Isso também seria igualmente sem sentido. A ideia é que não há, pelo menos até hoje, nenhum método objetivo para mensurar valor artístico. Tudo que já foi proposto até o momento foram apenas versões empoladas de "o que eu acho bonito é bom, o que eu acho feio é ruim". Assim, a pretensiosidade de julgar objetivamente obras de arte como melhores ou piores, partindo geralmente de pessoas que sequer se deram o trabalho de tentar entender seu contexto ou seu significado, acaba sendo comparável a tentar impor um critério objetivo para dizer quais as cores mais bonitas e quais as mais feias de uma paleta. Não que as pessoas não possam expressar preferência. Obviamente podem, e é até provável que haja elementos que se sobressaiam na preferência pública, mas daí emergir uma métrica objetiva, "algorítmica" de beleza já é outra história.
O cara do Youtube eu não lembro o nome nem o canal "oficial" dele mas por coincidência o vídeo a que eu me referi apareceu no Facebook esses dias. Acho que dá para assistir mesmo sem estar logado.
https://www.facebook.com/alkaisersrock/videos/597188507098816/
Não procede porque as cores pelas cores só podem ser mensuradas numa medida escalar categórica ou nominal!!!!!!!
Mas é interessante o assunto. No mundo da arte é onde existem os maiores preconceitos, achismos e CRENÇAS contra os próprios artistas e suas vertentes.
90% dos nomes que citarei aqui vocês nunca ouviram falar!!!!
O ALQUIMISTA durante sua iniciação artística também achava que o mundo musical se resumia e morria apenas com os GRANDE GÊNIOS da música ocidental.
Hoje O ALQUIMISTA se dedica à denominada MÚSICA ANTIGA e já sentiu de perto o preconceito da escol dos diletantes ''eruditos''.
Compositores como Francesco da Milano, Albert de Rippe, Morlaye e di Lassus são considerados como uma ''arte inferior'' se comparados aos heróis do romantismo ou os vanguardistas contemporâneos.
Mesmo o grande Gustav Leonhardt, quando foi ao Brasil apresentar a MÚSICA DAS MÚSICAS, com obras sublimes de um Couperin (Louis e François) ou do fantástico e bombástico Forqueray, a maioria do público arregou e foi embora durante o concerto. Não tinham ouvidos iniciados pra uma arte tão esotérica...
Mas quando precisei de alternativas pra tocar sonatas além das de Mozart ou Haydn, já bastante batidas e conhecidas, descobri uma miríade de compositores clássicos e barrocos GENIAIS, como o pioneiro da FORMA SONATA, G.B. Platti, os espanhóis Albero e Gallés, e J.L. Dussek, que foi uma grata surpresa (antecipou absurdamente em plena ERA MOZART o estilo chopiniano e, ao contrário da CRENÇA GERAL, foi o primeiro a tocar de perfil para o público burguês e não Liszt!!!).
Posso afirmar sem dúvida alguma que peregrinei por toda a produção musical do BARROCO e do PERÍODO CLÁSSICO e o que foi que descobri????
Não tem jeito!!!! Cada período teve mesmo os seus esplendores máximos!!!!! No período clássico não encontrei nada que superasse a produção mozartiana, mesmo no piano, já que a verve de Mozart é tida mais como operística do que instrumental.
O mesmo pode-se dizer de Vivaldi e Bach (principalmente este!) no barroco, mesmo diante de Hércules como Marin Marais!!!!!
Em cada período então tiveram aqueles que se sobressaíram mais que os outros.