É, a palavra "anormal" não é necessariamente ruim, nem "normal" necessariamente bom. Por isso a necessidade de comparar com pedófilos, estupradores, psicopatas, etc.
É, o título ficou meio tendencioso, colocando homossexualidade ao lado de coisas que são despressadas. De qualquer maneira, eu ainda acho que é um pouco de tempestade em copo d'água.
Não só "desprezadas", mas nocivas. Nem é apenas "o título", é toda a proposta, tentar enfiar todos no mesmo saco, apenas por cada uma dessas coisas não ser o comportamento mais freqüente.
Se o "ponto" que ele quer fazer é apenas essa coisa de que normal não implica em ser bom/vice-versa nem o contrário, que o significado mais correto de "normal" é "o mais comum" e não "OK", "inócuo", "algo que não justifica abominação social", etc, essas comparações são totalmente desnecessárias, melhor seria falar que nem os nórdicos nem os esquimós também são "normais", que miopia não é normal, que visão 20/20 não é normal, que poder beber leite depois de crescido não é "normal", etc.
De outra forma, como disse, é bem como algum crente "abismado" com ateísmo ser considerado "normal", comparando com outras posições ou comportamentos menos comuns, mas ao mesmo tempo definitivamente ruins.
E pouco importa que é cultural e não inato, mesmo que religião fosse 100% cultural (o que não é), ambas as coisas são muito parecidas, mais do que uma preocupação com um significado estrito de normalidade, o interesse é associar o que não se gosta ao que ninguém gosta.
O normal é uma pessoa nascer saudável, se essa pessoa nasce com Síndrome de Down, isso é algo anormal. O normal é termos sentimentos e sermos capazes de sentirmos empatia, se uma pessoa tem psicopatia, isso é anormal. O normal é nós, como espécie, sentirmos atração por pessoas da mesma espécie só que de sexo oposto, se uma pessoa sente atração por uma pessoa do mesmo sexo, ou até por seres de outra espécie, isso é algo anormal.
Qual o grande problema aqui?
O problema é que qualquer pessoa sabe que "normal" não é usado apenas nesse sentido estatístico no dia a dia (que argumentavelmente nem é o sentido "normal"), e que se queremos explicar que algo dado como "normal" não é "normal" nesse outro significado, não há necessidade de fazer as associações feitas.