Bem, eu não entendo de lojística de farmácias ou do tráfico. Talvez fosse maior negócio roubos das drogas em eventuais depósitos ou entregas.
Sim, seria, assim como é mais negócio roubar qualquer coisa nos depósitos ou entregas, aparelhos eletronicos, cigarros, bebidas, dinheiro. E ai? Vamos parar de vender tudo para previnir assaltos?
Acho que o fato de se tocar no mercado já dominado por gangues violentas cria um diferencial.
As gangues violentas fazem parte do crime, eles querem lucro e não ser traficantes, eles vão atrás do que é mais fácil. Hoje em dia é fácil ser traficante, voce fica no seu morro, esperando os clientes, fácilmente protegidos. Se eles tiverem que sair do morro pra roubas, vão procurar o crime mais fácil e lucrativo, e eu não vi nenhuma evidencia de que roubar farmácias vai ser mais fácil e lucrativo que outros estabelecimentos.
Independentemente disso, me parece que assaltantes muitas vezes se contentam mesmo em pegar pouca coisa mesmo, já vi roubarem mercadinho de esquina e levarem balança eletrônica porque tinha pouco dinheiro no caixa. Acho que o custo/benefício é relativamente compensador, desde que acreditem que são baixas as chances de serem pegos, praticamente não custa nada, não precisam nem dar um tiro sequer, então o custo não é nem o de uma bala. Vandalizar também não tem custo para eles, mas talvez fosse o bastante para a farmácia, que poderia preferir não vender drogas recreativas.
Novamente, o seu argmento serve para qualquer produto e qualquer estabelecimento, de bala a computadores. Nenhuma dessas situações é específica para drogas ou pioraria com as drogas, como voce mesmo disse, ladrões que ja assaltava farmácias vão continuar assaltando, se a loja não vender drogas mas comprar dois computadores ja terá mais coisa de valor do que teria com as drogas. Atraindo mais assaltantes, e mesmo assim as lojas insistem em ter vários produtos a disposição.
Novamente, essas situações me parecem ser bastante diferentes em não serem mercados previamente dominados por gangues violentas com interesse em preservar seu monopólio.
Não, essas situações snao iguais em qualquer caso, bandido vai onde da mais lucro e onde é mais fácil, ele vai roubar drogas em farmácias se der mais lucro, se der mais lucro roubar uma mercearia, ele vai roubar uma mercearia, se der mais lucro roubar uma pizzaria, ele vai roubar uma pizzaria. Traficante não é uma profissão imutável, não é porque ele foi traficante um dia que ele quer ser traficante pra sempre, ele quer o que da mais lucro.
Aliás, máfias usam táticas de intimidação parecidas mesmo sem ter como bônus roubar alguma coisa, não? Mas acho que traficantes não fariam isso, simplesmente ignorariam mercadoria dando sopa na mão de concorrentes indefesos, e não ficariam intimidando as pessoas, é muita maldade.
Contrabandistas de cigarro fazem parte de organizações criminosas, quantas histórias voce viu de bares e padarias atacadas pela máfia dos contrabandiastas para roubar mercadoria? Bares e paradarias pararam de vender cigarros?
De novo...
Exatamente
Pode até ser que não fosse tão mais arriscado do que assaltos a qualquer negócio, mas acho que provavelmente boa parte dos donos e empregados de farmácias poderiam ter essa mesma impressão que eu tenho. Sem falar de não quererem se associar a imagem de fornecedores de drogas, pelo lado social da coisa. Isso é, supondo que não fossem ser obrigados a fornecer.
Desculpe, pra pra ter essa impressão a pessoa tem que viver numa bolha e não conhecer nada do mundo exterior. Funcionários de padarias e bares resistem bravamente a máfia dos contrabandistas de cigarro que vivem colocando sua vida em risco. Só que não.
Cada um na sua bolha.
Saia dela e veja o mundo. Eu aconselho.