Prove que a presença de uma geração exclusivamente homossexual levaria a extinção da espécie humana. Você acha mesmo que a espécie humana, que já sobreviveu a Era Glacial sem estar no estágio de civilização, seria extinta pela homossexualidade no estágio de civilização, de detenção de tecnologia de fertilização in vitro e de existência de diversos mecanismos de incentivo a natalidade (programas governamentais, por exemplo)? Se estiver com preguiça de me contestar, responda apenas com um “sim” ou “não” a essa pergunta.
Já que não conseguiu perceber, vou desenhar:
Quando discutimos sobre a origem de traços INATOS de seres vivos (ou seja, traços não derivados puramente da cultura*), todos temos em mente a possibilidade desses traços terem sido selecionados ou mantidos ao longo do tempo na população humana.
A nossa sociedade tecnológica atual não representa nem 1/100 000 do tempo que o homo sapiens existe. Se formos considerar todos os nossos ancestrais, não representa nem 1/2000 000 do temo, e se formos considerar a própria reprodução sexuada em espécies dióicas (dióico = que tem os sexos masculino e feminino separados em indivíduos diferentes, sem hermafroditismo, assexualismo e indivíduos naturalmente estéreis), esses últimos 30 anos de inseminação artificial e 15 anos de clonagem não representam nem 1/50 000 000 do tempo de existência desse tipo de reprodução em répteis, aves e mamíferos.
Portanto, quando discutimos as origens e razões porque determinado traço (seja físico, fisiológico ou comportamental) existem na espécie humana, meter no meio da discussão uma tecnologia de alguns séculos ou décadas atrás que sirva para compensar ou neutralizar algum traço "defeituoso" (Ex: óculos e cirurgia para miopia, membros mecânicos para amputações, insulina para diabetes, inseminação artificial para esterilidade, aparelhos para surdez, etc) é MUITA burrice de quem o faz, caso a pessoa que o faz não está ciente disso e apenas querendo tumultuar a discussão.
(cultura* = conjunto de conhecimentos, normas, padrões de comportamento e pensamento aprendidos, passados de geração à geração e não determinado desde o nascimento)
1) Como visto no post acima, DDV desistiu de defender que a humanidade se extinguiria em caso de haver a universalização da homossexualidade.

Mas isso era uma necessidade segundo essa sua brilhante frase:
“Se todos fossem homossexuais, a espécie se extinguiria. Logo, o homossexualismo não é algo ‘normal’ do ponto de vista natural.”

É muita desespero chamar alguém de “burro” só porque teve seu argumento desmascarado por esse alguém.
2) Você NÃO ESTAVA usando o termo “anormal” no sentido de “defeituoso” (aqui estou me referindo a sua analogia da homossexualidade com a amputação, surdez, etc.). Eis uma frase sua:
“Eu estou usando o termo ‘normal’ no sentido de ‘natural’ ou ‘adaptativo’”.
3) Ok, vamos considerar a validade de mudança de discurso do DDV: “Anormal = defeituoso”. Não é universal o desejo de ter filhos para podermos chamar a impossibilidade de reprodução normal de "defeito". Então, já encontrei uma situação em que a homossexualidade não pode ser considerada um defeito. Para piorar, o “defeito” de não poder se reproduzir de forma normal não é uma necessidade para os homossexuais. Se a “mutação da homossexualidade” se disseminasse fortemente (seja ela de origem genética ou memética), teríamos uma população composta quase exclusivamente por gays e lésbicas. Nesta situação, provavelmente não seria incomum ver esta situação hipotética que já descrevi:
Mesmo que não houvesse programas governamentais de incentivo a natalidade, seria muito fácil para um homossexual masculino natalista e solteiro encontrar uma amiga solteira para fazer sexo apenas para objetivo de reprodução. Bastaria haver uma ÚNICA situação em que muitos aproveitassem um momento de solterice para garantir seu futuro de sonho de ser progenitor.
4) Eu já desmascarei o “argumento da naturalidade” com perfeição, tanto que não houve resposta a ela. Vou repetir, com outras palavras, a resposta que desmascara o “argumento da adaptabilidade”:
) Mesmo que seja verdade a afirmação de que a seleção natural beneficia genes que aumenta o desempenho dos genes, também é verdade que o que é válido para um indivíduo não necessariamente é válido para uma espécie. Uma mutação que causa a diminuição da natalidade de UM indivíduo só diminui significativamente a natalidade DAQUELE indivíduo, mas não necessariamente a natalidade da espécie. E o que acontece numa pequena parcela da população pode não ter qualquer efeito significativo na população total da espécie.
O indivíduo que tiver essa mutação não irá passar seus genes adiante e o pool gênico que o mesmo carrega se extinguirá. Apena os genes que forem passados adiante se manterão.
Logo, do ponto de vista dos genes, qualquer mutação que reduza ou elimine a possibiliade dele ser passado adiante é uma catástrofe. Do ponto de vista dos genes (e da evolução em geral), se reproduzir com sucesso chega ser mais importante do que a sobrevivência em si. Uma espécie que sobreviva pouco e se reproduz muito terá mais sucesso em se preservar do que uma outra onde seus indivíduos sobrevivem muito e se reproduzem pouco.
Do ponto de vista da evolução e dos genes (e da própria vida em geral, já que o que caracteriza um sistema como "vivo" é a capacidade de criar outros sistemas como ele) a reprodução é o mais importante de todos os eventos que ocorrem com um ser vivo. Todo o resto está subordinado a isso.
Quanto ao homossexualismo, e acredito (no momento, baseado no dados atuais) que não seja de origem genética, ao menos em sua maior parte, e sim puramente congênita.
“Logo, do ponto de vista dos genes, qualquer mutação que reduza ou elimine a possibiliade dele ser passado adiante é uma catástrofe.”... Por que seria uma catástrofe? Por acaso, algum ser humano com um mínimo de inteligência se importa com o destino do “propósito” dos genes egoístas? Que importância tem a sua teleologia darwinista? Só teria alguma relevância, se a desobediência as suas prescrições levasse à extinção, mas como esse não é o caso...Logo, o “argumento da adaptabilidade” falha terrivelmente.