Se todos fossem homossexuais, a espécie se extinguiria. Logo, o homossexualismo não é algo "normal" do ponto de vista natural.
Ser natural não tem nenhuma relação com ser "bom ou "ruim".
Eu estou usando o termo "normal" no sentido de "natural" ou "adaptativo".
Essa definição de "normal" no sentido de "o que uma minoria progressista/iluminada/inteligente/superior/especial considera normal" eu desconheço. 
A espécie humana não se extinguiria por causa da homossexualidade devido à existência de inseminação artificial e a disponibilidade de barrigas de aluguel.
Se o risco de extinção estiver associado à naturalidade, então a homossexualidade poderia ser ainda mais natural do que a heterossexualidade. O risco de extinção pode se agravar devido à superpopulação. Arthur Clarke, por exemplo, estimava que o ideal seria que o mundo tivesse uma população de, no máximo, 1 bilhão de habitantes. Obviamente, não é preciso dizer em que situação seria mais fácil conseguir taxas de natalidade mais modestas.
Nossa...
Já corrigi o post...Se a "naturalidade" fosse um conceito que estivesse associado ao risco de extinção... (segue conforme o que já estava escrito). O que tem de errado nisso?
Cara, essa sua postagem é tão "sem noção" e sem pertinência com o que está sendo especificamente discutido no momento, que eu não sei sequer por onde começar a responder. Acho que sequer precisa ser respondida.
Como essa postagem é “sem pertinência”?
Você diz:
Se todos fossem homossexuais, a espécie se extinguiria. Logo, o homossexualismo não é algo "normal" do ponto de vista natural. Eu estou usando o termo "normal" no sentido de "natural" ou "adaptativo". Eu digo:
Prove que a presença de uma geração exclusivamente homossexual levaria a extinção da espécie humana.
Você acha mesmo que a espécie humana, que já sobreviveu a Era Glacial sem estar no estágio de civilização, seria extinta pela homossexualidade no estágio de civilização, de detenção de tecnologia de fertilização in vitro e de existência de diversos mecanismos de incentivo a natalidade (programas governamentais, por exemplo)? Se estiver com preguiça de me contestar, responda apenas com um “sim” ou “não” a essa pergunta.
Na verdade, sou eu quem deveria dizer que “não sei sequer por onde começar a responder”. Há diversas falhas óbvias nas proposições que destaquei em negrito:
1) A “anormalidade” tem dois significados* e pode ser referir: I) ao que faz exceção à regra comum; II) a um defeito qualquer. Se a homossexualidade é anormal devido a I), então pode-se dizer que os canhotos e os gênios também são anormais (porque os dois tipos também representam apenas uma pequena da população). Não faz sentido usar o termo “anormal” para caracterizar a homossexualidade devido à ambiguidade do termo, o que pode gerar mal-entendido. Também não se pode recorrer ao argumento da “naturalidade” ou “adaptabilidade”, ou qualquer outro, pois...
2) “Natural” é o que é produzido pela natureza, ou de acordo com suas leis. Uma mutação que produz a hemofilia em um homem é tão natural quanto uma que aumenta a resistência imunológica. A aparição de um traço não-adaptativo como esse está de acordo com as leis da natureza, a menos que se prove que a aparição de hemofilia está relacionada a alguma espécie de mágica. Mesmo que a homossexualidade fosse um defeito, ainda assim ela seria natural.
3) O “anormal”, em termos estatísticos, pode ser adaptativo. Para piorar, o “normal”, em termos estatísticos, pode ser “não-adaptativo”. Exemplo do primeiro caso: certos caracteres sexuais secundários podem se tornar comuns tão somente devido à intensificação da seleção sexual, apesar de poderem ser considerados sexys antes mesmo de se tornarem comuns (até Darwin admitia isso:
../forum/topic=25811.550.html). Um exemplo do segundo caso: a morte pode ser não-adaptativa, apesar de ela ser uma regra aplicável a todos os humanos.
4) Mesmo que seja verdade a afirmação de que a seleção natural beneficia genes que aumenta o desempenho dos genes, também é verdade que o que é válido para um indivíduo não necessariamente é válido para uma espécie. Uma mutação que causa a diminuição da natalidade de UM indivíduo só diminui significativamente a natalidade DAQUELE indivíduo, mas não necessariamente a natalidade da espécie. E o que acontece numa pequena parcela da população pode não ter qualquer efeito significativo na população total da espécie.
5) Seu raciocínio já parte de uma petição de princípio natalista. A evolução não tem “propósito de preservar a procriação”. Ou melhor, ela não tem qualquer propósito conhecido. Você fala como se a natureza desse importância ao fato de que ela produz coisas que podem diminuir a natalidade de uma pequena parcela de indivíduos de uma espécie (a homossexualidade em animais não-humanos, por exemplo).
6) Seu raciocínio seria uma petição de princípio natalista mesmo que a homossexualidade fosse um produto da cultura ou da criação. Citarei um caso análogo e hipotético para que entenda. Poderia haver um (ou mais de um) fenômeno cultural que causasse o desejo de todas as pessoas (heterossexuais e homossexuais) em optarem por não terem mais filhos. Isso seria considerado perfeitamente natural (não na sua lógica, já que ela diz que "se leva a extinção, então é não-natural") porque um processo cultural pode ser compatível com as leis da biologia. A aparição da sociabilidade, da linguagem e da cultura podem, conjuntamente, serem enquadradas como uma adaptação (ou pelo menos um fenômeno compatível com as leis biológicas). E, o que é adaptação hoje, pode ser a principal causa da extinção no "amanhã", uma vez que a seleção natural não planeja a longo prazo.
7) Há obstáculos quase intransponíveis para a validade da afirmação de que “se uma geração qualquer fosse toda homossexual, a humanidade se extinguiria” pois:
a) O que não falta neste planeta são casais homossexuais (masculinos e femininos) que querem ter filhos ou preservar a existência da humanidade;
b) Existem tecnologias de fertilização in vitro que um monte de gente é capaz de pagar;
c) Mesmo para aquelas pessoas que não conseguem pagar por tecnologias de reprodução assistida, elas poderiam contar com o apoio de programas governamentais. Se a homossexualidade virasse uma regra sem exceção na sociedade, os governos de vários países estariam preocupados com o impacto desse fenômeno sobre a Previdência Social e sobre o nível de escassez de mão-de-obra. Logo, seria razoável supor que esses governos ofereceriam poderosos incentivos, como abatimento de impostos para quem cumpre determinadas metas individuais de natalidade.
d) Mesmo que não houvesse programas governamentais de incentivo a natalidade, seria muito fácil para um homossexual masculino natalista e solteiro encontrar uma amiga solteira para fazer sexo apenas para objetivo de reprodução. Bastaria haver uma ÚNICA situação em que muitos aproveitassem um momento de solterice para garantir seu futuro de sonho de ser progenitor.
e) A diminuição da taxa de natalidade que surgisse como consequência de uma geração totalmente homossexual não necessariamente seria um problema, como já argumentei no post anterior.
P.S.: * Versão on-line do dicionário Michaelis diz que:
a.nor.mal
adj. m. e f. 1. Que faz exceção à regra comum; anômalo, irregular. 2. Diz-se da pessoa cujo desenvolvimento físico, intelectual ou social é defeituoso. S. m. e f. 1. Aquilo que não é normal. 2. Pessoa que não é normal.