Conversando com alguns petistas, cheguei à conclusão que estes apresentam dois problemas que os impedem de avaliar os atos do PT de forma isenta: (1) o apoio que fazem ao PT não tem origem racional, mas emocional. Eles investiram tanto capital emocional no seu partido que agora acham difícil criticá-lo, mesmo que tentem. É semelhante ao comportamento de torcedores de times de futebol. Esse tipo de militante é o que mais utiliza do argumento do "rouba mas faz". (2) Mesmo sabendo de toda sujeira com a qual os líderes petistas se envolveram, muitos militantes ainda acreditam defender o PT "verdadeiro" - aquele que supostamente foi criado para implementar a justića social e a igualdade no Brasil. Os petistas se recusam a aceitar o fato de que hoje (pelo menos) o PT é apenas mais um partido de larápios igual aos outros, embora tenha membros que ainda afirmem (tentando desesperadamente justificar seus próprios atos) estar lutando pelo socialismo (à la Walter White). Eles chegam a dizer: "ah, todo mundo sabe que $líderpetista era um canalha vendido, mas fora ele existem também X, Y e Z que são pessoas honestas - ou seja, petistas "de verdade". No final das contas, é uma maneira de pensar semelhante a de crentes religiosos.