https://en.wikipedia.org/wiki/Premastication
Premastication, pre-chewing, or kiss feeding is the act of chewing food for the purpose of physically breaking it down in order to feed another that is incapable of masticating the food by themselves. This is often done by the mother or relatives of a baby to produce baby food capable of being consumed by the child during the weaning process. The chewed food in the form of a bolus is transferred from the mouth of one individual to another, either directly mouth-to-mouth, via utensils, hands, or is further cooked or processed prior to feeding.[1][2]
The behaviour was common throughout human history and societies and observed in non-human animals. While premastication is less common in present-day Western societies it was commonly practiced, and is still done in more traditional cultures.[3] Although the health benefits of premastication are still being actively studied, the practice appears to confer certain nutritional and immunological benefits to the infant,[4] provided that the caretaker is in good health and not infected by pathogens.[5]
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A ilustração do crânio de caçadores-coletores é um pouco exagerada para deixar claro a tendência, mas na realidade vão haver crânios/maxilares de caçadores-coletores que não tem nenhuma diferença tão nítida.
Na verdade, a hipótese toda ainda parece algo bem debatível, considerando a variação de dietas existente no mundo. Uma "versão" dessa hipótese ganhou manchetes há alguns anos atrás, desengatado por um livro de uma "escritora de comida," Bee Wilson, "consider the fork." Talvez haja resenhas mais críticas que adentrem em falhas importantes na hipótese que eu não vou saber de cabeça.
Mas de modo geral me passa um pouco a impressão de uma combinação de "distorção" acidental de algo real, muito mais ancestral (por volta de Homo erectus arcaicos, que tiveram a maior redução dentária da linhagem humana), e não tão específico de coisas tão modernas (talheres modernos, mamadeiras -- cozinhar e cortar com instrumentos mais primitivos e com as mãos já seria suficiente para exigir níveis de mastigação muito próximos aos que se precisa com talheres), a partir de evidẽncia seletiva ("cherry picking").
Também tem uma hipótese paralela similar, que afirma que os sons de V e F são mais recentes porque desde uns 8000 anos mudanças na alimentação teriam propiciado a essa "evolução" ou condicionamento de dentições com os incisores superiores trespassando os inferiores, em vez de suas pontas se tocarem na oclusão. Um problema com isso talvez seja a maioria dos asiáticos, segundo aparente afirmam textos de antropologia física, "ainda" terem uma oclusão em que a ponta os incisivos se tocam, apesar das dietas também modernas.
Essas fotos são de artigos sobre isso e também serve para ilustrar a maior sutileza nas alterações cranianas do que sugere a ilustração anterior:
https://www.sciencenews.org/article/rise-farming-altered-our-bite-and-changed-how-people-talkA boca da esquerda é de uma caçadora-coletora romena, o da direita, o de um grego de 2500 anos.
No mínimo parece que algumas das hipóteses tem uma super-estimação na velocidade em que essas diferenças de condicionamento/desenvolvimento ósseo estão ocorrendo, além do problema do quanto é condicionamento por esforço versus algo genético (talvez até epigenético).
Também me parece um pouco questionável até a noção de dentes maiores para maior esforço, de maneira generalizada, sem especificidade, já que superfícies menores oferecem maior pressão, "PSI," com a mesma massa muscular. No resto do reino animal acho que redução de dentes tem mais a ver com dieta carnívora versus herbívora. O que traz ainda alguma correlação de tamanho do dente com uso exigido, mas acho que é mais no sentido de desgaste por número de mordidas, já que comer vegetais exige muito mais tempo mastigando. Acho que já vi argumentarem que humanos seriam os primeiros primatas mais próximo de serem carnívoros obrigatórios. Mesmo chimpanzés, que comem alguma carne, parece que têm que ficar mastigando algo como seis horas por dia. De
seis a oito, segundo "chimpworld.com."
Se não me engano, os dentes dos chimpanzés (molares especificamente) têm o tamanho mais próximo do de Homo sapiens do que aquele de alguns ancestrais humanos, mais distantes, com dentes mais próximos de primatas mais herbívoros, como gorilas.
As we began to shy away from eating primarily fruit, leaves and nuts and began eating meat, our brains grew. We developed the capacity to use tools, so our need for large, sharp teeth and big grinders waned. From left, a cast of teeth from a chimpanzee, Australopithecus afarensis and a modern human.https://www.npr.org/2010/08/02/128849908/food-for-thought-meat-based-diet-made-us-smarterhttps://science.sciencemag.org/content/334/6053/190.figures-onlyAlém de qualquer eventual fator de condicionamento para explicar essas formas/diferenças, deve pesar bastante também maior variação genética ter se tornado "neutra" ou não-deletéria se comparado a povos mais rústicos, então você não tem uma maior incidência de variações ruins por mal condicionamento (ou não apenas), mas por "disgenia," maior freqüência de variações genéticas que em sociedades mais ricas, desenvolvidas, resultam em menor mortalidade infantil.
Isso se soma não só aos fatores de condicionamento, mas a uma tendência ainda mais abrangente de acúmulo de mutações prejudiciais ao longo da migração humana para fora da África, apenas por deriva genética, alguns dos quais podem calhar de ser de condições associadas. Povos menos tecnologicamente avançados talvez tenham acabado "filtrando" parte disso justamente devido a esse atraso tecnológico, o que deve ajudar a causar uma aparência de correlação não-genética, por condicionamento.