Autor Tópico: Comissão da Verdade  (Lida 23771 vezes)

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #300 Online: 31 de Outubro de 2012, 00:06:14 »
Comissão Nacional da Verdade ouve Marival Chaves, ex-analista do DOI-CODI

Ex-sargento deixou o Exército em 1985; depoimento trouxe informações sobre mortes e desaparecimentos, estrutura da repressão, financiamento privado para a Oban e Operação Condor


Marival Chaves prestou hoje depoimento à Comissão Nacional da Verdade

A Comissão Nacional da Verdade ouviu hoje, durante 5 horas, o depoimento do ex-analista do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna do II Exército em São Paulo (DOI-CODI/SP), Marival Chaves Dias do Canto. As informações prestadas por Chaves abriram várias linhas de investigação para a CNV e ele já se dispôs a ser ouvido novamente.

Chaves ingressou no Exército aos 18 anos, em 1965. Dois anos depois, ele já integrava a 2ª Companhia de Polícia do Exército e cursava a escola de sargentos, patente da qual deu baixa em 1985, no início da redemocratização.

“Passei dificuldades ao deixar o meio militar e partir para uma vida civil após tanto tempo, mas precisava deixar o Exército para ter a liberdade de contar o que sabia sem ser reprimido por isso”, afirmou Chaves, que levou sete anos para iniciar suas revelações, em 92.

Chaves afirma ter trabalhado apenas com análise de informações e que nunca participou diretamente de operações de prisão, tortura, morte e desaparecimento de opositores do regime.

INÍCIO DA REPRESSÃO - Segundo Chaves, foi na Polícia do Exército, em 1967, que despontou em São Paulo o processo de repressão às organizações da luta armada.  “A Segunda Seção (S-2) do quartel-general do 2º Exército foi o braço operacional do grupo que deu início ao processo. Foi o braço armado e embrionário da repressão”, afirmou.

Na S-2 da P.E., Chaves já era subordinado ao oficial que o levou ao DOI-CODI, anos mais tarde, em 1973. Segundo Chaves, o primeiro centro de tortura em São Paulo, mantido pelo Exército, funcionou na 2ª Companhia de Polícia do Exército.

Foi nessa época que o DOPS e a Guarda Civil passaram a colaborar com os homens do Exército que atuavam na repressão, no que deu início à Operação Bandeirantes (OBAN), em São Paulo, formalizando a parceria entre os órgãos de repressão federais (Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal) e as forças estaduais, uma espécie de projeto-piloto que acabou se transformando no DOI-CODI.

Segundo Chaves, empresas e empresários simpatizantes do regime contribuíram diretamente com recursos financeiros e materiais para a repressão. “Carros novos eram fornecidos e um sítio foi emprestado para servir como locais de cárcere privado, tortura e morte. Antonio Carlos Bicalho Lana, por exemplo, foi torturado e morto no sítio de um empresário do ramo de transportes”, disse.

INDISCRIÇÕES – Chaves afirma que lia, analisava e produzia documentos, informes e relatórios de informação. Muitas das informações que ele possui das operações clandestinas de sequestro, cárcere privado, tortura e morte foram obtidas por ele diretamente de agentes que participaram dessas ações e cometiam “notórias indiscrições”.

Entretanto, devido à natureza de sua atividade, Chaves teve a oportunidade de ouvir comandos fatais. Foi também através de uma “indiscrição”, ouvida de um agente da repressão em Fortaleza, que o agente soube que a morte do sargento Onofre Pinto, ocorrida no massacre de Medianeira, no Paraná, em julho de 1974, foi decidida após consulta ao Centro de Informações do Exército.

Parte dos agentes queria converter Onofre num “cachorro” (agente infiltrado), mas o general Milton Tavares de Souza, chefe do Centro de Informações do Exército no Governo Médici, negou a proposta. O general teria dito que a morte de Onofre, que abandonou o Exército para se juntar à Lamarca, serviria de exemplo.  Segundo Chaves, a operação começou na Argentina e contou com a cooperação da inteligência de outros países. “Só depois compreendi que era uma ação da Operação Condor”, afirmou.

Além dos casos mencionados, Chaves indicou nomes de pessoas que podem contribuir com informações para esclarecer os fatos. “Além de ser uma visão rara das entranhas da repressão, o depoimento de Chaves abre uma série de novas linhas de investigação”, afirmou o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles. Também participou da oitiva a advogada Rosa Cardoso, membro da Comissão, e cinco assessores da CNV.

http://www.cnv.gov.br/noticias/30-10-2012-2013-comissao-nacional-da-verdade-ouve-marival-chaves-ex-analista-do-doi-codi/

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #301 Online: 20 de Dezembro de 2012, 00:51:22 »
Presos suspeitos de matar coronel que mantinha documentos da ditadura

Ação, chamada de Operação Mosaico, levou à prisão dos suspeitos, três homens e uma mulher, que foram encaminhados ao 20º DP de Porto Alegre    

Quatro pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (18), em Porto Alegre, suspeitos de envolvimento na morte do coronel reformado do Exército Júlio Miguel Molinas Dias, 78, em novembro. Dois dos presos são policiais militares.

A ação, chamada de Operação Mosaico, levou à prisão dos suspeitos, três homens e uma mulher, que foram encaminhados ao 20º DP de Porto Alegre.

Foram apreendidas ainda armas, celulares, computadores e munição.

O crime ocorreu no dia 1º de novembro, por volta das 21h. O coronel Molinas Dias foi abordado quando entrava em casa, em um bairro da zona norte da capital gaúcha.

De acordo com a Polícia Civil, o coronel foi morto em uma tentativa frustrada de roubo das armas que mantinha em sua casa.

Molinas Dias comandou o DOI-Codi -braço repressor do regime militar (1964-1985)- no Rio de Janeiro na época do episódio Riocentro, nos anos 1980.

Ele mantinha um acervo de documentos da época, que foram entregues por sua família à polícia para tentar auxiliar nas investigações do homicídio. Para a polícia gaúcha, não há relação entre a morte do coronel e sua atuação durante o ditadura militar.

Entre os documentos que eram mantidos por Molinas Dias há um termo do Exército que confirma a apreensão de objetos pessoais do ex-deputado federal Rubens Paiva no DOI-Codi, além de relatos sobre o atentado do Riocentro de 1981.

O termo é a primeira prova documental de que Paiva esteve nas dependências do DOI-Codi antes de seu desaparecimento, em 1971.

O ex-deputado federal foi levado de casa por agentes da ditadura e não foi mais visto. Até hoje não se sabe como ou quando ele morreu. Seu corpo nunca foi encontrado.

Ocorrido em 1981, o atentado do Riocentro teria sido cometido por militares contrários à abertura do regime, promovida pelo então presidente João Figueiredo (1979-1985).

Uma bomba explodiu acidentalmente dentro de um carro em que estavam dois militares, durante show em comemoração ao Dia do Trabalho. Um dos ocupantes do carro, o sargento do Exército Guilherme Pereira do Rosário, morreu devido à explosão.

http://www.novojornal.com/politica/noticia/presos-suspeitos-de-matar-coronel-que-mantinha-documentos-da-ditadura-18-12-2012.html

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #302 Online: 21 de Janeiro de 2013, 20:09:23 »
O que se acha quando se está vagando a esmo pela internet durante as noites de insônia pode ser muito interessante:

Podem pular mais ou menos para a metade do vídeo em diante ou um pouco mais, é um militar que pegou o Genoíno nos anos 70  falando no Congresso como o grupo dos "defensores da democracia" ao qual o citado pertencia cortou as orelhas e depois esquartejou um adolescente enquanto ainda estava gritando de dor.

<a href="http://www.youtube.com/v/3E-cW4gefn4" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/3E-cW4gefn4</a>

Infelizmente não achei a segunda parte do vídeo.

Offline JohnnyRivers

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #303 Online: 22 de Janeiro de 2013, 09:49:50 »
Fiquei curioso pra ver a segunda parte também...
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #304 Online: 22 de Janeiro de 2013, 20:12:48 »
Aqui está, os primeiros onze minutos vc já viu no outro vídeo e o que coloco agora só tem mais uns dois minutos, o resto é legendado e reproduz as palavras dele no Congresso.

Basicamente o que ele fala depois é o seguinte, cortaram uma das orelhas dele, depois a outra na frente da mãe dele, depois cortaram os dedos e as mãos e finalmente o mataram a facadas. Então nas legendas há a descrição do que fizeram com um militar desarmado que se ofereceu como refém em troca de dois feridos, ele foi castrado e o fizeram engolir os genitais e depois o mataram.

E sim, ele cita o nome de todos.

<a href="http://www.youtube.com/v/xBYDx0ufjxA" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/xBYDx0ufjxA</a>

Offline _Juca_

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #305 Online: 23 de Janeiro de 2013, 12:11:04 »
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-01-23/pm-de-sao-paulo-homenageia-golpe-de-1964-em-simbolo-da-corporacao.html

Citar
PM de São Paulo homenageia golpe de 1964 em símbolo da corporação
O brasão de armas da Polícia Militar é composto por um escudo com 18 estrelas prateadas que representam 'marcos históricos da corporação'

Ricardo Galhardo - iG São Paulo | 23/01/2013 07:00:00
 


A Polícia Militar de São Paulo ostenta desde 1981, quando o Brasil já caminhava para a redemocratização, uma homenagem ao golpe de 1964 que derrubou o presidente João Goulart e mergulhou o País em duas décadas de ditadura militar.

O brasão de armas da PM é composto por um escudo com 18 estrelas prateadas que representam “marcos históricos da corporação”. Segundo o site da PM, a 18ª estrela é uma homenagem à “revolução de março” de 1964, nome pelo qual simpatizantes da ditadura chamam até hoje o golpe que derrubou Goulart.

 
Agência Estado
Brasão da Polícia Militar de São Paulo presta homenagem ao golpe de 1964 e à repressão de manifestações populares
Conforme o deputado Adriano Diogo (PT-SP), presidente da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, um dos objetivos da comissão é fazer a revisão dos nomes de espaços públicos batizados em homenagem a personagens ou acontecimentos ligados aos regimes autoritários. E o brasão da PM está na mira.

“Casos como o do brasão da PM fazem parte do escopo da comissão”, disse o deputado.

O brasão foi criado em 1958 pelo então governador Jânio Quadros. Na época o símbolo tinha apenas 16 estrelas. Em 1981, no governo de Paulo Maluf, um decreto incluiu outras duas estrelas em homenagem à 2ª Guerra Mundial e à “revolução” de 1964.

Além do golpe militar, as estrelas representam outros casos controversos nos quais a polícia reprimiu com violência manifestações populares. Alguns episódios foram registrados no site da PM por meio de eufemismos.

É o caso da Revolta da Chibata, nominada no site da PM como “revolta do marinheiro João Cândido”. Cândido, também conhecido como o “Almirante Negro”, liderou em 1910 o motim de dois mil homens da Marinha em protesto contra os baixos soldos, condições degradantes (eles recebiam alimentos estragados) e os castigos remanescentes da escravatura que deram nome à rebelião.

 
Reprodução
Site da PM de SP lista os 18 'marcos históricos' que fazem parte do brasão de armas
Os revoltosos tomaram embarcações de guerra e voltaram seus canhões contra o Rio de Janeiro, na época a capital federal. Acuado, o governo aceitou as reivindicações mas três dias depois rompeu o acordo, afastou amotinados, puniu os líderes e mandou Cândido e outros 17 homens para um calabouço na Ilha das Cabras, de onde só dois saíram vivos.

Segundo o major Hélio Tenório dos Santos, membro emérito da Academia Brasileira de História Militar, o papel da PM de São Paulo no episódio foi tomar o porto de Santos para impedir o possível desembarque dos amotinados no litoral paulista.

Outras estrelas celebram as guerras do Paraguai (1865 a 1870), e Canudos (1897), o episódio conhecido como “Os 18 do Forte de Copacabana”, as revoluções de 1924, 1930 e 1932, a repressão à Intentona Comunista em 1935 e o apoio ao golpe que instituiu o Estado Novo em 1937 --nominados como “movimentos extremistas”-- quando a PM atuou para evitar enfrentamentos entre comunistas e integralistas.

Greve dos operários de 1917

Um episódio especialmente polêmico que mereceu estrela no brasão da PM é a greve dos operários de 1917, considerada a primeira manifestação organizada da esquerda no Brasil e gênese do movimento sindical brasileiro.

Segundo a maioria dos historiadores a ação truculenta da polícia foi fundamental para que diversas manifestações isoladas de operários, na maioria anarquistas espanhóis e italianos, se transformassem na maior greve vista até então no Brasil.

 
Reprodução
Funeral de José Martinez, estopim da greve de 1917
O estopim da greve geral foi o assassinato do sapateiro espanhol José Martinez, de 21 anos, pelas tropas estaduais. A morte de Martinez provocou a união dos trabalhadores descontentes e criou o clima propício para a greve que mobilizou mais de 70 mil trabalhadores, parou São Paulo, se espalhou para o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e obrigou as autoridades municipais e estaduais a deixarem a cidade até o final do movimento por falta de garantias de segurança (da própria PM).

Fotos e relatos da época mostram a truculência da polícia contra os trabalhadores que pediam aumentos salariais, o fim da exploração da mão-de-obra infantil e feminina e o direito de organização sindical.

Segundo o major Hélio, o episódio foi registrado no brasão da PM devido a uma exceção. “É uma das passagens mais bonitas da história da PM”, disse o major.

Segundo ele, o então capitão Miguel Costa recebera ordens para dispersar um piquete. Ao chegar ao local ouviu um operário gritar: “Morra”!

“O capitão apeou do cavalo, foi falar com os manifestantes para saber o porque daquele ódio todo e foi recebido pelos líderes grevistas, que fizeram um relato das humilhações às quais eram submetidos nas fábricas”, disse o major.

Comovido com a situação dos trabalhadores, o capitão teria se dirigido ao dono da fábrica e o convencido a aceitar as reivindicações. “Foi a primeira intermediação entre grevistas e patrões no Brasil e foi feita por um policial”, disse o major.

Golpe x “revolução”

Ao justificar a homenagem ao golpe militar de 1964, ele usou uma versão contestada pela maioria absoluta dos estudiosos da época. “Havia escândalos de corrupção no governo Jango, o plano econômico fracassou e dois veio a radicalização com as reformas de base. O povo brasileiro revolveu dar um basta. A PM de São Paulo ficaria contra? Não”, disse o major Hélio.

Na verdade, as manifestações populares contra Goulart se resumiram a duas passeatas organizadas por mulheres católicas em São Paulo e Recife.

“A PM de São Paulo não tem nada a ver com política. Esse negócio de tortura não foi a polícia que fez. O DOI-Codi era responsável por isso”, justificou.

A reportagem do iG questionou: a polícia atuou com violência nas manifestações contra a ditadura, deu suporte às ações de repressão e vários homens do DOPS e da Operação Bandeirante eram egressos da PM.

O major respondeu: “não adianta julgar com os olhos de hoje fatos ocorridos 50 anos atrás. Para a época aquilo era aceitável. Era o homem da época. Além disso, muitos policiais militares foram mortos pelos esquerdistas. Este é o real motivo da estrela no brasão”.

De acordo com o major Hélio, o critério usado para as estrelas do brasão é a escolha de fatos de relevância estadual ou nacional nos quais a PM teve participação.

O deputado Diogo, presidente da Comissão da Verdade paulista, usou a ironia para dizer que a PM continua usando a truculência contra movimentos populares até hoje, passados 49 anos do golpe militar que derrubou Goulart.

“Vamos propor que o brasão da PM tenha uma 19ª estrela, em homenagem ao Pinheirinho” , disse o deputado petista, em referência ao episódio em que dois mil policiais expulsaram com violência as 1.600 famílias que ocupavam um terreno em São José dos Campos, um ano atrás.

Offline Geotecton

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #306 Online: 23 de Janeiro de 2013, 13:41:16 »
Citar
[...]
O deputado Diogo, presidente da Comissão da Verdade paulista, usou a ironia para dizer que a PM continua usando a truculência contra movimentos populares até hoje, passados 49 anos do golpe militar que derrubou Goulart.

“Vamos propor que o brasão da PM tenha uma 19ª estrela, em homenagem ao Pinheirinho” , disse o deputado petista, em referência ao episódio em que dois mil policiais expulsaram com violência as 1.600 famílias que ocupavam um terreno em São José dos Campos, um ano atrás.

Então eu proponho acrescentar mais uma, a vigésima, em 'homenagem' à roubalheira institucionalizada promovida pelo partido do "ilustríssimo deputado".
Foto USGS

Offline Diegojaf

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #307 Online: 23 de Janeiro de 2013, 17:22:37 »
A dancinha da deputada tia do Aurélio merecia uma estrelinha dourada também...
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #308 Online: 23 de Janeiro de 2013, 19:15:29 »
Estou doido para saber o que o pessoal da Comissão da Meia Verdade tem a dizer sobre o caso que mostrei aqui.


Ah... tinha esquecido, não interessa falarem sobre isso na Comissão da Meia Verdade.

Offline Moro

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #309 Online: 18 de Março de 2013, 09:58:14 »
A Veja desta semana elogiou a comissão da verdade :lol:... (sei que não tem nada a ver, só achei curioso).

Deve ter sido a mando do Cachoeira.

Pode ser uma mudança de rumo, também. Com a Veja acuada, pode muito bem haver um acordão de bastidores. É bem factível, vamos esperar pra ver.

Juca, só você (e talvez o Zambest) acha que a Veja está "acuada". :hihi:

Não acho não, tenho certeza.

Acho que estava errado.
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Offline Moro

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #310 Online: 18 de Março de 2013, 09:59:00 »
Alguém sabe se é verdade que na primeira sessão da comissão o Tarso Genro promoveu o Carlos Lamarca a Coronel?

edit: Verdade, e com salário de general de brigada.
Acho que pelos excelentes trabalhos prestados ao Brasil por não ter conseguido implementar uma ditadura comunista aqui.

http://veja.abril.com.br/200607/p_068.shtml
« Última modificação: 18 de Março de 2013, 10:03:20 por Agnóstico »
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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #311 Online: 18 de Março de 2013, 10:08:23 »
...
Essa é a diferença da Justiça, é preciso haver um mínimo de evidências para ao menos julgar alguém, ou pelo menos abrir um inquérito. Não basta sua opinião política ou a minha.
...

Interessante que antes de serem julgados e condenados, a premissa para serem considerados bandidos era serem julgados e condenados. Agora que foram, o julgamento virou político e uma arma para atrapalhar o PT na eleição.
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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #312 Online: 22 de Agosto de 2014, 20:14:24 »
Não sei se vocês estão acompanhando, mas está havendo uma grave crise de bastidores, um cabo de guerra entre o Comandante do Exército e o Ministro da Defesa, caindo toda a decisão de quem ganha a peleja no colo de Dilma Russef.

Leiam a introdução da polêmica abaixo.
Para saber de toda a confusão, visite a fonte da notícia.


Citar
Anos de chumbo
Dilema urgente da presidente Dilma: demite o general ou extingue a Comissão da Verdade

General proíbe colaboração do Exército para apurar crimes da ditadura
Publicado: 22 de agosto de 2014 às 18:13 - Atualizado às 19:10
Por Luiz Cláudio Cunha


Dilma precisa decidir o que fazer com a CNV, após o comandante do Exército dificultar o acesso a documentos da repressão

A presidente Dilma Rousseff acordou estarrecida nesta sexta-feira, 22, como qualquer brasileiro que se respeita.  E diante de um dilema inadiável, indelegável, inquestionável:

Ou Dilma demite o Comandante do Exército ou Dilma extingue a Comissão Nacional da Verdade (CNV).


O ofício cala-boca do Comandante do Exército…

Não há mais clima de convivência possível entre o general Enzo Peri, chefe do Exército, e os seis comissários da CNV, diante da espantosa manchete de hoje do jornal O Globo: “Anos de chumbo: comandante impõe silêncio ao Exército.”

O repórter Chico Otávio recebeu do procurador Sérgio Suiama, da Procuradoria da República do Rio de Janeiro, um inacreditável ofício enviado em 25 de fevereiro passado aos quartéis de todo o País pelo comandante do Exército, general Enzo Peri, proibindo qualquer colaboração para apurar crimes da ditadura que derrubou o presidente João Goulart. O general Peri chega ao requinte de mandar um modelo de ofício, em branco, instruindo cada quartel a rebater pedidos do Procurador-Geral da República para o seu gabinete em Brasília, no quarto andar do Bloco A do QG do Exército (veja cópia abaixo].


[...]


O ministro Amorim precisa explicar ao país que confusão é esta. A quem ele presta contas: à presidente Dilma, que criou uma CNV para apurar, ou ao seu subordinado, o general Peri, que impôs o silêncio sobre a tropa?
A presidente Dilma precisa esclarecer ao país quem manda no Governo Federal.
É Dilma, chefe suprema do Executivo, ou é o comandante do Exército?
O Exército, que sonegou em seu relatório a constatação de que a guerrilheira Dilma é uma das torturadas no DOI-CODI da rua Tutoia onde o Exército jura não ter havido tortura, precisa explicar agora que confusão essa.
Quem manda, afinal: Dilma ou Peri? A presidente ou o general?
Os atuais comandantes, se não a compostura, perderam o prazo de validade.


[...]


(visite a fonte para saber todos os desdobramentos do caso)


Offline Diegojaf

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #313 Online: 22 de Agosto de 2014, 20:30:33 »
Não vi nenhuma proibição aí, mas simplesmente uma avocação da concessão de informações solicitadas. A União hoje já faz isso quando você pede uma informação em uma seccional e eles remetem à autoridade superior para conceder ou não a informação.
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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #314 Online: 22 de Agosto de 2014, 20:37:36 »
Mas, como é que fica a Comissão? Não terá suas consultas respondidas?

Offline Diegojaf

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #315 Online: 22 de Agosto de 2014, 20:54:17 »
Como eu disse, não tem nenhum lugar no ofício dizendo que o EB não irá responder, mas somente dizendo que quem vai responder é o Comando Geral e que todas as solicitações devem ser endereçadas a ele.

O ofício é de fevereiro deste ano. Se nos últimos 6 meses a Comissão das Meias Verdades não estivesse recebendo informações já estariam girando no chão com os faniquitos típicos.

E quanto mimimi o do Cláudio Cunha. Ele não vira esse disco.
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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #316 Online: 22 de Agosto de 2014, 21:06:40 »
E quanto mimimi o do Cláudio Cunha. Ele não vira esse disco.

 :lol:

Offline Moro

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Re:Comissão da Verdade
« Resposta #317 Online: 23 de Agosto de 2014, 01:01:11 »
...
Essa é a diferença da Justiça, é preciso haver um mínimo de evidências para ao menos julgar alguém, ou pelo menos abrir um inquérito. Não basta sua opinião política ou a minha.
...

Interessante que antes de serem julgados e condenados, a premissa para serem considerados bandidos era serem julgados e condenados. Agora que foram, o julgamento virou político e uma arma para atrapalhar o PT na eleição.

Ahhhh, como adoro relembrar os posts do Juca  :hihi:
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

 

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