Fácil perceber se é o único que existe. Ignore todos os seres possivelmente ilusórios a sua volta, ou seja, nós do fórum ou pessoas próximas. O maior indicio da realidade não está na presença da mutua observação do "outro" na matriz "real", está na ausência do mesmo.
A falta de colaboradores nesta ajuda da interpretação do "real", é que da a impressão de que ela não é ilusória. E impressão esta, é a mais correta constatada até o momento.
Sinceramente não entendi, dentro dos meus sonhos isso é igualmente válido...
Nos seus sonhos, tudo o que você considera real é cortado por algum som, barulho, movimento, etc...desta suposta "realidade" aqui. O contrário não acontece. E se tentar ignorar tudo o que está nesta "realidade", você não está automaticamente nos seus sonhos.
Digo que esta realidade pode ser uma espécie de sonho, ou seja, que dura desde que nasci e só acabá quando morrer...
Mas já me dei por vencido, de toda forma... Meu ponto já foi colocado, como não trabalho com ideias de verdades, ele não pode e nem me interessa que seja provado ou aceito por todo mundo...
Mas quem disse que você nasceu? E se há dúvida, como a realidade pode ser uma espécie de sonho? Percebe agora a importância da matriz real? A matriz, como constructo, existe apesar da dúvida.
Quem disse que eu nasci? Boa pergunta...
Você segue o caminho de Descartes que levou a supor sua existência... Mas até onde estudei Descartes na Universidade ele não me convenceu... Eu já tive sonhos, por exemplo, onde era mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Eu era eu e era uma mulher grávida que conversávamos com um senhor que não me lembro o que fazia no sonhos, mas lá não percebia nada de anormal em eu ser eu e ser ela. Lembro que perguntava coisas uma hora ela respondia, outra hora eu, mas era sempre eu no sonho... Aqui é estranho, lá não era...
Outra coisa, o fato de eu possuir um "EU" não significa que eu possua existência real enquanto essência mesma. Os budistas dizem que todos os "eus" são mera ilusões. Shopenhauer diz que somos representações, fantasias, mas que em ultima instancia somos A Vontade. Seria como pensar numa toalha de mesa, ela é o todo, a vontade, imagine que eu coloque meus dedos por de baixo dela como fazendo dois bonequinhos que se conversam entre sim... O que há ali em essência além da toalha, assim que eu a estico os supostos "eus" que se formaram dela desaparecem, nunca foram mais que meras representações, ainda que supuséssemos que possuíssem aparelhos de percepções e se vissem como reais e separados, não deixam de ser o que são, a toalha... Enfim...