Autor Tópico: Legalização da cocaína em pauta no Uruguai  (Lida 11048 vezes)

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Legalização da cocaína em pauta no Uruguai
« Resposta #150 Online: 23 de Agosto de 2013, 17:16:45 »
Como vc preferir, Juca, vou refazer:

E entregariam a produção a uma estatal, deixariam nas mãos das empresas privadas ou a ambas?


Offline Barata Tenno

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Re:Legalização da cocaína em pauta no Uruguai
« Resposta #151 Online: 23 de Agosto de 2013, 17:42:04 »
Como vc preferir, Juca, vou refazer:

E entregariam a produção a uma estatal, deixariam nas mãos das empresas privadas ou a ambas?



E  imagino, já que só posso imaginar, que entregariam para empresas privadas, o lobby das companhias de cigarro, Monsanto e bebidas é grande, ainda mais agora que a quantidade de fumantes está diminuindo.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Legalização da cocaína em pauta no Uruguai
« Resposta #152 Online: 23 de Agosto de 2013, 17:48:35 »
Bem, eu não entendo de lojística de farmácias ou do tráfico. Talvez fosse maior negócio roubos das drogas em eventuais depósitos ou entregas.


Sim, seria, assim como é mais negócio roubar qualquer coisa nos depósitos ou entregas, aparelhos eletronicos, cigarros, bebidas, dinheiro. E ai? Vamos parar de vender tudo para previnir assaltos?

Acho que o fato de se tocar no mercado já dominado por gangues violentas cria um diferencial.




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Independentemente disso, me parece que assaltantes muitas vezes se contentam mesmo em pegar pouca coisa mesmo, já vi roubarem mercadinho de esquina e levarem balança eletrônica porque tinha pouco dinheiro no caixa. Acho que o custo/benefício é relativamente compensador, desde que acreditem que são baixas as chances de serem pegos, praticamente não custa nada, não precisam nem dar um tiro sequer, então o custo não é nem o de uma bala. Vandalizar também não tem custo para eles, mas talvez fosse o bastante para a farmácia, que poderia preferir não vender drogas recreativas.


Novamente, o seu argmento serve para qualquer produto e qualquer estabelecimento, de bala a computadores. Nenhuma dessas situações é específica para drogas ou pioraria com as drogas, como voce mesmo disse, ladrões que ja assaltava farmácias vão continuar assaltando, se a loja não vender drogas mas comprar dois computadores ja terá mais coisa de valor do que teria com as drogas. Atraindo mais assaltantes, e mesmo assim as lojas insistem em ter vários produtos a disposição.

Novamente, essas situações me parecem ser bastante diferentes em não serem mercados previamente dominados por gangues violentas com interesse em preservar seu monopólio.
 


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Aliás, máfias usam táticas de intimidação parecidas mesmo sem ter como bônus roubar alguma coisa, não? Mas acho que traficantes não fariam isso, simplesmente ignorariam mercadoria dando sopa na mão de concorrentes indefesos, e não ficariam intimidando as pessoas, é muita maldade.

Contrabandistas de cigarro fazem parte de organizações criminosas, quantas histórias voce viu de bares e padarias atacadas pela máfia dos contrabandiastas para roubar mercadoria? Bares e paradarias pararam de vender cigarros?

De novo...



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Pode até ser que não fosse tão mais arriscado do que assaltos a qualquer negócio, mas acho que provavelmente boa parte dos donos e empregados de farmácias poderiam ter essa mesma impressão que eu tenho. Sem falar de não quererem se associar a imagem de fornecedores de drogas, pelo lado social da coisa. Isso é, supondo que não fossem ser obrigados a fornecer.

Desculpe, pra pra ter essa impressão a pessoa tem que viver numa bolha e não conhecer nada do mundo exterior. Funcionários de padarias e bares resistem bravamente a máfia dos contrabandistas de cigarro que vivem colocando sua vida em risco. Só que não.


Cada um na sua bolha.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Legalização da cocaína em pauta no Uruguai
« Resposta #153 Online: 23 de Agosto de 2013, 17:51:35 »
Eu gostaria de entender por que existem disputas entre gangues, se assaltar qualquer lotérica é mais fácil. As gangues devem viver em bolhas também.


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[...] Ao longo de 2011, nos levantamentos mensais feitos pelos DPCs, as motivações “drogas ilícitas”, “vingança”, “ações de gangues” e “disputas de quadrilhas” lideram o preenchimento dos Registros de Ocorrência de Defesa Social (Reds), nos casos em que as causas presumidas dos crimes foram identificadas. [...]

https://www.seds.mg.gov.br/option=com_content&task=view&id=1584&Itemid=71





Quando farmácias forem parte da concorrência, serão deixados trabalhar sossegados, claro. E eu vivo numa bolha.

Offline _Juca_

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Re:Legalização da cocaína em pauta no Uruguai
« Resposta #154 Online: 23 de Agosto de 2013, 17:53:06 »
Como vc preferir, Juca, vou refazer:

E entregariam a produção a uma estatal, deixariam nas mãos das empresas privadas ou a ambas?



E  imagino, já que só posso imaginar, que entregariam para empresas privadas, o lobby das companhias de cigarro, Monsanto e bebidas é grande, ainda mais agora que a quantidade de fumantes está diminuindo.

Eu acho que num primeiro momento o controle e a produção seriam estatais e talvez individual, com cada um plantando seu próprio pé de maconha,  para depois de regulamentada e aceita de forma ampla pela população, ela passasse para os meios privados e uma produção industrial. Acho que é coisa para umas duas décadas de acertos e erros e acho que não seria tal qual a industria de cigarros e bebidas com os bares como ponto de vendas, estaria mais ligada à industria farmacêutica, laboratórios e drogarias.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Legalização da cocaína em pauta no Uruguai
« Resposta #155 Online: 23 de Agosto de 2013, 17:55:23 »
Acho que cocaína não funcionaria nesse nível de produção individual, no mínimo demanda um grau de "artesanato" mais dedicado e dispendioso.



De qualquer forma, se maconha ou cocaína fossem liberadas para cultivo artesanal/individual-ou-quase, elas não precisariam ser eventualmente industrializadas, o ideal seria tentar impedir isso, mas manter a coisa tão pequena e pouco rentável quanto puder ser.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Legalização da cocaína em pauta no Uruguai
« Resposta #156 Online: 23 de Agosto de 2013, 17:59:14 »
Como vc preferir, Juca, vou refazer:

E entregariam a produção a uma estatal, deixariam nas mãos das empresas privadas ou a ambas?



E  imagino, já que só posso imaginar, que entregariam para empresas privadas, o lobby das companhias de cigarro, Monsanto e bebidas é grande, ainda mais agora que a quantidade de fumantes está diminuindo.

Ou seja...elas decidiriam o preço de mercado.

Offline Barata Tenno

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Re:Legalização da cocaína em pauta no Uruguai
« Resposta #157 Online: 23 de Agosto de 2013, 18:02:56 »
Como vc preferir, Juca, vou refazer:

E entregariam a produção a uma estatal, deixariam nas mãos das empresas privadas ou a ambas?



E  imagino, já que só posso imaginar, que entregariam para empresas privadas, o lobby das companhias de cigarro, Monsanto e bebidas é grande, ainda mais agora que a quantidade de fumantes está diminuindo.

Ou seja...elas decidiriam o preço de mercado.

Sim, assim como no caso do cigarro e da bebida.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Legalização da cocaína em pauta no Uruguai
« Resposta #158 Online: 23 de Agosto de 2013, 18:09:59 »
Ok...

Sério, gostaria de ver um estabelecimento vendendo cocaína empacotada e etiquetada na periferia.

Perto do bairro onde moro... :)

E ter a oportunidade de ver na prática, no que isso vai dar.

Aqui já arrebentaram uns 30 botecos a troco de roubar cigarros comuns.

Offline Barata Tenno

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Re:Legalização da cocaína em pauta no Uruguai
« Resposta #159 Online: 23 de Agosto de 2013, 18:11:26 »
Bem, eu não entendo de lojística de farmácias ou do tráfico. Talvez fosse maior negócio roubos das drogas em eventuais depósitos ou entregas.


Sim, seria, assim como é mais negócio roubar qualquer coisa nos depósitos ou entregas, aparelhos eletronicos, cigarros, bebidas, dinheiro. E ai? Vamos parar de vender tudo para previnir assaltos?

Acho que o fato de se tocar no mercado já dominado por gangues violentas cria um diferencial.

As gangues violentas fazem parte do crime, eles querem lucro e não ser traficantes, eles vão atrás do que é mais fácil. Hoje em dia é fácil ser traficante, voce fica no seu morro, esperando os clientes, fácilmente protegidos. Se eles tiverem que sair do morro pra roubas, vão procurar o crime mais fácil e lucrativo, e eu não vi nenhuma evidencia de que roubar farmácias vai ser mais fácil e lucrativo que outros estabelecimentos.



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Independentemente disso, me parece que assaltantes muitas vezes se contentam mesmo em pegar pouca coisa mesmo, já vi roubarem mercadinho de esquina e levarem balança eletrônica porque tinha pouco dinheiro no caixa. Acho que o custo/benefício é relativamente compensador, desde que acreditem que são baixas as chances de serem pegos, praticamente não custa nada, não precisam nem dar um tiro sequer, então o custo não é nem o de uma bala. Vandalizar também não tem custo para eles, mas talvez fosse o bastante para a farmácia, que poderia preferir não vender drogas recreativas.


Novamente, o seu argmento serve para qualquer produto e qualquer estabelecimento, de bala a computadores. Nenhuma dessas situações é específica para drogas ou pioraria com as drogas, como voce mesmo disse, ladrões que ja assaltava farmácias vão continuar assaltando, se a loja não vender drogas mas comprar dois computadores ja terá mais coisa de valor do que teria com as drogas. Atraindo mais assaltantes, e mesmo assim as lojas insistem em ter vários produtos a disposição.

Novamente, essas situações me parecem ser bastante diferentes em não serem mercados previamente dominados por gangues violentas com interesse em preservar seu monopólio.

Não, essas situações snao iguais em qualquer caso, bandido vai onde da mais lucro e onde é mais fácil, ele vai roubar drogas em farmácias se der mais lucro, se der mais lucro roubar uma mercearia, ele vai roubar uma mercearia, se der mais lucro roubar uma pizzaria, ele vai roubar uma pizzaria. Traficante não é uma profissão imutável, não é porque ele foi traficante um dia que ele quer ser traficante pra sempre, ele quer o que da mais lucro.
 

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Aliás, máfias usam táticas de intimidação parecidas mesmo sem ter como bônus roubar alguma coisa, não? Mas acho que traficantes não fariam isso, simplesmente ignorariam mercadoria dando sopa na mão de concorrentes indefesos, e não ficariam intimidando as pessoas, é muita maldade.

Contrabandistas de cigarro fazem parte de organizações criminosas, quantas histórias voce viu de bares e padarias atacadas pela máfia dos contrabandiastas para roubar mercadoria? Bares e paradarias pararam de vender cigarros?

De novo...
Exatamente


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Pode até ser que não fosse tão mais arriscado do que assaltos a qualquer negócio, mas acho que provavelmente boa parte dos donos e empregados de farmácias poderiam ter essa mesma impressão que eu tenho. Sem falar de não quererem se associar a imagem de fornecedores de drogas, pelo lado social da coisa. Isso é, supondo que não fossem ser obrigados a fornecer.

Desculpe, pra pra ter essa impressão a pessoa tem que viver numa bolha e não conhecer nada do mundo exterior. Funcionários de padarias e bares resistem bravamente a máfia dos contrabandistas de cigarro que vivem colocando sua vida em risco. Só que não.


Cada um na sua bolha.

Saia dela e veja o mundo. Eu aconselho.
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Re:Legalização da cocaína em pauta no Uruguai
« Resposta #160 Online: 23 de Agosto de 2013, 18:12:59 »
Ok...

Sério, gostaria de ver um estabelecimento vendendo cocaína empacotada e etiquetada na periferia.

Perto do bairro onde moro... :)

E ter a oportunidade de ver na prática, no que isso vai dar.

Aqui já arrebentaram uns 30 botecos a troco de roubar cigarros comuns.

E a culpa é da regulamentação do cigarro? Deveriam proibir cigarro porque arrebentaram 30 estabelecimentos ai?
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Re:Legalização da cocaína em pauta no Uruguai
« Resposta #161 Online: 23 de Agosto de 2013, 18:18:17 »
Bem, eu não entendo de lojística de farmácias ou do tráfico. Talvez fosse maior negócio roubos das drogas em eventuais depósitos ou entregas.


Sim, seria, assim como é mais negócio roubar qualquer coisa nos depósitos ou entregas, aparelhos eletronicos, cigarros, bebidas, dinheiro. E ai? Vamos parar de vender tudo para previnir assaltos?

Acho que o fato de se tocar no mercado já dominado por gangues violentas cria um diferencial.

As gangues violentas fazem parte do crime, eles querem lucro e não ser traficantes, eles vão atrás do que é mais fácil. Hoje em dia é fácil ser traficante, voce fica no seu morro, esperando os clientes, fácilmente protegidos. Se eles tiverem que sair do morro pra roubas, vão procurar o crime mais fácil e lucrativo, e eu não vi nenhuma evidencia de que roubar farmácias vai ser mais fácil e lucrativo que outros estabelecimentos.

Eu estou presumindo que elas não deixarão de ser traficantes apenas porque a droga que até então monopolizavam tem mais um fornecedor/concorrente, mas que veriam esse concorrente como uma "gangue rival" desarmada, fazendo pequenas ações bastante baratas para proteger seu mercado. MUITO mais fácil do que disputas entre gangues que eles já têm.



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Novamente, o seu argmento serve para qualquer produto e qualquer estabelecimento, de bala a computadores. Nenhuma dessas situações é específica para drogas ou pioraria com as drogas, como voce mesmo disse, ladrões que ja assaltava farmácias vão continuar assaltando, se a loja não vender drogas mas comprar dois computadores ja terá mais coisa de valor do que teria com as drogas. Atraindo mais assaltantes, e mesmo assim as lojas insistem em ter vários produtos a disposição.

Novamente, essas situações me parecem ser bastante diferentes em não serem mercados previamente dominados por gangues violentas com interesse em preservar seu monopólio.

Não, essas situações snao iguais em qualquer caso, bandido vai onde da mais lucro e onde é mais fácil, ele vai roubar drogas em farmácias se der mais lucro, se der mais lucro roubar uma mercearia, ele vai roubar uma mercearia, se der mais lucro roubar uma pizzaria, ele vai roubar uma pizzaria. Traficante não é uma profissão imutável, não é porque ele foi traficante um dia que ele quer ser traficante pra sempre, ele quer o que da mais lucro.

E, sendo o tráfico um "lucro fácil" (ao menos para os chefes/não-soldados), não é lógico supor que seria de interesse dos traficantes proteger esse mercado, atacando concorrentes, especialmente os mais indefesos? Por que as mesmas gangues que disputam guerras entre si por esse mercado dariam trégua para farmácias e abandonariam o mercado?


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Legalização da cocaína em pauta no Uruguai
« Resposta #162 Online: 23 de Agosto de 2013, 18:20:08 »
Ok...

Sério, gostaria de ver um estabelecimento vendendo cocaína empacotada e etiquetada na periferia.

Perto do bairro onde moro... :)

E ter a oportunidade de ver na prática, no que isso vai dar.

Aqui já arrebentaram uns 30 botecos a troco de roubar cigarros comuns.

E a culpa é da regulamentação do cigarro? Deveriam proibir cigarro porque arrebentaram 30 estabelecimentos ai?

Não, só estou dizendo o que acontece.

 

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