Onde não há provas de fato e os derrotados precisam ser condenados pelos crimes de guerra.
Sim, Juca. Não há provas da ação, mas meramente da omissão em se envolver. O melhor exemplo são aqueles generais que cometeram genocídios que diziam aos seus comandados: "Vão lá e resolvam a questão. E se algum deles disser alguma coisa a respeito, você vai ser fuzilado".
No caso clássico, comandado e comandante compartilham a mesma responsabilidade pelo genocídio. Não há dúvidas. Mas quando o assunto é ideologia política (sua de preferência), dá pra "amenizar", né?
"Eu sei que você fez, tudo leva a crer que você fez, impossível você não ter feito de acordo com as investigações, e embora não tenhamos como apresentar uma prova de fato, você é culpado."
Na verdade é algo mais: "Você, de acordo com o sistema hierárquico da administração pública, possuía o
CONHECIMENTO, a
CAPACIDADE e, mais importante, o
DEVER, para saber e controlar o que se passa dentro de seu setor. Delegar funções não significa delegar responsabilidades. O nome cargo de confiança não é um mero termo solto. Ele tem um entendimento implícito de que se você tem a liberdade pra nomear
QUALQUER IDIOTA pra uma função, você assume a
RESPONSABILIDADE pelo que ele fará, considerando que sua obrigação é
GERENCIAR, e não dizer "se virem" e se trancar na sala ao lado enquanto os outros tramam um roubo contra o Estado e a sociedade".
É uma lógica que até o Pequeno Príncipe entendeu com o "Você é responsável pelo que cativas..."