Autor Tópico: As cédulas de real desrespeitam o laicismo  (Lida 9735 vezes)

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Offline Pasteur

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #50 Online: 13 de Novembro de 2012, 08:00:37 »
Concordo com o MPF. Por dois motivos, sob o meu ponto de vista:

1º - Desrespeito com quem possuem crença em outros deuses ou em nenhum, em um desrespeito claro a Constituição;

2º - Desrespeito claro ao cristianismo e ao judaísmo até onde eu sei ao transcrever o nome de se Deus em comum;

Não entendi por que o desrespeito ao cristianismo e ao judaísmo. Como assim, ao transcrever o nome?

Offline JohnnyRivers

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #51 Online: 13 de Novembro de 2012, 08:25:56 »
Concordo com o MPF. Por dois motivos, sob o meu ponto de vista:

1º - Desrespeito com quem possuem crença em outros deuses ou em nenhum, em um desrespeito claro a Constituição;

2º - Desrespeito claro ao cristianismo e ao judaísmo até onde eu sei ao transcrever o nome de se Deus em comum;

Não entendi por que o desrespeito ao cristianismo e ao judaísmo. Como assim, ao transcrever o nome?

Nada demais. Apenas motivos que eu julgo. Na dúvida, o primeiro é o que vale.
"Que homem é um homem que não torna o mundo melhor?"

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Offline Pasteur

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #52 Online: 13 de Novembro de 2012, 09:30:50 »
Concordo com o MPF. Por dois motivos, sob o meu ponto de vista:

1º - Desrespeito com quem possuem crença em outros deuses ou em nenhum, em um desrespeito claro a Constituição;

2º - Desrespeito claro ao cristianismo e ao judaísmo até onde eu sei ao transcrever o nome de se Deus em comum;

Não entendi por que o desrespeito ao cristianismo e ao judaísmo. Como assim, ao transcrever o nome?

Nada demais. Apenas motivos que eu julgo. Na dúvida, o primeiro é o que vale.

Johnny, não estou discordando, só não entendi a frase.

Offline Derfel

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #53 Online: 13 de Novembro de 2012, 09:34:23 »
É um tabu escrever o nome de Deus entre judeus e alguns cristãos,uma interpretação do mandamento que "não pronunciarás o santo nome em vão". Os antigos hebreus levaram isso tão ao pé da letra que hoje ninguém conhece o nome de Deus, já que era substituído pelo tetragrama IHVH, que foi traduzido como Jeová ou Javé, dependendo da transliteração. Por extensão, passou-se a ser tabu também o próprio nome Javé, era substituído por Deus. Hoje algumas denominações cristãs e judias também não escrevem Deus, adotando a grafia D-us. Assim, para eles, estar escrito Deus em um papel vil pode ser considerado como blasfêmia.

Offline JohnnyRivers

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #54 Online: 13 de Novembro de 2012, 09:39:47 »
Concordo com o MPF. Por dois motivos, sob o meu ponto de vista:

1º - Desrespeito com quem possuem crença em outros deuses ou em nenhum, em um desrespeito claro a Constituição;

2º - Desrespeito claro ao cristianismo e ao judaísmo até onde eu sei ao transcrever o nome de se Deus em comum;

Não entendi por que o desrespeito ao cristianismo e ao judaísmo. Como assim, ao transcrever o nome?

Nada demais. Apenas motivos que eu julgo. Na dúvida, o primeiro é o que vale.

Johnny, não estou discordando, só não entendi a frase.

Ah, ta. Se é por isso...
É isso mesmo que o Derfel explicou.
O meu 2º motivo pessoal vem do 2º mandamento judaico-cristão  de "Não usar o nome de Deus em vão" e também da metáfora biblíca "Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus." (se bem que este ultimo pode ser uma tentativa de puxa-saquismo aos romanos por parte do catolicismo da época)...

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Offline Pasteur

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #55 Online: 13 de Novembro de 2012, 09:46:56 »
Ah, tá...essa eu não sabia...

ok, obrigado Derfel e Johnny, pela explicação.


 :ok:

Offline JohnnyRivers

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #56 Online: 13 de Novembro de 2012, 09:56:03 »
Lendo a noticia do canopus denovo, é que notei uma coisa que não tinha visto antes:


                     
Citar
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

                                                                    PREÂMBULO

        Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.


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Offline Canopus

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #57 Online: 13 de Novembro de 2012, 10:41:57 »
Lendo a noticia do canopus denovo, é que notei uma coisa que não tinha visto antes:


                     
Citar
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

                                                                    PREÂMBULO

        Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Pois é, JohnnyRivers, vão ter que mexer e cavar mais em baixo para tornar o país laico, pelo menos nos papéis.
A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
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Offline JohnnyRivers

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #58 Online: 13 de Novembro de 2012, 11:33:59 »
Como a desculpinha esfarrapada do governo foi o prêambulo da CF (conforme mencionado na noticia que o Canopus postou), vamos raciocinar um pouco sobre isto:

Citar
O preâmbulo tem por finalidade, revelar os fundamentos filosóficos, políticos, ideológicos, sociais e econômicos, esclarecedores de uma nova ou reformada constituição. É a manifestação expressa pelo poder constituinte, que é o poder que constitui poderes, seja ele originário ou derivado.
Fonte



Citar
A expressão em destaque - "sob a proteção de Deus" -, no entanto, não tem força normativa. É antes um norte, um guia para o povo e para os operadores do direito. Assim, somos um Estado laico, sem religião oficial, sob orientação religiosa com força não cogente.

Nesse sentido, cabe recordar notícia do STF do dia 15 agosto de 2002, intitulada "Pleno mantém supressão da frase ‘sob a proteção de Deus’ na Constituição do Acre". O texto informa que o Plenário do Supremo Tribunal Federal julgou improcedente, por unanimidade, Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin 2076) do Partido Social Liberal (PSL), contra a Assembleia Legislativa do Acre, por omissão no preâmbulo da Constituição daquele estado das palavras “sob a proteção de Deus”.

Entre os argumentos que fundamentaram a decisão, o relator do caso, ministro Carlos Velloso, explicitou que o preâmbulo constitucional não cria direitos e deveres, não tendo força normativa e refletindo, assim, apenas a posição ideológica do constituinte. “O preâmbulo, portanto, não contém norma jurídica”, afirmou o ministro.
Fonte
« Última modificação: 13 de Novembro de 2012, 23:10:57 por JohnnyRivers »
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #59 Online: 13 de Novembro de 2012, 12:17:50 »
Citar
O QUE VCS ACHAM QUE OS ATEU VAI QUERER COLOCAR NO LUGAR DE "DEUS SEJA LOUVADO" NOS DINHERO?
(Ordem decrescente de votação)

GOKU SEJA LOUVADO
AI MEU DEUS COMO É BOM SER VIDA LOCA
TOCA RAUL!
ODIN SEJA LOUVADO
PAÇOCA SEJA LOUVADA
NADA NADA NADA NADA
Meu suor seja louvado
Nietzsche seja louvado
Eu seja louvado
pq çe fas içu?
A CIENCIA SEJA LOUVADA
Sei não, pergunta lá no Posto Ipiranga
Deus não existe
Pelos poderes de Grayskull, eu tenho a força!
é uma cilada bino!!!!!
Zeus seja louvado!
BACON Seja louvado
Deposite na minha conta.
SATAN SEJA LOUVADO
Muçum seja louvado forevis!
Universo Racionalista seja Louvado
Carl Sagan seja Louvado
Ordem e Progresso
Dawkins, meu bofe
All your base are belong to us
Niemeyer seja louvado
Os Ateus sejam Queimados!!!
O louvor seja louvado
PELE SEJA LOUVADO
Daora a vida
Nada
LULA SEJA LOUVADO
a propina seja louvada !
Pray Lilith
OS ATEUS PIRA SEJA LOUVADO
Essa nota tem o valor de mais de 8.000
Run, Forrest, Run
Pode isso Arnaldo ?
Ninguém é louvado
Meu pau seja Louvado
FORA PT!!
Minha rosca seja louvada
DEUS SEJA CURRADO
Valdemiro seja louvado
Cu
Deus seja louvado
Na minha outra carteira só tem dólar!
FORA SERRA!
Brasileiros sejam louvados
CAGAMOS CHEIROSO, SEJAMOS LOUVADOS
A Mãe Terra Seja Louvada
Dwarvin seja louvado
O poder dos políticos emana do povo, para o povo e pelo povo.
Bertrand Russell seja idolatrado
Chuck Norris seja louvado!!
Que a vida e a liberdade seja louvado!
ÇATAN SEGA LOUVADO
Banda Send seja louvado
fonte: ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos
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Offline _Juca_

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #60 Online: 13 de Novembro de 2012, 12:45:31 »



http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-procurador-que-quando-esta-desocupado-decide-perseguir-deus/

Citar
Um procurador que, quando está desocupado, decide perseguir… Deus!

Volte e meia, tudo indica, o procurador Jefferson Aparecido Dias, do Ministério Público Federal, fica com síndrome de abstinência dos holofotes e decide, então, inventar uma causa para virar notícia. Aprendeu, com a experiência, que dar uns cascudos em Deus — nada menos — ou na fé de mais de 90% dos brasileiros, que são cristãos, rende-lhe bons dividendos. Eventualmente ele pode juntar o combate à religião a alguma outra causa politicamente correta (já chego lá), e aí tem barulho garantido. E, por óbvio, granjeia o apoio de amplos setores da imprensa, que podem até admirar o lulo-petismo, mas acham que religião é mesmo um atraso… Acham legítima a fé num demiurgo mixuruca, mas não em Deus. Entendo. É uma questão de padrão intelectual.

A mais nova e essencial decisão deste senhor, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, de São Paulo, foi entrar com uma ação civil pública para retirar das notas do real a expressão “Deus seja louvado”. É o mesmo rapaz que de mobilizou para caçar e cassar todos os crucifixos de prédios públicos, lembram-se? Também foi ele que tentou, sem sucesso, levar o pastor Silas Malafaia às barras dos tribunais quando este protestou contra o uso de santos católicos em situações homoeróticas numa parada gay. Referindo-se a ações na Justiça, o pastor afirmou que a Igreja Católica deveria “baixar o porrete” e “entrar de pau” nos organizadores do evento. O contexto deixava claríssimo que se referia a ações na Justiça. O procurador, no entanto, decidiu acusar o religioso de incitamento à violência. Era tal o ridículo da assertiva que a ação foi simplesmente extinta. Eis Jefferson Aparecido Dias! Eu o imagino levando os recortes de jornal para as tias: “Este sou eu…”

Jefferson é um homem destemido. Não tem receio de demonstrar a sua brutal e profunda ignorância. É do tipo que diz bobagens de peito aberto. Depois de gastar dinheiro dos contribuintes com a questão do crucifixo e com a tentativa de ação contra Malafaia, ele agora se volta para as notas do real. E justifica a sua ação com esta boçalidade intelectual:
“A manutenção da expressão ‘Deus seja louvado’ [...] configura uma predileção pelas religiões adoradoras de Deus como divindade suprema, fato que, sem dúvida, impede a coexistência em condições igualitárias de todas as religiões cultuadas em solo brasileiro (…). Imaginemos a cédula de real com as seguintes expressões: ‘Alá seja louvado’, ‘Buda seja louvado’, ‘Salve Oxóssi’, ‘Salve Lord Ganesha’, ‘Deus não existe’. Com certeza haveria agitação na sociedade brasileira em razão do constrangimento sofrido pelos cidadãos crentes em Deus”.

Como se nota, trata-se de uma ignorância cultivada com esmero, com dedicação, com afeto até. Jefferson é do tipo que ama as tolices que diz, o que é demonstrado pelo recurso da enumeração. Trata-se, assim, para ficar no clima destes dias, de uma espécie de continuidade delitiva do argumento.

Vamos ver.

O procurador é o tipo de temperamento que gosta de propor remédios para males que não existem, o que é próprio de certas mentalidades autoritárias. Em que a expressão “Deus seja louvado” impede “a coexistência em condições igualitárias” de todas as religiões? Cadê os confrontos? Onde estão os enfrentamentos? Apontem-me as situações em que as demais religiões, em razão dessa expressão, passaram por um processo de intimidação. Em tempo: Alá é Deus, doutor! Vá estudar!

Não sei que idade tem este senhor, mas sei, com certeza, que ele se formou na era em que o “princípio da igualdade” tem de se sobrepor a qualquer outro, mesmo ao princípio da realidade e da verdade. Ora, “Deus” — sim, o cristão! — tem, para as esmagadora maioria dos brasileiros, uma importância cultural, moral, ética e religiosa que aqueles outros símbolos religiosos não têm. Todos os brasileiros são iguais no direito de expressar a sua fé — e isso está assegurado pelo Inciso VI do Artigo 5º da Constituição, a saber:
“VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;”

Ocorre, doutor Jefferson, que a mesma Constituição que garante essa liberdade — e que assegura a liberdade de expressão, aquela que o senhor tentou cassar do pastor Malafaia — também tem o seguinte preâmbulo:
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”

Como é que o doutor Jefferson tem o topete de evocar uma Constituição promulgada “sob a proteção de Deus” para banir das notas do real a expressão “Deus seja louvado”, sustentando que ela “impede a coexistência em condições igualitárias de todas as religiões”? Doutor Jefferson é macho o bastante (em sentido figurado, claro, como o emprega o povo) para dar início a um movimento para cassar Deus da Constituição? Ou, acovardado, ele se limita a perseguir crucifixos em repartições públicas e a expressão genérica da fé em cédulas de dinheiro?

A Constituição que tem “Deus” em seu preâmbulo persegue ou protege os crentes em Oxóssi?
A Constituição que tem “Deus” em seu preâmbulo persegue ou protege os crentes em Lord Ganesha?
A Constituição que tem “Deus” em seu preâmbulo persegue ou protege os ateus?

O nome disso é intolerância. Esse mesmo procurador já tentou processar um outro pastor evangélicos que atacou o ateísmo — ainda que o tenha feito em termos impróprios. Já me ocupei de doutor Jefferson neste blog algumas vezes no passado. Quase invariavelmente, ele comparece ao noticiário tratando de questões dessa natureza, o que, fica evidente, caracteriza uma militância. O que me pergunto é se este senhor, ele sim!, por ser eventualmente ateu (e é um direito seu), não tenta usar uma posição de autoridade que conquistou no estado brasileiro para impor a sua convicção.

Maiorias, minorais e respeito
Nas democracias, prevalece a vontade da maioria na escolha dos mandatários e, frequentemente, no conteúdo das leis. Elas também se fazem presentes nos costumes e nos valores. Mas o regime só será democrático se os direitos das minorias forem garantidos. Haver na cédula do real a expressão “Deus seja louvado” significa, sim, que este é um país em que a esmagadora maioria acredita em Deus, mas não caracteriza, de modo nenhum, supressão dos direitos daqueles que não acreditam em Deus nenhum, que acreditam em vários deuses ou que simplesmente acham a religião uma perda de tempo. Em sociedade, a afirmação positiva de um valor não implica, necessariamente, a cassação da expressão de quem pensa de modo diferente.

Ora, seria mesmo um despropósito, meu senhor, que houvesse, no Brasil, com a história e com o povo que tem, algo como “Lord Ganescha seja louvado” ou “Oxóssi seja louvado” pela simples e óbvia razão de que essas, quando considerada a sociedade brasileira no seu conjunto, são crenças de exceção, que traduzem escolhas e convicções da minoria do povo. O Brasil é uma nação de maioria cristã, o que o doutor não conseguirá mudar. O que se exige é que essa nação resguarde os direitos de quem quer cultuar outras divindades e deuses ou deus nenhum. E isso está garantido pela Constituição Brasileira, promulgada “sob a proteção de Deus”.

Finalmente, o argumento de que o estado é laico — e, felizmente, é mesmo! — não deve servir de pretexto para que se persigam as religiões. Um estado laico não significa um estado ateu, que estivesse empenhado em combater as religiões. A sua laicidade é afirmativa, não negativa; ela assegura a livre expressão da religiosidade, em vez de reprimir a todos igualmente. Entendeu a diferença, doutor?

Sei que a questão parece menor, quase irrelevante. Mas não é, não! Essa é apenas uma das vezes em que supostos iluministas, falando em nome da razão, tentam impor uma espécie de censura da neutralidade ao conjunto da sociedade. Pretendem que escolhas com viés ideológico sejam apenas as alheias, a de seus adversários. Promovem permanentemente uma espécie de guerra cultural contra os valores da maioria para poder acusá-la de autoritária.

Como sabemos, a cada vez que os ingleses cantam “God save our gracious Queen” e se ouve o eco lá naquele “novo continente” — “And this be our motto: ‘In God is our trust’” —, o que se tem é a voz da ditadura cristã dominando o mundo, não é mesmo?

Deveria haver um limite para o ridículo, mas não há! Parece que o que falta ao procurador é serviço!

Offline Fabrício

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #61 Online: 13 de Novembro de 2012, 13:43:07 »



http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-procurador-que-quando-esta-desocupado-decide-perseguir-deus/

Citar
Um procurador que, quando está desocupado, decide perseguir… Deus!

Volte e meia, tudo indica, o procurador Jefferson Aparecido Dias, do Ministério Público Federal, fica com síndrome de abstinência dos holofotes e decide, então, inventar uma causa para virar notícia. Aprendeu, com a experiência, que dar uns cascudos em Deus — nada menos — ou na fé de mais de 90% dos brasileiros, que são cristãos, rende-lhe bons dividendos. Eventualmente ele pode juntar o combate à religião a alguma outra causa politicamente correta (já chego lá), e aí tem barulho garantido. E, por óbvio, granjeia o apoio de amplos setores da imprensa, que podem até admirar o lulo-petismo, mas acham que religião é mesmo um atraso… Acham legítima a fé num demiurgo mixuruca, mas não em Deus. Entendo. É uma questão de padrão intelectual.

A mais nova e essencial decisão deste senhor, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, de São Paulo, foi entrar com uma ação civil pública para retirar das notas do real a expressão “Deus seja louvado”. É o mesmo rapaz que de mobilizou para caçar e cassar todos os crucifixos de prédios públicos, lembram-se? Também foi ele que tentou, sem sucesso, levar o pastor Silas Malafaia às barras dos tribunais quando este protestou contra o uso de santos católicos em situações homoeróticas numa parada gay. Referindo-se a ações na Justiça, o pastor afirmou que a Igreja Católica deveria “baixar o porrete” e “entrar de pau” nos organizadores do evento. O contexto deixava claríssimo que se referia a ações na Justiça. O procurador, no entanto, decidiu acusar o religioso de incitamento à violência. Era tal o ridículo da assertiva que a ação foi simplesmente extinta. Eis Jefferson Aparecido Dias! Eu o imagino levando os recortes de jornal para as tias: “Este sou eu…”

Jefferson é um homem destemido. Não tem receio de demonstrar a sua brutal e profunda ignorância. É do tipo que diz bobagens de peito aberto. Depois de gastar dinheiro dos contribuintes com a questão do crucifixo e com a tentativa de ação contra Malafaia, ele agora se volta para as notas do real. E justifica a sua ação com esta boçalidade intelectual:
“A manutenção da expressão ‘Deus seja louvado’ [...] configura uma predileção pelas religiões adoradoras de Deus como divindade suprema, fato que, sem dúvida, impede a coexistência em condições igualitárias de todas as religiões cultuadas em solo brasileiro (…). Imaginemos a cédula de real com as seguintes expressões: ‘Alá seja louvado’, ‘Buda seja louvado’, ‘Salve Oxóssi’, ‘Salve Lord Ganesha’, ‘Deus não existe’. Com certeza haveria agitação na sociedade brasileira em razão do constrangimento sofrido pelos cidadãos crentes em Deus”.

Como se nota, trata-se de uma ignorância cultivada com esmero, com dedicação, com afeto até. Jefferson é do tipo que ama as tolices que diz, o que é demonstrado pelo recurso da enumeração. Trata-se, assim, para ficar no clima destes dias, de uma espécie de continuidade delitiva do argumento.

Vamos ver.

O procurador é o tipo de temperamento que gosta de propor remédios para males que não existem, o que é próprio de certas mentalidades autoritárias. Em que a expressão “Deus seja louvado” impede “a coexistência em condições igualitárias” de todas as religiões? Cadê os confrontos? Onde estão os enfrentamentos? Apontem-me as situações em que as demais religiões, em razão dessa expressão, passaram por um processo de intimidação. Em tempo: Alá é Deus, doutor! Vá estudar!

Não sei que idade tem este senhor, mas sei, com certeza, que ele se formou na era em que o “princípio da igualdade” tem de se sobrepor a qualquer outro, mesmo ao princípio da realidade e da verdade. Ora, “Deus” — sim, o cristão! — tem, para as esmagadora maioria dos brasileiros, uma importância cultural, moral, ética e religiosa que aqueles outros símbolos religiosos não têm. Todos os brasileiros são iguais no direito de expressar a sua fé — e isso está assegurado pelo Inciso VI do Artigo 5º da Constituição, a saber:
“VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;”

Ocorre, doutor Jefferson, que a mesma Constituição que garante essa liberdade — e que assegura a liberdade de expressão, aquela que o senhor tentou cassar do pastor Malafaia — também tem o seguinte preâmbulo:
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”

Como é que o doutor Jefferson tem o topete de evocar uma Constituição promulgada “sob a proteção de Deus” para banir das notas do real a expressão “Deus seja louvado”, sustentando que ela “impede a coexistência em condições igualitárias de todas as religiões”? Doutor Jefferson é macho o bastante (em sentido figurado, claro, como o emprega o povo) para dar início a um movimento para cassar Deus da Constituição? Ou, acovardado, ele se limita a perseguir crucifixos em repartições públicas e a expressão genérica da fé em cédulas de dinheiro?

A Constituição que tem “Deus” em seu preâmbulo persegue ou protege os crentes em Oxóssi?
A Constituição que tem “Deus” em seu preâmbulo persegue ou protege os crentes em Lord Ganesha?
A Constituição que tem “Deus” em seu preâmbulo persegue ou protege os ateus?

O nome disso é intolerância. Esse mesmo procurador já tentou processar um outro pastor evangélicos que atacou o ateísmo — ainda que o tenha feito em termos impróprios. Já me ocupei de doutor Jefferson neste blog algumas vezes no passado. Quase invariavelmente, ele comparece ao noticiário tratando de questões dessa natureza, o que, fica evidente, caracteriza uma militância. O que me pergunto é se este senhor, ele sim!, por ser eventualmente ateu (e é um direito seu), não tenta usar uma posição de autoridade que conquistou no estado brasileiro para impor a sua convicção.

Maiorias, minorais e respeito
Nas democracias, prevalece a vontade da maioria na escolha dos mandatários e, frequentemente, no conteúdo das leis. Elas também se fazem presentes nos costumes e nos valores. Mas o regime só será democrático se os direitos das minorias forem garantidos. Haver na cédula do real a expressão “Deus seja louvado” significa, sim, que este é um país em que a esmagadora maioria acredita em Deus, mas não caracteriza, de modo nenhum, supressão dos direitos daqueles que não acreditam em Deus nenhum, que acreditam em vários deuses ou que simplesmente acham a religião uma perda de tempo. Em sociedade, a afirmação positiva de um valor não implica, necessariamente, a cassação da expressão de quem pensa de modo diferente.

Ora, seria mesmo um despropósito, meu senhor, que houvesse, no Brasil, com a história e com o povo que tem, algo como “Lord Ganescha seja louvado” ou “Oxóssi seja louvado” pela simples e óbvia razão de que essas, quando considerada a sociedade brasileira no seu conjunto, são crenças de exceção, que traduzem escolhas e convicções da minoria do povo. O Brasil é uma nação de maioria cristã, o que o doutor não conseguirá mudar. O que se exige é que essa nação resguarde os direitos de quem quer cultuar outras divindades e deuses ou deus nenhum. E isso está garantido pela Constituição Brasileira, promulgada “sob a proteção de Deus”.

Finalmente, o argumento de que o estado é laico — e, felizmente, é mesmo! — não deve servir de pretexto para que se persigam as religiões. Um estado laico não significa um estado ateu, que estivesse empenhado em combater as religiões. A sua laicidade é afirmativa, não negativa; ela assegura a livre expressão da religiosidade, em vez de reprimir a todos igualmente. Entendeu a diferença, doutor?

Sei que a questão parece menor, quase irrelevante. Mas não é, não! Essa é apenas uma das vezes em que supostos iluministas, falando em nome da razão, tentam impor uma espécie de censura da neutralidade ao conjunto da sociedade. Pretendem que escolhas com viés ideológico sejam apenas as alheias, a de seus adversários. Promovem permanentemente uma espécie de guerra cultural contra os valores da maioria para poder acusá-la de autoritária.

Como sabemos, a cada vez que os ingleses cantam “God save our gracious Queen” e se ouve o eco lá naquele “novo continente” — “And this be our motto: ‘In God is our trust’” —, o que se tem é a voz da ditadura cristã dominando o mundo, não é mesmo?

Deveria haver um limite para o ridículo, mas não há! Parece que o que falta ao procurador é serviço!

Reinaldo Azevedo é beato de carteirinha :P... nada surpreendente esta defesa tão apaixonada e exagerada de uma coisa tão besta quanto esta inscrição nas cédulas.

No texto, o argumento dele me parece puramente um ad populum... se a maioria do povo brasileiro é cristã, então isto justifica que a expressão "Deus seja louvado" apareça nas notas. Ridículo.

E dizer que "Alá é Deus" é bem forçado, Alá não equivale ao deus cristão.

« Última modificação: 13 de Novembro de 2012, 13:49:16 por Fabrício »
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #62 Online: 13 de Novembro de 2012, 13:44:59 »
É engraçado como religiosos desinformados sempre aparecem com essa noção ridícula de que "é tudo o mesmo deus, só muda o nome".
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #63 Online: 13 de Novembro de 2012, 13:50:32 »
É engraçado como religiosos desinformados sempre aparecem com essa noção ridícula de que "é tudo o mesmo deus, só muda o nome".

Engraçado também que ele usou um padrão recorrente dos religiosos fanáticos que de vez em quando aparecem no CC: fala merda e ainda manda quem discorda ele "estudar". :lol:

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #64 Online: 13 de Novembro de 2012, 16:30:28 »
Citar

 O presidente do Senado, José Sarney (PMDB), criticou nesta terça-feira (13) a intenção do Ministério Público Federal de retirar a frase "Deus seja louvado" das cédulas de dinheiro. A expressão foi introduzida em 1986, quando Sarney era o presidente da República. Para Sarney, a polêmica é fruto da "falta do que fazer". Ele disse ainda ter "pena" dos ateus.

"Eu acho que é uma falta do que fazer, porque, na realidade, precisamos cada vez mais ter a consciência da nossa gratidão a Deus por tudo o que ele fez por todos nós humanos e pela criação do universo. Nós não podemos jamais perder o dado espiritual. Eu tenho pena do homem que na face da terra não acredita em Deus", afirmou.


 A ação da Procuradoria da República no Estado de São Paulo pede, em caráter liminar, que seja concedido à União o prazo de 120 dias para que as cédulas comecem a ser impressas sem a frase, evitando gastos aos cofres públicos.

A justificativa da procuradoria é de que o Estado brasileiro é laico e deve se desvincular de manifestações religiosa. Além disso, segundo o MP, a expressão privilegiaria uma religião em detrimento das outras.

Representação
A procuradoria disse que recebeu, em 2011, uma representação questionando a frase nas notas. No inquérito, a Casa da Moeda informou ao órgão que cabe ao Banco Central a emissão e a “definição das características técnicas e artísticas das cédulas”.

A inclusão da expressão nas cédulas aconteceu em 1986, por determinação do então presidente José Sarney, de acordo com informações do Ministério da Fazenda passadas à procuradoria. Em 1994, com o Plano Real, a frase foi mantida pelo ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, supostamente por ser “tradição da cédula brasileira”, apesar de ter sido inserida há poucos anos, diz.

Ainda segundo a procuradoria, para o BC o fundamento legal para a existência da frase nas cédulas é o preâmbulo da Constituição, que afirma que ela foi promulgada “sob a proteção de Deus”.

O procurador Dias lembra, em nota, que não existe lei autorizando a inclusão da expressão religiosa nas cédulas brasileiras.

http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/11/sarney-diz-que-polemica-sobre-mencao-a-deus-e-falta-do-que-fazer.html

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #65 Online: 13 de Novembro de 2012, 16:36:31 »
Por que esse cara não morre logo?
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline EduardoCFF

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #66 Online: 13 de Novembro de 2012, 16:38:41 »
Por que esse cara não morre logo?

Por que ele é o proprio capeta?  :hihi:
“Se a historia da ciência nos ensina alguma coisa, é que não vamos a lugar nenhum chamando nossa ignorância de deus”

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #67 Online: 13 de Novembro de 2012, 17:38:27 »
Por que esse cara não morre logo?

Por que ele é o proprio capeta?  :hihi:

Não parta para ad hominens, o capeta não merece ser ofendido desta maneira.
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #68 Online: 13 de Novembro de 2012, 17:42:00 »
Por que esse cara não morre logo?

Por que ele é o proprio capeta?  :hihi:

Não parta para ad hominens, o capeta não merece ser ofendido desta maneira.

E mesmo que ele fosse e do jeito que ele adora nepotismo, a capital Brasilia estaria cheios de filhos do tinhoso trabalh...oh wait...oh noes....  :medo:
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #69 Online: 13 de Novembro de 2012, 17:56:16 »

             Mas voltando ao texto do Reinaldo Azevedo, deixando essa figura pitoresca de Sarney para lá.
             Até que pelo menos numa coisa ele (o Reinaldo Azevedo) tem razão, é contraditório isso de a constituição dizer que a constituição foi feita "sob a proteção de Deus" e ao mesmo dizer que o Estado é laico....me parece que ou é uma coisa, ou é outra.
             Deveriam decidir que parte da constituição mudar e fazer essa mudança tirando ou uma frase ou a outra dela, antes de inventar de mexer em células de reais.
             É muito mais importante clarificar isso do que mudar células de reais.

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #70 Online: 13 de Novembro de 2012, 18:26:00 »

             Mas voltando ao texto do Reinaldo Azevedo, deixando essa figura pitoresca de Sarney para lá.
             Até que pelo menos numa coisa ele (o Reinaldo Azevedo) tem razão, é contraditório isso de a constituição dizer que a constituição foi feita "sob a proteção de Deus" e ao mesmo dizer que o Estado é laico....me parece que ou é uma coisa, ou é outra.
             Deveriam decidir que parte da constituição mudar e fazer essa mudança tirando ou uma frase ou a outra dela, antes de inventar de mexer em células de reais.
             É muito mais importante clarificar isso do que mudar células de reais.

Na verdade é errado tanto a Constituição quanto as notas de um Estado Laico terem referências a uma religião, no caso o cristianismo. O certo seria mesmo mudar os dois.

Mas se mudar notas é difícil, a Constituição então é praticamente impossível, as bancadas religiosas nunca vão permitir.

Além do mais, isso tudo é uma grande bobagem, perda de tempo também ficar implicando com estes detalhes bestas.
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #71 Online: 13 de Novembro de 2012, 19:50:50 »
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #72 Online: 13 de Novembro de 2012, 20:23:14 »

             Mas voltando ao texto do Reinaldo Azevedo, deixando essa figura pitoresca de Sarney para lá.
             Até que pelo menos numa coisa ele (o Reinaldo Azevedo) tem razão, é contraditório isso de a constituição dizer que a constituição foi feita "sob a proteção de Deus" e ao mesmo dizer que o Estado é laico....me parece que ou é uma coisa, ou é outra.
             Deveriam decidir que parte da constituição mudar e fazer essa mudança tirando ou uma frase ou a outra dela, antes de inventar de mexer em células de reais.
             É muito mais importante clarificar isso do que mudar células de reais.

Na verdade é errado tanto a Constituição quanto as notas de um Estado Laico terem referências a uma religião, no caso o cristianismo. O certo seria mesmo mudar os dois.

Mas se mudar notas é difícil, a Constituição então é praticamente impossível, as bancadas religiosas nunca vão permitir.

Além do mais, isso tudo é uma grande bobagem, perda de tempo também ficar implicando com estes detalhes bestas.

             Bom, para começar, se deveria fazer um plebiscito ou referendo para ver se a maioria da população brasileira quer mesmo um Estado laico, ou se, o que é mais provável, isso no Brasil foi mais uma imposição historicamente vinda no Brasil dos filhinhos de papais grandes fazendeiros ou grandes industriais do começo da industrialização brasileira, filhinhos formados em Direito e em outras humanas no começo em Coimbra e depois em faculdades brasileiras e que queriam dar uma de revoltadinhos mas ao mesmo tempo aceitavam ou mesmo pediam dinheiro dos papais para serem deputados do Império com o voto censitário e do cabresto e as fraudes eleitorais e depois isso continuando na primeira república. Tudo isso levou a uma tradição cultural elitista no Brasil, em parte isso também aconteceu na maioria da Europa Ocidental, só nos EUA e Suiça os países democráticos mais antigos do mundo, e em que foram mesmos pequenos proprietários com experiencia prática que fizeram a sua democracia (ao contrario inclusive dos lideres intelectuais jacobinos da revolução francesa que eram na maioria intelectuais filhinhos de papai, que aproveitaram uma fase de anomia e de deseraquização do exército e da polícia, para fazer intrigas e conseguir reerarquizá-las com suas intrigas (depois de na oposição se reunirem com o submundo dos criminosos hediondos contanto que fossem pobres) e oprimiram a verdadeira maioria da população da França em assuntos como a religião, esse foi um principais motivos porque houve o terror jacobino e porque houve o genocidio da Vendea em que mas de 25% dos habitantes da população da Vendea foi morta). Tudo isso coisas que foram precedentes do elitismo comunista que matou a dezenas de milhões de pessoas e que deixou sobreviventes de torturas a outras dezenas de milhões de pessoas mais.
          Vamos parar com essa palhaçada. Plebiscito ou referendo para ver se a maioria da população brasileira quer mesmo o Estado laico.
          E em todo caso se fosse para não querer, seria uma coisa a se pensar, se não se deveria também abolir os feriados religiosos, demolir a estatua do Cristo redentor do Rio de Janeiro, ao estilo taliban, obrigar a mudar o nome de cidades e estados como São Paulo.

Offline Luiz F.

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #73 Online: 13 de Novembro de 2012, 20:35:20 »
Senhores cuidado para não escorregar.
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #74 Online: 13 de Novembro de 2012, 21:53:00 »

             Mas voltando ao texto do Reinaldo Azevedo, deixando essa figura pitoresca de Sarney para lá.
             Até que pelo menos numa coisa ele (o Reinaldo Azevedo) tem razão, é contraditório isso de a constituição dizer que a constituição foi feita "sob a proteção de Deus" e ao mesmo dizer que o Estado é laico....me parece que ou é uma coisa, ou é outra.
             Deveriam decidir que parte da constituição mudar e fazer essa mudança tirando ou uma frase ou a outra dela, antes de inventar de mexer em células de reais.
             É muito mais importante clarificar isso do que mudar células de reais.

Na verdade é errado tanto a Constituição quanto as notas de um Estado Laico terem referências a uma religião, no caso o cristianismo. O certo seria mesmo mudar os dois.

Mas se mudar notas é difícil, a Constituição então é praticamente impossível, as bancadas religiosas nunca vão permitir.

Além do mais, isso tudo é uma grande bobagem, perda de tempo também ficar implicando com estes detalhes bestas.

             Bom, para começar, se deveria fazer um plebiscito ou referendo para ver se a maioria da população brasileira quer mesmo um Estado laico, ou se, o que é mais provável, isso no Brasil foi mais uma imposição historicamente vinda no Brasil dos filhinhos de papais grandes fazendeiros ou grandes industriais do começo da industrialização brasileira, filhinhos formados em Direito e em outras humanas no começo em Coimbra e depois em faculdades brasileiras e que queriam dar uma de revoltadinhos mas ao mesmo tempo aceitavam ou mesmo pediam dinheiro dos papais para serem deputados do Império com o voto censitário e do cabresto e as fraudes eleitorais e depois isso continuando na primeira república. Tudo isso levou a uma tradição cultural elitista no Brasil, em parte isso também aconteceu na maioria da Europa Ocidental, só nos EUA e Suiça os países democráticos mais antigos do mundo, e em que foram mesmos pequenos proprietários com experiencia prática que fizeram a sua democracia (ao contrario inclusive dos lideres intelectuais jacobinos da revolução francesa que eram na maioria intelectuais filhinhos de papai, que aproveitaram uma fase de anomia e de deseraquização do exército e da polícia, para fazer intrigas e conseguir reerarquizá-las com suas intrigas (depois de na oposição se reunirem com o submundo dos criminosos hediondos contanto que fossem pobres) e oprimiram a verdadeira maioria da população da França em assuntos como a religião, esse foi um principais motivos porque houve o terror jacobino e porque houve o genocidio da Vendea em que mas de 25% dos habitantes da população da Vendea foi morta). Tudo isso coisas que foram precedentes do elitismo comunista que matou a dezenas de milhões de pessoas e que deixou sobreviventes de torturas a outras dezenas de milhões de pessoas mais.
          Vamos parar com essa palhaçada. Plebiscito ou referendo para ver se a maioria da população brasileira quer mesmo o Estado laico.
          E em todo caso se fosse para não querer, seria uma coisa a se pensar, se não se deveria também abolir os feriados religiosos, demolir a estatua do Cristo redentor do Rio de Janeiro, ao estilo taliban, obrigar a mudar o nome de cidades e estados como São Paulo.

O procedimento para mudar a constituição não é o plebiscito, e sim uma Assembléia Geral da União (Federação, Estados e Municípios).
"Que homem é um homem que não torna o mundo melhor?"

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