Autor Tópico: Evidencia de que estamos na Matrix ?  (Lida 16614 vezes)

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Offline lusitano

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #75 Online: 20 de Maio de 2012, 06:28:21 »
O mecanismo "científico" escreveu:

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o Feynman daqui já trouxe da espremedura de outros pensadores, até do próprio Feynman (o verdadeiro):

ele era só um "pássaro" (científico), não sabia o que é "ornitologia"; era só um "peixe" -- nadava absurdamente bem em seu meio, mas era um fracasso total ao tentar analisar a própria "hidrodinâmica".

Caríssimo: :arrow: Não se esqueça dos golfinhos e dos pinguins... :!:

Os primeiros, são talentosos pescadores, que utilizam o sonar para localizar
e reunir as suas presas; e de vez em quando, para se divertirem, fazem incríveis saltos acrobáticos, fora d'água...



Os segundos, como verdadeiros pássaros, voam como autênticos submarinos a uma velocidade média de 45 km/hora, realizando façanhas de hidrodinâmica dignas de registo, segundo testes realizados pela marinha brasileira. :idea:

«« Medidor de Velocidade Testado em Pinguins       

Trata-se de um dispositivo totalmente integrado, utilizando um sensor de fluxo de água gerador de impulsos com eixo vertical. É constituído por um rotor fixo que gira por acção do fluxo de água nas pás da turbina. A água é encaminhada através de um canal frontal até à turbina voltando a sair por um canal no topo do dispositivo.

O rotor contém quatro pequenos ímãs de grande potência. Quando o rotor gira, os ímãs induzem uma corrente AC num sensor localizado por baixo do mesmo. A corrente é então rectificada e transformada num sinal de onda quadrada.

 A frequência do sinal é proporcional à taxa de fluxo de água. Como resultado, a contagem de impulsos por unidade de tempo está relacionado com a velocidade de nado do animal que transporta o dispositivo.

A cadência do sinal de saída é proporcional ao fluxo de água que atravessa a turbina, que por sua vez, está relacionado com a distância percorrida pelo animal. A velocidade média do animal pode então ser calculada através distância percorrida durante cada intervalo de tempo da amostragem.

Segundo João Pinto, engenheiro hidráulico, imagino eu.. »»


http://paginas.fe.up.pt/~ee02131/bioswim/view=article&catid=34%3Aartigos&id=50%3Amedidor-de-velocidade-testado-em-pinguins&option=com_content&Itemid=64

Citar
Primeiro, cometo um erro grave e, para variar, ninguém aproveita para apontar e corrigir! Quando eu não cometo erro nenhum, volta e meia aparece um desavisado da vida para querer dizer que existe chifre equino, na esperança de me derrotar. Quando há a chance, ninguém aparece. Não viram? Falta aos grandes sabidos o necessário para ver?

Por gentileza, queira esclarecer a natureza do seu erro por favor... Será interessante saber, onde você falhou; já que o confessa, tão manifestamente... :idea: :arrow: :)

artur


« Última modificação: 20 de Maio de 2012, 16:00:46 por lusitano »
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Offline Rocky Joe

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #76 Online: 20 de Maio de 2012, 11:01:21 »
Citação de: Cientista
O pobre coitado não foi informado disso, porque ele mesmo asseverou seu reconhecimento de que a RR fundou-se numa lei empírica e a RG foi apenas a óbvia extensão indutiva do mesmo princípio a sistemas de referência mais gerais.

Cientista, sua mensagem é ofensiva, e ninguém gosta de ser insultado. Gostaria que se restringisse ao debate e deixe de especular sobre minha psique, seja eu um "pobre coitado" ou um "viajante maionésico".

Você está certo que, quando falo sobre a consciência, cometo muitos erros. Mas quando digo que o método científico não é indutivo, a história é outra. Mas estou abandonando o barco, porque é muito chato conversar com alguém que lhe ofende.

Só gostaria de esclarecer uma coisa: eu não disse que a RR fundou-se em uma lei empírica. Te disse que ela se fundou em um problema teórico (como conciliar o eletromagnetismo com a relatividade de Galileu). Ou seja, ela não foi "induzida".

Offline Cientista

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #77 Online: 20 de Maio de 2012, 12:50:11 »
Eu não acho chato conversar com alguém que me ofende; acho chato conversar com alguém a quem tenho que esclarecer coisas óbvias perfeitamente discerníveis no que eu já disse. O "pobre coitado" de que falei, como é impossível, a não ser pelo seu contorcionismo (que termina por revelar aspecto psicológico relativo a incômodos que são indevidos a uma mente científica -- se você se abstém de um debate porque se sente ofendido, se limita demais), entender de outra forma, é o Einstein.

Eu disse que você me *lembrou* o "viajante maionésico" -- um forista que passou por aqui, o Alano, a quem tive que esclarecer o mesma coisa. Ao sentir-se ofendido com isso, você só concordou comigo, me confirmou; a velha história da carapuça.

Você já tinha dito que abandonou o barco, lembra? Disse que "não íamos nos comunicar mesmo". Tipo de conduta característica de intolerância e fuga, visto que estou abordando os pontos sem fugir. Disse que temos "temperamentos" diferentes. Eu entendi isso como ofensivo, porque o sentido da palavra temperamento não se aplica aqui. O que entendi é que você quis dizer que sou burro. Mas sempre fui grandinho demais para ficar reclamando dessas coisas antecipadamente. Ater-se ao debate é não dar importância para nada disso.

É claro que você não disse que a RR se fundou numa lei empírica. Como poderia? E... céus! Como você pôde achar que eu teria dito que disse isso?!! Você ainda não a entende o suficiente para perceber isso. Quem disse isso foi seu famoso finalizador. Mas isso é sintoma de quem se concentra mais em si mesmo que no debate. Ofender-se, martuchelli, é a maior das fraquezas humanas. Cega sua visão, tanto quanto teorias.

E o problema da inconciliabilidade dos dois ramos teóricos foi a *verificação empírica* da invariância de c. Não teve nada que ver o experimento de Michelson-Morley, que Einstein *conhecia muito bem*. Você deve estar se confundindo com o resultado do experimento de Eötvös, cujo efeito Einstein desconhecia até certo momento da sua teorização da RG, mais isso é, razoavelmente, outra situação.


De qualquer forma, sou incisivo, mas a você, eu, realmente, não quis ofender. Até este momento, eu ainda esperava bem mais de você.


Eu ainda pretendo esclarecer os pontos controversos como já disse que ia. Você não tem obrigação nenhuma de responder. Isso, claro, se sua sensação de ofensa não for usada como pretexto para banirem-me. Mas isso decida quem quiser e puder.
« Última modificação: 20 de Maio de 2012, 13:02:59 por Cientista »

Offline Correio

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #78 Online: 20 de Maio de 2012, 14:33:27 »
Puxa, eu gostaria mesmo, de verdade, acompanhar seu raciocínio caro Sr. Cientista, mas sempre acabo por compara-lo ao reator tokamak. Consome mais do que produz  :(
Quando se tem pouco, pouco se tem a perder.

Offline joaofld

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #79 Online: 20 de Maio de 2012, 17:11:58 »
Sobre linguagem:

Você escreveu "só existe percepção porque há ***um*** humano que aprendeu a perceber". Um só? Solipsismo? Ato falho? Bug na máquina?

Eu já havia notado que você tem problemas de compreensão leitora, mas não imaginava que chegassem a esse ponto. Da outra vez eu relevei (apesar de que no que você escreveu me acusava de agir de forma leviana), pois na mensagem seguinte você afirmava não entender porque eu havia me detido sobre aquilo. Imagino o quanto de problemas de comunicação você deve ter ao seu redor.

Nesse caso, quando afirmo que há ***um*** humano, utilizo da possibilidade do UM agir com um artigo indefinido e não como um quantificador. Ou seja, não afirmo que exista apenas UM humano. Para afirmar isso, eu recorreria a recursos da língua que não deixassem dúvida quanto ao sentido quantificador da palavra UM.

Você me acusou de ser falacioso, mas, agiu de acordo com a Falácia do Espantalho. Então, caso não tenha problemas de compreensão leitora, você está agindo de forma desonesta.

O bug se mostra pior/mais explícito ainda quando, em seguida, você diz...

Existe um Bug aqui, mas não é meu.

As consequências dessa alegação são tremendas e você, claro, passa por elas batido. Primeiro, ela contradiz o ato falho solipsista, tendo todo o "aparato cultural" que ser criado pelo mesmo "um" que o "percebe". Segundo, nessa perspectiva, para um aparato cultural ser criado, seria necessário um (solipsismo) ou mais criadores do mesmo que só pode(m) existir/perceber pela existência do...  ...aparato cultural. Há muito mais, mas... Bem, o problema das nossas verificações que mostram que não existiram sempre humanos não deve ser problema para solipsista(s). Coloquei o s entre parênteses porque isso é como o highlander -- "só pode haver um!". hihihihihihihi...       ...aiai...

Agora, sou eu que acuso você, pois CONVENIENTEMENTE estabelece sentidos contrários, daqueles que eu validei (no meu texto) para a palavra UM, nas duas situações. Sendo que meu texto não permite tais inferências. Se eu devo ser honesto o tempo todo, você também deveria ser.

Se você não consegue abstrair o uso pelo contexto, eu posso ter certeza de que você tem falhas de compreensão leitora.



"Não existem justificativas na natureza, na realidade objetiva, única que há por tudo o que se verifica. Só existem causas, antecedentes. "Meus interesses" só são realidades comportamentais "minhas" (dessa máquina que digo que sou eu), todas processos naturais. Não existe sobrenatural. Ou existe e você pode me mostrar?"

Toda a nossa discussão vem daqui. Em nenhum momento eu afirmo existir o sobrenatural, enquanto você afirma que tudo o que eu defendo afirma a existência do sobrenatural (aqui, você age como o crente ortodoxo caricato, que você afirma que eu quero ser). E a conexão que você estabelece entre filosofia e afirmação de sobrenaturalidade é uma generalização rasa e fraca.

Pelo que me consta, é justamente isso que eu afirmo o tempo todo (em suas palavras): "Meus interesses" só são realidades comportamentais "minhas" (dessa máquina que digo que sou eu), todas processos naturais."

Se você ainda não compreendeu, toda causa é uma justificativa/explicação. Aliás, em nossa compreensão, ela só passa a ser causa se explicar as consequências que gerou. Não é assim?

"Ou talvez você queira parecer um daqueles crentes ortodoxos caricatos apelando a lacunas para estabelecer a insuficiência da ciência em prol de suas conveniências "individuais".

Eu não quero parecer, mas você age de forma a me fazer parecer. Mesmo quando você age assim.

Você afirma que a individualidade é uma ilusão por ela não ser verificável. E, portanto, toma tudo o que eu digo como falso. Sendo que o único argumento que você tem para dizer que o que eu digo é resultado de uma ilusão é porque o que eu digo não é verificável pelo método científico. E quando eu digo que o método científico não é suficiente para comprovar o que eu digo, você diz que eu pareço um crente ortodoxo caricato apelativo, buscando lacunas.

Existem lacunas e estas não são preenchidas com o método científico. Este método pode não servir para as lacunas.

"Basta dizer que você "faz o que quer ou deixa de fazer" e pronto."

Não, não basta. Afirmar isso, é afirmar um realismo mágico onde basta querer e as coisas se realizariam. Um fumante não deixa de fumar apenas por querer e da mesma forma o alcoólatra, apesar de que querer seja necessário. E nenhuma dessas duas coisas têm caráter exclusivamente genético .

"Quando se verifica, cumulativamente, que há algo errado com tudo isso, como, só por exemplo, que quando se deixa de filosofar sobre essa ilusão obtém-se resultados práticos, reais, que podem chegar ao ponto da diferença entre vida e morte da máquina iludente, permitindo-a até continuar se iludindo por maior tempo, o "alguma coisa que há" se restringe em possibilidades. Ou a realidade é a ilusão, ou a individualidade, o "eu" é a ilusão."

Você estabelece uma relação como se a ação de decidir/escolher sobre a vida e a morte não passasse por uma individualidade. Sim, o fato de um indivíduo ter o poder de escolha entre a vida e a morte de outro restringe a individualidade a uma possibilidade do poder vir a existir, no caso do aborto, por exemplo, essa individualidade não nascerá. Mas, no caso de um assassinato, ela foi eliminada. A individualidade deixou de existir na hora em que o sujeito estava morto. E no caso de um sujeito em coma: ele está em coma, com a individualidade impossibilitada de se manifestar. Mas, isso não transforma o "eu" em ilusão nem o restringe a uma possibilidade no sujeito já existente.

Citar
"A única coisa que não pode ser provada, verificada empiricamente, é a existência do "eu", a "individualidade", porque, justamente, não existe. Tudo mais é real e pode ser provado, testado, verificado. Para manter o "eu" diante de tudo isso, é preciso negar tudo isso, como VOCÊ faz."

Ela não pode ser provada da forma como você quer que ela seja provada.

Meu professor de Lógica disse algo muito interessante: o problema da teoria dos conjuntos é que ela estabelece regras para o mundo e tenta encaixá-lo nelas. Os estudos científicos que se baseiam nas premissas lógicas (Princípio de Identidade, Princípio de Não Contradição, Princípio do Terceiro Excluído) agem assim. Quando deveria ser o contrário. A linguagem arregimentada da Lógica afirma que o problema é a linguagem natural, porque ela não segue os padrões lógicos, e afirma que só eliminando o problema (a polissemia da linguagem) é possível encontrar a verdade.

Mas, ora bolotas, se os padrões lógicos são resultado de decisões arbitrárias como se pode afirmar que o erro está na naturalidade?

E é aqui, Cientista, que está a sua contradição. A linguagem na qual as ciências exatas estabelecem suas descrições não é natural. A naturalidade que você defende, nasce de uma arbitrariedade. E o seu raciocínio, também, se mostra circular. Você afirma uma naturalidade nascida da arbitrariedade e dessa "naturalidade" percebida por uma arbitrariedade, você afirma que o "eu" (conceito linguístico existente em todas as línguas conhecidas) é uma ilusão.

A realidade é o que a linguagem natural (natural, compreendido aqui, como linguagem não arregimentada) informa: uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo; sempre existem mais que duas opções. Tentar reduzir o mundo a uma mecânica pautada em processos binários de informação, cria esse tipo de "ilusão" que você tem.

A escolha do nick foi, claro, natural embora o efeito ilusório em mim faça parecer que foi arbitrária. Não escolhi ser pensador científico; nasci assim, naturalmente.

Determinação biológica: você diz que tudo o que fazemos é resultado da programação da máquina que somos. Se isso é verdade, então, mesmo a ilusão, é resultado da programação biológica. (Sem querer você valida a ideia de destino, só que tirando essa determinação dos deuses e imputando-a a bio-físico-química) Se a ação de você escolher seu apelido de Cientista é resultado de uma determinação biológica, todas as outras escolhas, suas e dos outros humanos, são também resultado de determinação biológica. Eu estar discutindo aqui com você afirmando a existência da individualidade é consequência de minha determinação biológica. Pois nesse caso, a determinação biológica tem que valer para todos.

Trata-se de mais que leis físicas. (Essas são construções mentais não distorcidas da realidade por serem processadas por pensamento científico.) Trata-se de realidade natural. Não é questão de comprovar a realidade, tão só reconhecê-la e aceitá-la, o que só se faz percebendo-se a irrelevância do "eu", quando se pensa cientificamente e, portanto, se deixa de filosofar.

Então, se tudo é resultado de programação, a própria percepção é resultado de programação. Então, como afirmar que o que você diz que é realidade natural é verídico, se a própria percepção só percebe o que foi programada para perceber? Se o instrumento, por meio do qual se percebe algo, só permite a percepção desse algo, como ele pode se iludir? Não poderia haver espaço para a ilusão, pois tudo é determinado. Ou a própria ilusão é parte da programação. Resta-nos aceitar a realidade percebida, não?

Respondi sua pergunta. Quando vai responder a minha? E responda mais essa, por obséquio, para não deixar dúvida: você é natural ou sobrenatural? Porque, se não te ocorreu ainda, o que não é natural é sobrenatural.

A essa pergunta respondo da seguinte maneira:
Como [se] não fôssemos máquinas como outras quaisquer, como um veículo que não tem a arbitrariedade de escolher se realmente acelera ou não ao ter seu acelerador pressionado?

Se você afirma que tudo é determinação biológica, como podem haver escolhas arbitrárias por parte do motorista? Se as escolhas são resultado de determinações biológicas, portanto não são arbitrárias? Ou existem decisões arbitrárias?

Talvez, a sua analogia entre humano e máquina possa ser melhor aproveitada aqui. Se fizermos uma analogia entre o computador e os ser humano, podemos dizer que o corpo é o hardware e que a individualidade é o software. Nem um nem outro são sobrenaturais. A individualidade é um software de extrema complexidade, capaz de se auto atualizar. O que eu defendo é que o sistema operacional não é o mesmo para todos os sujeitos.

Resposta à pergunta anterior: Porque o natural cria condições para que a individualidade exista. Retomando a ideia do humano-computador: pode um computador funcionar sem sistema operacional? Aliás, pode uma máquina funcionar sem tarefa a cumprir?

A consequência disso é que haverá "eus" mais "existentes" que outros. Pode conceber algo assim? "Existir" mais ou "existir" menos? De certa forma, humanos acham, sem detimento, que são mais existentes que bois, pois os bois são vivos, têm sistema nervoso, sistemas sensoriais e até os chamados sentimentos, mas não têm "consciência do tipo humana", de sorte que são explorados sem grandes problemas desde que se "respeite o sofrimento e a dignidade do animal". Por outra, acha-se, sem detimento, que vegetais existem menos que animais, pois são vivos mas não têm sistema nervoso, "sensações do tipo animal", muito menos consciência de qualquer tipo, de sorte que há vegetarianos que acham brutal comer animais mas não vegetais. Ressalto que o "existir" a que refiro-me aqui, o que já deveria ficar claro sem precisar ressaltar, é o "existir existencial", "da alma", psicológico, transcendente até, dentro da ilusão de que pode transcender à natureza.

Com relação a isso, eu diria que, provavelmente, você não tem tanta leitura assim e generaliza demais. Com relação ao existir mais ou menos que os outros, toda a filosofia não-metafísica sempre afirmou que o ser humano não é mais ou menos que os outros seres existentes. E que a diferença de nós para animais e plantas é, justamente, o desenvolvimento linguístico complexo (como você fala mais à frente). Essa é uma diferença natural. Que nos coloca em vantagem, mas sempre relativa.

Afirmar que toda filosofia que afirme a existência da individualidade, implicitamente, afirma a existência do sobrenatural só demonstra que seu nível de leitura nesse assunto é mínimo.

Isso que você fala sobre existir mais ou menos, é o assunto principal de um livro chamado "A Dominação Masculina", de Pierre Bourdieu, onde se afirma que a ideia de superioridade masculina é sustentada como naturalidade pela diferença "natural" de exposição do sexo entre homens e mulheres e pela relação estabelecida entre o pênis e instrumentos onde o uso da força é necessário (como lanças, espadas, etc...) Naturalização que afirma ser o homem mais forte que a mulher de forma natural. E Bourdieu realiza essa desconstrução dentro do próprio sistema que você diz ser ilusório.

Voltemos à proposição de que "consciência do tipo humana" não seja uma singularidade, um absoluto e vamos na outra direção. Que tipo de sistema seria mais existente que o sistema humano que gera a sensação de consciência humana? Melhor e mais importante que isso, que tipo de relação poderia haver entre esses sistemas em termos, digamos, conscientes, do referencial consciente humano (do referencial desses sistemas mais abrangentes que os humanos, não podemos conceber)? Poderiam pequenas ou nem tão pequenas variações entre humanos determinar sensações de existência maiores ou menores entre essas máquinas (humanas mesmo)?

Se estivéssemos falando de metafísica, o sistema humano seria, sim, mais existente, pois haveria o transcendente que nos daria essa prerrogativa.

Mas, como não estamos falando de metafísica, existem alguma explicações (como a de Bourdieu). E que não invalidam a individualidade.

E eu volto a perguntar: se tudo é determinado bio-físico-quimicamente como pode essa determinação permitir que a ilusão exista? Porque se ela existe ou ela é parte do sistema (e afeta o seu todo) ou o sistema já está corrompido desde a sua criação e todas as informações estão comprometidas. De um jeito ou de outro, não há como excluir a ilusão, pois ela continuaria interferindo, mesmo que disséssemos que não.

Voltemos ao que eu disse que entendo como características do sistema que determinariam tal parâmetro ("existir") e avaliemos possibilidades. Somos sistemas dinâmicos realimentados de tipo informacional complexo, com capacidade representacional estática (informação) e dinâmica (linguagem) de objetos e contextos da realidade. Nesses moldes, nessas estruturas e maquinismos representacionais, capturamos padrões da realidade. Esses são os parâmetros fundamentais: A capacidade representacional e a dinâmica dos processos representacionais. Quanto maiores, mais "existimos".

Nós não existimos mais  ou meno porque sabemos mais ou porque conseguimos aumentar a capacidade representativa. Volto a afirmar: nenhuma filosofia materialista afirma isso. Aumentar nossa capacidade de compreensão não é aumentar existência.

As consequências dessa alegação são tremendas e você, claro, passa por elas batido. Primeiro, ela contradiz o ato falho solipsista, tendo todo o "aparato cultural" que ser criado pelo mesmo "um" que o "percebe". Segundo, nessa perspectiva, para um aparato cultural ser criado, seria necessário um (solipsismo) ou mais criadores do mesmo que só pode(m) existir/perceber pela existência do...  ...aparato cultural. Há muito mais, mas... Bem, o problema das nossas verificações que mostram que não existiram sempre humanos não deve ser problema para solipsista(s). Coloquei o s entre parênteses porque isso é como o highlander -- "só pode haver um!". hihihihihihihi...       ...aiai...

O ambiente socio-histórico é tudo? Como teria surgido o tal "ambiente socio-histórico"?

Você afirma que eu estou entrando por várias portas do sistema estabelecendo relações de anterioridade onde elas não poderiam existir, criando assim uma circularidade. Mas, o que eu disse, apesar da sua compreensão problemática foi: não existe sociedade sem sujeito, não existe sujeito sem sociedade. Não é anterioridade ou posterioridade, mas concomitância. Basta acrescentar um outro humano àquele um que você disse que eu deixei sozinho, para se estabelecer relação social. Só isso, já é suficiente para se estabelecer o ambiente sócio-histórico.

Só disso? Se um sujeito nasce e é posto em ambiente isolado (não "socio-histórico") ele não manifesta consciência? A máquina não é nada?

Isolado totalmente (imaginemos que ao menos esse sujeito seja alimentado), infelizmente, o sujeito não manifestaria consciência.

Isolado, um sujeito não aprende a andar, a comer e a decidir o que comer, ou seja, ela não passaria a existir como sujeito "humanizado". O fato de termos estruturas inatas no cérebro, que permitam que façamos todas essas tarefas, não garante que essas estruturas se manifestarão ou entrarão em funcionamento quando forem necessárias caso não sejam estimuladas. É preciso a sociedade para que esses estímulos ativem as funções. É preciso aprendizagem. A máquina é nada caso não se aprenda a usá-la.

Situações como a do Tarzan não são possíveis. Um sujeito criado por macacos que ao encontro com outros humanos interage com eles, como se não houvesse nenhuma diferença no desenvolvimento, não é biologicamente possível. Um sujeito que fosse criado num ambiente selvagem ou isolado, não desenvolve determinadas áreas do cérebro que são desenvolvidas, como ocorre quando este se encontra num ambiente junto a outros humanos. Como a área da linguagem. A linguagem não é inata. Inata é a região do cérebro que permite o uso da linguagem, mas se essa região não for estimulada, não serve pra muita coisa.

Os casos existentes mostram que esses sujeitos vivem com dificuldades tanto de relacionamento (não só relacionamento interpessoal, mas com o próprio mundo) quanto de expressão.

E caso, você imagine uma situação em que esses estímulos fossem providos, de forma artificial, à criança isolada. Você estabelece uma relação social artificial ou substituta da sociedade. Mas, mesmo isso não humanizaria o sujeito, porque ela não entraria em contato com as subjetividades dos outros sujeitos. Ela não aprenderia determinadas coisas que são importantes para a sua sobrevivência. Podemos dizer que ela nem saberia viver com outros sujeitos ao seu redor.

É complicado falar numa situação dessas, pois são raras e difíceis de serem estudadas. Mas, pelos exemplos que temos, podemos inferir que aprendemos muito mais do que a existência pode oferecer.

Esses saberes (sentimentos, interação social) são fundamentais para que um indivíduo construa sua consciência.

O que os filósofos, sociólogos, linguístas e outros estudiosos das humanidades buscam compreender é: como essa coisa que é aprendida (individualidade) influencia a vida biológica.

(Gostaria de desenvolver melhor, mas estou cansado)

É possível aumentarmos isto em nós, não diretamente (não digo que diretamente, ou seja, internamente, não seja, só não é o que ponho em questão agora), mas com auxílio externo? De certa forma, já não se faz isso em algum grau?

A complexificação dos estudos não torna os sujeitos mais ou menos sujeitos. Pode torná-los mais ou menos conscientes acerca da sua realidade, mas isso não define o seu grau de existência.


Em resumo: a individualidade não é metafísica. Ela tem sua base biológica. É construída nas interações sócio-históricas. E interfere na realidade físico-química.
João Francisco

HESSE, Hermann. O Jogo das contas de vidro. Bestbolso: Rio de Janeiro, 2007.

"...mas aqui eu me sinto estranho a tudo e afastado de tudo; nada vem ao meu encontro, nada acontece de modo natural, nada se pode assimilar sem oposição e sofrimento. Para mim seria o inferno ficar aqui duas semanas que fosse."

Offline lusitano

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #80 Online: 20 de Maio de 2012, 17:20:52 »
O mecanismo "científico" escreveu:

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por obséquio, para não deixar dúvida: você é natural ou sobrenatural? Porque, se não te ocorreu ainda, o que não é natural é sobrenatural.

Eu sou natural: você é artificial... :!:

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Não sou cientista, é só um nick. A escolha do nick foi, claro, natural embora o efeito ilusório em mim faça parecer que foi arbitrária. Não escolhi ser pensador científico; nasci assim, naturalmente.

Quem é que está a sentir um efeito ilusório? :(

Quem é que não escolheu ser pensador científico... :?:

Quem é que é, um pensador científico?

Quem é que nasceu assim naturalmente? :|

artur


« Última modificação: 21 de Maio de 2012, 07:36:36 por lusitano »
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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #81 Online: 20 de Maio de 2012, 18:15:00 »
Martuchelli escreveu:
 
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Desejo que me esclareça, o que na sua opinião, significa a frase que você acima citou; «o homem é livre para fazer o que quer, mas não para querer o que quer»...

O fato de eu poder realizar meu desejo, mas não poder decidir qual meu desejo é.

Seu pensamento não está tão distante disso:

"Chamo de vontade própria, à minha livre decisão devidamente ponderada, de agir como me parecer melhor".

A liberdade já não parece tão livre assim, né? Há a condição de "como lhe parecer melhor". Isto me lembra uma analogia do Dennett, que a nossa liberdade é análoga a de um programa de xadrez, que computa todos os lances possíveis e age conforme o melhor resultado previsto.

Talvez você esteja a minimizar a liberdade, pelo facto dela ser gerida pela racionalidade.

Mas o facto, é que a vontade humana é um acto de liberdade, justamente, porque é governada pela consciência intencional. :idea:

Os animais ditos irracionais, que aparentam não ter um regulador cognitivo intelectual, terão uma vontade mais livre que os humanos?

Doutro modo, como é que se explicaria a existência dos valores éticos e morais...? :|

artur
« Última modificação: 20 de Maio de 2012, 18:43:07 por lusitano »
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Offline Gigaview

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #82 Online: 20 de Maio de 2012, 19:59:15 »
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Mas o facto, é que a vontade humana é um acto de liberdade, justamente, porque é governada pela consciência intencional. :idea:

A consciência intencional de um viciado em drogas pode ser a de largar o vício mas sua vontade é de continuar consumindo drogas portanto a vontade nem sempre é um ato de liberdade. A vontade também não tem necessariamente relação com a consciência intencional mas com, por exemplo,  instintos ou com funções fisiológicas ligadas à sobrevivência.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Muad'Dib

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #83 Online: 20 de Maio de 2012, 20:11:45 »
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Mas o facto, é que a vontade humana é um acto de liberdade, justamente, porque é governada pela consciência intencional. :idea:

A consciência intencional de um viciado em drogas pode ser a de largar o vício mas sua vontade é de continuar consumindo drogas portanto a vontade nem sempre é um ato de liberdade. A vontade também não tem necessariamente relação com a consciência intencional mas com, por exemplo,  instintos ou com funções fisiológicas ligadas à sobrevivência.

Ou o homossexual que reprime seus desejos e forja uma personalidade diferente imcompatível com sua vontade.


Offline Muad'Dib

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #84 Online: 20 de Maio de 2012, 20:19:11 »
O que se quer não é um ato de vontade. Mas decidir como agir, passando por cima até do que se quer, é o que eu considero como livre arbítrio.

A história do homossexual ou do drogado são meio que banais, mas isso eu considero como fatores não deterministas da mente humana.

O poder criativo também se encaixaria, de acordo com a minha forma de pensar, em atos não deterministas.

Offline Feynman

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #85 Online: 20 de Maio de 2012, 20:23:31 »
Cientista, assim que eu puder farei de suas palavras algo mais que frases flutuando no limbo (já que o destino delas, eu, ainda não pode fazê-las ser algo mais que isso). Só espero que não desapareças quando do momento certo. Até mais.
 :ok:
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Offline Cientista

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #86 Online: 21 de Maio de 2012, 00:37:15 »
Puxa, eu gostaria mesmo, de verdade, acompanhar seu raciocínio caro Sr. Cientista, mas sempre acabo por compara-lo ao reator tokamak. Consome mais do que produz  :(
Se meu rendimento é tão baixo, por que gostaria de acompanhar meu raciocínio? Tem alguma sensação que te sugere o enorme potencial "energético" contido nele?

Estendendo... gostei da comparação! Ele tem baixo rendimento, mas nele deposita-se grande parte de todas as esperanças.

Aceito ideias para aumentar meu rendimento. Alguma?

Offline Cientista

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #87 Online: 21 de Maio de 2012, 00:46:47 »
Cientista, assim que eu puder farei de suas palavras algo mais que frases flutuando no limbo (já que o destino delas, eu, ainda não pode fazê-las ser algo mais que isso).
Eu agradeço, mas... Você acha a situação tão feia assim, Feynman? É... eu também acho...


Só espero que não desapareças quando do momento certo. Até mais.
 :ok:
Bem, isso pode não depender tanto de mim. Talvez você tenha incluído essa possibilidade...  ...Talvez seja só disso que esteja falando! hihihihihihihihihihi... Vamos ver no que dá.

Offline Cientista

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #88 Online: 21 de Maio de 2012, 02:13:33 »
Consequentemente...

Joaofld, fica extremamente difícil comunicar-se com alguém que troca os nomes das coisas, dos conceitos, por artifício pseudoargumentativo. Você simplesmente diz que não chama sobrenatural de sobrenatural, dá algum outro nome -- arbitrariedade, produto dela, "individualidade", livre arbítrio... -- e afirma que trata-se mesmo de outra coisa. Então é: a coisa tem cara de x, pinta de x, roupa de x, e o amargo fim é que você diz que não é x mudando o nome para y. É isso o que faz, somente. Tem um forista aqui, o do além-mar, que se utiliza disso como único argumento. Resultado: desistência.

Você se mostra tão distante de alcançar o tipo de realidade que aponto, deixando claro que não vê outra coisa além de filosofismo à sua frente. Só um exemplo encontra-se aqui: quando eu disse

"Quando se verifica, cumulativamente, que há algo errado com tudo isso, como, só por exemplo, que quando se deixa de filosofar sobre essa ilusão obtém-se resultados práticos, reais, que podem chegar ao ponto da diferença entre vida e morte da máquina iludente, permitindo-a até continuar se iludindo por maior tempo, o "alguma coisa que há" se restringe em possibilidades. Ou a realidade é a ilusão, ou a individualidade, o "eu" é a ilusão."

sua resposta foi

"Você estabelece uma relação como se a ação de decidir/escolher sobre a vida e a morte não passasse por uma individualidade. Sim, o fato de um indivíduo ter o poder de escolha entre a vida e a morte de outro restringe a individualidade a uma possibilidade do poder vir a existir, no caso do aborto, por exemplo, essa individualidade não nascerá. Mas, no caso de um assassinato, ela foi eliminada. A individualidade deixou de existir na hora em que o sujeito estava morto. E no caso de um sujeito em coma: ele está em coma, com a individualidade impossibilitada de se manifestar. Mas, isso não transforma o "eu" em ilusão nem o restringe a uma possibilidade no sujeito já existente."

Não conseguiu perceber do que falei. Não é "decidir/escolher" nada. O que eu disse é que quando se trabalha com a realidade, essa que você diz que é arbitrária, obtém-se técnicas medicamentosas e médicas em geral, um conjunto enorme de resultados físicos que permitem manter a vida, inclusive para filosofar, mas, quando se filosofa, não se obtém nada disso, inclusive para viver  ...e filosofar. A assimetria é descaradamente esfregada em nossas fuças pela realidade. Mas a fuga... Filosofando, só se filosofa, nada mais. Você começa logo a divagar sobre coisas como o que alguém em coma manifesta ou não de consciência, questão do "vir a ser/existir", questões ontológicas, teleológicas... e não é de nada disso que falei. Será que isso aqui pode conduzir a alguma chance de que entenda que você não entende do que estou falando, muito além do que seria transcendente na sua própria concepção do conceito? Você, primeiro, precisaria "tirar o travão do teu olho" e entender *que não me entende*, percebendo a enorme desvantagem em que se encontra em relação a mim, porque *eu entendo você*, sei do que está falando, de filosofia, MAS EU ***NÃO***!


Outro absurdo, que dificulta as coisas para você, é encolher determinação natural para biológica. Você faz isso porque ainda te dá uma via de independização da realidade externa. Além de outras mais ilações descabidas que fez do que eu disse, está esta que não te ajuda.

Outra coisa que põe num outdoor o quanto você tão mal entende o que ponho, encontra-se em "Sem querer você valida a ideia de destino, só que tirando essa determinação dos deuses e imputando-a a bio-físico-química". Como "sem querer"? De onde tirou que eu não "quereria" isso? Reconheço a realidade do determinismo estrito. É isso mesmo, o destino absoluto é um fato que reconheço. E você me entende tão pouco que acha que eu não teria querido dizer isto. Só entenda que o que vale, não para "todos", para *tudo*, é a determinação natural, da qual a determinação biológica é só subconjunto sistêmico.


Olha, a coisa tá feia, meu jovem! Depois eu volto e, por só mais uma tentativa e nada mais, te darei mais uma chance, mostrando uma parte maior de suas insustentabilidades, porque, todas, eu me exauriria demais em fazer. Entenda isso, ao menos: não há sentido para mim ficar te ajudando tanto assim.
« Última modificação: 21 de Maio de 2012, 02:22:31 por Cientista »

Offline lusitano

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #89 Online: 21 de Maio de 2012, 07:32:57 »
Gigaview - escreveu:

Citar
Citar
Mas o facto, é que a vontade humana é um acto de liberdade, justamente, porque é governada pela consciência intencional. :idea:
 
A consciência intencional de um viciado em drogas pode ser a de largar o vício mas sua vontade é de continuar consumindo drogas portanto a vontade nem sempre é um ato de liberdade.

A vontade também não tem necessariamente relação com a consciência intencional mas com, por exemplo,  instintos ou com funções fisiológicas ligadas à sobrevivência.

Quer você dizer - que a vontade - não é necessariamente um produto da consciência?

Quanto a si, qual é a diferença entre liberdade e vontade? :|

Você concorda inteiramente com o forista "cientista", quando ele insiste em afirmar, que o eu consciente, não passa de ilusão... :?:

E nesse caso, quem é que está sendo iludido? :)

artur
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Offline lusitano

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #90 Online: 21 de Maio de 2012, 08:49:30 »
O forista, que se auto-apelida de  "cientista" - escreveu:

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Tem um forista aqui, o do além-mar, que se utiliza disso como único argumento. Resultado: desistência.

Confesso, que aprecio este desconcertante debate: todavia tenho a inquietante impressão, que estamos a navegar num tremendo mal entendido; já afirmei peremptoriamente, que em termos de filosofia, ciência, mística e religião comparada, auto-rotulo-me naturalista... :!:

Na minha insignificante e modesta opinião - só existe um ser absoluto - a natureza, universal.

Para mim - deus - é simplesmente, a definição semântica, dos atributos ideais humanos no exterior: conforme conjecturou Feuerbach, acrescentado ao modo filosófico e científico de Espinosa, conceber o cosmos natural.

Por essa razão, eu digo que todos nós, somos deuses; exactamente, porque somos animais naturais e hipoteticamente racionais... :!:

Ludwig Feuerbach - se preocupa em grande parte - com o fenômeno religioso; ele faz parte da tradição dos discípulos de Hegel, que se dedicaram à crítica da religião, mas marcado por uma inovação: seu materialismo.

Feuerbach, crê que na religião, há uma carência de consciência, do homem, em si mesmo.

Essa carência é a base da religião, onde o homem religioso, aliena a sua essência; essa fase religiosa, corresponde a uma “essência infantil da humanidade”, já que este homem infantil, adora sua própria essência sem reconhecê-la como tal.

O Homem precisa de amigos, pais, irmãos, primos e amantes... :!: senão, nem existiria... :idea:

Feuerbach acrescenta que entre o humano e o divino, não há uma oposição de facto real, mas sim ilusória.

A contradição fundamental está no homem, porque há uma essência religiosa: para ele, a religião é uma abstração das limitações da vida humana, corporal; o Homem e o divino, são a mesma realidade, vistas duma maneira ideal.

Esse homem em Feuerbach é um ser que teme sua finitude e as limitações naturais, que sofre todo ser humano.

O homem possui uma essência “infinitamente diversa, infinitamente determinável, mas exatamente por isso, sensorial”.

E essa essência religiosa, é a sua gregaridade, ou sociabilidade.

Nenhum ser humano, nasce da lava vulcânica, como o basalto ou o granito.

Nós somos mamíferos sociais e políticos, como disse Aristóteles: e essa é a base, da nossa espiritualidade e religiosidade.

Por essa razão, eu fiz alusão a Auguste Comte, que fundou a igreja positiva e a religião da Humanidade. :)

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« Última modificação: 21 de Maio de 2012, 08:55:04 por lusitano »
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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #91 Online: 21 de Maio de 2012, 10:54:57 »
Sr. Cientista, assim como nos tokamaks, seus comentário possuem alta temperatura, pressão e densidade mas, gerando disparos com parâmetros ineficientes. Uma dica, tente aumentar a temperatura para uns 150 milhões de graus mantendo assim o plasma aceso com a energia das partículas alfa. Seja direto, concentre no assunto e não no sarcasmo. Meça e controle seus parâmetros, use o espalhamento  Thomsom, por exemplo. Com tanto potencial que lhe é peculiar, suas contribuições serão de muita ajuda para quem deseja um bom entendimento da ciência.

Abraço amigo e continuarei sempre lendo suas postagens, independente de uma mudança. :)
Quando se tem pouco, pouco se tem a perder.

Offline joaofld

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #92 Online: 21 de Maio de 2012, 11:49:13 »
Eu estava pensando em escrever algo grande, tentando mostrar que sua atitude arrogante e sarcástica são o pior a ser enfrentado na discussão. Mas, eu me dei conta: se ele não vai acreditar em mim, pra que escrever?

Só pra falar sobre a sua última pergunta.

Ela é resultado de todas as vivências do sujeito no espaço sócio-histórico no qual está inserido.
Só disso? Se um sujeito nasce e é posto em ambiente isolado (não "socio-histórico") ele não manifesta consciência? A máquina não é nada? O ambiente socio-histórico é tudo? Como teria surgido o tal "ambiente socio-histórico"?

Se você quiser saber um pouco mais sobre isso, pode pesquisar estudos de casos relacionados ao assunto. E você vai perceber que a máquina sozinha não é nada. O sujeito não manifesta consciência. O determinismo natural afirmado por você esbarra nesse ponto.

Como teria surgido o ambiente sócio-histórico? Pesquise. Vai encontrar muitas explicações nas leituras de "cultura inútil".

A discussão foi interessante. Mas, de agora em diante, sempre que você estiver em alguma discussão, vou evitar participar.

Atenciosamente.
João Francisco

HESSE, Hermann. O Jogo das contas de vidro. Bestbolso: Rio de Janeiro, 2007.

"...mas aqui eu me sinto estranho a tudo e afastado de tudo; nada vem ao meu encontro, nada acontece de modo natural, nada se pode assimilar sem oposição e sofrimento. Para mim seria o inferno ficar aqui duas semanas que fosse."

Offline Feynman

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #93 Online: 21 de Maio de 2012, 21:14:34 »
Cientista, não dá para contemplar todos os seus pontos. Tenho muito o que fazer no momento, entre alta carga horária e pós-graduação, passando pela família e atividades domésticas necessárias. Deste jeito vai ficar para um assintótico outro momento. Seria tão mais fácil se se detivestes em alguns poucos pontos, e aguardasse retorno...   :?

Mas vou dizer agora o que é a exata realimentação. Não se faz ciência teoricamente; se faz teoria cientificamente. Teorias são os produtos científicos para a técnica e instrumentos físicos são produtos tecnológicos para ciência. Teorias científicas realimentando teorias científicas é sonho lindo que é... só sonho lindo. Teorias *científicas* é do que falo aqui; teorias filosóficas que se crê científicas são só... porcarias quaisquer. Sempre se está dentro do âmbito (só) do que é empírico e a ilusão de que há "prototeorias" que permitam sair desse limite só atua em seus próprios iludidos. Experimentação está sempre à frente; ela iniciou a corrida e nunca foi mais lenta. O mais importante de tudo: *há utilidade no exato próprio (f)ato de reconhecer isto*, não sendo algo cuja desconsideração seja indiferente.

Cientista, mas diga-me: é possível ensinar hidrodinâmica para um peixe?   :)    Ao meu ver, das duas, uma: ou definitivamente não se detivestes (como deveria, para quem assume posições tão empedernidas) a pensar sobre a justificação da evolução dos conceitos científicos, ou o fizestes e engendrastes um sistema conceitual de significados bastante distintos da carga semântica convencionalmente aceita. E, infelizmente, não estou com tempo para analisar uma ou outra situação.
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Offline Lucas Andarilhodocéu

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #94 Online: 21 de Maio de 2012, 23:50:16 »
Quando leio um post do Cientista não sei porque mas imagino o Sheldon do The Big Bang Theory discutindo.  :?

Offline lusitano

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #95 Online: 23 de Maio de 2012, 10:39:13 »
Caros - foristas:

Eis aqui dois vídeos, cujo conteúdo eu considero muito interessante: um debate entre dois cientistas com formação académica; um deles, é o famoso dr. Richard Dawkins, que defende o ateismo numa base científica darwinista e o dr. John Lennox, que defende o cristianismo numa base bíblica e científica. 


E o outro, um conto de Isaac Asimov, "A última pergunta"...

http://www.tocadoelfo.com.br/2008/01/isaac-asimov-ltima-pergunta.html

artur
« Última modificação: 23 de Maio de 2012, 16:38:45 por lusitano »
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Offline Feynman

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #96 Online: 23 de Maio de 2012, 13:51:30 »
lusitano, não pretendo entrar em uma discussão a respeito, mas... me decepcionei muito com este debate. A falta de rigor da argumentação de Dawkins só foi superada pela arbitrariedade e fraqueza de coesão das colocações de Lennox. Só consegui ficar ainda mais espantado com a capacidade de pessoas supostamente adultas e profissionais (Lennox) erigirem um sistema explicativo tão esquizofrênico para compatibilizar o criacionismo com racionalidade, reduzindo conceitos aos seus interesses de forma tão infantil, como no caso onde ele coloca que ciência também é uma forma de crença (ao que Dawkins se limita a um "It's Not"!). Claro, é uma forma de crença... abismalmente distinta daquela sob o contexto da religiosidade a qual ele tenta uma comparação ingênua (para evitar sugerir que é uma comparação criminosa, de uma pessoa desonesta que intenta um proselitismo nojento). Mas, cada um com sua visão, não é isso que defende quem não engole a perscrutação honesta e sincera?
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Offline lusitano

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #97 Online: 23 de Maio de 2012, 16:58:13 »
Feynman - escreveu:

Citar
lusitano, não pretendo entrar em uma discussão a respeito, mas... me decepcionei muito com este debate.

A falta de rigor da argumentação de Dawkins só foi superada pela arbitrariedade e fraqueza de coesão das colocações de Lennox.

Só consegui ficar ainda mais espantado com a capacidade de pessoas supostamente adultas e profissionais (Lennox) erigirem um sistema explicativo tão esquizofrênico para compatibilizar o criacionismo com racionalidade, reduzindo conceitos aos seus interesses de forma tão infantil, como no caso onde ele coloca que ciência também é uma forma de crença (ao que Dawkins se limita a um "It's Not"!).

Claro, é uma forma de crença... abismalmente distinta daquela sob o contexto da religiosidade a qual ele tenta uma comparação ingênua (para evitar sugerir que é uma comparação criminosa, de uma pessoa desonesta que intenta um proselitismo nojento).

Mas, cada um com sua visão, não é isso que defende quem não engole a perscrutação honesta e sincera?

Eu sei que o dr. Dawkins, apenas se afirma ateu, em relação a sistemas religiosos judaico-islâmico-cristãos e outros semelhantes.

Na minha modesta opinião, no fundo, ele é difusamente "deísta"... :idea:

Todavia, também eu acho que ele fez fraca figura contra-argumentativa, frente ao dr. John Lennox.

Para quem fez um tremendo sucesso editorial - defendendo o ateísmo - mais valia ter contratado um advogado para debater por ele.

Segundo parece, o dr. Richard Dawkins, recusou-se a debater com o dr. William Craig, por ele supostamente ser um orador profissional.

E no entanto, apesar disso, o dr. William Craig, não conseguiu levar a melhor no debate com um erudito Islâmico, em que tentava demonstrar que a divindade cristã, era obviamente mais impecável em termos de ética e moral comparada, do que Alá.


Artur.
« Última modificação: 23 de Maio de 2012, 17:01:00 por lusitano »
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Offline Gigaview

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #98 Online: 23 de Maio de 2012, 17:20:17 »
Começou o processo lusitano de desestabilização de tópicos.

O que isso tem a ver com o assunto do tópico?
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline lusitano

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Re:Evidencia de que estamos na Matrix ?
« Resposta #99 Online: 23 de Maio de 2012, 18:04:11 »
Gigaview - escreveu:

Citar
Começou o processo lusitano de desestabilização de tópicos.

Caríssimo: com todo o respeito pela sua honorável e respeitável alcunha informática - informo-o amistosamente - que discordo total e absolutamente, da sua deplorável insinuação... :!: :arrow: :no:

Citar
O que isso tem a ver com o assunto do tópico?

Na minha modesta e insignificante opinião, tem tudo a ver... :!: :arrow: :idea:

No seu genial entendimento, porque é que este tópico, se denomina, «« evidências que nos encontramos na matrix? »»... :?: :arrow: :|

artur
« Última modificação: 23 de Maio de 2012, 18:06:41 por lusitano »
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