E hoje faz 10 anos do filme 2 Girls and 1 Cup. 
Por que vocês veem esse tipo de coisa? Eu nunca vi e não me faz falta.
É que lembra meu trabalho como Help Desk da faculdade: meu supervisor ficava em seu tempo ocioso filmando a reação das pessoas com essa obra cinematográfica de vanguarda.
Já que vocês viram, me respondam: a parada é fake ou real?
Dez anos de '2 Girls 1 Cup', a cagada brasileira mais memorável da internet
Em 2007 se você não sacaneou um amigo ou foi sacaneado ao ter que assistir desavisado um trailer de duas mulheres se beijando, cagando num copo, comendo a própria merda e depois vomitando tudo nas respectivas bocas, você provavelmente não era um cara antenado. O viral mais amigável para quem precisa cortar o apetite completa dez anos de existência em 2017 e foi responsável por desenvolver algumas linguagens que usamos hoje em dia na internet.
O 2 Girls 1 Cup (daqui para frente vamos usar 2G1C) nada mais era do que um trailer de um minuto com as melhores partes do filme Hungry Bitches. No teaser do filme surgem as performers Karla e Latifa, que corajosamente seguraram com primor uma cena lésbica com escatalogia pesada ao som angustiante de "Lover's Theme" do compositor francês Hervé Roy – que também fez trilha sonora para a película de soft-porn Emmanuelle, lançada em 1974. Um cara provavelmente abismado com a existência de filmes desse calibre subiu o trailer no domínio 2girls1cup.com (que hoje virou um site genérico de pornografia) e assim Hungry Bitches conquistou a repulsa mundial.
Um dos primeiros vídeos que colocou a obra escatológica nos anais da internet foi o de um sádico norte-americano que fez sua pobre avó sentar em frente ao computador e assistir ao trailer. A avó ficou em choque, óbvio. Com isso, outras pessoas começaram a copiar a ideia e filmar amigos, colegas e familiares se contorcendo de pavor ao ver duas mulheres adultas cagando em um copo, comendo o conteúdo e vomitando-o no mesmo recipiente. Era o nascimento do react.
É Tudo Verdade
Apesar de todos os percalços na carreira de Fiorito, o diretor e produtor continua produzindo seus filmes de fetiche e, ainda hoje, ocupa um espaço importante neste universo. "O Fiorito é muito além desse filme, ele é um diretor importantíssimo no mercado", frisa Maria Elvira. "Ele evita falar sobre o filme porque parece, pelo menos até 2011 - quando ele comentou sobre isso -, que ele não pode mais entrar nos EUA por causa dessa história."
"No começo ele até me disse que não fez o filme e sim o Danilo. Depois ele disse que teve parte na produção. Enfim, parece ainda meio nebulosa toda essa história, mas ele continua fazendo filmes e sendo um dos principais diretores de fetiche do Brasil. Ele gosta essencialmente de pé e dominação e foge desses filmes mais 'bonitinhos' e 'românticos' de podolatria", conta a pesquisadora.
Agora à frente da produtora MF Videos, Fiorito continua fazendo seus filmes de coprofilia e podolatria com a mesma paixão que o motivou a fazer o que desejava nos anos 1990. A reportagem entrou em contato via Facebook com Marco e sua ex-esposa Letícia, mas não obtivemos respostas. Não fomos os únicos.
Jully Delarge, diretora e atriz pornográfica que trabalhou em cerca de 20 cenas com Fiorito, disse ter sido uma experiência muito boa. "Gravei algumas cenas com ele, fetiches variados, desde cenas de beijo lesbo, passando por dominação, até chegar no scat. E todas as vezes foram muito divertidas, " conta.
Na época que Danilo foi preso, Fiorito chegou a mencionar no seu depoimento enviado aos EUA que muitas vezes teria usado chocolate para simular excrementos nas cenas. Muita gente suspeitou que as cenas poderiam ser feitas com sorvete de chocolate ou até efeitos especiais capaz de sustentar a infame cena de 2G1C. Jully, no entanto, diz que praticamente todas as cenas que fez de scat eram reais. Ela, no entanto, não pode falar pelas atrizes do 2G1C, mas indica que Fiorito costuma ser fiel à verdade quando o assunto é coprofagia. "Nunca soube de cenas de scat feitas com chocolate", afirma a atriz.
"A única preparação que faço é ficar cerca de um dia sem defecar para garantir uma boa quantidade no momento do ato. É importante que a consistência seja sólida, se estiver mole não rola (risos). A pior parte é quando acontece de não conseguir defecar. Felizmente, nunca ocorreu comigo", relembra Dellarge
O texto é gigante, quem tiver interesse, nele fala sobre o desenvolvimento da cena, o diretor que é conhecido por esse tipo de filme diferente, atrizes, o que era verdade ou não e etc...
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