Esse texto é meu, de um fórum que eu compunha em 2010. Acho que é bem adequado à discussão:
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Tanto já se discutiu, tantas resmas já se perderam, tantos sociólogos e tantos historiadores atravessaram as noites insones a tentar decifrar a grande questão da sociedade moderna - quiçá o maior mistério da humanidade - e foi na seção de opiniões dos leitores de um jornal que eu encontrei a resposta definitiva para o dilema:
"QUAL A DIFERENÇA ENTRE DIREITA E ESQUERDA?"
Na esfera política, é claro. No campo fisiológico eu penei um pouco para nomear corretamente as minhas metades - culpa de tia Teteca, a professora, que insistia no ensinamento de que a mão direita é aquela que usamos para segurar o lápis, mesmo para este pobre canhoto que lhe escreve. Trauma superado, vamos à definição, após breve prólogo:
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a disputa hoje não é entre esquerda e direita, mas sim entre esquerda e esquerda. Na verdade, o pensamento de direita no Brasil deixou de existir ainda no começo da Revolução de 1964. Durante a repressão, esquerda e direita acabaram virando sinônimos de contra e a favor da ditadura. Hoje, na ausência do inimigo comum, a definiçào se esculhambou de vez: ESQUERDA SÃO AQUELES QUE SE DECLARAM COMO TAL, E DIREITA SÃO AQUELES QUE ELES NÃO GOSTAM!
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(grifo meu)
O texto é do leitor da Folha de São Paulo, Aldo Felicio Naletto Junior, publicado em 25 de julho último.