas tb tem exageros por parte da indústria de software, e acho que parte por culpa da dificuldade dos legisladores, juízes, etc, para entender das peculiaridades técnicas de uma área tão dinâmica.
Por exemplo, se vc compra um carro, vc pode vender ele se vc não quiser utilizar mais, mas se vc compra a licença de uso de um software vc não pode vender a licença caso vc não a queira mais. Não consigo ver pq tem que ser desse jeito. Uma outra coisa é a fabrica e guerra de patentes de "idéias" que tá virando febre. Tem também o problema gravíssimo da venda casada, que os grandes vendedores de software praticamente obrigam.
Um exemplo prático e simples que considero, são os editores de texto. Se vc produz um trabalho em um editor de texto, o trabalho salvo está em um formato de arquivo geralmente proprietário, por imposição direta ou indireta do software. Logo se vc quiser comprar outro software concorrente para continuar a utilizar o seu trabalho, vc não tem garantias de portabilidade. Mais, pelo formato do arquivo original ser proprietário, uma outra empresa que queira fazer um software para ler o seu documento original só vai poder fazê-lo perante autorização. Hoje em dia a maioria dos editores já não tem esse problema na prática, mas antigamente isso ocorria bastante, e conceitualmente falando, a relação de direitos do desenvolvedor e direitos do usuário de software é bastante assimétrica em muitos casos. Isso tb lesa a concorrência. Eu acho que para todo o formato proprietário deveria ser obrigatório a disponibilidade das informações de conversão para formatos de quaquer concorrente.
Agora, me parece que as noticias enfocam mais os problemas dos piratas, com razão, mas raramente lembram os outros. Conspiratoriamente falando, talvez pq a indústria de software são anunciantes.