Autor Tópico: Questões de Gênero  (Lida 8437 vezes)

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Offline Fabrício

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #25 Online: 08 de Dezembro de 2012, 22:07:31 »
AleYatsis, você está dizendo então que homens e mulheres são iguais? Porque definição de gênero não passa disso, de diferenciar sexos diferentes.
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Offline DDV

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #26 Online: 08 de Dezembro de 2012, 22:18:42 »
Então tá, gênero é uma construção social, concordo. Que serve para?

Antes de responder, devemos primeiro questionar por que algo deve "servir" para alguma coisa, como sua pergunta pressupõe.

Porque eu estou fazendo uma afirmação de que isto só está servindo para gerar desigualdades, para oprimir não só a minoria mas a todos.

Mas essa sua afirmação é falsa.



Por favor, desenvolva...

http://en.wikipedia.org/wiki/Sex_differences_in_humans

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline AleYsatis

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #27 Online: 08 de Dezembro de 2012, 22:20:50 »
AleYatsis, você está dizendo então que homens e mulheres são iguais? Porque definição de gênero não passa disso, de diferenciar sexos diferentes.

Não só iguais, simplesmente não há homem e mulher... O que há é macho e fêmea, do ponto de vista biológico e só. A ideia de masculino e feminino é um invenção e como tal pode ser desconstruída. Se eu te pergunto me diga as características do masculino e do feminino, o que você me diria?

Acho que algo mais ou menos assim: "feminino é aquilo que é mais delicado, é mais frágil, é mais trabalhado... " e "masculino é aquilo que é mais forte, mais rude, mais simples..." Enfim, tudo bem, e quem define que essas características do feminino devem ser ligadas a um fato meramente biológico como ter um corpo de fêmea? Porque questões puramente biológicas devem definir quem trabalha no quê, quem cuida da casa, quem deve ser mais sensível, quem deve usar saia, quem pode ter relação sexual com quem?

São construções simplesmente completamente desnecessárias que durante toda a história só serviu para que houvesse uma subjugação do feminino pelo masculino. E digo isso de forma geral ,não só de uma subjugação da mulher em sí, mas uma rechaça de tudo o que está ligado ao feminino. Por isso nossa sociedade sendo machista e patriarcal não vê com bons olhos a sensibilidade, a fraqueza, o cuidado; e sim vê com bons olhos a competição a guerra de todos contra todos seja no mercado de trabalho, seja no ambiente privado...

Enfim, essas diferenciações diminuem possibilidades ao criar dois grupos bem definidos e antagônicos quando na verdade o ser humano é tão plural que existem infintas combinações possíveis entre homem, mulher, masculino, feminino, hétero e gay...
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Offline AleYsatis

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #28 Online: 08 de Dezembro de 2012, 22:24:21 »
Então tá, gênero é uma construção social, concordo. Que serve para?

Antes de responder, devemos primeiro questionar por que algo deve "servir" para alguma coisa, como sua pergunta pressupõe.

Porque eu estou fazendo uma afirmação de que isto só está servindo para gerar desigualdades, para oprimir não só a minoria mas a todos.

Mas essa sua afirmação é falsa.



Por favor, desenvolva...

http://en.wikipedia.org/wiki/Sex_differences_in_humans

Nossa um artigo do wikipedia? Que legal  :histeria: Mas enfim, conheço as diferenças biológicas entre ambos, se é disso que você está falando concordo contigo, há sim homem e mulher como coisas bem definidas por Deus...
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Offline AleYsatis

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #29 Online: 08 de Dezembro de 2012, 22:30:41 »
Tribo Mosuo – A última sociedade matriarcal

http://stephycavalcanti.wordpress.com/2012/01/26/tribo-mosuo-a-ultima-sociedade-matriarcal/

"Os homens fazem as atividades domésticas e são comandados por elas em atividades como a pesca e a criação de animais, estão plenamente conscientes do seu papel na tribo e não questionam a liderança das mulheres."

Configurações meramente sociais e como tal passiveis de mudança. Não seria melhor para todos que construíssemos uma sem classes, onde não precisássemos nos constituir em grupos onde sempre um domina o outro?
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Offline Rocky Joe

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #30 Online: 08 de Dezembro de 2012, 22:43:04 »
A existência de gênero enquanto construção social não pressupõe opressão de uma parte a outra.

Na nossa sociedade atual, note que as mulheres, mesmo ocasionalmente tendo que lutar para terem os mesmos direitos, não querem perder a sua cultura feminina. Não é a regra geral.

Se qualquer pessoa não quiser se encaixar em qualquer molde, que não se encaixe. Mas é bobo pedir  para que as outras pessoas também não se encaixem, algo como uma feminista dizendo às mulheres para não se maquiarem para o patriarcado.

Offline Rocky Joe

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #31 Online: 08 de Dezembro de 2012, 22:44:30 »
Agora dá licensa que minha namorada preparou um doce para mim com açúcar e com afeto.

:P

Offline AleYsatis

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #32 Online: 08 de Dezembro de 2012, 23:01:35 »
Agora dá licensa que minha namorada preparou um doce para mim com açúcar e com afeto.

:P

 :histeria:

Nada contra querer ser mulher e feminina, ou homem masculino, só acho meio triste essa visão de: "ah é assim mesmo, e agente ta feliz assim, sempre funcionou pra que questionar?" É uma visão bem natural do ser humano que inclusive os crentes fazem o tempo todo. Pra que se preocupar com isso, eu acredito e quero continuar acreditando, quem acha que minha fé atrapalha a sociedade lute pra mudar, isso é coisa de chato, de filósofo, eu to bem confortável acomodado ao sistema que me impuseram... 

PS: Eu também faço doces para quem gosto com açúcar e com afeto. Ta vendo e sou homem, pena que sociedade ainda ache mais estranho eu fazer isso que sua namorada...  :)
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Re:Questões de Gênero
« Resposta #33 Online: 08 de Dezembro de 2012, 23:47:59 »
PS: Eu também faço doces para quem gosto com açúcar e com afeto. Ta vendo e sou homem, pena que sociedade ainda ache mais estranho eu fazer isso que sua namorada...  :)

Generalização deveria ser uma falácia.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline AleYsatis

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #34 Online: 09 de Dezembro de 2012, 00:45:54 »
PS: Eu também faço doces para quem gosto com açúcar e com afeto. Ta vendo e sou homem, pena que sociedade ainda ache mais estranho eu fazer isso que sua namorada...  :)

Generalização deveria ser uma falácia.

Construa argumentos sem generalizar e você ganha um doce...  :hihi:

O jornalista que não sabia da sinédoque (Paulo Ghiraldelli Jr)

"Já faz um tempinho um jornalista que se dizia meu amigo veio torrar minha paciência com a seguinte frase: “não vale generalizar”. Ora, quando eu escuto alguém dizer isso, sei que o que vem adiante é estupidez.

Em certa medida escrever é generalizar. No caso específico do texto jornalístico (e também no texto literário), a generalização que comumente usamos é uma figura de linguagem autorizada pela gramática. Chama-se sinédoque. Todos nós podemos escrever o que escrevemos por causa da sinédoque. Sem ela, ficaríamos horas diante do teclado e não sairia nada – nadinha.

A sinédoque é a figura de linguagem que nos permite dizer coisas do tipo “o jogador brasileiro é habilidoso” ou “as mulheres são muito falantes” ou “os franceses são enjoados” e assim por diante. Em nenhum dos casos o leitor inteligente deverá, diante de alguém que escreve de modo inteligente, fazer a objeção “ah, nem todo francês é enjoado, isso é preconceito”. O mesmo vale para os outros exemplos. Ninguém deve dizer “ah, nem todo jogador brasileiro de futebol é habilidoso, hoje em dia a habilidade está com os italianos”. É outra bobagem. A sinédoque dá completa liberdade para que as características mais amplas sejam utilizadas em associação a um termo que, sem a figura de linguagem, não mereceria a característica imputada. Essa figura de linguagem é das mais importantes. Por uma razão simples: tente escrever sem ela. Tente e verá como é difícil, talvez impossível.

A sinédoque é o que alguns desinformados tomam por “generalização”, e então pensam poder acusar quem está “generalizando” de ato impróprio. Ora, não podemos escrever frases do tipo "os são-paulinos são barulhentos, mas o Huguinho, o Zezinho e o Luisinho, e mais o fulano X e o Y, não são". Não faria qualquer sentido um texto assim. Ou seja, quando escrevemos optamos quase que naturalmente pelo uso de vários tipos de sinédoque. Falamos sem medo de quem alguém acredite que se está falando do Huguinho ou do Zezinho etc., torcedores do São Paulo, que “os são paulinos são barulhentos”. O leitor inteligente sabe disso. O leitor inculto não. O leitor inculto e, pior, mentalmente limitado inventa de criticar e solta a frase imbecil: “não vale generalizar”. Isso ferve o meu sangue."

http://ghiraldelli.multiply.com/journal/item/468
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Re:Questões de Gênero
« Resposta #35 Online: 09 de Dezembro de 2012, 01:39:35 »
PS: Eu também faço doces para quem gosto com açúcar e com afeto. Ta vendo e sou homem, pena que sociedade ainda ache mais estranho eu fazer isso que sua namorada...  :)

Generalização deveria ser uma falácia.

Construa argumentos sem generalizar e você ganha um doce...  :hihi:

O jornalista que não sabia da sinédoque (Paulo Ghiraldelli Jr)

"Já faz um tempinho um jornalista que se dizia meu amigo veio torrar minha paciência com a seguinte frase: “não vale generalizar”. Ora, quando eu escuto alguém dizer isso, sei que o que vem adiante é estupidez.

Em certa medida escrever é generalizar. No caso específico do texto jornalístico (e também no texto literário), a generalização que comumente usamos é uma figura de linguagem autorizada pela gramática. Chama-se sinédoque. Todos nós podemos escrever o que escrevemos por causa da sinédoque. Sem ela, ficaríamos horas diante do teclado e não sairia nada – nadinha.

A sinédoque é a figura de linguagem que nos permite dizer coisas do tipo “o jogador brasileiro é habilidoso” ou “as mulheres são muito falantes” ou “os franceses são enjoados” e assim por diante. Em nenhum dos casos o leitor inteligente deverá, diante de alguém que escreve de modo inteligente, fazer a objeção “ah, nem todo francês é enjoado, isso é preconceito”. O mesmo vale para os outros exemplos. Ninguém deve dizer “ah, nem todo jogador brasileiro de futebol é habilidoso, hoje em dia a habilidade está com os italianos”. É outra bobagem. A sinédoque dá completa liberdade para que as características mais amplas sejam utilizadas em associação a um termo que, sem a figura de linguagem, não mereceria a característica imputada. Essa figura de linguagem é das mais importantes. Por uma razão simples: tente escrever sem ela. Tente e verá como é difícil, talvez impossível.

A sinédoque é o que alguns desinformados tomam por “generalização”, e então pensam poder acusar quem está “generalizando” de ato impróprio. Ora, não podemos escrever frases do tipo "os são-paulinos são barulhentos, mas o Huguinho, o Zezinho e o Luisinho, e mais o fulano X e o Y, não são". Não faria qualquer sentido um texto assim. Ou seja, quando escrevemos optamos quase que naturalmente pelo uso de vários tipos de sinédoque. Falamos sem medo de quem alguém acredite que se está falando do Huguinho ou do Zezinho etc., torcedores do São Paulo, que “os são paulinos são barulhentos”. O leitor inteligente sabe disso. O leitor inculto não. O leitor inculto e, pior, mentalmente limitado inventa de criticar e solta a frase imbecil: “não vale generalizar”. Isso ferve o meu sangue."

http://ghiraldelli.multiply.com/journal/item/468

Todos que leem Ghiraldelli deveriam se informar melhor.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline DDV

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #36 Online: 09 de Dezembro de 2012, 01:59:54 »
Então tá, gênero é uma construção social, concordo. Que serve para?

Antes de responder, devemos primeiro questionar por que algo deve "servir" para alguma coisa, como sua pergunta pressupõe.

Porque eu estou fazendo uma afirmação de que isto só está servindo para gerar desigualdades, para oprimir não só a minoria mas a todos.

Mas essa sua afirmação é falsa.



Por favor, desenvolva...

http://en.wikipedia.org/wiki/Sex_differences_in_humans

Nossa um artigo do wikipedia? Que legal  :histeria: Mas enfim, conheço as diferenças biológicas entre ambos, se é disso que você está falando concordo contigo, há sim homem e mulher como coisas bem definidas por Deus...

Um livro do terceiro ano primário já expõe isso de forma clara o suficiente.

Já foi dito aqui que "gênero" é a face social do sexo. Alguma dificuldade ou dúvida em relação a isso?

 
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Offline AleYsatis

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #37 Online: 09 de Dezembro de 2012, 02:06:26 »
PS: Eu também faço doces para quem gosto com açúcar e com afeto. Ta vendo e sou homem, pena que sociedade ainda ache mais estranho eu fazer isso que sua namorada...  :)

Generalização deveria ser uma falácia.

Construa argumentos sem generalizar e você ganha um doce...  :hihi:

O jornalista que não sabia da sinédoque (Paulo Ghiraldelli Jr)

"Já faz um tempinho um jornalista que se dizia meu amigo veio torrar minha paciência com a seguinte frase: “não vale generalizar”. Ora, quando eu escuto alguém dizer isso, sei que o que vem adiante é estupidez.

Em certa medida escrever é generalizar. No caso específico do texto jornalístico (e também no texto literário), a generalização que comumente usamos é uma figura de linguagem autorizada pela gramática. Chama-se sinédoque. Todos nós podemos escrever o que escrevemos por causa da sinédoque. Sem ela, ficaríamos horas diante do teclado e não sairia nada – nadinha.

A sinédoque é a figura de linguagem que nos permite dizer coisas do tipo “o jogador brasileiro é habilidoso” ou “as mulheres são muito falantes” ou “os franceses são enjoados” e assim por diante. Em nenhum dos casos o leitor inteligente deverá, diante de alguém que escreve de modo inteligente, fazer a objeção “ah, nem todo francês é enjoado, isso é preconceito”. O mesmo vale para os outros exemplos. Ninguém deve dizer “ah, nem todo jogador brasileiro de futebol é habilidoso, hoje em dia a habilidade está com os italianos”. É outra bobagem. A sinédoque dá completa liberdade para que as características mais amplas sejam utilizadas em associação a um termo que, sem a figura de linguagem, não mereceria a característica imputada. Essa figura de linguagem é das mais importantes. Por uma razão simples: tente escrever sem ela. Tente e verá como é difícil, talvez impossível.

A sinédoque é o que alguns desinformados tomam por “generalização”, e então pensam poder acusar quem está “generalizando” de ato impróprio. Ora, não podemos escrever frases do tipo "os são-paulinos são barulhentos, mas o Huguinho, o Zezinho e o Luisinho, e mais o fulano X e o Y, não são". Não faria qualquer sentido um texto assim. Ou seja, quando escrevemos optamos quase que naturalmente pelo uso de vários tipos de sinédoque. Falamos sem medo de quem alguém acredite que se está falando do Huguinho ou do Zezinho etc., torcedores do São Paulo, que “os são paulinos são barulhentos”. O leitor inteligente sabe disso. O leitor inculto não. O leitor inculto e, pior, mentalmente limitado inventa de criticar e solta a frase imbecil: “não vale generalizar”. Isso ferve o meu sangue."

http://ghiraldelli.multiply.com/journal/item/468

Todos que leem Ghiraldelli deveriam se informar melhor.

Isso é uma generalização? Não ganhou o meu docinho  :hihi:
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Re:Questões de Gênero
« Resposta #38 Online: 09 de Dezembro de 2012, 02:18:11 »
PS: Eu também faço doces para quem gosto com açúcar e com afeto. Ta vendo e sou homem, pena que sociedade ainda ache mais estranho eu fazer isso que sua namorada...  :)

Generalização deveria ser uma falácia.

Construa argumentos sem generalizar e você ganha um doce...  :hihi:

O jornalista que não sabia da sinédoque (Paulo Ghiraldelli Jr)

"Já faz um tempinho um jornalista que se dizia meu amigo veio torrar minha paciência com a seguinte frase: “não vale generalizar”. Ora, quando eu escuto alguém dizer isso, sei que o que vem adiante é estupidez.

Em certa medida escrever é generalizar. No caso específico do texto jornalístico (e também no texto literário), a generalização que comumente usamos é uma figura de linguagem autorizada pela gramática. Chama-se sinédoque. Todos nós podemos escrever o que escrevemos por causa da sinédoque. Sem ela, ficaríamos horas diante do teclado e não sairia nada – nadinha.

A sinédoque é a figura de linguagem que nos permite dizer coisas do tipo “o jogador brasileiro é habilidoso” ou “as mulheres são muito falantes” ou “os franceses são enjoados” e assim por diante. Em nenhum dos casos o leitor inteligente deverá, diante de alguém que escreve de modo inteligente, fazer a objeção “ah, nem todo francês é enjoado, isso é preconceito”. O mesmo vale para os outros exemplos. Ninguém deve dizer “ah, nem todo jogador brasileiro de futebol é habilidoso, hoje em dia a habilidade está com os italianos”. É outra bobagem. A sinédoque dá completa liberdade para que as características mais amplas sejam utilizadas em associação a um termo que, sem a figura de linguagem, não mereceria a característica imputada. Essa figura de linguagem é das mais importantes. Por uma razão simples: tente escrever sem ela. Tente e verá como é difícil, talvez impossível.

A sinédoque é o que alguns desinformados tomam por “generalização”, e então pensam poder acusar quem está “generalizando” de ato impróprio. Ora, não podemos escrever frases do tipo "os são-paulinos são barulhentos, mas o Huguinho, o Zezinho e o Luisinho, e mais o fulano X e o Y, não são". Não faria qualquer sentido um texto assim. Ou seja, quando escrevemos optamos quase que naturalmente pelo uso de vários tipos de sinédoque. Falamos sem medo de quem alguém acredite que se está falando do Huguinho ou do Zezinho etc., torcedores do São Paulo, que “os são paulinos são barulhentos”. O leitor inteligente sabe disso. O leitor inculto não. O leitor inculto e, pior, mentalmente limitado inventa de criticar e solta a frase imbecil: “não vale generalizar”. Isso ferve o meu sangue."

http://ghiraldelli.multiply.com/journal/item/468

Todos que leem Ghiraldelli deveriam se informar melhor.

Isso é uma generalização? Não ganhou o meu docinho  :hihi:

Tudo bem, todos os seus docinhos devem ser ruins.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #39 Online: 09 de Dezembro de 2012, 03:11:10 »

Um livro do terceiro ano primário já expõe isso de forma clara o suficiente.

Já foi dito aqui que "gênero" é a face social do sexo. Alguma dificuldade ou dúvida em relação a isso?

 

O problema é que tais classificações apenas oprimem. É meio como dizer que alguém trabalha na "indústria", OU "comércio",  OU "ciências", OU "educação", OU "entretenimento", OU "saúde", quando essas categorias têm mais sobreposição do que diferença, e em suas diferenças, são inextrincavelmente interligadas, não fazendo sentido algum dizer que a pessoa trabalha em dada "profissão" ou que tem uma dada "função". É o que Marx chamava de alienação. Aliena-se o ser humano de todo seu potencial, do seu eu completo, e se fica apenas com a fatia que é momentaneamente útil ao sistema.

São todas atividades HUMANAS, dignas de igual respeito, e a divisão nessas categorias só serve para opressão, para limitar aquilo que cada um é "capaz" ou não de fazer. Quando alguém se forma numa "faculdade" de "medicina", se diz então que elæ é "médico", de acordo com a tradição eur*péia, o único habilitado a dar seu parecer sobre questões sobre a saúde humana, em detrimento de todas as outras formas de conhecimento sobre isso.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #40 Online: 09 de Dezembro de 2012, 03:30:23 »
A existência de gênero enquanto construção social não pressupõe opressão de uma parte a outra.

"O maior truque já realizado pelo diabo foi convencer o mundo de que ele não existe." Mário Quintana



Citar
Na nossa sociedade atual, note que as mulheres, mesmo ocasionalmente tendo que lutar para terem os mesmos direitos, não querem perder a sua cultura feminina. Não é a regra geral.

http://en.wikipedia.org/wiki/Brainwashing


Citar
Se qualquer pessoa não quiser se encaixar em qualquer molde, que não se encaixe.


...e sofra as conseqüências.


Citar
Mas é bobo pedir  para que as outras pessoas também não se encaixem, algo como uma feminista dizendo às mulheres para não se maquiarem para o patriarcado.

"The genius of any slave system is found in the dynamics which isolate slaves from each other, obscure the reality of a common condition, and make united rebellion against the oppressor inconceivable". Andrea Dworkin

Offline Geotecton

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #41 Online: 09 de Dezembro de 2012, 03:37:28 »
Sinceramente? Hoje não, comi umas sementinhas de trepadeira elefante só...  :biglol:

Mas porque?
Porque você está escrevendo muita merda nonsense em curto espaço de tempo. Deveria dar uma descanso e tomar cuidado pra não confundir tomada com nariz de porco enquanto o efeito passa.
Menos.

Muito menos.

Na próxima demonstração de falta de educação com o forista AleYsatis, neste tópico, você receberá um cartão.
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Offline Geotecton

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #42 Online: 09 de Dezembro de 2012, 03:39:57 »
[...]
Todos que leem Ghiraldelli deveriam se informar melhor.

Foque a crítica no texto, pois da maneira que você escreveu está parecendo um ad hominem de modo indireto.
Foto USGS

Offline Geotecton

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #43 Online: 09 de Dezembro de 2012, 03:47:12 »
[...]
São construções simplesmente completamente desnecessárias que durante toda a história só serviu para que houvesse uma subjugação do feminino pelo masculino.
[...]

Você tem certeza que nunca existiu nenhuma cultura em que a mulher era a parte central? Porque se existiu ao menos uma, a sua afirmação 'cai por terra'.
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Offline AleYsatis

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #44 Online: 09 de Dezembro de 2012, 06:24:39 »
Sinceramente? Hoje não, comi umas sementinhas de trepadeira elefante só...  :biglol:

Mas porque?
Porque você está escrevendo muita merda nonsense em curto espaço de tempo. Deveria dar uma descanso e tomar cuidado pra não confundir tomada com nariz de porco enquanto o efeito passa.
Menos.

Muito menos.

Na próxima demonstração de falta de educação com o forista AleYsatis, neste tópico, você receberá um cartão.
Não precisa dar cartão não, é bom saber como estão soando as ideias pra ajuda a construir novas "provocações" e argumentos que ajudem a desenvolver algo na discussão...  :ok:

[...]
Todos que leem Ghiraldelli deveriam se informar melhor.

Foque a crítica no texto, pois da maneira que você escreveu está parecendo um ad hominem de modo indireto.
Acho Ghiraldelli um idiota pra falar a verdade, mas todo idiota também pode falar coisas coerentes né? Ou não acha coerente esta critica a generalização, se não acha porquê?

[...]
São construções simplesmente completamente desnecessárias que durante toda a história só serviu para que houvesse uma subjugação do feminino pelo masculino.
[...]

Você tem certeza que nunca existiu nenhuma cultura em que a mulher era a parte central? Porque se existiu ao menos uma, a sua afirmação 'cai por terra'.
Não vejo onde cai por terra, eu mesmo dei um exemplo de uma dominação inversa de uma tribo matriarcal e fiz uma critica a ela também. Falei numa subjugação feminina porque estava pensando especificamente na nossa, mas mesmo que fosse ao contrário, o que estou afirmando é que se há diferenciação há subjugação de alguém por alguém. E se não houver qualquer subjugação ainda fica a outra questão que eu coloco, qual é a utilidade da diferenciação então?

É obvio que hoje que já temos essas imposições os homens não querem "deixar de ser homens" enquanto simbolo estabelecido de conduta e tudo mais. E mesmo as mulheres não querer deixar a feminilidade, mas porque nós já estamos inscritos nisso; e pensar em abandonar isso agora soa como perder a identidade, pois já nos construímos assim.

O que quero saber é qual a utilidade disso? E se existe algo positivo além dos aspectos negativos que já coloquei? E talvez uma outra pergunta surja, porque a maioria das pessoas não quer abandonar esse modelo? Será que é pelos mesmos motivos que no geral não querem abandonar qualquer outra crença e imposição social que os constitui, pelo mesmo motivo que somos tão conservadores para quase todos os assuntos, ou seja, porque somos ovelhinhas adestradas que não gostamos de pensar nos porquês de sermos como somos e quais as consequências dessas construções sociais?

« Última modificação: 09 de Dezembro de 2012, 06:28:09 por AleYsatis »
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Re:Questões de Gênero
« Resposta #45 Online: 09 de Dezembro de 2012, 13:13:07 »
[...]
Todos que leem Ghiraldelli deveriam se informar melhor.

Foque a crítica no texto, pois da maneira que você escreveu está parecendo um ad hominem de modo indireto.

Depois do tu quoque do forista e do ad hominem presente no texto citado, fica difícil levar a discussão a sério.

Se generalizar não é mais um problema fica muito fácil nivelar tudo no nível retórico, se generalizar não pode ser considerado desnestidade intelectual pode-se afirmar quase qualquer coisa sem hesitar, e sem se preocupar com o absurdo da afirmação.
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Re:Questões de Gênero
« Resposta #46 Online: 09 de Dezembro de 2012, 15:04:46 »
[...]
Todos que leem Ghiraldelli deveriam se informar melhor.

Foque a crítica no texto, pois da maneira que você escreveu está parecendo um ad hominem de modo indireto.

Depois do tu quoque do forista e do ad hominem presente no texto citado, fica difícil levar a discussão a sério.

Se generalizar não é mais um problema fica muito fácil nivelar tudo no nível retórico, se generalizar não pode ser considerado desnestidade intelectual pode-se afirmar quase qualquer coisa sem hesitar, e sem se preocupar com o absurdo da afirmação.

Descobri que a generalização pode ser chamada de "Falácia da Lógica Quantificacional Universal". :)
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Derfel

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #47 Online: 09 de Dezembro de 2012, 15:29:00 »
Interessante notar que questões de gênero é um assunto muito pertinente e atual, mas no tópico parece resumido em um componente biológico e uma anarquia de gêneros. Questões de gênero envolvem coisas mais complexas de se discutir como os travestis e transexuais, nome social e o direito de ser visto como se sente. Um exemplo (e isso é mais comum que se imagina), um travesti ou um transexual masculino que queira ser consultado por um ginecologista, como deve ser essa relação? Ainda que se veja como mulher, não deixa de possuir uma próstata e um pênis (caso não tenha feito cirurgia) e necessita de cuidados eminentemente masculinos. Como proceder? Esses são exemplos de questões de gênero que deveriam ser debatidos.

Offline Canopus

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #48 Online: 09 de Dezembro de 2012, 15:34:58 »
Tudo isso sem falar do cartunista Laerte. Acho que, sem querer, ele trouxe o assunto à baila de forma mais explícita.
E veio com um novo termo: "cross-dressing".
A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
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Offline Canopus

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Re:Questões de Gênero
« Resposta #49 Online: 09 de Dezembro de 2012, 15:36:30 »
A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
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