Fortalecendo as agências reguladoras e multando, exigindo nível de serviço.
Quer dizer, com mais aparato estatal? Peraí a ANS já faz isso, inclusive com multas e suspensão, mas você está informado o quanto é difícil.
Não acredito que o mercado se auto-regula. As agências devem ter um papel importantíssimo e não uma ferramenta do governo como o PT as transformou.
Agências eficazes são uma parte importante do capitalismo, principalmente para setores tão sensíveis como o médico.
Mas existe uma diferença fundamental:
1- Não estou pagando pela incompetencia deles, e se a roubo ou não, isso não sai do meu bolso nem prejudica o brasil
Como não prejudica o Brasil, se o sistema de saúde privado não funciona a contento, ele ajuda a inchar o público e ainda tende a piorar as estatísticas de saúde da população, além do que os usuários pagam muito mais caro do que os impostos cobrados per capita para a saúde.
Quem paga o público e o privado tem direito de acesso aos dois. No caso raro do SUS ser melhor do que o privado, é justo que o cliente vá ao SUS, pois ele paga por isso.
Se hospitais são ruins e prestam um serviço inadequado, há que se entender o que acontece.
O que posso te dizer é que provavelmente não há médicos do setor privado que batem o cartão e se vão. E se há, o dinheiro não sai do meu bolso nem do brasil. As estatísticas ficam piores em alguns casos com esses exemplos privados e melhoram com centenas de hospitais privados que são na média quase sempre melhor que a porcaria do SUS, portanto fazem mais bem do que mau ao sistema.
2- Existem diversas opções, se existir competição e multas, as melhores propostas vão sobreviver. Vários planos faliram, outros ótimos apareceram. Nunca vai ser perfeito, mas é diferente de ser SEMPRE ruim, como o SUS.
Não é tão diferente não, porque em grande parte não há competição, grande parte do sistema é corporativo sem opção de mudança, além da falta crônica de profissionais, do mal atendimento, e da incompetência geral. Talvez os planos mais caros podem até ser bons mesmos, com ótimos médicos e atendimento de primeira, mas qual a porcentagem da população que pode pagar?
Como sempre disse, em vários posts, se existe uma região onde não há demanda para empresas privadas, que são guiadas pelo lucro, há que se fazer através do governo, misto, pensar em esquemas especiais de transporte frequentes, etc.. mas é uma política de estado.
Onde há condíções de competitividade, está feito. É questão de regular. Agora, note que a muitos dos municípios onde não há demanda para privado simplesmente não há a presença do estado também, seja em forma de médicos ou equipamentos.
3- Nem vou comparar esses links com o que vemos no SUS
Dois pesos, duas medidas. São exatamente as queixas que se vê no SUS, mal atendimento, demora para consulta e tratamentos, médicos mal remunerados, etc.
Não em frequência, nem em gravidade, nem impacto. Já fiquei esperando 5 horas no eistein, fiquei P.. da vida, não dá para esperar que um hospital não tenha uma oferta limitada, mas o fato é que eles estavam aumentando o número de médicos a cada hora.
Veja, a Dilma propos uma lei (acho que passou até) propondo um tempo limite de atendimento para convênios médicos particulares. Penso porque ela não faz o mesmo com o SUS.
Não é o mesmo. Para cada 100 casos de fracasso do SUS, iremos encontrar 5 privados. E para sucessos o inverso.