Então temos que definir adequadamente o que é este "nada". Do ponto de vista filosófico metafísico, o nada ontológico tem de ser anterior ao Universo, não apresentando, portanto nada de material ou matemático. Se ele é apenas algo como um subconjunto e não predecessor do (deste?) Universo, então ele perde o sentido metafísico.
Concordo!! O único jeito é definir desta forma, por exclusão de tudo.
Se tentarmos analisar esta exclusão, matematicamente, em termos de conjuntos, já estaremos classificando este nada como um objeto matematico, que foi o que ocorreu com a minha análise, mas pura e simplesmente, pela questão inerente da auto-referência e da linguagem.
Pq vc acha o nada absoluto implausível ?
Abs
Felipe
Você escreveu precisamente: 'Porquê você acha?'
Primeiro. Sob o ponto de vista físico, mesmo que o (este?) Universo tenha tido um começo por definição (e que ocorreu um infinitésimo de segundo após o primeiro pulso de expansão), o fato é que algo material/energia já existia (a singularidade-mor), mesmo que ela apresentasse propriedades físicas completamente diferentes das nossas.
Segundo. Sob o ponto de vista científico, não há nenhuma evidência que suporte a hipótese de que este tipo de "nada" possa ter existido. E "sim", eu sei que é uma auto-referência, mas eu estou limitada a ela, pois parto da premissa que o cognoscível empírico tem a primazia, mesmo para um assunto como este, que só encontra um certo suporte como constructo mental.
Ola Geo,
De onde vc tirou que a energia e a materia ja existiam sobre outra forma?
Começando pelo que é bem aceito. No Tempo de Planck o Universo começou a tomar a forma que vemos hoje, com a diminuição (inicialmente) abrupta da temperatura e da densidade de matéria. A radiação de fundo atualmente observada vem se mantendo desde os primeiros 380.000 anos e toda as formas de matéria e energia se formaram desde então (últimos 13,85 bilhões de anos).
Muito bem, agora vamos ao que não está consolidado. A explicação do que aconteceu no tempo transcorrido entre o tempo T infinitesimalmente próximo a Zero e o Tempo de Planck é representada por uma grande quantidade de hipóteses que relacionam (ou tentam) gravidade e mecânica quântica.
E por fim, há o tempo Zero, que é aquele em que toda a matéria e a energia (ou algo que as tenham gerado) estavam sob condições extremíssimas de densidade e de temperatura e que cujo conhecimento não é (ainda) alcançável pela nossa física atual.
Bem. Se no tempo zero estavam concentradas toda a energia e toda a matéria (ou algo que as tenham gerado), mesmo que sob propriedades físicas totalmente desconhecidas, é lógico que já existia algo e não o nada.
Como vc falou, evidência do nada é meio complicado e, dessa forma, a primzia empirica neste tema também o é.
Concordo. Mas infelizmente eu não tenho nenhuma evidência incontestável.
A exsitência do nada é um consequência lógica do fato do universo ter (se teve) um início....Um t=0, S=0.
[...]
E é exatamente o oposto do que eu mostrei. O fato do (deste?) Universo ter (estar em, no meu ver) um tempo zero, não significa que não existisse algo antes em relação ao nosso referencial temporal. Mesmo que este algo não possua suas propriedades físicas bem determinadas.
E não é preciso destacar que a lógica não serve para descrever a realidade e sim, apenas, para verificar a consistência de uma (ou mais) proposições e a sua conclusão.
P.S.
Peço aos físicos do fórum que façam as devidas correções em todas as besteiras que escrevi.