Autor Tópico: Evidencia de que estamos na Matrix ?  (Lida 16618 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline joaofld

  • Nível 03
  • *
  • Mensagens: 39
  • Sexo: Masculino
Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #175 Online: 02 de Junho de 2012, 11:20:39 »
Por sermos animais sociais, existe a necessidade de se comunicar. O fato de vivermos em sociedade, talvez, nos tenha favorecido a inteligência e o raciocínio, pois, por exemplo, precisamos convencer os outros das nossas vontades. Mas a necessidade de comunicação existe em, acho, praticamente todos os mamíferos: cachorros, gatos, golfinhos. Agora, em que momento começamos a nos comunicar dessa forma verbal, não sei.
Considero que em algum momento ela começou a surgir e por algum motivo ela foi favorecida, principalmente por sermos animais sociais. Mas não se esqueça que poderíamos viver muito bem sem a comunicação verbal.

Sim, eu concordo plenamente que a necessidade de se comunicar exista em outro animais.

Mas, os estudos da linguagem giram em torno da linguagem humana e de tudo o que ela expressa. A gente só pode falar da gente. Podemos estudar os outros animais e sua comunicação, mas aos estudiosos da linguagem, interessa a linguagem humana.

Claro que poderíamos viver sem linguagem verbal, mas não vivemos. E já que ela é um instrumento/processo de interação com o mundo, quanto mais consciência eu tiver desse instrumento/processo melhor a minha interação com o mundo será. Assim pensamos nós!  :)

Não sei... Mas eu sempre achei que as coisas são em referência a outro ser. Através de diversas ferramentas, inclusive da nossa percepção, podemos sabê-las por completo. Dizer que nunca saberei em si o que é alguma coisa é, a meu ver, é metafísica. Nosso cérebro apreende conceitos concretos e abstratos, a coisa em si é excesso de abstração.

Achar que não podemos conhecer as coisa por completo é consequência do pensamento platônico, que joga a verdade para um além do mundo físico. E é para isso que serve o termo coisa-em-si, para falar dessa essência que só pode ser percebida pelo intelecto através de sua representação sensível aos sentidos. E é metafísica, sim. A coisa-em-si é um termo criado para os estudos metafísicos.

Por isso, que o Wittgenstein atribui ao uso a construção do conceito/sentido das coisas. Não existe uma essência que se manifesta através de atributos físicos. Existe um uso, que repetido na rotina (hábito), se fixa no cérebro (de alguma forma que os cognitivistas estão pesquisando) e que com o constante contato do sujeito com a forma, ganhou uma relação de forma-conteúdo.

Por isso, o exemplo do sentar. O Hábito que virou Signo.

Daí quando passamos a representar, seja imageticamente ou verbalmente, o signo isso permite (com permissão de usar a mesma ideia da evolução - as condições se deram e os sujeitos usaram) a abstração que permite que eu represente o sentar tanto como imagem, tanto como som, tanto como palavra.

Quando eu fiz aquela divisão entre existência e realidade, foi, também, levando em consideração que há muita coisa que não conhecemos. Elas existe, mas não fazem parte da nossa realidade.

Por exemplo: um sujeito que sempre viveu no interior mais distante, não sabe a que níveis de conhecimento a "civilização" chegou. Os conhecimentos existem, mas não fazem parte da realidade daquele sujeito. Podem vir a fazer, mas ainda não fazem.

Nós conhecemos o objeto de verdade. Conhecer significa estabelecer conceito/sentido, conceituar/preencher de sentido. Quando vemos algo que não temos a menor noção do que seja, nosso cérebro/mente trabalha para preencher aquilo com sentido/conceito. Por isso, eu falei que se existe uma matrix, ela seria linguística, pois necessitamos que as coisas tenham sentido. Mesmo que elas não tenham.

Acho que a gente tá começando a se entender.

Abraço!
João Francisco

HESSE, Hermann. O Jogo das contas de vidro. Bestbolso: Rio de Janeiro, 2007.

"...mas aqui eu me sinto estranho a tudo e afastado de tudo; nada vem ao meu encontro, nada acontece de modo natural, nada se pode assimilar sem oposição e sofrimento. Para mim seria o inferno ficar aqui duas semanas que fosse."

Offline Feynman

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.273
Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #176 Online: 02 de Junho de 2012, 20:01:11 »
É claro que são informações empíricas e que estão (como você mesmo muito bem CONFESSA) dentro (e, mais que isso, na base) do que expôs -- isso é a indução, Feynman.

Vais, provavelmente, morrer com sua visão empírico-indutivista. Eu já aceitei isso. Tá tudo bem, a vida também são outras coisas... e muito mais importantes.
Que lírico!

Estás acentuadamente mais poético ultimamente, Feynmam! Tens visto muitos passarinhos cor-de-rosa?

A parte destacada pareceu-me um trágico fim para mim (*aos seus olhos*). Será que não há mesmo esperança para meu triste caso?

Quanto ao resto além da sua aceitação aparentemente tácita,... evidências, prezadíssimo Feynman, tens evidências do que afirmas?  ...Oooooh my! Num segundo, esqueço em meu exacerbado pragmatismo! Não estás argumentando, só poetizando.      ...É isso, certo?  Ficou bonito. Igual àquela estória da teoria que rompe emergentemente os limites físicos do teorizador e, assumindo vida própria, alcança seus próprios méritos. Lamentável que, em reconhecimento, ainda não tenham laureado teorias.

Ainda não desisti de ti. Quero ajudar-te. Pretendo mostrar-te onde falhas algumas vezes mais atrás. Ficou meio complicado e será demorado organizar, mas num momento de maior tempo disponível, quero fazê-lo.

Cientista, ao contrário de você, estou a caminho de desistir de ti. O que é uma pena, pois sei que tens um amálgama de raciocínios muito procedentes, e é claro, para qualquer um, que entendes minimamente de física para merecer ser ouvido sobre esta disciplina. Um problema, também claro para absolutamente todos aqui, é seu tratamento idiossincrático para com os demais foristas. Suas "risadas" não chegam a caracterizar um abuso desnecessário ao fórum (acho!), mas certamente não ajudam para o seu lado. Já te repeti algumas vezes que, de minha parte, aprendi a lidar com isso. E a ficar com o relevante. Infelizmente isto está ficando mais difícil de fazer.

Cientista,  suas tentativas de argumentação neo-empírica não relevaram o que era para ser relevado de meu último post paciente para com esta questão. Resumas isto à minha incompetência se assim desejares, mas a questão é que sua visão em relação aos processos de obtenção de conhecimento científico, como eu já disse, ou estão muito aquém do que se esperaria (será?) de você, ou está construída com significados exclusivos ao seu pensamento.

Mais uma vez, atribuas à minha incompetência, se assim te aprazes: mas não vi em seus exemplos nada que depusessem ao seu favor. Mesmo o dado imprevisto precisa ser acomodado em um sistema pré-conjectural, mesmo para se caraterizar como tal ("imprevisto"). Parece-me que jogas fora tudo o que eu te disse sobre a NECESSÁRIA concordância empírica, mudando de assunto e bagunçando as coisas em relação ao contexto hipotético por de trás da gênese da corroboração científica.

Ainda, que fique claro que toda esta discussão é (em boa medida) inútil ao cientista, que continua a nadar muito bem. Às vezes parece que tens medo que isto tanja a competência do cientista* (não eu, que apenas falo sobre estas coisas) e que isto mostre que ele não sabe o que faz. Bem, é óbvio que ele sabe o que faz... o que não significa que ele saiba que o que ele diz saber não se coaduna com o que ele mesmo faz. Achas que é eu que estou falando isso, não é mesmo? Bem, penso que se divertirias lendo um pouco mais além de seu campo de expertise.

Generalizei aqui, naturalmente (talvez para incluí-lo :-)).
« Última modificação: 02 de Junho de 2012, 21:21:01 por Feynman »
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Feynman

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.273
Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #177 Online: 02 de Junho de 2012, 20:07:52 »
Ainda, para não achares que eu estou brabinho (minhas considerações são sobre aquele assunto, apenas!):

considero sua participação importante para o grande tema de fundo deste fórum. E se eu tivesse que escolher aliados para minha causa, acho que não terias dúvida sobre sua participação na batalha.
 :ok:
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Cientista

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.266
Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #178 Online: 03 de Junho de 2012, 00:07:58 »
Estou tentando alcançar o cerne da possibilidade de te oferecer a "luz" que já pediste. Eu gostaria mesmo, afora todas as ironias, de te ajudar. Estás muito distante da percepção da realidade, Feynman. Não é tanto demérito. A esmagadora maioria nem mesmo distante está. Mas, como eu penso que vejo que poderias te aproximar ainda mais... ir além do teu caminho (que te foi) possível.

Eu, pensando bem, acho que posso resumir tua concepção da realidade como a ideia de haver, de fato, uma "linguagem da natureza". Crês que há uma espécie de estoque de "princípios naturais", possivelmente formuláveis matematicamente, que poderiam ser aplicáveis a tudo, ou a mais que o imediato. A "beleza matemática". Um prelúdio de uma, talvez mais que teoria, lei de tudo e que assumiria tal funcionalidade já nas incompletas protocomposições. Crês, ulteriormente, que o homem, a mente, o "eu" possa se apropriar de ítens desse estoque, quiçá do estoque inteiro. Quando te é conveniente, indiferencias isso de indução; quando não, não. Mas talvez eu possa te fazer ver que a realidade nega a ti tudo isso. Ainda insistes em olhar para meu dedo, mas ainda tentarei mais um pouco que olhes para o que aponto.

Não vou dispensar nada aqui, como de costume, mas me concentrarei mais em teu auxílio.

É claro que são informações empíricas e que estão (como você mesmo muito bem CONFESSA) dentro (e, mais que isso, na base) do que expôs -- isso é a indução, Feynman.

Vais, provavelmente, morrer com sua visão empírico-indutivista. Eu já aceitei isso. Tá tudo bem, a vida também são outras coisas... e muito mais importantes.
Que lírico!

Estás acentuadamente mais poético ultimamente, Feynmam! Tens visto muitos passarinhos cor-de-rosa?

A parte destacada pareceu-me um trágico fim para mim (*aos seus olhos*). Será que não há mesmo esperança para meu triste caso?

Quanto ao resto além da sua aceitação aparentemente tácita,... evidências, prezadíssimo Feynman, tens evidências do que afirmas?  ...Oooooh my! Num segundo, esqueço em meu exacerbado pragmatismo! Não estás argumentando, só poetizando.      ...É isso, certo?  Ficou bonito. Igual àquela estória da teoria que rompe emergentemente os limites físicos do teorizador e, assumindo vida própria, alcança seus próprios méritos. Lamentável que, em reconhecimento, ainda não tenham laureado teorias.

Ainda não desisti de ti. Quero ajudar-te. Pretendo mostrar-te onde falhas algumas vezes mais atrás. Ficou meio complicado e será demorado organizar, mas num momento de maior tempo disponível, quero fazê-lo.
Cientista, ao contrário de você, estou a caminho de desistir de ti.
Oh, não não não não não!!! Não desistas de mim! Oh my...



O que é uma pena, pois sei que tens um amálgama de raciocínios muito procedentes, e é claro, para qualquer um, que entendes minimamente de física para merecer ser ouvido sobre esta disciplina.
Juras que achas?!



Um problema, também claro para absolutamente todos aqui, é seu tratamento idiossincrático para com os demais foristas. Suas "risadas" não chegam a caracterizar um abuso desnecessário ao fórum (acho!), mas certamente não ajudam para o seu lado.
Não entendi tal parte. Seria porque tu desistirias de mim em virtude disso? Porque os outros desistem de mim? Porque serei banido? Por favor, informe-me, sem achismo, se minhas risadas e gargalhadas constituem-se em abuso contra as regras. Se sim, eu sigo as regras até que eu não mais volte. Se não, não entendo mesmo em que tal "tratamento idiossincrático para com os demais foristas" não "ajudam para o meu lado".

Eu já falei sobre isso mais de uma vez, Feynman. Sinta-se agraciado pela consideração que ainda mantenho por ti. O máximo de sentido que poderia haver, para mim, em "não ajuda para meu lado", seria deixar alguns como você, talvez o Tupac ou o Correio ou algum raro outro (em consideração retornada) no vazio.



Já te repeti algumas vezes que, de minha parte, aprendi a lidar com isso. E a ficar com o relevante. Infelizmente isto está ficando mais difícil de fazer.
Desaprendendo algo, Feynman? Ou só humanamente preocupado com dificuldades alheias?



Cientista,  suas tentativas de argumentação neo-empírica não relevaram o que era para ser relevado de meu último post paciente para com esta questão.
"Argumentação neoempírica" é ótima! Quais seriam as características do "novo empirismo"?

O que deveria ser relevado? Que apelas à indução das teorias para alegar que elas provam-se a si próprias através dos próprios resutados indutivos?



Resumas isto à minha incompetência se assim desejares,
Que dramático, Feynman...



mas a questão é que sua visão em relação aos processos de obtenção de conhecimento científico, como eu já disse, ou estão muito aquém do que se esperaria (será?) de você, ou está construída com significados exclusivos ao seu pensamento.
Eu já disse que nem uma coisa nem outra. Já disse que toda ideia de uma "construção científica" não passa de ilusão. Não existe construção nem obtenção de conhecimento científico. Só existe construção tecnológica.



Mais uma vez, atribuas à minha incompetência, se assim te aprazes: mas não vi em seus exemplos nada que depusessem ao seu favor.
Dramático novamente...

Se ainda fosse que não visses algo que depusesse contra os teus... mas que não deponham em favor dos meus?!



Mesmo o dado imprevisto precisa ser acomodado em um sistema pré-conjectural, mesmo para se caraterizar como tal ("imprevisto"). Parece-me que jogas fora tudo o que eu te disse sobre a NECESSÁRIA concordância empírica, mudando de assunto e bagunçando as coisas em relação ao contexto hipotético por de trás da gênese da corroboração científica.
Talvez, parte da dificuldade seja uma superexpectativa minha... Vamos lá tentar se entendi melhor agora.

Falaste, anteriormente, no 'bumper sticker' (peguei essa do House) "mente preparada", ..."a sorte favorece a mente preparada". É uma carta por demais falaciosa que puxas, e extremamente preconceituosa.

"Mente preparada" como a de um catador de sucata que acha uma cápsula de césio, isótopo 137, "sabe que é algo interessante" e resolve abrí-la para se dar mal, descobrindo, assim, a primeira (e não muito mais que ela) informação sobre aquilo? A diferença entre ele e madame Curie ou Becquerel seria que estes tinham (alguma -- in)formação científica prévia? Ou você está, aqui, unissonando comigo que há mentes naturalmente preparadas cientificamente mais que outras por terem entre suas facetas funcionais, a característica do pensamento científico? Neste caso, não é nenhuma aquisicão de formalização teórica que as "prepara".

Em sequência ao exemplo-arquétipo que já apresentei, Kamerlingh Onnes não tinha "mente preparada para tal sorte". Brincou com aquilo como uma criança com um brinquedo novo, diferente e interessante, que ele não compreendia e, mais importante de tudo, que não fazia ideia, mesmo tendo-o em mãos, dos mais profundos significados e implicaçãos que tal novo brinquedo *contém* (porque ainda contém, *até hoje*). Décadas foram necessárias para que *outras* mentes se "preparassem" para a descoberta do novo brinquedo, para "digeri-la", (formando uma "teoria" pobre, muito pobre, dada a escassez de recursos empíricos) apenas um pouco, porque, até hoje, falta muito empirismo para termos um "preparo mental" para tal novidade, "preparo" de mesmo nível que há em relação a outras estruturas de conhecimento científico já bem mais empirizadas.



Ainda, que fique claro que toda esta discussão é (em boa medida) inútil ao cientista, que continua a nadar muito bem. Às vezes parece que tens medo que isto tanja a competência do cientista* (não eu, que apenas falo sobre estas coisas) e que isto mostre que ele não sabe o que faz. Bem, é óbvio que ele sabe o que faz...
Aqui fica bem visível a dificuldade. Ainda não captaste um infinitésimo do que apresento e, pior ainda, do que significo. Como eu poderia temer que algo fosse o que eu... acho que é? Como eu poderia temer que algo mostre que um pensador científico que se efetiva não sabe o que faz quando eu entendo que uma tal máquina pensadora... não sabe o que faz!? Feynman, ainda estás distante, meu caro. Por certo que tua solicitação de mais luz procede em acordo com a necessidade. Mas a primeira luz deveria ser o conjunto realista das expectativas certas sobre quem vos fala daqui.

É óbvio que não sabe o que faz, apenas faz, *funciona*. Ou... estarias pensando que eu temeria uma suposta realidade paralela em que ciência fosse nada além de uma construção da coletividade humana homogeneamente distribuída entre seus integrantes? Ainda que mesmo você fosse alheio a isto e/ ou o rejeitasse, não poderias fugir das evidências físicas disso sem recorrer a falácias e... 'desmanche de tabuleiros", como dizem bastante por aqui.



o que não significa que ele saiba que o que ele diz saber não se coaduna com o que ele mesmo faz. Achas que é eu que estou falando isso, não é mesmo? Bem, penso que se divertirias lendo um pouco mais além de seu campo de expertise.
Acho porque aquilo com que concordas é, também, aquilo que pensas. Só aquilo de que não podes fugir é que aceitas ainda que sem concordar, quando chegas a aceitar. Um pensador científico apenas concorda, naturalmente, com aquelas coisas das quais, normalmente, os outros pensadores tendem a fugir. Tal a diferença.

Já me divirto bastante, entre outros lazeres (sou de outra galáxia mas também sou gente!), com minhas vindas aqui. Por que eu quereria mais?




Ainda, para não achares que eu estou brabinho (minhas considerações são sobre aquele assunto, apenas!):
Hou!... Eu já estava assustado. Agradeço por me tranquilizares!



considero sua participação importante para o grande tema de fundo deste fórum. E se eu tivesse que escolher aliados para minha causa, acho que não terias dúvida sobre sua participação na batalha.
 :ok:
Deixe de conveeeeersa...  Não queiras roubar minha cena.




Feynman, eu estava a rever pontos atrasados aqui no tópico. Respostas ao Martuchelli e a você mesmo. Ao passar por eles mais detidamente, algo mais adiantarei. Veremos o resultado em ti.
« Última modificação: 03 de Junho de 2012, 00:28:29 por Cientista »

Offline Feynman

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.273
Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #179 Online: 03 de Junho de 2012, 01:49:02 »
Cientista, sua (pseudo) análise de pontos fora da curva me deixou curioso: baseias-te em algum autor para tecer este raciocínio? É que, como contraria toda a epistemologia dos últimos 40 anos, gostaria de saber mais a respeito (para além de uma única versão, no caso a sua).
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Cientista

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.266
Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #180 Online: 03 de Junho de 2012, 20:26:46 »
Não sei se tenho clareza do que significas com... "(pseudo) análise de pontos fora da curva" (?!). Talvez, eu, aqui, precise de mais "luz"...   
...espere um momento!?!      Mas... saaaaanto...

Que é isso?!!!!!

Que estás tentando, Feynman? Pensei que havias dito que estavas em vias de desistir de mim, não de me incentivar a desistir de ti. Ou "outra coisa" qualquer?

Antes, meu exemplo não depunha em meu favor. Agora, é "um ponto fora da curva"? Isso sem contar os desvios anteriores, onde, antes dos quais, começaste com o exato oposto do que dizes agora! Feynman, uma das características que achei ter visto em ti foi a capacidade de autoanálise para perceberes em ti mesmo tais manobras diversivas. Percebes o que fazes aqui? Ou é contra mim o que tentas empreender (que seria deplorável), senão contra ti mesmo?

Feynman, as gargalhadas devem mesmo ter sido excessivamente atormentadoras para ti. Este seria o momento de aplicar mais delas, mas não as reproduzirei graficamente, para poupar-te...  ...apenas solicito que aguardes um momento... que eu me recupere aqui.  Huuuuuuuh!!!

Estás... solicitando... (minhas???????)referências  ...*epistemolóóóógicas*, Feynman?! Não falas sério! Confuso com algo, Feynman?

Será que terei a mesma fuga vinda de ti que tive de outros, ao solicitar que, ainda que apenas como hipótese que seja, tentes olhar para uma realidade que esteja fora da tua linha de visada?

Uma coisa é acreditares que "sim, tenho uma epistemologia embora eu não reconheça/saiba ou negue". Outra é achares que tal é mesmo um fato e/ou que eu tenha que acreditar nisso junto contigo.

Sei que estás razoavelmente confortável com tuas crenças. De início, pensei que teu conforto pudesse ser menor, mas receio que a realidade te desconforte mais do que eu supunha a princípio. Não me peças pelos meus escritos sagrados pois não os tenho para comparares com os teus. Entendas isto! De fato, vislumbrar que isto não te tenha ficado absolutamente claro ainda é... não encontro palavra!


Basear-me(se) em algum autor para "tecer raciocínio"?! Permites que algum autor faça isso por ti? Aliás..., que "raciocínio"??? Um "raciocínio" num sentido mais elaboradamente construído, em resumo, filosofia? Não Feynman! E SABES MUITO BEM DISTO! Tal surge, para mim, como corolário, uma culminação conclusiva automática e imediata. Os autores em que me baseio são os autores dos FATOS e seus relatores. Autores de "raciocínios"??? Que é isso?! Primeiro me dizes, como o Martuchelli a exemplo, que a teoria antecede as ações científicas, as guia para que realimente-se a si mesma. Depois, dizes que não é assim de todo e que "entendes" alguns "âmbitos"/"limites" em que assim não seria, recorrendo, consciente disso ou não, à emergência, que é sempre transcendente, pois que é a própria definição de magia (aquilo que surge do "nada" ou que desaparece do "tudo", tanto num caso como no outro, completamente). Mais, que não enumerarei aqui. E agora me vens com essa?! Não acha que, no mínimo, eu é que deveria solicitar melhores informações sobre teu raciocínio?

"Epistemologia dos últimos 40 anos" foi outra "ótima". Achas que vejo alguma diferença entre isso e toda a filosofia de toda a história humana? Se discordas de mim, é tua liberdade, mas o que fazes aqui, de que eu poderia chamar, Feynman? Inocência em excesso?

Mostre-me como a mente de Kamerlingh Onnes estava "mais preparada" que a de Christofilos quando deduz a existência do cinturão que, como a humanidade ama o empirismo embora acenda as velas para o outro "deus", foi dado a Van Allen. Não fales comigo sobre religiões, Feynman! Mostre-me os FATOS!

Offline Feynman

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.273
Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #181 Online: 04 de Junho de 2012, 00:52:15 »
De que adianta te mostrares os fatos se estes serão INTERPRETADOS por sua epistemologia de tal modo a não constituírem-se como tais? Se SUAS crenças não lhe permitem sequer parar por três ou quatro nanosegundos para admitir que, talvez, lá na mais improvável possibilidade, estejas tão convicto de tuas posições (e aqui se divertindo com as minhas) a ponto de estas mesmas não serem mais resultado de um discernimento consciente, e sim de aceitação dogmática a um sistema explicativo (sendo generoso aqui) que lhe satisfaz absolutamente? Não, minha posição não me satisfaz absolutamente. Nunca estou confortável. Estou tão aberto ao novo quando o possível para quem não quer ver seu (o meu) cérebro caindo pela abertura. Tanto que lhe pedi, e sinceramente, alguma fonte onde eu pudesse construir minhas próprias imagens, para além de apenas as suas. Sabe como é, aquele vício acadêmico de se querer conhecer um pouco do estado da arte de uma linha argumentativa, para além de um moisés uníssono (ainda que com a razão!).

Insistes que o problema é outro, não de significados, e eu insisto em que é sim. Eu insisto que, mesmo não querendo de modo algum aceitar, sabes que um dado qualquer só ganha significado como tal dentro de um arcabouço de expectativas que o separa do ruído espúrio, inefável até, da totalidade, da vicissitude das coisas que existem para além do sujeito cognoscente. O dado precisa ser definido, precisa ser constatado, precisa forçosamente receber uma carga semântica que, do contrário, passará pelo observador como todos aqueles efeitos já existentes e já ocorrentes, mas não constatados (que o diga o pobre Philip Lennard). "Olha só, que engraçado". "Mas que diabos está acontecendo"? Ora, mas como diabos alguém pode constatar "o que diabos está acontecendo" sem estar cônscio de que este "diabo" é resultado de uma necessidade metodológica de se explicitar a anomalia frente a um conjunto de expectativas que o caracterizam como "mas que diabos"?
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Cientista

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.266
Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #182 Online: 09 de Junho de 2012, 23:54:31 »
Aqui, por exemplo.

A título de curiosidade e esclarecimento, como não apresentaste nada em defesa da tua linha de crença, que a converta de crença em algo evidenciável, eu gostaria de saber se desististe e te rendeste pela tua falta de argumentos e evidências ou apenas ainda não teve tempo de responder-me, Feynman?

Em teu benefício, ainda esforço-me um pouco para convencer-me de que não serias capaz de atos como a transferência, para mim, da TUA falha de não encontrares argumentos. Seria deveras falacioso para alguém como tu lançar mão. Então, para o bem de tua imagem, não só perante mim, pois que provável é que haja leitores que vão algo além daqueles que aqui atuam, considerei tudo em teu último post como algo poético. Entretanto, não sou o elemento indicado para avaliar dissertações poéticas. Não sei porque as tem apresentado a mim com tanta frequência.

...Aliás, foi para mim?!


Aos teus olhos poderia até parecer um progresso teres redimido-se da "teoria que define o que deve ser observado" para "teoria que ajuda a entender o que se observa", ...ou "filosofia barata que diz que aquilo desconhecido com que se topa no caminho pode ser teorizado porque existe uma máquina capaz de representar estruturas da realidade". *Aos teus olhos* de pensador não científico, não aos meus, de pensador científico. Não enxergas com clareza o estorvo que é o que tal máquina tem de construído em sua própria estrutura. A crença nas teorias construídas previamente, de que servem para o que vem posteriormente. Como eu já disse, para aquilo que não se encaixa em qualquer teoria prévia, qualquer teoria prévia não é mais que caleidoscópio, nem mesmo isso, não é mais que a "tua" 'deriva natural', de que costumas lançar mão.

Offline WELLRC10

  • Nível 01
  • *
  • Mensagens: 15
Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #183 Online: 10 de Junho de 2012, 01:15:29 »
 :)
:lol: :lol: Se a pilula azul que for dada a ele ou a nós for o viagra. Ele ou nós  ficará(ficaremos) exitado(s) e baterar(emos) um(a) punheta. O certo mesmo seria tomar chá ayahuasca que entrar na matrix, no titanic, no planeta dos macacos, no inferno, no ceu ou num motel com uma loira bem peituda como aquela de vermelho que o NEO viu na matrix. ESCREVENDO ISSO LEMBRO DO PERSONAGEM Cypher QUE DISSE "A IGNORANCIA É UMA BENÇA"
[/size]

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!