PS: Eu também faço doces para quem gosto com açúcar e com afeto. Ta vendo e sou homem, pena que sociedade ainda ache mais estranho eu fazer isso que sua namorada... 
Generalização deveria ser uma falácia.
Construa argumentos sem generalizar e você ganha um doce...

O jornalista que não sabia da sinédoque (Paulo Ghiraldelli Jr)
"Já faz um tempinho um jornalista que se dizia meu amigo veio torrar minha paciência com a seguinte frase: “não vale generalizar”. Ora, quando eu escuto alguém dizer isso, sei que o que vem adiante é estupidez.
Em certa medida escrever é generalizar. No caso específico do texto jornalístico (e também no texto literário), a generalização que comumente usamos é uma figura de linguagem autorizada pela gramática. Chama-se sinédoque. Todos nós podemos escrever o que escrevemos por causa da sinédoque. Sem ela, ficaríamos horas diante do teclado e não sairia nada – nadinha.
A sinédoque é a figura de linguagem que nos permite dizer coisas do tipo “o jogador brasileiro é habilidoso” ou “as mulheres são muito falantes” ou “os franceses são enjoados” e assim por diante. Em nenhum dos casos o leitor inteligente deverá, diante de alguém que escreve de modo inteligente, fazer a objeção “ah, nem todo francês é enjoado, isso é preconceito”. O mesmo vale para os outros exemplos. Ninguém deve dizer “ah, nem todo jogador brasileiro de futebol é habilidoso, hoje em dia a habilidade está com os italianos”. É outra bobagem. A sinédoque dá completa liberdade para que as características mais amplas sejam utilizadas em associação a um termo que, sem a figura de linguagem, não mereceria a característica imputada. Essa figura de linguagem é das mais importantes. Por uma razão simples: tente escrever sem ela. Tente e verá como é difícil, talvez impossível.
A sinédoque é o que alguns desinformados tomam por “generalização”, e então pensam poder acusar quem está “generalizando” de ato impróprio. Ora, não podemos escrever frases do tipo "os são-paulinos são barulhentos, mas o Huguinho, o Zezinho e o Luisinho, e mais o fulano X e o Y, não são". Não faria qualquer sentido um texto assim. Ou seja, quando escrevemos optamos quase que naturalmente pelo uso de vários tipos de sinédoque. Falamos sem medo de quem alguém acredite que se está falando do Huguinho ou do Zezinho etc., torcedores do São Paulo, que “os são paulinos são barulhentos”. O leitor inteligente sabe disso. O leitor inculto não. O leitor inculto e, pior, mentalmente limitado inventa de criticar e solta a frase imbecil: “não vale generalizar”. Isso ferve o meu sangue."
http://ghiraldelli.multiply.com/journal/item/468