Enquete

Em sua opinião, o Irã deve ser invadido para evitar a obtenção da bomba atômica pelo mesmo?

Sim, o Irã deve ser invadido já. Se esperar mais, pode ser pior.
2 (5.4%)
Sim, mas não por agora. Os EUA precisam de um pouquinho mais de folga financeira e das demais guerras
1 (2.7%)
Sim, mas não agora. Deve ser tentado sanções mais duras e só invadir em último caso.
11 (29.7%)
Não, é plenamente possível dissuadir o Irã com sanções econômicas e diplomáticas.
8 (21.6%)
Não, e sou contra sanções. Acredito que o Irã não objetiva a bomba atômica e irá cooperar.
1 (2.7%)
Não. O Irã tem direito de ter a bomba atômica, não representando isso nenhum perigo direto ou indireto para o equilíbrio da região e Israel.
3 (8.1%)
Não, o Irã deve ter a sua bomba atômica para dissuadir a invasão por parte de países imperialistas motivados pelo petróleo.
3 (8.1%)
Não, o Irã deve contar com a bomba atômica na sua luta contra o sionismo.
0 (0%)
Não, o Irã deve fazer a boma atômica e lançá-la em Israel e, se puder, EUA. Os sionistas, judeus e estadunidenses devem pagar por seus atos.
1 (2.7%)
Outra opção.
7 (18.9%)

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Autor Tópico: O Irã deve ser invadido?  (Lida 17643 vezes)

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Offline Gauss

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #200 Online: 03 de Fevereiro de 2017, 21:15:12 »
Quando acabam os argumentos alguém vem com essa besteira...

Tem tanto jeito deles irem encontrar as virgens pra que esperar por isso?

E eu pensei que xiita era inimigo de sunita... :stunned:

Pra quê eles querem ajudar os palestinos se estes são na maioria sunitas?

O Hezbollah é um grupo Xiita apoiado fortemente por Teerã.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Pasteur

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #201 Online: 03 de Fevereiro de 2017, 21:21:20 »
Quando acabam os argumentos alguém vem com essa besteira...

Tem tanto jeito deles irem encontrar as virgens pra que esperar por isso?

E eu pensei que xiita era inimigo de sunita... :stunned:

Pra quê eles querem ajudar os palestinos se estes são na maioria sunitas?

O Hezbollah é um grupo Xiita apoiado fortemente por Teerã.

Gauss, por que o Irã quer ajudar os palestinos se estes são sunitas em sua maioria?

Offline Gauss

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #202 Online: 03 de Fevereiro de 2017, 21:27:43 »
Gauss, por que o Irã quer ajudar os palestinos se estes são sunitas em sua maioria?

Acho que o objetivo é apoiar os companheiros do Hezbollah no Líbano, que também odeia Israel, mas não o povo palestino e seus grupos sunitas.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Pasteur

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #203 Online: 03 de Fevereiro de 2017, 21:36:19 »

Offline Gauss

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #204 Online: 03 de Fevereiro de 2017, 21:40:28 »
http://parstoday.com/pt/news/middle_east-i11686-ir%C3%A3_'israel_tr%C3%A1s_a_mis%C3%A9ria_palestina_a_crise_no_oriente_m%C3%A9dio'

http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/07/guia-supremo-do-ira-pede-que-palestinos-mantenham-luta-armada-contra-israel-4558378.html

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/04/ira-sauda-tregua-palestina-mas-silencia-sobre-governo-de-coalizao.html

Gauss, pra manter essa história de xiitas vs sunitas tem que dar uma duplipensada braba...

Eu não sabia que eram tão amiguinhos assim. A Arábia Saudita vive prendendo clérigos xiitas. Mas muitos são apoiados pelo Irã... Não duvidoque seja mais um jogo político entre duas potências islâmicas do que conflito religioso puro.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Pasteur

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #205 Online: 03 de Fevereiro de 2017, 21:40:53 »
- Paquistão tem umas 100 ogivas.

O Paquistão coopera com o ocidente, assim como a Arábia Saudita.

Embora sejam regimes autoritários com seu próprio povo, eles não fazem nem apóiam atos de hostilidade gratuita (chamo de "gratuitos" os motivados puramente por razões ideológicas, não práticas) contra o Ocidente, reconhecem o direito dos ocidentais viverem conforme seus próprios costumes e religião, e cooperam no combate ao terrorismo.





Peraí, a  Arábia Saudita  é a maior financiadora do mundo de grupos extremistas. A Arábia Saudita é a maior reponsável pelo espalhamento do islamismo warrabista/salafista  que existe no mundo.  Já investiram mais de 80 bilhões de dólares nisso.   Inclusive é apoiadora direta do Estado Islâmico.


:quevedo:


Você anda lendo muito Pravda e Sputnik... 

Ao meu ver a Arábia Saudita é muito mais perigosa que o Irã. A maioria dos terroristas são sauditas. O governo tem um discurso para ocidental ouvir, mas na prática faz vistas grossas e se duvidar está por trás da articulação do terrorismo internacional. O Irã, inclusive, é bem mais light em relação aos costumes, e tem alguns aspectos de democracia.

Aí Pregador, esse link mostra um pouco do interesse dos sauditas em combater seus terroristas:

http://www.haaretz.com/israel-news/business/1.769261


Offline Pasteur

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #206 Online: 03 de Fevereiro de 2017, 21:43:35 »
http://parstoday.com/pt/news/middle_east-i11686-ir%C3%A3_'israel_tr%C3%A1s_a_mis%C3%A9ria_palestina_a_crise_no_oriente_m%C3%A9dio'

http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/07/guia-supremo-do-ira-pede-que-palestinos-mantenham-luta-armada-contra-israel-4558378.html

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/04/ira-sauda-tregua-palestina-mas-silencia-sobre-governo-de-coalizao.html

Gauss, pra manter essa história de xiitas vs sunitas tem que dar uma duplipensada braba...

Eu não sabia que eram tão amiguinhos assim. A Arábia Saudita vive prendendo clérigos xiitas. Mas muitos são apoiados pelo Irã... Não duvidoque seja mais um jogo político entre duas potências islâmicas do que conflito religioso puro.

Exatamente!

Offline JJ

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #207 Online: 04 de Fevereiro de 2017, 08:12:29 »
“O Estado Islâmico sempre existiu, é a Arábia Saudita”

SOFIA LORENA 07/12/2015 - 08:19


Ziauddin Sardar, reformista muçulmano, acredita que se um grupo terrorista for destruído outro ocupará o seu lugar. Isto, até se atacar a ideologia na base do extremismo, o wahhabismo saudita. Riad e os terroristas usam as mesmas leis, diz.

 
Sardar esteve em Lisboa a convite da Fundação Champalimaud


Nasceu em 1951 no Paquistão, mas vive em Londres desde os nove anos. Estudioso da sua religião, mas também de Ciência Política ou Literatura, é autor de mais de 45 livros e de vários programas sobre o islão para a BBC ou o Channel 4. Hoje, o britânico Ziauddin Sardar é presidente do Muslim Institute, organização que promove o conhecimento e o debate, e editor do Critical Muslim, uma revista trimestral sobre ideias e pensamento islâmico contemporâneo. Diz que faz falta uma rede de reformistas no islão. “Estamos muito sozinhos no nosso trabalho”. A conversa aconteceu em Lisboa, na Fundação Champalimaud, onde participou na conferência “O Desconhecido: Daqui a 100 Anos”.


Há um centro que está a desenvolver uma aplicação para os estudantes de origem árabe conhecerem a herança muçulmana na Andaluzia. Por que é que sabemos tão pouco do contributo dos cientistas ou arquitectos muçulmanos?

Parece que ninguém sabe nada dessa herança, é verdade. Isso acontece por duas razões. Por um lado, a tradição intelectual e racional do islão foi marginalizada nas sociedades muçulmanas por volta do século XIV, XV. Por exemplo, toda a ideia de teologia racional, que o dogma devia relacionar-se com a razão, que devemos justificar através do pensamento racional aquilo em que acreditamos, estas ideias foram mais ou menos abandonadas por uma técnica a que chamamos ‘fechar as portas da itjihad' [raciocínio independente]. Estas ‘portas’ não foram fechadas do dia para a noite, aconteceu ao longo de um par de séculos. Para além disso, houve muitos califas que não gostavam do pensamento racional, os estudiosos de então questionavam a autoridade, eram o que hoje chamamos dissidentes. Um califa muito conhecido, Al-Qhadir, do império Abássida, criou o “credo Qhadir’, que proibia que se colocassem perguntas racionais. Saber se o Corão foi criado, por exemplo, era muito debatido. Esta era uma pergunta muito racional, se foi criado, foi criado na História, e então tem um contexto histórico e precisa de ser interpretado à luz da História. Mas se não foi criado, tem de ser lido literalmente.


Isto aconteceu mais ou menos quando a sharia, a lei islâmica, estava a ser formulado, certo?

Exactamente. A maioria dos muçulmanos pensa que a sharia é divina, mas na verdade é uma construção humana na História. É uma lei construída no século IX, quase 250 anos depois da morte do Profeta. O que é interessante é que até aí havia racionalismo na cultura muçulmana, não havia sharia, não havia hadiths [conjunto de ditos de Maomé], eles estavam a reuni-los nessa altura. E nesse período clássico inicial, a sociedade islâmica fervilhava de ideias, pensamento e aprendizagem. Quando a sharia foi formulada, os teólogos inventaram uma espécie de truque para aumentar a confiança nestas regras, sugerindo que a sharia era divina. Mas a maior parte da sharia vem dos ditos do Profeta, que são fabricados.


Aquilo que chama os hadiths manufacturados?

Sim, são uma espécie de dogma manufacturado. Isso pode ser demonstrado muito claramente. Por exemplo, a sharia diz que um apóstata [alguém que abandona a religião] deve ser morto, mas o Corão diz que não há pertença compulsiva ao islão. A sharia diz que a mulher tem um estatuto inferior e deve cobrir-se, mas o Corão diz que homem e mulher são iguais. Há muitos aspectos da sharia que estão em completa contradição com o Corão. Afirmar que a sharia é divina é totalmente ridículo e grande parte do fundamentalismo vem de aceitar a sharia como lei divina.


Estas são as razões internas ao islão. Mas há razões externas?

Sim, é a segunda razão. Quando os poderes coloniais chegaram também marginalizaram essa parte da História. Se olharmos para a História da Ciência, parece que começa com a Grécia e depois é como se não tivesse acontecido nada até ao Iluminismo. Mas o próprio Iluminismo nunca teria acontecido sem a Filosofia e o pensamento muçulmanos. Muitos dos componentes básicos do Iluminismo vêm do que chamamos literatura adab, a literatura da ética e do humanismo, que criou universidades, instituições académicas, professores, condutas para ser um bom ser humano, condutas de boa governação. O Iluminismo adaptou todas as partes da literatura adab, que se tornou na sua base. Por exemplo, na literatura adab era obrigatório aprender tudo na língua clássica, o árabe, o Iluminismo não tinha nenhuma e foi buscar o latim. Passou a ser preciso aprender latim para ser um bom estudioso. O colonialismo relegou toda a cultura anterior para as margens, renegando o conhecimento do islão. Para mim, a História da Europa é tanto islâmica como qualquer outra coisa, não haveria Europa sem islão. Os jovens crescem sem saberem nada desta História e acreditam no que os fundamentalistas dizem sobre o islão.

A maioria dos muçulmanos pensa que a sharia é divina, mas é uma construção humana na História

Ziuaddin Sardar

Continuamos a aprender versões diferentes da História, em Portugal, por exemplo, não aprendemos a História comum que temos com os muçulmanos, só as cruzadas, a Reconquista.

Sim, e mesmo isso muitas vezes é ensinado com interpretações muito particulares. Dizem que os navios partiram daqui para descobrir o mundo novo, no Brasil e em África. Não dizem o que é que lhe fizeram quando o descobriram… Temos de ensinar essa História. Na Europa, ainda há uma versão romantizada do colonialismo, a verdade do colonialismo não é ensinada nas escolas e nas universidades, a sua brutalidade. É como se pensássemos que fizemos bem, que civilizámos esses países. Mas muito do sofrimento que ainda existe nalguns destes países é um produto do que os europeus lá fizeram. Os portugueses foram brutais em África, horrendos. Criando estes mitos e perpetuando-os só contribuímos para perpetuar a opressão e a injustiça. Temos de ensinar essa História para podermos ter um mundo mais harmonioso.



O fundamentalismo actual então não tem nada a ver com o início do islão nem com a sua herança racional.


Não, vem de uma área muito específica, vem da Arábia Saudita e da ideologia wahhabita. Até 1925, 1930, havia diferentes tradições do islão e pessoas que concordavam com umas e com outras. Havia jihads, mas tinham princípios éticos, eram lutas contra o colonialismo e o imperialismo, com regras claras, era proibido atacar civis, matar mulheres e crianças, matar prisioneiros. Jihad [guerra santa] não significa declarar guerra a toda a gente. Mas quando a Arábia Saudita se tornou numa petro-monarquia e começou a exportar a sua ideologia, tudo mudou. Os sauditas foram muito espertos, foram a todo o mundo construir mesquitas e madrassas [escolas corânicas] e depois enviaram os seus imãs [quem lidera as orações], professores e livros. E incentivavam toda a gente a ir estudar em Meca e Medina. Conseguiram exportar o wahhabismo para todo o mundo muçulmano.



Até aos anos 1920, os wahhabitas eram uma seita muito minoritária e as pessoas gozavam com eles, eram considerados fanáticos iletrados sem relevância. Mas esta seita tornou-se na ortodoxia muçulmana. E hoje, há duas questões fundamentais aqui. Por um lado, os muçulmanos aceitam esta ideologia porque reverenciam a Arábia Saudita de forma acrítica. Por ser lá que estão Meca e Medina, assume-se que como o Profeta nasceu em Meca estas pessoas teriam o melhor conhecimento do islão, quando têm o pior. Por outro, as potências ocidentais, a América, o Reino Unido, a França, a Alemanha, apoiaram a Arábia Saudita e os estados do Golfo por motivos económicos e militares, eles compram as armas que estes países produzem. Ao apoiar a Arábia Saudita, ignorando o seu fanatismo, dão-lhes liberdade de acção.



Wahhabismo e salafismo, a doutrina que se diz estar na base da ideologia da maioria dos grupos terroristas como a Al-Qaeda e o autodenominado Estado Islâmico, são quase iguais, certo?


Sim, essencialmente ambos defendem a interpretação literal do Corão e a aceitação da sharia como divina. Há salafistas e outros, mas no fundo são diferentes tipos de wahhabismo.


Defende que a própria organização de grupos como o Estado Islâmico se inspira no modelo saudita.


Sim, a ideia de um líder que não pode ser questionado e que é reverenciado. As pessoas perguntam-me muitas vezes ‘de onde vem o ISIS’ [Estado Islâmico do Iraque e de al-Shams, como o Estado Islâmico se chamava a si próprio antes de declarar um califado, no Verão de 2014] e ‘como é o que o ISIS apareceu assim, tão depressa’. A resposta às duas perguntas é muito simples. O ISIS não apareceu do nada, sempre existiu, o ISIS é a Arábia Saudita. Se olharmos para as leis que o ISIS pratica são exactamente as mesmas em vigor na Arábia Saudita [onde as mulheres têm de ter um guardião masculino e andar cobertas, e crimes como a blasfémia são sentenciados como chicotadas ou alguém que tenha cometido adultério pode ser condenado à morte]. Só há uma diferença entre o ISIS e a Arábia Saudita, a Arábia Saudita comete as suas atrocidades atrás de uma cortina enquanto o ISIS transforma as suas atrocidades em vídeos do YouTube. O ano passado, na verdade, mais pessoas foram executadas na Arábia Saudita [oficialmente, 151] do que pelo ISIS. Mas quando o rei [Abdullah] saudita morreu [em Janeiro], o primeiro-ministro britânico foi à Arábia Saudita e bandeira britânica foi colocada a meia haste.


Há pelo menos 15 anos que se discute a influência saudita e até o financiamento a movimentos extremistas. Por que é que continua tudo igual nas relações entre as potências ocidentais e Riad?


O que sei é que dizer que se vai fazer alguma coisa para combater a radicalização e o fanatismo e o terrorismo e depois continuar a apoiar a Arábia Saudita não faz sentido. Se atacarmos e destruirmos o ISIS, vai aparecer outro ainda pior no seu lugar. Atacámos e quase destruímos a Al-Qaeda, que agora está a regressar, mas isso não foi o fim do fundamentalismo violento, o ISIS ocupou o seu lugar. Temos de atacar a Arábia Saudita. No filme Aliens, a protagonista, Ripley, vê o monstro extraterrestre que está a pôr ovos e estes tornam-se nos extraterrestres que vimos no primeiro filme. Os ovos são a Al-Qaeda e o ISIS, mas o monstro é a Arábia Saudita e o wahhabismo saudita. Para fazer alguma coisa, é preciso destruir o monstro, não os ovos.


Em vez disso, os países estão-se a organizar para bombardear cada vez mais o ISIS.

Sim, bombardeiam-se estes países e, pelo meio, matam-se civis e perpetua-se este processo. Contribui-se para a radicalização. Alguns dos sírios que estão a ser bombardeados vão acabar por se juntar a grupos terroristas e aumentar o seu poder.


O próprio Iluminismo nunca teria acontecido sem a Filosofia e o pensamento muçulmanos

Ziauddin Sardar


Falou dos imãs e das mesquitas construídas com dinheiro saudita. Até há alguns anos, a mesquita era o lugar de radicalização. Mas agora esse espaço foi ocupado pela Internet e por televisões.


Sim, há 20 anos os pregadores extremistas só podiam chegar aos muçulmanos numa mesquita. Agora, as pessoas vão até eles, podem aceder a centenas de milhares de pessoas por canais de YouTube ou de televisão. No Reino Unido temos 56 canais digitais que são basicamente canais de oração com doidos fundamentalistas a pregar lixo. Depois ainda há o Facebook e o Twitter. Basicamente, os extremistas têm o mundo todo aberto. A radicalização acontece nos velhos e nos novos media. Mas a maioria desta pregadores ou são sauditas ou qataris ou foram educados pela Arábia Saudita, e quando não são, os sauditas encontram forma de os enquadrar, convidam-nos, premeia-nos, e financiam estes canais.


Por que é a Internet não é bombardeada com mensagens contrárias às dos fundamentalistas, de reformistas?

Da minha experiência, os bons tendem a ser passivos, enquanto os maus são agressivos. Os bons não fazem nada que possa contribuir para o conflito, pensam, enquanto os maus tendem a levar as suas ideias à prática. Em parte, é a natureza humana. Nos últimos 20 anos, no Reino Unido, dizemos muito que os moderados não se notam nos media. Isso é precisamente por serem moderados, não denunciam pessoas, não fazem declarações bombásticas, têm reacções tranquilas.


Acredita que o wahhabismo se tornou mainstream e dominante?

Tornou-se na ortodoxia muçulmana. Ser um muçulmano ortodoxo passou a significar ser um wahbabi, antes queria dizer ser um seguidor de uma escola particular, podia ser-se místico, por exemplo. Agora, ser ortodoxo é ser wahhabita.



https://www.publico.pt/mundo/noticia/o-estado-islamico-sempre-existiu-e-a-arabia-saudita-1716649

« Última modificação: 04 de Fevereiro de 2017, 08:18:45 por JJ »

Offline JJ

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #208 Online: 04 de Fevereiro de 2017, 08:40:05 »
.

Offline Pasteur

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #209 Online: 04 de Fevereiro de 2017, 11:30:32 »
Citar
“O Estado Islâmico sempre existiu, é a Arábia Saudita”

Frase de efeito impactante porém falsa!

Citar
Ziauddin Sardar, reformista muçulmano, acredita que se um grupo terrorista for destruído outro ocupará o seu lugar. Isto, até se atacar a ideologia na base do extremismo, o wahhabismo saudita. Riad e os terroristas usam as mesmas leis, diz.

Mais um "reformista muçulmano" que confunde conservadorismo/radicalismo com terrorismo. Mais um que confunde Sharia com terrorismo.

Ou confunde ou finge confundir pra vender mais livros.

A "reforma" do islã é o que os terroristas fazem, dão um jeito de encaixar a religião em seu modo de ação pra conseguir seus objetivos.

Os "reformistas" como esse autor tem pouca amplitude de ação porque é baseado em conceitos falsos, porém conseguem vender livros.

Offline JJ

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #210 Online: 04 de Fevereiro de 2017, 11:39:26 »
Pasteur,

Deixando essa questão de quem é quem, e quem apoia quem no islamismo extremista, o que você acha de um possível ataque israelo-americano às instalações nucleares do Irã ?


Bom, ruim, temerário ?   Melhor manter o acordo negociado pelo Obama ?  Ou melhor partir pra ignorância  e meter logo umas bombas ?



Offline DDV

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #211 Online: 04 de Fevereiro de 2017, 11:48:12 »
Pasteur,

Deixando essa questão de quem é quem, e quem apoia quem no islamismo extremista, o que você acha de um possível ataque israelo-americano às instalações nucleares do Irã ?


Bom, ruim, temerário ?   Melhor manter o acordo negociado pelo Obama ?  Ou melhor partir pra ignorância  e meter logo umas bombas ?


Embora não tenha sido direcionada mim, irei dizer minha opinião: os EUA devem endurecer as exigências e atacarem o Irã se este não as cumprir, para servir de exemplo e evitar 'desafios' semelhantes no futuro por partes de outros países, o que tornaria a vida de todos mais fácil e o mundo mais seguro.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #212 Online: 04 de Fevereiro de 2017, 11:56:00 »
Ao meu ver o Irã pode testar mísseis, só não pode desenvolver armas nucleares que se comprometeu.  Ainda, é muito difícil aceitar que o Irã não possa ter armas nucleares e que Israel possa, França, Rússia e EUA. Aliás, os EUA foram os únicos que tiveram a infeliz ideia de fazer ataques nucleares contra cidades inteiras. Mas, os persas se comprometeram, logo, devem cumprir.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline JJ

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #213 Online: 04 de Fevereiro de 2017, 12:01:27 »
Pasteur,

Deixando essa questão de quem é quem, e quem apoia quem no islamismo extremista, o que você acha de um possível ataque israelo-americano às instalações nucleares do Irã ?

Bom, ruim, temerário ?   Melhor manter o acordo negociado pelo Obama ?  Ou melhor partir pra ignorância  e meter logo umas bombas ?


Embora não tenha sido direcionada mim, irei dizer minha opinião: os EUA devem endurecer as exigências e atacarem o Irã se este não as cumprir, para servir de exemplo e evitar 'desafios' semelhantes no futuro por partes de outros países, o que tornaria a vida de todos mais fácil e o mundo mais seguro.



Já eu prefiro que seja mantido o acordo.  Mas que o seu cumprimento seja devidamente acompanhado.  Eu não acredito que o Obama tenha feito um acordo ruim. O Obama não é nenhum tolo, pelo contrário eu acredito que ele seja mais inteligente que o Trump.  Entretanto,  eu também acredito que com Trump os interesses de Israel serão mais ouvidos.  Então, por questões políticas talvez o acordo seja implodido.  No final das contas eu não sei no que vai dar essa encrenca toda.






Offline Pasteur

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #214 Online: 04 de Fevereiro de 2017, 12:12:20 »
Pasteur,

Deixando essa questão de quem é quem, e quem apoia quem no islamismo extremista, o que você acha de um possível ataque israelo-americano às instalações nucleares do Irã ?


Bom, ruim, temerário ?   Melhor manter o acordo negociado pelo Obama ?  Ou melhor partir pra ignorância  e meter logo umas bombas ?

Já tinha dito que o Irã não teria coragem de fazer uso de sua bomba sob pena de ser extinto.

Dito isso, o Irã tem a obrigação de manter o acordo e merece ser punido se descumprir.

Offline JJ

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #215 Online: 05 de Fevereiro de 2017, 08:11:05 »

Dito isso, o Irã tem a obrigação de manter o acordo e merece ser punido se descumprir.


A principio o Irã pode sair do acordo se quiser, só que os Estados Unidos tem poder para impor sanções se quiser.  O seu tom pareceu meio como uma imposição moral, mas no final das contas o que temos é uma questão de querer e de ter poder. 

E indo um pouco além, eu acredito que muita gente quer mesmo que o Irã descumpra o acordo ou até mesmo o abandone, pois assim ficará muito mais fácil obter apoio político para um ataque com bombas às instalações do Irã.

« Última modificação: 05 de Fevereiro de 2017, 08:22:26 por JJ »

Offline JJ

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #216 Online: 05 de Fevereiro de 2017, 08:12:21 »
Em 2013:


sexta-feira, 3 de maio de 2013
EUA atualizam sua maior e melhor bomba anti-bunker de olho no Irã


Um bombardeiro Boeing B-52 Stratofortress lança uma MOP em testes em 2007


O Pentágono está atualizando a sua maior bomba anti-bunker com a finalidade de convencer Israel de que os EUA tem a capacidade de impedir que o Irã obtenha uma bomba nuclear se a diplomacia falhar, assim informou o jornal americano The Wall Street Journal.


Se trata da bomba GBU-57A/B Massive Ordnance Penetrator, desenhada para penetrar fortificações subterrânea.


Várias vezes, nas últimas semanas, os funcionários do governo americano, em uma tentativa de demonstrar a capacidade dos EUA, exibiram um vídeo secreto da Força Aérea Americana para os militares israelenses e pessoas do governo de Israel, o qual mostram testes com uma versão anterior da bomba e explicaram que mudanças foram realizadas para melhora-la.


A nova versão do que é a maior bomba convencional do Pentágono (a mesma pesa 14 toneladas), teve os seus fusíveis aperfeiçoados para aumentar o seu poder de escavação, os sistemas de orientação são novos para aumentar sua precisão, bem como equipamentos de alta tecnologia para evadir-se das defesas iranianas.


A princípio a bomba foi melhorada para ataque a usina de enriquecimento de Urânio de Fordow, que fica na província iraniana de Qom.


Segundo o The Wall Street Journal, as mudanças realizadas na MOP refletem uma análise detalhada do que seria necessário para destruir a usina de Fordow. O fusível do detonador da bomba foi modernizada especificamente para resistir ao impacto com chapas de granito e aço que cobrem as instalações nucleares.


Outra mudança importante na bomba foi no sistema de orientação da mesma. Segundo fontes, a precisão é um muito importante porque se os EUA decidirem atacar o Irã realmente, a Força Aérea Americana pode ter que disparar mais de uma bomba no mesmo lugar para destruir completamente a central de Fordow.



http://codinomeinformante.blogspot.com.br/2013/05/eua-atualizam-sua-maior-e-melhor-bomba.html





Offline JJ

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #217 Online: 05 de Fevereiro de 2017, 08:20:55 »


Uma observação, o título do tópico  pergunta sobre uma invasão, o que faz lembrar a invasão do Iraque, mas o que se está planejando já há um bom tempo é um ataque aéreo com bombas anti bunker (e outras). Rigorosamente é também um tipo de invasão (uma invasão do espaço aéreo), mas não é uma invasão com ocupação de terreno por tropas terrestres.



Offline Pasteur

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #218 Online: 05 de Fevereiro de 2017, 08:28:45 »
Em 2017:

Citar
Irã cumpriu compromisso de remodelar usina nuclear, diz AIEA
O acordo, assinado após quase dois anos de negociações, busca garantir que o Irã não tem a capacidade de desenvolver armas atômicas

Viena – O Irã terminou de retirar as centrífugas de urânio e outras infraestruturas da usina nuclear de Fordow, como exigia o acordo assinado com o Grupo 5+1 – Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido, mais Alemanha -, informou nesta segunda-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

“O Irã retirou as centrífugas e as infraestruturas restantes da usina de enriquecimento de combustível de Fordow, em linha com os compromissos do Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA, na sigla em inglês)”, constatou a AIEA em comunicado divulgado hoje.

O pacto obrigava o Irã a remodelar a instalação e retirar parte das centrífugas um ano depois da entrada em vigor do acordo, no dia 16 de janeiro de 2016.

O compromisso era que Fordow deixasse de ser uma fábrica de produção de urânio enriquecido, o combustível que alimenta as usinas nucleares e também as bombas atômicas, para passar a ser um centro de desenvolvimento de tecnologia nuclear e física.

O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, confirmou que o órgão verificou que o Irã tomou as medidas cabíveis em relação à Fordow dentro do prazo estabelecido pelo JCPOA.

O acordo, assinado após quase dois anos de negociações e mais de uma década de conflito, busca garantir que o Irã não tem a capacidade de desenvolver armas atômicas.

Em troca, a comunidade internacional deveria retirar as sanções políticas e econômicas contra a República Islâmica.

http://exame.abril.com.br/economia/ira-cumpriu-compromisso-de-remodelar-usina-nuclear-diz-aiea/

Offline JJ

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #219 Online: 05 de Fevereiro de 2017, 08:54:46 »


Resta saber se o Trump  e o Benjamin Netanyahu vão dar moral para AIEA.



Offline DDV

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #220 Online: 05 de Fevereiro de 2017, 09:38:09 »
Ao meu ver o Irã pode testar mísseis, só não pode desenvolver armas nucleares que se comprometeu.

Vocês falam "só não pode desenvolver armas nucleares" como se tudo fosse mera formalidade, como se o Irã pudesse enriquecer urânio nos níveis requeridos, fabricar todos os componentes de um dispositivo nuclear, montá-los, mas ao não colocar a última peça da ogiva ainda estaria formalmente cumprindo o acordo. Não se trata de formalidades, se trata de impedir que o Irâ tenha de facto armas nucleares e a capacidade de produzí-las, pois uma vez chegado a esse estágio, se torna fato consumado.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Muad'Dib

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #221 Online: 05 de Fevereiro de 2017, 10:33:47 »
Ao meu ver o Irã pode testar mísseis, só não pode desenvolver armas nucleares que se comprometeu.

Vocês falam "só não pode desenvolver armas nucleares" como se tudo fosse mera formalidade, como se o Irã pudesse enriquecer urânio nos níveis requeridos, fabricar todos os componentes de um dispositivo nuclear, montá-los, mas ao não colocar a última peça da ogiva ainda estaria formalmente cumprindo o acordo. Não se trata de formalidades, se trata de impedir que o Irâ tenha de facto armas nucleares e a capacidade de produzí-las, pois uma vez chegado a esse estágio, se torna fato consumado.

Nenhum país deveria ter armas nucleares, nenhum país deveria investir tempo e dinheiro em pesquisas e desenvolvimento de mísseis, independentemente do alcance do mesmo, nenhum país deveria ter ditadores, nenhum país deveria ser uma teocracia insandecida e nenhum país deveria ameaçar a integridade de outro.

Dito isso, eu concordo com você que, provavelmente (os entendidos no assunto podem explicar melhor) o programa de mísseis balísticos do Irã pode, pelo menos em teoria, ser adaptado para carregar ogivas nucleares, mas o resto do que você disse não corresponde com a realidade. O Irã pode enriquecer urânio até 2 o 3%. Para chegar a 20% é necessário uma outra abordagem, ou tecnologia, que o Irã não está mais usando. E não está mais havendo investimento para fabricação de outros componentes necessários para a fabricação de uma bomba nuclear. O programa nuclear iraniano não está mais ativo e o que ele está fazendo é o que é permitido fazer entre os signatários do pacto de não proliferação nuclear.

É complicado exigir que um país não invista em defesa quando o mundo é absolutamente belicista. Ainda mais um país como o Irã que corre risco de ser atacado por nações hostis. Não é o caso do Irã ser um país delinquente em um mundo pacífico e próspero.

Offline JJ

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #222 Online: 05 de Fevereiro de 2017, 10:49:11 »

É complicado exigir que um país não invista em defesa quando o mundo é absolutamente belicista. Ainda mais um país como o Irã que corre risco de ser atacado por nações hostis. Não é o caso do Irã ser um país delinquente em um mundo pacífico e próspero.



Não é mesmo não, é o caso de  quem já tem certo poder (e quer mante-lo e/ou ampliá-lo) não quer conviver com ameaças  de que outro possa lhe reduzir e/ou ameaçar esse poder.

E também podemos usar uma linguagem mais politicamente correta, e dizermos que é uma questão de defesa, pois quando usamos essa linguagem (geralmente usada pelo Big Brother)  muitos ocidentais concordam  rapidamente sem pensar duas vezes.



« Última modificação: 05 de Fevereiro de 2017, 10:55:11 por JJ »

Offline Gaúcho

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #223 Online: 06 de Fevereiro de 2017, 16:59:55 »
Vou me preocupar quando o Irã estiver construindo mísseis que possam viajar mais de 12 mil km. :lol:
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline André Luiz

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Re:O Irã deve ser invadido?
« Resposta #224 Online: 06 de Fevereiro de 2017, 18:34:25 »
Qual é o grau de independência da guarda revolucionaria?

É tipo a Waffen-SS?

 

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