Autor Tópico: No teto do meu quarto...  (Lida 6770 vezes)

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Offline Novag

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No teto do meu quarto...
« Online: 26 de Dezembro de 2012, 21:53:12 »
Amigos,

Sou veterano em discussões sobre temas religiosos a mais de 15 anos. Começei como teísta, mas hoje sou agnóstico.

Bem, durante esse tempo lancei um desafio em comunidades espíritas , gnósticas, evangélicas, etc, etc...

É que tenho desenhado no teto do meu quarto uma "coisa", e gostaria que alguem ( seja por projeção astral, por revelação ou outro método sobrenatural) conseguisse me dizer qual é esse desenho. Na verdade alguns até tentaram, dizendo ter visto uma estrela ou outro simbolo qualquer, mas eu havia me encarregado de desenhar algo, embora simples, nada comum para ser deduzido à base de um chute; diria "pseudo revelação", ainda que não má intencionada...

Bem, decidi tocar nesse assunto  porque semana que vem, depois de muitos anos, pintarei o teto do meu quarto e assim tal desenho será apagado. Estou comentando isso porque até hoje não sei se lancei esse desafio com um ar de sarcasmo, ou se realmente desejava do fundo do meu coração estar errado quando a inexistencia do "sobrenatural".

Lembro-me de já ter lido algumas coisas sobre testes de percepção extra sensorial e afins, mas também percebi que os mesmos resultados tambem poderiam ser conseguidos se fizessemos um trabalho aleatório.
« Última modificação: 26 de Dezembro de 2012, 21:56:52 por Novag »

Offline uiliníli

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Re:To teto do meu quarto...
« Resposta #1 Online: 26 de Dezembro de 2012, 22:03:19 »
Mesmo não sendo algo tão comum, seu desenho não está livre de ser adivinhado por mero acaso. De qualquer forma, não haveria como tirar a dúvida, então esse não é um teste muito esclarecedor. Aliás, acho que a forma como você reagiria a isso diz mais sobre você do que sobre os supostos poderes do adivinho.

Quanto a um possível desejo íntimo de que exista uma realidade sobrenatural, bem, acho que não tem nada de errado com isso. O ceticismo é uma postura de dúvida, não de certeza dogmática.

Offline Geotecton

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #2 Online: 26 de Dezembro de 2012, 22:52:34 »
[...]
Quanto a um possível desejo íntimo de que exista uma realidade sobrenatural, bem, acho que não tem nada de errado com isso. O ceticismo é uma postura de dúvida, não de certeza dogmática.

Não tem nada de errado mesmo.

Eu, por exemplo, estou pedindo a Gaia e a Cronos que me forneçam os números que serão sorteados na 'megasena da virada' e que, é claro, eu ganhe sozinho.  :biglol:
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Offline Price

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #3 Online: 26 de Dezembro de 2012, 23:23:27 »
Aposto que é um animal marinho, certamente um golfinho.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Gigaview

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #4 Online: 26 de Dezembro de 2012, 23:29:44 »
Novag, e se alguém acertar? Qual é o significado disso para você?

Como o uiliníli disse, alguém pode acertar por mero acaso e você corre o risco de se convencer equivocadamente por conta de um experimento mal formulado. Abaixo, um exemplo de como organizar corretamente um experimento para o seu desafio:

../forum/topic=26082.100.html#msg669533
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Offline Correio

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #5 Online: 27 de Dezembro de 2012, 01:39:10 »
Caraca véi, na boa......tá esperando que alguém adivinhe um desenho no teto? Espere pelas análises do AMS, aí sim é show de bola. Quem joga na mega-sena tem probabilidades de acertar, não é Giga?  :wink:
Quando se tem pouco, pouco se tem a perder.

Offline Novag

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #6 Online: 27 de Dezembro de 2012, 07:59:08 »
Amigos,

O desenho no teto do meu quarto não tinha um direcionamento de linhas definido, mais parecendo um “144” ou um “hhI” de ponta cabeça [que seria a resposta].

O meu desafio se estendeu por muito tempo e varios religiosos [de todas as linhas que consegui encontrar]tomaram conhecimento dele na época.
Honestamente falando, acho muito mais difícil uma pessoa acertar um desenho do que os números da mega  [que espero acertar], principalmente se estendermos para desenhos não definidos.

Giga, apesar de ser um desenho “difícil” de se acertar, teve momentos que realmente tive medo que alguém conseguisse.  Naturalmente, se alguém acertasse, eu iria atrás dessa pessoa para entender melhor o que se passou, e, dependendo, hoje eu poderia até estar com um turbante deitado em uma cama de pregos ou pendurado por ganchos, vai saber...

Uiliníli, na condição de agnóstico eu estaria mais inclinado a crer em algo caso alguém acertasse o desenho,  porque as tentativas não passaram de 10. Se o número de tentativas tivesse sido bem maior que isso e alguém acertasse, eu poderia acreditar em um chute.
Existe tambem a possibilidade de alguém querer fazer um truque de mágica, mas quanto a isso eu estava resguardado, pois sou ilusionista com mais de 20 anos de profissão e já conheço o "pulo do gato".

De fato, um  “milagre” , por mais simples que seja, pode ser muito mais convincente do que um mar de palavras escritas em um livro sagrado, ou um berreiro coletivo dentro de uma igreja.


Offline AlienígenA

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #7 Online: 27 de Dezembro de 2012, 09:33:14 »
Há muitos anos, brincando com uma amiga eu disse que a conhecia tão bem que poderia adivinhar o que ela estava pensando. Ela então me perguntou que número havia pensado, ri e chutei um número qualquer, sabendo que ia errar. Coincidentemente, eu acertei. Ela ficou tão espantada que pediu que eu advinhasse outro. Por acaso eu disse a data de nascimento dela e acertei pela segunda vez consecultiva. Ela quis continuar, mas eu sabendo que muito provavelmente não ia acontecer uma terceira vez, me recusei, dizendo que já tinha dado provas suficientes.  :lol:  Ela ficou tão impressionada que passou a ficar receosa de que eu realmente conseguisse ler seus pensamentos. Só anos depois eu contei a verdade, mas ela continua sismada até hoje.  :lol:

Offline uiliníli

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #8 Online: 27 de Dezembro de 2012, 09:43:03 »
Uiliníli, na condição de agnóstico eu estaria mais inclinado a crer em algo caso alguém acertasse o desenho,  porque as tentativas não passaram de 10. Se o número de tentativas tivesse sido bem maior que isso e alguém acertasse, eu poderia acreditar em um chute.
Existe tambem a possibilidade de alguém querer fazer um truque de mágica, mas quanto a isso eu estava resguardado, pois sou ilusionista com mais de 20 anos de profissão e já conheço o "pulo do gato".

A necessidade de um teste duplo-cego é até para proteger os dois lados a pessoa que está tentando adivinhar de você mesmo, afinal quem teve uma "visão" do seu quarto e disse que o desenho era de um peixe pode achar que você mentiu sobre o que tinha lá apenas para não dar o braço a torcer.

E uma coisa que você não considerou é: e se por coincidência você propõe o desafio a um amigo seu que já esteve no seu quarto? Se o desafio está de pé a tanto tempo, algumas pessoas já devem tê-lo visto. De repente alguém lembra consciente ou inconscientemente que já viu um 144 no teto de alguma pessoa que visitou alguma vez e pimba, seu desafio foi cumprido.

Offline uiliníli

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #9 Online: 27 de Dezembro de 2012, 09:56:41 »
Há muitos anos, brincando com uma amiga eu disse que a conhecia tão bem que poderia adivinhar o que ela estava pensando. Ela então me perguntou que número havia pensado, ri e chutei um número qualquer, sabendo que ia errar. Coincidentemente, eu acertei. Ela ficou tão espantada que pediu que eu advinhasse outro. Por acaso eu disse a data de nascimento dela e acertei pela segunda vez consecultiva. Ela quis continuar, mas eu sabendo que muito provavelmente não ia acontecer uma terceira vez, me recusei, dizendo que já tinha dado provas suficientes.  :lol:  Ela ficou tão impressionada que passou a ficar receosa de que eu realmente conseguisse ler seus pensamentos. Só anos depois eu contei a verdade, mas ela continua sismada até hoje.  :lol:

Eu também já fiz isso, mas foi logo depois de uma brincadeira matemática de adivinhação, então a primeira a adivinha não foi por sorte, mas a segunda foi.

Outra coincidência interessante foi quando eu estava fazendo uma disciplina de química experimental na faculdade e um amigo meu pegou uma colherada de um sal e disse que ia pesar exatamente 1 g. A balança marcou 1,0000 g.

Mas talvez a maior coincidência que tenha me ocorrido é esta: eu estudava esperanto. Hoje eu não sou mais entusiasta da língua, mas por uma época eu fui meio fissurado, fazia cursos virtuais, lia gramáticas... teve um período em que esse era o meu hobby, eu cismei de aprender, então eu ficava estudando. Um dia, no meio da madrugada, lá estava eu lendo a Plena Manlibro de Esperanta Gramatiko em voz alta quando o telefone tocou. Estranho receber uma ligação de madrugada, mas eu fui atender. Do outro lado da linha tinha alguém falando esperanto comigo.

Eu achei que fosse algum vizinho me pregando uma peça, talvez eu estivesse falando muito alto... mas ainda seria uma grande coincidência eu ter um vizinho que falasse a língua... e além disso, nenhum de meus vizinhos tinha meu número de telefone. Continuei conversando com o sujeito para tentar descobrir quem era. Era um trote. Era de um rapaz que fazia parte de um clube de esperanto de minha cidade, que à época eu não sabia que existia, e que de madrugada, quando estava sem sono e entediado, tinha o mal-hábito de passar trotes para as pessoas falando em esperanto com elas.

E por coincidência me pegou exatamente na hora em que eu estava estudando e falando o idioma em voz alta, o que mesmo eu sendo cético fez meu coração disparar com a certeza de que eu estava sendo observado ou a dúvida sobre se eu não estava sonhando. Mas eu não estava. Tanto que eu combinei de encontrar pessoalmente com o cara, para ele me apresentar ao tal clube. Eu visitei o clube algumas vezes, até comi um yakissoba lá na última vez. Mas o problema é que o rapaz contou a história de como me conheceu para os caras que administravam um grupo, um casal de senhores espíritas. E sendo espíritas, eles tiveram que considerar que foi o destino que causou essa coincidência e que tinha algo a ver com nossa missão na Terra a gente se encontrar. Claro que eu não aguentei essa besteira muito tempo.


Offline Novag

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #10 Online: 27 de Dezembro de 2012, 10:41:23 »
Esses exemplos são apenas uma amostragem do que realmente acontece antes de nascerem as crenças. As pessoas tendem a querer uma resposta sobrenatural para certas  coincidências, onde algumas até aumentam algum detalhe por conta própria ao repassar a história.

Offline JohnnyRivers

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #11 Online: 27 de Dezembro de 2012, 11:28:55 »
Esses exemplos são apenas uma amostragem do que realmente acontece antes de nascerem as crenças. As pessoas tendem a querer uma resposta sobrenatural para certas  coincidências, onde algumas até aumentam algum detalhe por conta própria ao repassar a história.

Exceto as crenças post-mortem.
Cuidado ao generalizar.
« Última modificação: 27 de Dezembro de 2012, 11:31:42 por JohnnyRivers »
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Offline Fabrício

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #12 Online: 27 de Dezembro de 2012, 12:33:40 »
Citar
O desenho no teto do meu quarto não tinha um direcionamento de linhas definido, mais parecendo um “144” ou um “hhI” de ponta cabeça [que seria a resposta].

É o símbolo do anti-cristo, o reino de fogo, choro e ranger de dentes começará pelo seu quarto!  :medo:

Fuja para as montanhas!!!!
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Offline AlienígenA

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #13 Online: 27 de Dezembro de 2012, 12:45:38 »
Há muitos anos, brincando com uma amiga eu disse que a conhecia tão bem que poderia adivinhar o que ela estava pensando. Ela então me perguntou que número havia pensado, ri e chutei um número qualquer, sabendo que ia errar. Coincidentemente, eu acertei. Ela ficou tão espantada que pediu que eu advinhasse outro. Por acaso eu disse a data de nascimento dela e acertei pela segunda vez consecultiva. Ela quis continuar, mas eu sabendo que muito provavelmente não ia acontecer uma terceira vez, me recusei, dizendo que já tinha dado provas suficientes.  :lol:  Ela ficou tão impressionada que passou a ficar receosa de que eu realmente conseguisse ler seus pensamentos. Só anos depois eu contei a verdade, mas ela continua sismada até hoje.  :lol:

Eu também já fiz isso, mas foi logo depois de uma brincadeira matemática de adivinhação, então a primeira a adivinha não foi por sorte, mas a segunda foi.

Outra coincidência interessante foi quando eu estava fazendo uma disciplina de química experimental na faculdade e um amigo meu pegou uma colherada de um sal e disse que ia pesar exatamente 1 g. A balança marcou 1,0000 g.

Mas talvez a maior coincidência que tenha me ocorrido é esta: eu estudava esperanto. Hoje eu não sou mais entusiasta da língua, mas por uma época eu fui meio fissurado, fazia cursos virtuais, lia gramáticas... teve um período em que esse era o meu hobby, eu cismei de aprender, então eu ficava estudando. Um dia, no meio da madrugada, lá estava eu lendo a Plena Manlibro de Esperanta Gramatiko em voz alta quando o telefone tocou. Estranho receber uma ligação de madrugada, mas eu fui atender. Do outro lado da linha tinha alguém falando esperanto comigo.

Eu achei que fosse algum vizinho me pregando uma peça, talvez eu estivesse falando muito alto... mas ainda seria uma grande coincidência eu ter um vizinho que falasse a língua... e além disso, nenhum de meus vizinhos tinha meu número de telefone. Continuei conversando com o sujeito para tentar descobrir quem era. Era um trote. Era de um rapaz que fazia parte de um clube de esperanto de minha cidade, que à época eu não sabia que existia, e que de madrugada, quando estava sem sono e entediado, tinha o mal-hábito de passar trotes para as pessoas falando em esperanto com elas.

E por coincidência me pegou exatamente na hora em que eu estava estudando e falando o idioma em voz alta, o que mesmo eu sendo cético fez meu coração disparar com a certeza de que eu estava sendo observado ou a dúvida sobre se eu não estava sonhando. Mas eu não estava. Tanto que eu combinei de encontrar pessoalmente com o cara, para ele me apresentar ao tal clube. Eu visitei o clube algumas vezes, até comi um yakissoba lá na última vez. Mas o problema é que o rapaz contou a história de como me conheceu para os caras que administravam um grupo, um casal de senhores espíritas. E sendo espíritas, eles tiveram que considerar que foi o destino que causou essa coincidência e que tinha algo a ver com nossa missão na Terra a gente se encontrar. Claro que eu não aguentei essa besteira muito tempo.

Coincidentemente, as coincidências também me perseguem. Confesso que isso me faz bem. E para minha felicidade, elas ocorrem com frequência. É uma das poucas coisas que me faz recordar a boa sensação de assombro. Não me lembro agora de algo semelhante a essa sua do esperanto, mas já passei muita coisa semelhante, dessas de fazer a gente (eu, no caso) nutrir uma pontinha de esperança meio mágica. Infelizmente (digo infelizmente porque sempre me bate uma nostagiazinha da mente de criança), minha capacidade de ter fé não dura muito mais que alguns segundos, só o tempo necessário para que o cérebro se encarregue quase automaticamente de encontrar uma explicação mais simples para tudo. 

Offline Novag

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #14 Online: 27 de Dezembro de 2012, 12:54:54 »
Esses exemplos são apenas uma amostragem do que realmente acontece antes de nascerem as crenças. As pessoas tendem a querer uma resposta sobrenatural para certas  coincidências, onde algumas até aumentam algum detalhe por conta própria ao repassar a história.

Exceto as crenças post-mortem.
Cuidado ao generalizar.

Não entendi. Dê-me um exemplo. 

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #15 Online: 27 de Dezembro de 2012, 13:12:02 »
Esses exemplos são apenas uma amostragem do que realmente acontece antes de nascerem as crenças. As pessoas tendem a querer uma resposta sobrenatural para certas  coincidências, onde algumas até aumentam algum detalhe por conta própria ao repassar a história.

Exceto as crenças post-mortem.
Cuidado ao generalizar.

Não entendi. Dê-me um exemplo.

Crenças sobre reencarnação, céu, inferno, paraíso, alma, espirito, etc., não se encaixam nesta sua teoria. Só estou fazendo uma ressalva aos tipos de crenças na qual sua argumentação refere-se.
"Que homem é um homem que não torna o mundo melhor?"

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #16 Online: 27 de Dezembro de 2012, 13:46:33 »
Esses exemplos são apenas uma amostragem do que realmente acontece antes de nascerem as crenças. As pessoas tendem a querer uma resposta sobrenatural para certas  coincidências, onde algumas até aumentam algum detalhe por conta própria ao repassar a história.
Bem...eu gostaria de ler a opinião de vocês sobre os "experimentos científicos" que parecem concluir que há uma certa clarividência pela mente humana.
Já sei que vão me pedir as fontes do que vou escrever abaixo...tentarei localizar e postar (se souberem...me ajudem) mas pesquisei rapidamente antes de postar e não localizei.
Me lembro de ao menos três experimentos que parecem apontar na mesma direção:

1 - Os voluntários deveriam clicar com o mouse no lado direito ou esquerdo da tela de um computador, após o clique apareciam as imagens - uma delas com uma imagem de sexo e outra uma imagem qualquer. Houve uma tendência aos voluntários acertarem a imagem de cunho sexual. 53% das vezes a imagem escolhida era a de sexo...(diferença pequena, mas significativa diante do número de voluntários) - Esse eu ví comentário recente no discovery(ou será no history) e afirmavam que trata-se de uma adaptação evolutiva que nos ajudava a prever oportunidades de reprodução.

2 - Um programa de computador exibia bolas coloridas na tela do PC em posições aleatórias, ficavam alí por alguns segundos(tempo variável) e depois sumiam. (ou quase isso...não me lembro com precisão). O fato é que os voluntários deveriam clicar sobre essas bolas assim que elas se apagassem...o resultado do teste foi de que após algum tempo fazendo a coisa, os voluntários previam com uma pequena antecipação quando a bola iria se apagar e clicavam instantes (milisegundos) antes das bolas realmente sumirem.

3 - Esse é o que está mais distante na minha memória. mas me lembro que monitorando o cérebro de pessoas através de um "eletro", exibiam algumas imagens aos voluntários, entre imagens variadas, algumas eram imagens de cenas de sexo, e segundo os resultados dos testes a atividade cerebral relacionada as imagens de sexo ocorriam no cérebro instantes antes de as imagens realmente serem exibidas aos voluntários.

Bem...vou tentar procurar documentação sobre estes experimentos...e talvez eu tenha cometido um ou outro detalhes ao descrever as experiências "de memória"...mas tenho certeza de que mesmo que tenha cometido pequenos erros...a ideia principal dos experimentos está descrita acima.

O que acham? Embora essa "clarividência" seja em intervalos pequenos de tempo...alguns experimentos parecem indicar que elas existem....
:)

Offline Gigaview

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #17 Online: 27 de Dezembro de 2012, 13:56:50 »
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O que acham? Embora essa "clarividência" seja em intervalos pequenos de tempo...alguns experimentos parecem indicar que elas existem....

Não, não existem. A "comprovação" é baseada em meta-análise de uma penca de experimentos diferentes e é altamente questionável do ponto de vista metodológico. Isso rendeu discussões acirradas entre eu, o Agnóstico e o Vitor Moura no antigo fórum do Ceticismo Aberto.
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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #18 Online: 27 de Dezembro de 2012, 14:10:41 »
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O que acham? Embora essa "clarividência" seja em intervalos pequenos de tempo...alguns experimentos parecem indicar que elas existem....

Não, não existem. A "comprovação" é baseada em meta-análise de uma penca de experimentos diferentes e é altamente questionável do ponto de vista metodológico. Isso rendeu discussões acirradas entre eu, o Agnóstico e o Vitor Moura no antigo fórum do Ceticismo Aberto.

Legal!! É possível acessar esse tópico ainda??
Eu gostaria de ler os comentários...
Perguntinha chata...a afirmação de "não existem" baseia-se nas incertezas metodológicas...certo?
* Desculpe...é que esse é um assunto que eu não consigo chegar a conclusões...ao mesmo tempo que não vejo lógica alguma na existência dessas premonições, é a única "coisa" que realmente acontece comigo...
Nunca ví fantasmas, extraterrestres ou tive uma revelação divina. Mas "preví" que o carro ao lado poderia causar um acidente e reduzi a velocidade a tempo de poder observar sem riscos o camarada atravessar a minha pista e se arrebentar no poste. É "ilógico" mas é "intuitivo".
:)

Offline Novag

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #19 Online: 27 de Dezembro de 2012, 14:26:06 »
Esses exemplos são apenas uma amostragem do que realmente acontece antes de nascerem as crenças. As pessoas tendem a querer uma resposta sobrenatural para certas  coincidências, onde algumas até aumentam algum detalhe por conta própria ao repassar a história.

Exceto as crenças post-mortem.
Cuidado ao generalizar.

Não entendi. Dê-me um exemplo.

Crenças sobre reencarnação, céu, inferno, paraíso, alma, espirito, etc., não se encaixam nesta sua teoria. Só estou fazendo uma ressalva aos tipos de crenças na qual sua argumentação refere-se.

Creio que se encaixe em alguns pontos.
Veja as EQM. Várias pessoas, estando perto da morte, experimentam sair do corpo em espírito e visitar locais maravilhosos (paraiso) e tenebrosos (inferno). Esses devaneios são relatados como sendo provas da existencia do céu ou do inferno, sendo que na verdade não passariam de alucinações. Até mesmo coincidências podem acontecer nessas situações. O indivíduo , em projeção astral, vê o piso do hospital cuja cor coincide com a realidade. Divergencias com a realidade nesses relatos são simplesmente descartadas.

 

Offline JohnnyRivers

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #20 Online: 27 de Dezembro de 2012, 14:39:45 »
Esses exemplos são apenas uma amostragem do que realmente acontece antes de nascerem as crenças. As pessoas tendem a querer uma resposta sobrenatural para certas  coincidências, onde algumas até aumentam algum detalhe por conta própria ao repassar a história.

Exceto as crenças post-mortem.
Cuidado ao generalizar.

Não entendi. Dê-me um exemplo.

Crenças sobre reencarnação, céu, inferno, paraíso, alma, espirito, etc., não se encaixam nesta sua teoria. Só estou fazendo uma ressalva aos tipos de crenças na qual sua argumentação refere-se.

Creio que se encaixe em alguns pontos.
Veja as EQM. Várias pessoas, estando perto da morte, experimentam sair do corpo em espírito e visitar locais maravilhosos (paraiso) e tenebrosos (inferno). Esses devaneios são relatados como sendo provas da existencia do céu ou do inferno, sendo que na verdade não passariam de alucinações. Até mesmo coincidências podem acontecer nessas situações. O indivíduo , em projeção astral, vê o piso do hospital cuja cor coincide com a realidade. Divergencias com a realidade nesses relatos são simplesmente descartadas.

Não é necessário ter uma EQM ou conhecer alguém que tenha tido para possuir estas crenças post-mortem. Logo não se encaixa especificamente em seu argumento anterior.
E quanto a ser alucinação ou não, os estudos apontam como sendo provavel que seja, mas nada concreto ainda. Esta area de estudo ainda precisa ser evoluída para que se tenha um consenso sobre as causas deste efeito.
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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #21 Online: 27 de Dezembro de 2012, 14:46:10 »
Não é necessário ter uma EQM ou conhecer alguém que tenha tido para possuir estas crenças post-mortem. Logo não se encaixa especificamente em seu argumento anterior.
E quanto a ser alucinação ou não, os estudos apontam como sendo provavel que seja, mas nada concreto ainda. Esta area de estudo ainda precisa ser evoluída para que se tenha um consenso sobre as causas deste efeito.
Talvez eu esteja enganado...mas me parece o mesmo esquema da inversão de ônus da prova que se questiona quando se fala em deus, por exemplo.
Quem está dizendo que "não são alucinações" precisa provar isso...e não passar para quem nega que prove que são alucinações! Se não há evidência concreta que NÃO são apenas alucinações...não há motivos para questionar que sejam.
:)

Offline JohnnyRivers

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #22 Online: 27 de Dezembro de 2012, 14:49:09 »
Não é necessário ter uma EQM ou conhecer alguém que tenha tido para possuir estas crenças post-mortem. Logo não se encaixa especificamente em seu argumento anterior.
E quanto a ser alucinação ou não, os estudos apontam como sendo provavel que seja, mas nada concreto ainda. Esta area de estudo ainda precisa ser evoluída para que se tenha um consenso sobre as causas deste efeito.
Talvez eu esteja enganado...mas me parece o mesmo esquema da inversão de ônus da prova que se questiona quando se fala em deus, por exemplo.
Quem está dizendo que "não são alucinações" precisa provar isso...e não passar para quem nega que prove que são alucinações! Se não há evidência concreta que NÃO são apenas alucinações...não há motivos para questionar que sejam.

Não é uma afirmação, é apenas uma constatação dos fatos.

« Última modificação: 27 de Dezembro de 2012, 14:54:49 por JohnnyRivers »
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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #23 Online: 27 de Dezembro de 2012, 14:52:08 »
Não é necessário ter uma EQM ou conhecer alguém que tenha tido para possuir estas crenças post-mortem. Logo não se encaixa especificamente em seu argumento anterior.
E quanto a ser alucinação ou não, os estudos apontam como sendo provavel que seja, mas nada concreto ainda. Esta area de estudo ainda precisa ser evoluída para que se tenha um consenso sobre as causas deste efeito.
Talvez eu esteja enganado...mas me parece o mesmo esquema da inversão de ônus da prova que se questiona quando se fala em deus, por exemplo.
Quem está dizendo que "não são alucinações" precisa provar isso...e não passar para quem nega que prove que são alucinações! Se não há evidência concreta que NÃO são apenas alucinações...não há motivos para questionar que sejam.

Não é uma afirmação, é apenas uma constatação dos fatos.

Calma Jhonny...hehehe...não me referí exatamente a sua afirmação...apenas acredito que "quem" alega que não são alucinações...que prove isso...até lá...é a explicação mais simples e lógica.
:)

Offline AlienígenA

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Re:No teto do meu quarto...
« Resposta #24 Online: 27 de Dezembro de 2012, 14:55:34 »
Esses exemplos são apenas uma amostragem do que realmente acontece antes de nascerem as crenças. As pessoas tendem a querer uma resposta sobrenatural para certas  coincidências, onde algumas até aumentam algum detalhe por conta própria ao repassar a história.

Exceto as crenças post-mortem.
Cuidado ao generalizar.

Não entendi. Dê-me um exemplo.

Crenças sobre reencarnação, céu, inferno, paraíso, alma, espirito, etc., não se encaixam nesta sua teoria. Só estou fazendo uma ressalva aos tipos de crenças na qual sua argumentação refere-se.

Será? Vou te dar um exemplo baseado num fato real e corriqueiro. Morre um ente querido e tempos depois nasce na família um bebê com diversos traços físicos e/ou de personalidade daquele indivíduo. Apesar do conhecimento de hoje isso ainda é solo fértil para fazer brotar tais crenças. Não me canso, ou melhor, morro de cansaço de escutar esse tipo de coisa.  :sleepy:

 

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