Ontem, no programa Roda Viva da TV Cultura, quando o entrevistado da vez, o jornalista Andrew Jennings estava comentando sobre a corrupção internacional no futebol, ficou bastante patente o modo como, ao que parece, lá "fora" o pessoal do 'primeiro' mundo lida com a corrupção, citando nomes sem pudores, e fazendo ilações diretas e objetivas quanto ao envolvimento dos corruptos com os malfeitos. Diferentemente, aqui no Brasil, onde quem quer acusar fica de subterfúgios, pisando em ovos, como se a culpa do verdadeiro criminoso pudesse se votar contra sí.
Esse modus operandi de se apontar classes e categorias em vez de nomes de pessoas é que se tem visto o tempo todo na mídia e até aqui , no CC. Isso só retroalimenta um círculo vicioso sem fim de passar a mão na cabeça do malfeitor, e dá a entender que o crime fica por isso mesmo.
Esse seu raciocínio é coerente. Realmente, um bandido se esconde por trás do partido, o partido acaba (ou vira nanico), o bandido, que não foi penalizado e sim o partido, se filia a outro partido, todo o ciclo se reinicia... Concordo que é uma roda auto propulsora que não tende ao repouso.
No entanto, considero um ponto, um adendo relevante, um pouco na linha do Madiba. Considero que existe um agravante no caso do PT (e de alguns partidos socialistas até mais radicais). Existe no PT um pensamento de colmeia, uma ideologia de grupo que permeia o inconsciente coletivo da agremiação, que obriga de forma quase automática a quem está lá dentro a aderir à esse ideário, mudando apenas a forma de manifestá-lo.
De fato, considero o PT um partido viral, que quer estar em tudo, se alastrando, dominando, usurpando, podando, impondo seu totalitarismo e, tragédia máxima, maquiando seu
fascismo bolchevique com a defesa dos trabalhadores. Usam táticas de guerrilha de pouca sofisticação e elegância, mas muito eficientes para difamar, destruir, constranger, corromper, capturar, cooptar... É um câncer.
O PT só tem um papel em que é o melhor dos melhores: ser oposição. O barulho que fazem e a desagregação que fomentam só deixam uma saída à situação: ceder.
Enfim, os nomes e as pessoas devem ser combatidas, mas muito mais o partido.
Saudações