Autor Tópico: Raça, Comportamento e Inteligência  (Lida 11802 vezes)

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Offline _tiago

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #75 Online: 02 de Novembro de 2011, 16:50:27 »
1- Raça é uma realidade biológica fundamental.

Como assim?

2- Existem diferenças biológicas fundamentais entre as três macro-raças, a saber, Negróides, Mongolóides e Caucasianos e essas diferenças originam diferentes níveis de inteligência e comportamento entre as raças.

3- Inteligência é hereditária, pode ser medida objetivamente por testes de Q.I e é o principal fator a determinar o sucesso de pessoas, e em uma escala maior até mesmo de nações e civilizações inteiras.

4- Países africanos e pessoas negras são mais pobres devido a problemas intrínsecos à raça negra, como baixos níveis de inteligência, pouca capacidade de organização social e maior instintividade.

5- O comportamento é herdado predominantemente da raça a qual se pertence.

Níveis de inteligência ou comportamento específico, ainda que hereditários, por que necessariamente decorreria da raça (seja lá qual a definição disso)? O que nos faz diferentes, não necessariamente nos faz diferentes em tudo.
Afirmar por afirmar é nada.

Offline Geotecton

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #76 Online: 02 de Novembro de 2011, 16:53:13 »
1- Raça é uma realidade biológica fundamental.
Como assim?

2- Existem diferenças biológicas fundamentais entre as três macro-raças, a saber, Negróides, Mongolóides e Caucasianos e essas diferenças originam diferentes níveis de inteligência e comportamento entre as raças.

3- Inteligência é hereditária, pode ser medida objetivamente por testes de Q.I e é o principal fator a determinar o sucesso de pessoas, e em uma escala maior até mesmo de nações e civilizações inteiras.

4- Países africanos e pessoas negras são mais pobres devido a problemas intrínsecos à raça negra, como baixos níveis de inteligência, pouca capacidade de organização social e maior instintividade.

5- O comportamento é herdado predominantemente da raça a qual se pertence.

Níveis de inteligência ou comportamento específico, ainda que hereditários, por que necessariamente decorreria da raça (seja lá qual a definição disso)? O que nos faz diferentes, não necessariamente nos faz diferentes em tudo.
Afirmar por afirmar é nada.

Caro _tiago.

Voce, evidentemente, percebeu que as colocações apresentadas pelo TMAG não são dele e sim uma coletânea de ideias algo controversas, como ele mesmo frisou na postagem # 1 deste tópico.
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Offline _tiago

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #77 Online: 02 de Novembro de 2011, 16:59:56 »
Sim...
Daí eu perguntei o sentido da primeira afirmação, pois não entendi. Depois, das afirmativas sobre inteligência e comportamento, requeri maiores informações e, por fim, levantei uma alternativa a elas.

Offline Geotecton

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #78 Online: 02 de Novembro de 2011, 17:01:35 »
Sim...
Daí eu perguntei o sentido da primeira afirmação, pois não entendi. Depois, das afirmativas sobre inteligência e comportamento, requeri maiores informações e, por fim, levantei uma alternativa a elas.

Ok. Desculpe-me, é que eu só quis evitar um possível mal-entendido entre dois ótimos foristas.
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Offline _tiago

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #79 Online: 02 de Novembro de 2011, 17:02:54 »
Isso foi engraçado.... :P

Offline Geotecton

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #80 Online: 02 de Novembro de 2011, 17:05:01 »
Isso foi engraçado.... :P

A minha atitude ou chamá-lo de "ótimo forista"?  :)
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Offline _tiago

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #81 Online: 02 de Novembro de 2011, 17:07:59 »
Não me leve a mal, pelamordedeus,
Mas ambos!
Uma coisa meio "patrulheiro"...

Offline TMAG

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #82 Online: 04 de Novembro de 2011, 04:28:11 »
1- Raça é uma realidade biológica fundamental.

Como assim?

2- Existem diferenças biológicas fundamentais entre as três macro-raças, a saber, Negróides, Mongolóides e Caucasianos e essas diferenças originam diferentes níveis de inteligência e comportamento entre as raças.

3- Inteligência é hereditária, pode ser medida objetivamente por testes de Q.I e é o principal fator a determinar o sucesso de pessoas, e em uma escala maior até mesmo de nações e civilizações inteiras.

4- Países africanos e pessoas negras são mais pobres devido a problemas intrínsecos à raça negra, como baixos níveis de inteligência, pouca capacidade de organização social e maior instintividade.

5- O comportamento é herdado predominantemente da raça a qual se pertence.

Níveis de inteligência ou comportamento específico, ainda que hereditários, por que necessariamente decorreria da raça (seja lá qual a definição disso)? O que nos faz diferentes, não necessariamente nos faz diferentes em tudo.
Afirmar por afirmar é nada.

Essas ideias, assim como vários outros concernentes a raça e comportamento/inteligência, podem ser encontrados nesse link que eu já havia postado em outra oportunidade: http://www.charlesdarwinresearch.org/portuguese.pdf. Como eu já havia dito, prepare o estômago para o festival de falácias.
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Offline Geotecton

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #83 Online: 05 de Novembro de 2011, 09:50:12 »
Não me leve a mal, pelamordedeus,
Mas ambos!
Uma coisa meio "patrulheiro"...

Sem problemas.
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Offline -Huxley-

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #84 Online: 06 de Novembro de 2011, 01:20:08 »
Esqueci de por um excerto importantíssimo do livro do Robert Sternberg que citei no meu post de resposta às cinco alegações descritas pelo TMAG:

“Será o QI a base das diferenças entre os grupos em vários tipos de sucesso na sociedade? Herrnstein e Murray certamente pensam que sim. [...] Mas curiosamente as informações de Herrnstein e Murray não conseguem sustentar esse argumento. Em um conjunto de análises, eles descobriram que, comparados aos brancos, os negros com mesma média de QI têm duas vezes mais chance de viver na pobreza, cinco vezes mais chance de nascer fora de um casamento, três vezes mais chances de estar aos cuidados de assistentes sociais e duas vezes mais chances de ter tido peso baixo ao nascerem. Essas descobertas não apóiam a visão de que o QI gera diferenças nesses vários aspectos de adaptação, pois o QI destes grupos foi equiparado.” (p.67-8) 

Ou seja, eles mesmos admitem algo que os põe numa armadilha para o qual não há saída. É dito que “os testes de QI (quociente de inteligência) medem a inteligência e prevêem o sucesso na vida real” (Philippe Rushton), mas a própria análise de Herrnstein e Murray nega isso. Por outro lado, caso eles optem por concordar que os testes de QI não prevêem o sucesso na vida real, então o indicador que supostamente provava a menor inteligência inata dos negros tem sua importância destruída automaticamente. Esse catch-22 por si só retira a máscara de objetividade desses cientistas racialistas. 
« Última modificação: 06 de Novembro de 2011, 01:26:11 por -Huxley- »

Offline LaraAS

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #85 Online: 06 de Novembro de 2011, 02:22:01 »
 
            E outra coisa que mostra que essa tese não tem nada a ver ,é o fato de que já houve povos que melhorar nos textes de QI ,o que mostra que os textes de QI na verdade  não medem a inteligência de nascença mas sim , conhecimentos culturais.

Offline _tiago

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #86 Online: 06 de Novembro de 2011, 11:08:14 »
Ainda que meça a inteligência, existem tantos outros fatores que levariam a pessoa a ter dinheiro, fama e sucesso. Lugar certo hora certa, uma boa canhota, oratória, bunda grande.
E por que o QI não mede a inteligência?

Offline Derfel

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #87 Online: 06 de Novembro de 2011, 15:46:52 »
Mede um tipo muito específico de inteligência que é a lógico-matemática, mas mesmo nesse quesito existem algumas críticas ao QI.

Offline _tiago

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #88 Online: 06 de Novembro de 2011, 20:28:30 »
Mede um tipo muito específico de inteligência que é a lógico-matemática, mas mesmo nesse quesito existem algumas críticas ao QI.

Quais críticas?
O lógico matemático não se aplica na maioria das situações que envolvam solução de problemas objetivos, raciocínio, planejamento, decisão e algo mais? Não seria então o fator de maior relevância pra se medir a inteligência?

Offline Derfel

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #89 Online: 06 de Novembro de 2011, 22:08:09 »
Mede um tipo muito específico de inteligência que é a lógico-matemática, mas mesmo nesse quesito existem algumas críticas ao QI.

Quais críticas?
O lógico matemático não se aplica na maioria das situações que envolvam solução de problemas objetivos, raciocínio, planejamento, decisão e algo mais? Não seria então o fator de maior relevância pra se medir a inteligência?
As críticas você pode encontrar aqui: http://www.aprendebrasil.com.br/falecom/psicologa_artigo021.asp e aqui: http://www.oestrangeiro.net/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=27 , mesmo isso não envolve a solução da maioria dos problemas objetivos, raciocínio, planejamento, decisão e algo mais, apenas mede o desempenho que se poderã ter na escola. Problemas envolvem as mais diversas situações na vida real, assim é necessãria também uma inteligência espacial, linguística, corporal-cinestésica, interpessoal e intrapessoal.

Offline -Huxley-

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #90 Online: 07 de Novembro de 2011, 00:38:21 »
Existem vários problemas com o conceito de teste de QI (ou outro teste semelhante) como um sinalizador de castas intelectuais, como querem certos psicólogos. No livro do Robert Sternberg que citei é demonstrada algumas das razões...

1- Não é o DNA que cria o molde da inteligência para começo de conversa. Já foi demonstrado por Wayne Dennis, psicólogo americano em atividade no Irã, que crianças de certos orfanatos que não eram adotadas até os dois anos de idade eram, em grande parte, retardadas mentais, o que não acontecia às que eram adotadas (com diferença média de 50 pontos no QI!).

2- Mesmo que a genética tenha influência no QI, o próprio estímulo intelectual e a alimentação nos respectivos ambientes afetam a genética. Não existe influência genética independente da influência ambiental.

3- Muitos cientistas supuseram que o QI é uma entidade fixa ou altamente resistente à mudanças ao longo do tempo, mas ele pode ser aumentado, como mostrou o Projeto Odissey, instituído na Venezuela durante um período em que havia um Ministério de Desenvolmento da Inteligência.

4- Muitas pessoas podem melhorar seus resultados (e algumas de forma drástica!) em testes como SAT e GRE, ou qualquer outro teste de admissão, utilizando um livro ou fazendo um curso preparatório. Algumas pessoas não sabem dos cursos ou não podem pagar por eles, o que suscita dúvidas quanto à imparcialidade.

5- Apenas poucos testes são criados com base em uma teoria da inteligência. Sem uma teoria da inteligência, não se pode definir o que a inteligência é, a menos que se recorra à fraca e vaga definição "inteligência é o que o teste avalia".

6- A validade dos testes é questionada por muitos estudos. Um deles (de Robert Sternberg), mostrou que testes de inteligência como o GRE conseguem prever as notas do programa de pós-grauação do curso de psicologia no primeiro ano, e só (e não foi nada demais, no que se refere ao GRE verbal, quantitativo e analítico).

7- As editoras dos testes gostam de testes em que todas as questões em um determinado subteste avaliam mais ou menos a mesma coisa. Isso tem um preço. Quanto mais questões avaliarem a mesma coisa, menor a abragência do que está sendo avaliado. Assim, a coerência é geralmente obtida em detrimento da amplitude da avaliação. Por isso não surpreende o fato de os testes serem vistos por especialistas como medidas de apenas uma pequena parte da inteligência.

8- Correlação não indica direção de causalidade. Suponha que exista correlação entre inteligência avaliada e colocação no emprego. Vamos chamá-las de fator X e fator Y. Pode ser que o fator X cause Y; pode ser que o fator Y cause X; ou pode ser que um fator superior cause os dois.

9- Um pesquisador descobriu que o único melhor fator de previsão do QI adulto não é o QI dos pais, o nível de renda, a classe social ou qualquer das variáveis que se poderia esperar. Em vez disso, é o número de anos de educação formal, em especial a educação ocidental (e com as particularidades da cultura do país onde se fazem os testes; por exemplo, o teste de Matrizes Progressivas de Raven não leva em conta que nem todas as culturas foram igualmente expostas às figuras geométricas). Ou seja, a inteligência nos testes de QI é avaliada por meio das habilidades conquistadas. Isso explica porque já houve um caso de um pesquisador americano, Henry Goddard, chamar 79% dos imigrantes italianos nos EUA de "débeis mentais", antes que as gerações subsequentes de ítalo-americanos mostrassem um QI um pouco acima da média.

10- Testes de inteligências não medem as capacidades criativas e práticas, e estas mostram correlações fracas e desprezíveis com os testes convencionais. Essa é um das principais conclusões dos estudos empíricos acerca da validade da Teoria Triárquica da Inteligência de Robert Sternberg.

E muito, muito mais...
« Última modificação: 08 de Novembro de 2011, 12:25:36 por -Huxley- »

Offline TMAG

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #91 Online: 31 de Dezembro de 2011, 12:42:47 »
Citar

Miscigenação diminui o QI dos brasileiros

Cientista político americano diz que a elevada proporção de negros no País reduz o índice de inteligên nacional



O cientista político americano Charles Murray tornou- se mundialmente famoso em 1994, com o polêmico livro The bell curve, intelligence and class structure in american life (A curva do sino, inteligência e estrutura de classe na vida americana). Na obra, escrita em parceria com Richard Herrnstein, psicólogo e professor de Harvard, ele discute o papel do QI (coeficiente de inteligência) na sociedade. Segundo ele, o QI é mais eficiente para predizer como será a renda, o desempenho no trabalho e até chances de gravidez fora do casamento do que a escolaridade ou a situação socioeconômica da família quando comparam-se grupos.

Por sustentar que o QI dos brancos é mais alto que o dos negros, foi acusado de racismo e chegou a ter sua foto estampada ao lado da de Hitler. Murray acaba de lançar um livro sobre educação (Real education: four simple truths for bringing America's schools back to reality, em tradução livre Educação real: quatro simples verdades para trazer as escolas americanas para a realidade) e vem pela primeira vez ao Brasil para o seminário O Impacto dos Resultados Pisa e a Formação de Intelectuais na América Latina", organizado pelo programa de pós-graduação em psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Aos 65 anos, Murray participa do American Enterprise Institute, um centro de estudos conservador sediado em Washington.


   
Istoé -
Se as escolas públicas americanas são ruins, como o sr. diz, que soluções existem para a educação em países do Terceiro Mundo como o Brasil?

Charles Murray - Não conheço as escolas brasileiras, mas posso falar em linhas gerais: se ainda há muitas escolas brasileiras que são fracas nas coisas óbvias - instalações ruins, poucos professores, poucos equipamentos -, é fácil fazer melhorias importantes, e ver os indicadores brasileiros de educação melhorar também. Em um país como os Estados Unidos, os problemas são menos óbvios e mais difíceis de se resolver. Por exemplo, a burocracia educacional em muitas de nossas grandes cidades é incompetente. Como se dá um jeito em uma burocracia incompetente?
Istoé -
Se as escolas públicas americanas são ruins, como o sr. diz, que soluções existem para a educação em países do Terceiro Mundo como o Brasil?

Charles Murray - Não conheço as escolas brasileiras, mas posso falar em linhas gerais: se ainda há muitas escolas brasileiras que são fracas nas coisas óbvias - instalações ruins, poucos professores, poucos equipamentos -, é fácil fazer melhorias importantes, e ver os indicadores brasileiros de educação melhorar também. Em um país como os Estados Unidos, os problemas são menos óbvios e mais difíceis de se resolver. Por exemplo, a burocracia educacional em muitas de nossas grandes cidades é incompetente. Como se dá um jeito em uma burocracia incompetente?
Istoé -
O sr. já foi acusado de racismo. Os brancos são mesmo mais inteligentes que os negros?

Charles Murray - Fui acusado de racismo porque mostrei um indiscutível fato empírico: quando amostras representativas de brancos e negros são submetidas a testes que medem a habilidade cognitiva, os resultados médios são diferentes. Isto não é uma opinião.

É um fato, da mesma forma que medidas de altura mostram um resultado médio diferente entre japoneses e alemães. Eu não tirei conclusões racistas deste fato, não advoguei políticas racistas, e tenho escrito explicitamente que a lei deve tratar pessoas como indivíduos e não como membros de grupos raciais. Então por que me chamar de racista? Porque alguns fatos não podem ser discutidos - e os indivíduos que os discutem devem ser pessoas terríveis.
Istoé -
O Brasil é um país onde a miscigenação é a regra. Isso significa que o QI médio do brasileiro é inferior ao dos nórdicos, por exemplo?

Charles Murray - É uma questão de aritmética. Se em testes o QI é sempre maior com amostras de nórdicos do que com amostras de negros, então um país com uma significativa proporção de negros terá um QI médio inferior ao de um país que consiste exclusivamente de nórdicos. Isso é verdade, por exemplo, quando comparamos os Estados Unidos com a Suécia, da mesma forma que é verdade quando comparamos o Brasil e a Suécia. A única questão é empírica: as médias são sempre diferentes? Se são, a questão está respondida por si mesma.
Istoé -
Especialistas defendem o QI para medir algumas habilidades, mas não como prova de inteligência para a vida. Qual a sua opinião?

Charles Murray - Concordo. Habilidades cognitivas medidas pelos testes de QI são importantes, mas para qualquer indivíduo é apenas uma das muitas habilidades e características que determinam como a vida será.
Istoé -
Estar tão focado no resultado do QI não é muito determinista?

Charles Murray - Sem dúvida. Por isso sempre escrevi que as pessoas tendem a colocar muita ênfase no QI. Saber o QI de uma pessoa diz muito pouco sobre se você a achará admirável, gostável, um bom colega de trabalho ou um bom cônjuge. O valor dos testes de QI, para um cientista social, é usá-los para prever resultados em grupos grandes. Por exemplo, se você me mostrar duas crianças de seis anos, uma com 110 de QI e outra com 90, não tenho idéia de quem estará ganhando mais quando elas estiverem com 30 anos. Mas, se você me mostrar mil crianças de seis anos com 90 de QI e mil com 110, posso dizer com muita confiança que a renda do grupo de 110 de QI aos 30 anos será mais alta na média - essa é palavra-chave, na média - do que a do grupo de 90.
Istoé -
Até que ponto da vida é possível aumentar o QI?

Charles Murray - É muito difícil aumentá-lo.

Nos Estados Unidos temos muitos programas experimentais com o objetivo de enriquecer o ambiente de aprendizado para crianças pequenas.

Eles mostram alguns ganhos a curto prazo, mas esses ganhos sempre desaparecem quando as crianças são testadas novamente anos mais tarde. Não temos nenhum programa que demonstre aumento de QI entre crianças maiores que sete ou oito anos.
Istoé -
Há pesquisas que mostram que é possível aumentar a inteligência. O que o sr. pensa sobre isso?

Charles Murray - Estou sempre disposto a examinar novas evidências. Os trabalhos que conheço não dizem isso.
Istoé -
O que o sr. pensa sobre outros tipos de inteligência, como inteligência emocional?

Charles Murray - Características pessoais como autodisciplina, perseverança, empatia e bom humor são muito importantes. Também há uma qualidade essencial, que Aristóteles chamou de "sabedoria prática", que está relacionada ao QI, mas engloba uma capacidade de avaliação muito mais ampla do que a detectada em um teste.
Istoé -
Existem diferenças no QI de homens e mulheres?

Charles Murray - O consenso entre especialistas é que o QI médio de homens e mulheres é igual, mas o perfil de habilidades cognitivas específicas varia de acordo com o gênero. Uma minoria sustenta que existe uma diferença na média também, mas isso é uma questão extremamente técnica. Fico com a maioria até que surjam novos dados que provem o contrário.
Istoé -
As ações afirmativas podem consertar erros históricos?

Charles Murray - Nos Estados Unidos a ação afirmativa tem sido destrutiva para brancos e negros. Por que não focar toda a nossa atenção em fazer um trabalho melhor tratando indivíduos de acordo com as qualidades que eles têm enquanto indivíduos? Para mim, isso é justiça. Tratar pessoas como membros de grupos, isso é racismo na minha visão.
Istoé -
Dados americanos mostram que, nos últimos 30 anos, a diferença entre o QI de brancos de 12 anos e negros de 12 anos diminuiu de 15 pontos para 9,5 pontos. Isto não prova que políticas inclusivas que estimulam os jovens funcionam?

Charles Murray - Na verdade, dados mostram que a diferença está diminuindo e dados, tão convincentes quanto, mostram que não houve nenhuma redução nos últimos 30 anos.
Istoé -
O que pensa sobre cotas para mulheres, na política, e para deficientes em empresas e serviço público? Murray - Odeio cotas.

Charles Murray - Murray - Odeio cotas.
Istoé -
A habilidade intelectual tem a ver com a geografia: um negro americano é diferente de um negro brasileiro que é diferente de um africano?

Charles Murray - Há muita verdade nisso. Por exemplo, nós sabemos que o QI dos negros americanos é muito maior do que o dos negros africanos e uma grande parte desta diferença tem de ser atribuída às diferenças de ambiente onde eles cresceram.
Istoé -
Qual o peso do ambiente na inteligência?

Charles Murray - As estimativas são de que o QI é entre 40% e 60% produzido pelo ambiente e o resto é genético.
Istoé -
Existem gênios que não têm QI excepcional?

Charles Murray - Claro. Qual era o QI de Rembrandt? E de Mozart? Tenho certeza de que eles tinham um QI mais alto que a média, mas não há indícios de que era excepcional. A genialidade deles está em outras coisas. Newton e Gauss tinham habilidades matemáticas que, provavelmente, eram tão grandes que nenhum teste de QI poderia medir, assim como Shakespeare e Goethe tinham habilidades verbais excepcionais.
Istoé -
Há gênios no esporte?

Charles Murray -  Existem, claramente, gênios no esporte. Mas evito a palavra inteligência nesses casos, prefiro habilidade. Existe alta habilidade cognitiva e alta habilidade esportiva e elas têm muito pouca conexão entre elas.
Istoé -
Sem levar em conta sua opção política, quem é mais inteligente, Barack Obama ou John McCain?

Charles Murray - Quem tem o QI mais alto certamente é Barack Obama.
Istoé -
O sr. deve angariar inimigos por causa de suas opiniões controversas. Como lida com isso?

Charles Murray - Quando The bell curve foi publicado, fiquei deprimido com as críticas e preocupado em como fazer as pessoas entenderem o que eu tinha dito de fato, em vez de o que os meus inimigos disseram que eu disse. Agora, aos 65 anos, não ligo mais para o que as pessoas pensam.
Istoé -
Qual é o seu QI? O sr. está feliz com ele?

Charles Murray - O sistema escolar da cidade onde eu cresci aplicava testes de QI nos estudantes aos 13 anos, e os resultados eram usados pelas escolas para guiá-las. Os estudantes nunca sabiam os resultados, por isso nunca soube qual é o meu QI. Sou feliz com minha habilidade verbal e gostaria de ter mais habilidade matemática.

http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalhe/3365_MISCIGENACAO+DIMINUI+O+QI+DOS+BRASILEIROS

Essa é uma entrevista com um dos autores citados por mim no início do tópico (ignorem o título idiota dado à entrevista pelos repórteres que o entrevistaram), e vou ser bem sincero, não me pareceu racista, tenho lido outras coisas desse cara e tendo a mesma impressão. Sei que existem problemas com a metodologia usada por ele e também com o próprio conceito de ''inteligência'' usado aqui, mas o cara não me pareceu ser racista como afirmam seus detratores, achei até bem razoável a entrevista. Mesmo se o que ele afirma for de fato verdade, não significa que devemos mudar substancialmente o que pensamos sobre ''raças''.
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Offline Derfel

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #92 Online: 31 de Dezembro de 2011, 16:50:43 »
Ele mesmo diz que o ambiente é responsável por 40 a 60% do qi, então como pode dizer que a diferença é racial? Além disso, como pode comparar o qi de um aluno sueco, criado dentro de seu sistema de ensino, com o americano e ainda mais com o brasileiro? As diferenças não seriam mais por conta do sistema educacional e cultural?

Offline Gaúcho

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #93 Online: 31 de Dezembro de 2011, 20:16:59 »
O sistema educacional sueco é equivalente ao brasileiro, então eu acho que a diferença é racial mesmo. ::)
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #94 Online: 04 de Janeiro de 2012, 20:06:43 »
Eu penso que embora uma igualdade absoluta seja muito improvável*, ainda não é ainda possível nem se confirmar/afirmar de forma segura que qualquer desigualdade potencial seja nem mesmo alguma das "hierarquias" ou raknings comumente propostos (asiáticos > brancos > negros ou brancos > asiáticos > negros ), e, qualquer que seja a desigualdade que se venha a confirmar num cenário ideal de verificação, ela deve estar muito distante do que "idealizam" os racistas e/ou esses que acham que há toda essa importância de escala econômica e geopolítica/histórica para a coisa. Não estou aqui desconsiderando a importância ou forte correlação do QI com outras coisas significativas, apenas a hipótese de que essa variação de QI observada seja largamente genética.


* -- apenas/principalmente por acaso mesmo. Por ser um tanto inesperado que, qualquer grupo aleatório que se separe, vá sempre ter uma mesma média em um atributo qualquer, mesmo QI. Não é assim nem mesmo com pessoas de uma mesma raça. Eu não dou muito crédito às hipóteses de evolução de inteligêcia extra fora da África, da mesma forma que não dou à idéia de que na África, onde evoluiu originalmente a inteligência humana, ela seria então melhor preservada e lá ainda teria o seu maior potencial biológico. Não que sejam idéias absurdas, mas é um campo em que é meio que uma competição de teorias de estimação, e de difícil comprovação conclusiva de qualquer coisa.
 

Offline Posthuman

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #95 Online: 13 de Janeiro de 2019, 08:38:10 »
Única migalha de dúvida que eu já tive sobre esse assunto foi por causa do Sam Harris, que disse que o livro Bell Curve do Chales Murray apresentou boas evidência. Mas no meio científico, pelo que eu saiba, foi um livro bem detonado.
Isso me lembra aqueles debates sobre maconha medicinal, dois lados opostos (conservadores e progressistas) querendo fazer militância em cima de um tema científico. Nesse caso, o politicamente incorreto e o politicamente correto.

Offline -Huxley-

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #96 Online: 13 de Janeiro de 2019, 23:00:16 »
O politicamente incorreto nesse caso é orgulho politicamente incorreto baseado em pseudociência ou talvez do politicamente correto da eugenia ou do supremacismo racial.

Basta lembrar a variedade de etnias que compuseram as sociedades mais avançadas de diferentes épocas. Grupos étnicos da Mesopotâmia, responsáveis por inúmeras inovações civilizacionais. Depois veio o povo do Egito, da Grécia, de Roma, da China/Índia (as maiores potências econômicas e militares da Idade Média) e finalmente o povo da Europa Ocidental contemporânea e seus descendentes em muitos países desenvolvidos. Todas essas mudanças de povos detentores de supremacia de avanço civilizacional foram causadas por evolução genética? Cadê os genes responsáveis pelas mudanças?
« Última modificação: 13 de Janeiro de 2019, 23:26:26 por -Huxley- »

Offline -Huxley-

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #97 Online: 13 de Janeiro de 2019, 23:18:11 »
O que geralmente não se contou sobre os testes de QI:

https://medium.com/incerto/iq-is-largely-a-pseudoscientific-swindle-f131c101ba39
« Última modificação: 13 de Janeiro de 2019, 23:28:24 por -Huxley- »

Offline Posthuman

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #98 Online: 14 de Janeiro de 2019, 09:44:18 »
Para o extremismo do politicamente correto, todo mundo é exatamente igual. Dizer, por exemplo, que existem diferenças biológicas entre homens e mulheres é um sacrilégio.

Não acho que seja uma alegação tão extraordinária assim dizer que asiáticos têm em média um QI maior que outros grupos étnicos. Inclusive, muitos dos nomes citados aqui no tópico - pra não dizer todos, provavelmente - dizem que judeus são um grupo étnico com uma média elevada de QI, para afastar ideias nazistas. Acho que o J. Philippe Rushton é sim racistão.

Taleb é sempre bem vindo, depois eu leio com mais calma.


Offline -Huxley-

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Re:Raça, Comportamento e Inteligência
« Resposta #99 Online: 14 de Janeiro de 2019, 11:41:11 »
Para o extremismo do politicamente correto, todo mundo é exatamente igual. Dizer, por exemplo, que existem diferenças biológicas entre homens e mulheres é um sacrilégio.

Não acho que seja uma alegação tão extraordinária assim dizer que asiáticos têm em média um QI maior que outros grupos étnicos. Inclusive, muitos dos nomes citados aqui no tópico - pra não dizer todos, provavelmente - dizem que judeus são um grupo étnico com uma média elevada de QI, para afastar ideias nazistas. Acho que o J. Philippe Rushton é sim racistão.

Taleb é sempre bem vindo, depois eu leio com mais calma.



Diferenças biólogicas não indicam a magnitude das diferenças biólogicas causadas por influência genética. Por exemplo, existe uma homogeneidade genética robusta entre os habitantes da península coreana, mas os sul-coreanos são, em média, 8,3 centímetros mais altos do que os norte-coreanos (ver Wikipédia) Os sul-coreanos têm uma alimentação melhor do que os norte-coreanos e isso impacta na diferença biólogica da estatura, mas essa causa específica não é genética.
« Última modificação: 14 de Janeiro de 2019, 11:59:18 por -Huxley- »

 

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