Autor Tópico: As cédulas de real desrespeitam o laicismo  (Lida 9736 vezes)

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Offline LaraAS

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #75 Online: 13 de Novembro de 2012, 22:19:59 »
       Bom, aqui é o lugar para colocar um post que eu li no forum do Reinaldo Azevedo, pode ser que esse forista esteja errado, mas olhe o que ele escreveu:

      "Jooão ,13/11/2013 às 15:10:

     Em nenhum lugar da constituição se afirma que o Brasil é laico. Ela diz que: "É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios
     l- Estabelecer cultos ou Igrejas, subvencioná-las, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada na forma da lei a colaboração de interesse público.'
     Taí a única parte da constituição que diz respeito ao não-estabelecimento de religiões. Comecei a não usar a palavra "laico", pois já vi militantes fazendo verdadeiros malabarismos semânticos para afirmar que um estado "laico" é muito mais parecido com uma França jacobina ou com uma Rússia soviética do que com uma América democrática"

     Agora eu mesma falando, não mais a citação, há países perfeitamente democráticos mas do que o Brasil, em que não há nem sequer esse tipo de frase na sua constituição, como alguns dos países escandinavos e do Benelux....e a Grã-Bretanha, que nem sequer tem, ou há pouco tempo não tinha uma constituição escrita formal assim como a Suiça há pouco tempo atrás (será que isso de constituição escrita formal é mesmo necessário?).

    Agora quanto a um plebiscito nesse caso, isso seria para confirmar que a maioria quer essa mudança, não para deixar de fazer outras formalidades para essa reforma constitucional.
    Se bem que, se for verdade, o que esse cara citado colocou, de que é só essa parte que há sobre o assunto na constituição brasileira talvez não seja necessário. Afinal uma frase numa cédula, ou um crucifixo numa sala pública, não chega a ser exatamente estabelecer um culto ou igreja. E em todo caso, há a última frase no fim desse paragrafo na constituição: RESSALVADA NA FORMA DA LEI A COLABORAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO e me parece que com essa frase, se pode longamente argumentar contra o talibanismo ateu desse procurador e desse tipo de gente.

   
     
« Última modificação: 13 de Novembro de 2012, 22:37:11 por LaraAS »

Offline LaraAS

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #76 Online: 13 de Novembro de 2012, 22:29:57 »

        Agora, um dos caras mais talibans do ateísmo que eu já vi, foi um cara que escreveu outro post nesse fórum, falando que é uma coisa que atenta ao Estado laico (Estado que se for verdade o escrito por esse Jooão, só exite na cabeça dos militantes ateus, pois essa palavra parece que não está na constituição) a existência da bancada evangélica.
       Bom então ele quer proibir a Internacional democrata-cristã do mundo (católica, da doutrina soical da Igreja), sendo que há periodicamente partidos democratas-cristãos (católicos, da doutrina social da Igreja) nos governos de países seríssimos como a Alemanha, Itália, países escandinavos.
       Mas esse post foi pior ainda, foi puro stalinismo, pois a bancada evangélica nem sequer é um partido formal, o que esse cara quer é que os evangélicos que vão uma vez por semana no culto evangélico sejam proibidos de se candidatar a cargos políticos e talvez também proibidos de votar em plebiscitos e referendos mesmo como eleitores comuns, e isso poderia facilmente ser estendido para outras religiões, ou até que qualquer católico ou protestante deveria ser proibido de se candidatar....

Offline JohnnyRivers

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #77 Online: 13 de Novembro de 2012, 23:07:59 »
       Bom, aqui é o lugar para colocar um post que eu li no forum do Reinaldo Azevedo, pode ser que esse forista esteja errado, mas olhe o que ele escreveu:

      "Jooão ,13/11/2013 às 15:10:

     Em nenhum lugar da constituição se afirma que o Brasil é laico. Ela diz que: É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios
     'l- Estabelecer cultos ou Igrejas, subvencioná-las, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada na forma da lei a colaboração de interesse público.'
     Taí a única parte da constituição que diz respeito ao não-estabelecimento de religiões. Comecei a não usar a palavra "laico", pois já vi militantes fazendo verdadeiros malabarismos semânticos para afirmar que um estado "laico" é muito mais parecido com um França jacobina ou com uma Rússia soviética do que com uma América democrática"

     Agora eu mesma falando, não mais a citação, há países perfeitamente democráticos mas do que o Brasil, em que não há nem sequer esse tipo de frase na sua constituição, como muitos dos países escandinavos ou de Benelux....e a Grã-Bretanha, que nem sequer tem, ou há pouco tempo não tinha uma constituição escrita formal assim como a Suiça há pouco tempo atrás (será que isso de constituição escrita formal é mesmo necessário?).

    Agora quanto a um plebiscito nesse caso, isso seria para confirmar que a maioria quer essa mudança, não para deixar de fazer outras formalidades para essa reforma constitucional.
    Se bem que, se for verdade, o que esse cara citado colocou, de que é só essa parte que há sobre o assunto na constituição brasileira talvez não seja necessário. Afinal uma frase numa cédula, ou um crucifixo numa sala pública, não chega a ser exatamente estabelecer um culto ou igreja. E em todo caso, há a última frase no fim desse paragrafo na constituição: RESSALVADA NA FORMA DA LEI A COLABORAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO e me parece que com essa frase, se pode longamente argumentar contra o talibanismo ateu desse procurador e desse tipo de gente.

   
   

LaraAs, se reler bem o conteúdo do tópico, irá encontrar algumas citações embasadas sobre isto. Eu mesmo que sou cristão, afirmo que tem fundamento legal esta ação das cédulas e tudo o mais.

Sugiro as leituras destes artigos de matéria de Direito e que são fidedignos, nas quais contém todo o entendimento jurídico sobre laicismo brasileiro e, no ultimo, contém sobre o procedimento correto de se mudar uma constituição:

Laicismo:

http://jus.com.br/revista/texto/8519/brasil-estado-laico-e-a-inconstitucionalidade-da-existencia-de-simbolos-religiosos-em-predios-publicos

http://jus.com.br/revista/texto/22219/brasil-a-laicidade-e-a-liberdade-religiosa-desde-a-constituicao-da-republica-federativa-de-1988

http://www.conamp.org.br/Lists/artigos/DispForm.aspx?ID=176]http://www.conamp.org.br/Lists/artigos/DispForm.aspx?ID=176]http://www.conamp.org.br/Lists/artigos/DispForm.aspx?ID=176

http://www.conjur.com.br/2011-ago-27/preambulo-protecao-deus-cf-nao-ordenamento-juridico

Assembléia Constituinte:

Observe como é alterar uma Carta Magna (atenção nos 2 ultimos):

http://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_constituinte

http://abadireitoconstitucional.blogspot.com.br/2009/12/poder-constituinte.html

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u80984.shtml

http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/1759/revisao_constitucional_buhler.pdf?sequence=5
« Última modificação: 13 de Novembro de 2012, 23:17:50 por JohnnyRivers »
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #78 Online: 13 de Novembro de 2012, 23:37:25 »
            Para JohnnyRivers:

       Pedanteria mandarinata. Argumente você mesmo não com citações.
       E depois nada desse tipo mandarinato tem muita importância, Isso é elitismo vindo historicamente de filhinhos de papai mimados de um país de passado latifundista.
       Em todo caso, não vai ser nada disso que vai determinar se essa ideia vai dar certo ou não, mas sim a coincidência da subjetividade dos em que calhar cair essa proposta.
       Ou há alguma coisa objetiva nisso, equivalente a um prédio cair ou se manter de pé para a engenharia civil no caso desses assuntos de Estado, inclusive do direito?
       Não, não há, inclusive em processos por prevaricação jurídica tudo que realmente importa é o poder, é o poder subjetivo dos juízes que julgam o caso, essa é uma questão de PODER, e não de qualquer "tecnicismo", coisa que só vale para as exatas, e derivadas como as engenharias ou para a maior parte das biológicas (exceto psicologia e parte do que é chamado de psiquiatria e de ecologia).
       Se não fosse assim, nunca poderia haver colegiados de juízes com uma parte deles tendo votos diferentes da outra parte.
       Então, não me venha com pedanterias, e responda com as suas palavras ao que eu escrevi e de um modo inteligível.
       Você não respondeu a nada, só fez uma exibição de poder (que aliais você não tem, porque não é você que vai decidir) e depois inclusive esses textos que você citou sem dúvida que devem ter várias interpretações possíveis, algumas para o seu lado e outras para o meu, se não fosse assim, nunca que haveria colegiados de juízes com metade deles dando um voto e a outra metade dando o contrário.
        Agora quanto a um plebiscito:
        Em algum lugar está escrito que é proibido fazer junto com o que você citou, fazer também um plebiscito complementar para confirmar a mudança da constituição?
        E se houver (desconfio que não) que seja mudado, ora essa....
        É que você pensa de um modo atado, como se tudo você uma questão de tabuas da lei de Moises, ou de lei do Pentescoste e ainda por cima, sem nem perceber que também há subjetivismo nisso, se não, seria impossível haver votos contrários em colegiados de juízes, ou melhor seria impossível haver colegiados de juízes.
 
« Última modificação: 14 de Novembro de 2012, 00:04:55 por LaraAS »

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #79 Online: 13 de Novembro de 2012, 23:41:11 »
E sempre volta-se as mesmas questões - feriados, imagens e símbolos religiosos.
Tenho pra mim que tudo se resume à definição de laicismo: o que vem a ser um estado laico e quais as limitações a ele impostas pelo laicismo. O que um estado laico pode ou não fazer em termos de religião.

Pesquisando sobre o tema, temos que as principais características do laicismo são a vedação à influencia religiosa nos assuntos de estado e a liberdade de crença. Esta última, por sua vez, tendo como consequência a proibição imposta ao estado no que se refere ao patrocínio ou favorecimento a qualquer religião em específico.

Assim, em um estado que se dispõe a cumprir de forma plena o laicismo, não restaria lugar para referências oficiais a qualquer religião. Feriados, referências em documentos oficiais e símbolos em repartições públicas são manifestações claramente contrárias ao laicismo. É a conclusão lógica inatacável que decorre da definição de laicismo.

Mas é claro que o laicismo não é nem de longe plenamente adotado no Brasil (e provavelmente em nenhum lugar do mundo). A religião dominante impera porque a maioria implica vitória nas urnas e caminho livre para favorecimentos sem risco de críticas ou censura ("um deus seja louvado" nas cédulas de dinheiro ou o ensino oficial de religião nas escolas públicas antes de serem criticados são motivo de aplausos por parte dos partidários da religião favorecida).

Os religiosos normalmente argumentam que se fossem aplicar o raciocínio dos defensores do laicismo deveriam ser mudados os nomes de estado, cidades e ruas; deveriam ser extintos os feriados religiosos, etc... e esse argumento é mesmo absolutamente correto se o estado realmente adotasse o laicismo em sua plenitude. Mas acontece que também, e acima de tudo, se exige razoabilidade nas ações de estado, de modo que não seria razoável por questões econômicas, culturais etc, se mudar os nomes de locais, por exemplo. Já quanto aos feriados religiosos acho que seria totalmente viável a desvinculação oficial. Assim, um estado que resolvesse adotar o laicismo a risca deveria corrigir as distorções do passado de modo a adaptá-las a sua atual condição de estado laico, sempre tomando como parâmetros o bom censo e a razoabilidade.

Mas a realidade, é claro, nos mostra todos os dias que isso é impossível de ocorrer. Os dizeres das cédulas continuarão como estão, assim como as imagens nas repartições públicas, o feriados religiosos (com novos sendo criados) e as aulas de ensino religioso nas escolas públicas (cada vez mais devocionais e proselitistas).
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
Agora não se acham nem no céu."
__________
Provérbio Iídiche.

"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
existem, nem qual sua aparência. Muitas coisas impedem meu conhecimento.
Entres elas, o fato de que eles nunca aparecem."
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Offline LaraAS

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #80 Online: 13 de Novembro de 2012, 23:54:47 »
E sempre volta-se as mesmas questões - feriados, imagens e símbolos religiosos.
Tenho pra mim que tudo se resume à definição de laicismo: o que vem a ser um estado laico e quais as limitações a ele impostas pelo laicismo. O que um estado laico pode ou não fazer em termos de religião.

Pesquisando sobre o tema, temos que as principais características do laicismo são a vedação à influencia religiosa nos assuntos de estado e a liberdade de crença. Esta última, por sua vez, tendo como consequência a proibição imposta ao estado no que se refere ao patrocínio ou favorecimento a qualquer religião em específico.

Assim, em um estado que se dispõe a cumprir de forma plena o laicismo, não restaria lugar para referências oficiais a qualquer religião. Feriados, referências em documentos oficiais e símbolos em repartições públicas são manifestações claramente contrárias ao laicismo. É a conclusão lógica inatacável que decorre da definição de laicismo.

Mas é claro que o laicismo não é nem de longe plenamente adotado no Brasil (e provavelmente em nenhum lugar do mundo). A religião dominante impera porque a maioria implica vitória nas urnas e caminho livre para favorecimentos sem risco de críticas ou censura ("um deus seja louvado" nas cédulas de dinheiro ou o ensino oficial de religião nas escolas públicas antes de serem criticados são motivo de aplausos por parte dos partidários da religião favorecida).

Os religiosos normalmente argumentam que se fossem aplicar o raciocínio dos defensores do laicismo deveriam ser mudados os nomes de estado, cidades e ruas; deveriam ser extintos os feriados religiosos, etc... e esse argumento é mesmo absolutamente correto se o estado realmente adotasse o laicismo em sua plenitude. Mas acontece que também, e acima de tudo, se exige razoabilidade nas ações de estado, de modo que não seria razoável por questões econômicas, culturais etc, se mudar os nomes de locais, por exemplo. Já quanto aos feriados religiosos acho que seria totalmente viável a desvinculação oficial. Assim, um estado que resolvesse adotar o laicismo a risca deveria corrigir as distorções do passado de modo a adaptá-las a sua atual condição de estado laico, sempre tomando como parâmetros o bom censo e a razoabilidade.

Mas a realidade, é claro, nos mostra todos os dias que isso é impossível de ocorrer. Os dizeres das cédulas continuarão como estão, assim como as imagens nas repartições públicas, o feriados religiosos (com novos sendo criados) e as aulas de ensino religioso nas escolas públicas (cada vez mais devocionais e proselitistas).

      Há um motivo, e é o mais importante motivo pelo qual é impossível aplicar isso que você citou no segundo paragrafo e que você mesmo citou como inaplicável.
      Enfim, o que é o motivo mais importante de todos. É que para realmente aplicá-lo seria preciso proibir que os praticantes, os que vão à missa ou culto religioso uma vez por semana, de participarem da política, de terem cargos públicos, ou mesmo de votarem em plebiscitos e referenduns como eleitores normais e também de participarem de qualquer outro poder do Estado, e ainda teria que se vigiar se os que depois dessa lei, pararam de ir nos cultos para o caso que fosse só para disfarçar e provavelmente proibi-los de participar também e depois vigiar aos que nasceram depois dessa lei, etc...
      Por que, para esses mais praticantes, usar a religião para decidir como votar, faz parte INTRÍNSECA de sua personalidade, e coisas como a bancada evangélica são inevitáveis.
      Um Estado laico no estilo dessa definição só seria possível com uma ditadura, como foi de fato o ano jacobino de 1783 na revolução francesa e as ditaduras comunistas.
« Última modificação: 14 de Novembro de 2012, 00:00:02 por LaraAS »

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #81 Online: 13 de Novembro de 2012, 23:54:58 »
O conceito de "Deus" é amplo o bastante para abarcar todas as religiões, deixando de fora apenas o neoateísmo militante. Mesmos as pessoas não-religiosas que não são neoateístas (como eu) não se importam e não se sentem nem um pouco incomodados com referências a Deus. Apenas uma minoria ateísta militante se importa com isso.

A ação do procurador é perda de tempo e tentativa de chamar a atenção.



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Offline LaraAS

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #82 Online: 14 de Novembro de 2012, 00:02:35 »

          Mas a verdade, é que a maioria nem pensa em aplicar o laicismo nesse sentido do segundo paragrafo, pois a verdade, é que nos países democráticos não se pensa sequer em proibir os partidos democratas-cristãos, abertamente católicos, quanto mais proibir grupos informais como a bancada evangélica.

Offline West

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #83 Online: 14 de Novembro de 2012, 00:11:45 »
E sempre volta-se as mesmas questões - feriados, imagens e símbolos religiosos.
Tenho pra mim que tudo se resume à definição de laicismo: o que vem a ser um estado laico e quais as limitações a ele impostas pelo laicismo. O que um estado laico pode ou não fazer em termos de religião.

Pesquisando sobre o tema, temos que as principais características do laicismo são a vedação à influencia religiosa nos assuntos de estado e a liberdade de crença. Esta última, por sua vez, tendo como consequência a proibição imposta ao estado no que se refere ao patrocínio ou favorecimento a qualquer religião em específico.

Assim, em um estado que se dispõe a cumprir de forma plena o laicismo, não restaria lugar para referências oficiais a qualquer religião. Feriados, referências em documentos oficiais e símbolos em repartições públicas são manifestações claramente contrárias ao laicismo. É a conclusão lógica inatacável que decorre da definição de laicismo.

Mas é claro que o laicismo não é nem de longe plenamente adotado no Brasil (e provavelmente em nenhum lugar do mundo). A religião dominante impera porque a maioria implica vitória nas urnas e caminho livre para favorecimentos sem risco de críticas ou censura ("um deus seja louvado" nas cédulas de dinheiro ou o ensino oficial de religião nas escolas públicas antes de serem criticados são motivo de aplausos por parte dos partidários da religião favorecida).

Os religiosos normalmente argumentam que se fossem aplicar o raciocínio dos defensores do laicismo deveriam ser mudados os nomes de estado, cidades e ruas; deveriam ser extintos os feriados religiosos, etc... e esse argumento é mesmo absolutamente correto se o estado realmente adotasse o laicismo em sua plenitude. Mas acontece que também, e acima de tudo, se exige razoabilidade nas ações de estado, de modo que não seria razoável por questões econômicas, culturais etc, se mudar os nomes de locais, por exemplo. Já quanto aos feriados religiosos acho que seria totalmente viável a desvinculação oficial. Assim, um estado que resolvesse adotar o laicismo a risca deveria corrigir as distorções do passado de modo a adaptá-las a sua atual condição de estado laico, sempre tomando como parâmetros o bom censo e a razoabilidade.

Mas a realidade, é claro, nos mostra todos os dias que isso é impossível de ocorrer. Os dizeres das cédulas continuarão como estão, assim como as imagens nas repartições públicas, o feriados religiosos (com novos sendo criados) e as aulas de ensino religioso nas escolas públicas (cada vez mais devocionais e proselitistas).

      Há um motivo, e é o mais importante motivo pelo qual é impossível aplicar isso que você citou no segundo paragrafo e que você mesmo citou como inaplicável.
      Enfim, o que é o motivo mais importante de todos. É que para realmente aplicá-lo seria preciso proibir que os praticantes, os que vão à missa ou culto religioso uma vez por semana, de participarem da política, de terem cargos públicos, ou mesmo de votarem em plebiscitos e referenduns como eleitores normais e também de participarem de qualquer outro poder do Estado, e ainda teria que se vigiar se os que depois dessa lei, pararam de ir nos cultos para o caso que fosse só para disfarçar e provavelmente proibi-los de participar também e depois vigiar aos que nasceram depois dessa lei, etc...
      Por que, para esses mais praticantes, usar a religião para decidir como votar, faz parte INTRÍNSECA de sua personalidade, e coisas como a bancada evangélica são inevitáveis.
      Um Estado laico no estilo dessa definição só seria possível com uma ditadura, como foi de fato o ano jacobino de 1783 na revolução francesa e as ditaduras comunistas.

Um estado laico não proíbe ninguém de agir nem de se expressar de acordo com suas convicções religiosas. Ao contrário, não apenas assegura esse direito como provê meios de que ele seja exercido, sendo essa na verdade sua finalidade principal. O laicismo não proíbe a criação de partidos religiosos, por exemplo. O que é vedado é apenas o patrocínio OFICIAL da religião por parte do estado e a ingerência OFICIAL de dada religião em assuntos de estado.
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #84 Online: 14 de Novembro de 2012, 00:23:25 »
           Para West:

      E como ele vai evitar, que quando um partido religioso consiga mais de 51% de votos ou se preciso, mais de 70%, aja essa ingerência oficial, inclusive com a mudança das leis?  (E não me fale dessa piada pentecostal de clausulas petreas, inclusive porque esse assunto que eu saiba não faz parte das clausulas petreas da constituição brasileira de 1988). E inclusive grupos informais como a bancada evangélica também podem fazer isso.
      Em todo caso, isso não é o fim do mundo, pois a Grã-Bretanha é oficialmente um país sem separação entre a Igreja e o Estado e não há problema e há muito pouco tempo isso também acontecia com a Noruega que é um dos países mais democráticos do mundo.

Offline JohnnyRivers

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #85 Online: 14 de Novembro de 2012, 00:29:26 »
            Para JohnnyRivers:

       Pedanteria mandarinata. Argumente você mesmo não com citações.
       E depois nada desse tipo mandarinato tem muita importância, Isso é elitismo vindo historicamente de filhinhos de papai mimados de um país de passado latifundista.
       Em todo caso, não vai ser nada disso que vai determinar se essa ideia vai dar certo ou não, mas sim a coincidência da subjetividade dos em que calhar cair essa proposta.
       Ou há alguma coisa objetiva nisso, equivalente a um prédio cair ou se manter de pé para a engenharia civil no caso desses assuntos de Estado, inclusive do direito?
       Não, não há, inclusive em processos por prevaricação jurídica tudo que realmente importa é o poder, é o poder subjetivo dos juízes que julgam o caso, essa é uma questão de PODER, e não de qualquer "tecnicismo", coisa que só vale para as exatas, e derivadas como as engenharias ou para maior parte das biológicas (exceto psicologia e parte do que é chamado de psiquiatria e de ecologia).
       Se não fosse assim, nunca poderia haver colegiados de juízes com uma parte deles tendo votos diferentes da outra parte.
       Então, não me venha com pedanterias, e responda com as suas palavras ao que eu escrevi e de um modo inteligível.
       Você não respondeu a nada, só fez uma exibição de poder (que aliais você não tem, porque não é você que vai decidir) e depois inclusive esses textos que você citou sem dúvida que devem ter várias interpretações possíveis, algumas para o seu lado e outras para o meu, se não fosse assim, nunca que haveria colegiados de juízes com metade deles dando um voto e a outra metade dando o contrário.
        Agora quanto a um plebiscito:
        Em algum lugar está escrito que é proibido fazer junto com o que você citou, fazer também um plebiscito complementar para confirmar a mudança da constituição?
        E se houver (desconfio que não) que seja mudado, ora essa....
        É que você pensa de um modo atado, como se tudo você uma questão de tabuas da lei de Moises, ou de lei do Pentescoste e ainda por cima, sem nem perceber que também há subjetivismo nisso, se não, seria impossível haver votos contrários em colegiados de juízes, ou melhor seria impossível haver colegiados de juízes.

LaraAs,
Meu material trouxe mais bases a opiniões que eu já dei aqui no post  Pode questiona-los a vontade, desde que apresente outros melhores ou argumentos válidos.
Se existe um colegiado de juízes e uma forma toda burocrática de legislar, é exatamente porque saímos de uma ditadura militar e observamos o terror que o totalitarismo e as ditaduras do século XX causaram as outras nações ao redor do mundo, o que nos faz pensar que este é o melhor caminho para uma democracia justa.

Aliás, quanto ao material que eu coloquei:

Você leu o que é Assembléia Constituinte e sua função?
Você leu o que é laicismo no Brasil?
Você leu que na CF a respeito dos direitos dos cidadãos e que incluem sua opção religiosa (inclusive o ateísmo)?
Você ao menos tentou interpretar de forma clara e sem ideologias que a Constituição veda de toda forma a intervenção do Estado em assuntos religiosos?
Você leu que para mudar a CF, a clausula 60 é bem especifica quanto a isto e plebiscito não é uma delas?
Você leu que para haver uma reforma constitucional, é necessário antes uma PEC no Senado autorizando uma Assembléia Constituinte?

E antes de partir para o Ad hominem sobre minhas fontes, poste algumas também. 
Se acha que plebiscito resolve e é valido: prove.
Se acha que os autores de minhas fontes são filhinhos de papai: prove.
Se acha que tenho pensamento atado: prove.

Como estamos em um fórum cético, acho viável transmitir opiniões embasadas e não postar somente ideologias.

Relembrando: Eu apenas embasei mais ainda citações minhas que eu já fiz aqui no tópico.

E outra: qualquer outro meio proposto para se mudar um conjunto de leis de uma nação, que não seja o meio jurídico vigente, é entendido como revolução. Você apoia uma revolução?


O conceito de "Deus" é amplo o bastante para abarcar todas as religiões, deixando de fora apenas o neoateísmo militante. Mesmos as pessoas não-religiosas que não são neoateístas (como eu) não se importam e não se sentem nem um pouco incomodados com referências a Deus. Apenas uma minoria ateísta militante se importa com isso.

A ação do procurador é perda de tempo e tentativa de chamar a atenção.


Que é um pouco de falta do que fazer do procurador até concordo...
« Última modificação: 14 de Novembro de 2012, 00:48:21 por JohnnyRivers »
"Que homem é um homem que não torna o mundo melhor?"

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #86 Online: 14 de Novembro de 2012, 00:37:39 »
           Para West:

      E como ele vai evitar, que quando um partido religioso consiga mais de 51% de votos ou se preciso, mais de 70%, aja essa ingerência oficial, inclusive com a mudança das leis?  (E não me fale dessa piada pentecostal de clausulas petreas, inclusive porque esse assunto que eu saiba não faz parte das clausulas petreas da constituição brasileira de 1988). E inclusive grupos informais como a bancada evangélica também podem fazer isso.
      Em todo caso, isso não é o fim do mundo, pois a Grã-Bretanha é oficialmente um país sem separação entre a Igreja e o Estado e não há problema e há muito pouco tempo isso também acontecia com a Noruega que é um dos países mais democráticos do mundo.

A ingerência religiosa que não pode acontecer é a promovida por uma religião em quanto instituição/entidade, como acontecia com a igreja católica quando religião oficial do império, por exemplo. Se a matéria foi aprovada e está de acordo com a Constituição não há nada que lhe tire a validade/legitimidade.
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
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"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #87 Online: 14 de Novembro de 2012, 00:42:37 »
O conceito de "Deus" é amplo o bastante para abarcar todas as religiões, deixando de fora apenas o neoateísmo militante. Mesmos as pessoas não-religiosas que não são neoateístas (como eu) não se importam e não se sentem nem um pouco incomodados com referências a Deus. Apenas uma minoria ateísta militante se importa com isso.

A ação do procurador é perda de tempo e tentativa de chamar a atenção.





Existem religiões politeístas, panteístas e mesmo ateístas como o budismo, confucionismo, etc...
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #88 Online: 14 de Novembro de 2012, 00:51:04 »
Para LaraAS:

Quanto à questão da Grã-bretanha, é bom lembrar que sua história pode ser comparado a um rio de sangue quanto a dispota entre católicos e protestantes pelo poder. É bom lembrar que a noção de separação entre estado e religião e de garantia à liberdade de religião é posterior à Revolução Francesa
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #89 Online: 14 de Novembro de 2012, 00:52:46 »
Para LaraAS:

Quanto à questão da Grã-bretanha, é bom lembrar que sua história pode ser comparado a um rio de sangue quanto a dispota entre católicos e protestantes pelo poder. É bom lembrar que a noção de separação entre estado e religião e de garantia à liberdade de religião é posterior à Revolução Francesa

A Revolução Estadunidense já preconizava a separação e a liberdade.
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Offline JohnnyRivers

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #90 Online: 14 de Novembro de 2012, 00:53:00 »
O conceito de "Deus" é amplo o bastante para abarcar todas as religiões, deixando de fora apenas o neoateísmo militante. Mesmos as pessoas não-religiosas que não são neoateístas (como eu) não se importam e não se sentem nem um pouco incomodados com referências a Deus. Apenas uma minoria ateísta militante se importa com isso.

A ação do procurador é perda de tempo e tentativa de chamar a atenção.





Existem religiões politeístas, panteístas e mesmo ateístas como o budismo, confucionismo, etc...

E seguindo a lógica, todas tem direito de colocar seus símbolos em espaço publico caso uma coloque. Na dúvida, ninguém coloca nada. Em alguns casos, ninguém fez questão...até agora. E só agora que deu na louca do pessoal questionar essas coisas e cobrar o laicismo do estado....

E fazer o que, os desocupados que tão fazendo essa pressão tem toda a razão....
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #91 Online: 14 de Novembro de 2012, 00:57:28 »
Para LaraAS:

Quanto à questão da Grã-bretanha, é bom lembrar que sua história pode ser comparado a um rio de sangue quanto a dispota entre católicos e protestantes pelo poder. É bom lembrar que a noção de separação entre estado e religião e de garantia à liberdade de religião é posterior à Revolução Francesa

A Revolução Estadunidense já preconizava a separação e a liberdade.

Verdade, a independência dos Estados Unidos é pouco anterior a Revolução Francesa (pode-se dizer contemporâneas) mais ambas têm os mesmos ideias (e até atores, caso de Thomas Paine) em comum.
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #92 Online: 14 de Novembro de 2012, 01:01:03 »
O conceito de "Deus" é amplo o bastante para abarcar todas as religiões, deixando de fora apenas o neoateísmo militante. Mesmos as pessoas não-religiosas que não são neoateístas (como eu) não se importam e não se sentem nem um pouco incomodados com referências a Deus. Apenas uma minoria ateísta militante se importa com isso.

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E seguindo a lógica, todas tem direito de colocar seus símbolos em espaço publico caso uma coloque. Na dúvida, ninguém coloca nada. Em alguns casos, ninguém fez questão...até agora. E só agora que deu na louca do pessoal questionar essas coisas e cobrar o laicismo do estado....

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Sim, já que, em tese, todos são iguais perante a lei, cumpridores de seus deveres e contribuintes que não podem ser discriminados por pertencerem a uma religião minoritária. Ou é pra todos ou não é pra ninguém.
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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #93 Online: 14 de Novembro de 2012, 01:07:28 »
        Quanto à pergunta de Jonn.Rivers.
 
      Uma revolução é só quando vira as coisas de cabeça para baixo inclusive em algumas coisas CONTRA a vontade da maioria da população (justamente POR ISSO é que violenta) qualquer coisa menos que isso não é revolução mais insurreição, e se for para restaurar uma institucionalidade a favor da maioria é justamente o contrário de uma revolução.
      E se for uma coisa bem light estilo a mudança na França entre a quarta e a quinta república em 1958, eu sou a favor sim. Mas só se for light assim.
      Mas não por causa dessa história de laicismo, pois na verdade, me parece que há margem bastante para ir contra os talibans do laicismo com a constituição atual mesmo sem sofismas de exagerar no subjetivismo dos juizes.
      O problema que realmente torna recomendável  um 1958 francês no Brasil mesmo considerando a subjetividade dos juízes, mesmo assim para ficar mais claro é melhor um 1958 francês, é para se poder ter penas cingapurianas para o caso de crimes hediondos, e só com com um ano de processo no máximo sem apelações posteriores e com o réu preso enquanto. Penas cingapurianas: pena de morte, pena de prisão perpetua literal não revisável (exceto para casos de erros judiciais evidentemente) auto-sustento obrigatório do preso e aos seus filhos, e com a maioria dos presos sustentando a uma proporção dos presos equivalente a proporção de desempregados na população solta e aos filhos deles. E talvez as chibatadas ou cassetetadas também, mas para isso seria necessário plebiscito ou referendo, pois as pesquisas mostram que só 25% apoia isso (já as outras coisas tem o apoio, a pena de morte, 55% de apoio, a pena perpetua literal não revisável (exceto erro judicial) e o auto-sustento-obrigatório dos presos e aos seus filhos 80% da população apoia, Mas se poderia fazer um plebiscito para cada um desses itens em separado. Também no referendo a proposta de 12 anos como a idade de maioridade de penal, e desde os 3 anos até os 11 anos como idade para poder ser internado em reformatórios se fizer uma infração penal hedionda (já os cometidos dos 12 para a frente, seria chamado de crime oficialmente mesmo)
        E também deveria haver a mesma proporção de plebiscitos e referenduns que na Suiça e que na Califórnia, e inclusive sobre esse tipo de coisa politicamente incorreta.
       Os juízes deveriam ser eleitos por eleição direta da maioria da população, assim como nos EUA, e talvez até mais amplamente do que nos EUA, sem tirar a faculdade é claro, mas depois de fazer a faculdade, em vez de concurso teria que ser eleito diretamente pela maioria da população.

Offline LaraAS

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #94 Online: 14 de Novembro de 2012, 01:12:12 »
O conceito de "Deus" é amplo o bastante para abarcar todas as religiões, deixando de fora apenas o neoateísmo militante. Mesmos as pessoas não-religiosas que não são neoateístas (como eu) não se importam e não se sentem nem um pouco incomodados com referências a Deus. Apenas uma minoria ateísta militante se importa com isso.

A ação do procurador é perda de tempo e tentativa de chamar a atenção.





Existem religiões politeístas, panteístas e mesmo ateístas como o budismo, confucionismo, etc...

E seguindo a lógica, todas tem direito de colocar seus símbolos em espaço publico caso uma coloque. Na dúvida, ninguém coloca nada. Em alguns casos, ninguém fez questão...até agora. E só agora que deu na louca do pessoal questionar essas coisas e cobrar o laicismo do estado....

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Sim, já que, em tese, todos são iguais perante a lei, cumpridores de seus deveres e contribuintes que não podem ser discriminados por pertencerem a uma religião minoritária. Ou é pra todos ou não é pra ninguém.

     Eu não sou católica, sou é simpatizante da Nova Era, mas eu não me sinto NADA incomodada com crucifixos em prédios públicos, frases no real, etc....e sim me sinto MUITO incomodada é com AS IMPLICÂNCIAS contra isso. Isso sim que me incomoda e me dá medo. Pois isso pode começar nos católicos e depois virar perseguição contra os da Nova Era.
    E eu desconfio que a maioria dos não-católicos e inclusive não-cristãos também se sentem assim como eu, tanto é, que esse tipo de coisa, estilo tirar frases das notas de reais, tirar crucifixos das paredes etc....geralmente vem de grupos de ateus militantes e não das pessoas de outras religiões.
« Última modificação: 14 de Novembro de 2012, 01:15:30 por LaraAS »

Offline LaraAS

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #95 Online: 14 de Novembro de 2012, 01:15:01 »


         Na URSS eles começaram a perseguir os ortodoxos e depois começaram a perseguir também aos equivalentes ou a aparentados à Nova Era na época, aos espíritas, aos teósofos etc.....

Offline LaraAS

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #96 Online: 14 de Novembro de 2012, 01:29:20 »
Para LaraAS:

Quanto à questão da Grã-bretanha, é bom lembrar que sua história pode ser comparado a um rio de sangue quanto a dispota entre católicos e protestantes pelo poder. É bom lembrar que a noção de separação entre estado e religião e de garantia à liberdade de religião é posterior à Revolução Francesa

A Revolução Estadunidense já preconizava a separação e a liberdade.

Verdade, a independência dos Estados Unidos é pouco anterior a Revolução Francesa (pode-se dizer contemporâneas) mais ambas têm os mesmos ideias (e até atores, caso de Thomas Paine) em comum.


      A independência americana tem pouca coisa, se é que tem alguma coisa em comum com a revolução francesa.
     Uma, a independência dos EUA foi a oficialização de instituições culturais anteriores, outra foi, depois de um momento de anomia e deseraquização cega do exercito e das policias, foi depois disso, e de 4 anos de anomia, os jacobinos conseguiram reerarquizar o exército e a polícia (depois de serem os maiores demagogos contra os outros, fazendo badernas e destrutividades junto com a ralé do submundo, do que Marx veio a chamar de lupim) mas apesar disso, com intrigas e um pouco de privilégios e puxa-saquisses em relação aos soldados e policias conseguiram reerarquizá-los e tomaram o poder contra a vontade da maioria da população, inclusive contra a vontade da maioria dos pobres que não fossem do submundo, que não fossem lupins e quiseram fazer uma brutal engenharia social contra a cultura da maioria, que matou em um ano mais do que inquisição tinha matado em 4 séculos, que foi a precursora do comunismo-leninista e até em algumas coisas a precursora do nazismo e fez o primeiro genocidio moderno com vítimas europeias, o genodicio da Vendeia, com mas de 25% da população da Vendea assassinada e só levou a ditaduras, depois da ditadura Jacobina veio a Napoleonica, na verdade a França só passou a ter democracia em meados da década de 1880 e ainda assim SEM a separação entre a Igreja e o Estado, coisa que só aconteceu na França em 1905, quando afinal foi uma evolução cultural como havia acontecido nos EUA.
        Uma,a independência americana é a origem da democracia, outra é a revolução francesa é a origem do totalitarismo moderno.
        E nos EUA eles juram sob a Bíblia nos tribunais, há o "In god we trust", etc....

           

Offline homemcinza

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #97 Online: 16 de Novembro de 2012, 13:15:27 »

    E eu desconfio que a maioria dos não-católicos e inclusive não-cristãos também se sentem assim como eu, tanto é, que esse tipo de coisa, estilo tirar frases das notas de reais, tirar crucifixos das paredes etc....geralmente vem de grupos de ateus militantes e não das pessoas de outras religiões.



E se fossem a Iemanjá, a estrela de David, ou um Buda simbolizados nos prédios públicos, será que os católicos aceitariam numa boa?

Duvido muito, pois Intolerância é o sobrenome desse povo.

Por isso acho válido se pensar isso de retirar estes símbolos, pra não haver problema que não haja nenhum. Não é nem por ser lacio, é pra não se rimparcial.

Um ateu, ou budista ou do candomblé que vai ser julgado num tribunal onde tem uma enorme cruz já sai prdendo logo de cara. Nós sabemos o quanto a religião cristã influencia no júri e jurados.
Ceticismo é para poucos!

Offline Luiz Carlos

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #98 Online: 16 de Novembro de 2012, 13:53:11 »



http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-procurador-que-quando-esta-desocupado-decide-perseguir-deus/

Citar
Um procurador que, quando está desocupado, decide perseguir… Deus!

Volte e meia, tudo indica, o procurador Jefferson Aparecido Dias, do Ministério Público Federal, fica com síndrome de abstinência dos holofotes e decide, então, inventar uma causa para virar notícia. Aprendeu, com a experiência, que dar uns cascudos em Deus — nada menos — ou na fé de mais de 90% dos brasileiros, que são cristãos, rende-lhe bons dividendos. Eventualmente ele pode juntar o combate à religião a alguma outra causa politicamente correta (já chego lá), e aí tem barulho garantido. E, por óbvio, granjeia o apoio de amplos setores da imprensa, que podem até admirar o lulo-petismo, mas acham que religião é mesmo um atraso… Acham legítima a fé num demiurgo mixuruca, mas não em Deus. Entendo. É uma questão de padrão intelectual.

A mais nova e essencial decisão deste senhor, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, de São Paulo, foi entrar com uma ação civil pública para retirar das notas do real a expressão “Deus seja louvado”. É o mesmo rapaz que de mobilizou para caçar e cassar todos os crucifixos de prédios públicos, lembram-se? Também foi ele que tentou, sem sucesso, levar o pastor Silas Malafaia às barras dos tribunais quando este protestou contra o uso de santos católicos em situações homoeróticas numa parada gay. Referindo-se a ações na Justiça, o pastor afirmou que a Igreja Católica deveria “baixar o porrete” e “entrar de pau” nos organizadores do evento. O contexto deixava claríssimo que se referia a ações na Justiça. O procurador, no entanto, decidiu acusar o religioso de incitamento à violência. Era tal o ridículo da assertiva que a ação foi simplesmente extinta. Eis Jefferson Aparecido Dias! Eu o imagino levando os recortes de jornal para as tias: “Este sou eu…”

Jefferson é um homem destemido. Não tem receio de demonstrar a sua brutal e profunda ignorância. É do tipo que diz bobagens de peito aberto. Depois de gastar dinheiro dos contribuintes com a questão do crucifixo e com a tentativa de ação contra Malafaia, ele agora se volta para as notas do real. E justifica a sua ação com esta boçalidade intelectual:
“A manutenção da expressão ‘Deus seja louvado’ [...] configura uma predileção pelas religiões adoradoras de Deus como divindade suprema, fato que, sem dúvida, impede a coexistência em condições igualitárias de todas as religiões cultuadas em solo brasileiro (…). Imaginemos a cédula de real com as seguintes expressões: ‘Alá seja louvado’, ‘Buda seja louvado’, ‘Salve Oxóssi’, ‘Salve Lord Ganesha’, ‘Deus não existe’. Com certeza haveria agitação na sociedade brasileira em razão do constrangimento sofrido pelos cidadãos crentes em Deus”.

Como se nota, trata-se de uma ignorância cultivada com esmero, com dedicação, com afeto até. Jefferson é do tipo que ama as tolices que diz, o que é demonstrado pelo recurso da enumeração. Trata-se, assim, para ficar no clima destes dias, de uma espécie de continuidade delitiva do argumento.

Vamos ver.

O procurador é o tipo de temperamento que gosta de propor remédios para males que não existem, o que é próprio de certas mentalidades autoritárias. Em que a expressão “Deus seja louvado” impede “a coexistência em condições igualitárias” de todas as religiões? Cadê os confrontos? Onde estão os enfrentamentos? Apontem-me as situações em que as demais religiões, em razão dessa expressão, passaram por um processo de intimidação. Em tempo: Alá é Deus, doutor! Vá estudar!

Não sei que idade tem este senhor, mas sei, com certeza, que ele se formou na era em que o “princípio da igualdade” tem de se sobrepor a qualquer outro, mesmo ao princípio da realidade e da verdade. Ora, “Deus” — sim, o cristão! — tem, para as esmagadora maioria dos brasileiros, uma importância cultural, moral, ética e religiosa que aqueles outros símbolos religiosos não têm. Todos os brasileiros são iguais no direito de expressar a sua fé — e isso está assegurado pelo Inciso VI do Artigo 5º da Constituição, a saber:
“VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;”

Ocorre, doutor Jefferson, que a mesma Constituição que garante essa liberdade — e que assegura a liberdade de expressão, aquela que o senhor tentou cassar do pastor Malafaia — também tem o seguinte preâmbulo:
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”

Como é que o doutor Jefferson tem o topete de evocar uma Constituição promulgada “sob a proteção de Deus” para banir das notas do real a expressão “Deus seja louvado”, sustentando que ela “impede a coexistência em condições igualitárias de todas as religiões”? Doutor Jefferson é macho o bastante (em sentido figurado, claro, como o emprega o povo) para dar início a um movimento para cassar Deus da Constituição? Ou, acovardado, ele se limita a perseguir crucifixos em repartições públicas e a expressão genérica da fé em cédulas de dinheiro?

A Constituição que tem “Deus” em seu preâmbulo persegue ou protege os crentes em Oxóssi?
A Constituição que tem “Deus” em seu preâmbulo persegue ou protege os crentes em Lord Ganesha?
A Constituição que tem “Deus” em seu preâmbulo persegue ou protege os ateus?

O nome disso é intolerância. Esse mesmo procurador já tentou processar um outro pastor evangélicos que atacou o ateísmo — ainda que o tenha feito em termos impróprios. Já me ocupei de doutor Jefferson neste blog algumas vezes no passado. Quase invariavelmente, ele comparece ao noticiário tratando de questões dessa natureza, o que, fica evidente, caracteriza uma militância. O que me pergunto é se este senhor, ele sim!, por ser eventualmente ateu (e é um direito seu), não tenta usar uma posição de autoridade que conquistou no estado brasileiro para impor a sua convicção.

Maiorias, minorais e respeito
Nas democracias, prevalece a vontade da maioria na escolha dos mandatários e, frequentemente, no conteúdo das leis. Elas também se fazem presentes nos costumes e nos valores. Mas o regime só será democrático se os direitos das minorias forem garantidos. Haver na cédula do real a expressão “Deus seja louvado” significa, sim, que este é um país em que a esmagadora maioria acredita em Deus, mas não caracteriza, de modo nenhum, supressão dos direitos daqueles que não acreditam em Deus nenhum, que acreditam em vários deuses ou que simplesmente acham a religião uma perda de tempo. Em sociedade, a afirmação positiva de um valor não implica, necessariamente, a cassação da expressão de quem pensa de modo diferente.

Ora, seria mesmo um despropósito, meu senhor, que houvesse, no Brasil, com a história e com o povo que tem, algo como “Lord Ganescha seja louvado” ou “Oxóssi seja louvado” pela simples e óbvia razão de que essas, quando considerada a sociedade brasileira no seu conjunto, são crenças de exceção, que traduzem escolhas e convicções da minoria do povo. O Brasil é uma nação de maioria cristã, o que o doutor não conseguirá mudar. O que se exige é que essa nação resguarde os direitos de quem quer cultuar outras divindades e deuses ou deus nenhum. E isso está garantido pela Constituição Brasileira, promulgada “sob a proteção de Deus”.

Finalmente, o argumento de que o estado é laico — e, felizmente, é mesmo! — não deve servir de pretexto para que se persigam as religiões. Um estado laico não significa um estado ateu, que estivesse empenhado em combater as religiões. A sua laicidade é afirmativa, não negativa; ela assegura a livre expressão da religiosidade, em vez de reprimir a todos igualmente. Entendeu a diferença, doutor?

Sei que a questão parece menor, quase irrelevante. Mas não é, não! Essa é apenas uma das vezes em que supostos iluministas, falando em nome da razão, tentam impor uma espécie de censura da neutralidade ao conjunto da sociedade. Pretendem que escolhas com viés ideológico sejam apenas as alheias, a de seus adversários. Promovem permanentemente uma espécie de guerra cultural contra os valores da maioria para poder acusá-la de autoritária.

Como sabemos, a cada vez que os ingleses cantam “God save our gracious Queen” e se ouve o eco lá naquele “novo continente” — “And this be our motto: ‘In God is our trust’” —, o que se tem é a voz da ditadura cristã dominando o mundo, não é mesmo?

Deveria haver um limite para o ridículo, mas não há! Parece que o que falta ao procurador é serviço!

É interessante que ainda perca-se tempo lendo o que esse Reinaldo Azevedo escreve. Você esperava realmente uma contribuição relevante vindo daí???? O único "mérito" desse sujeito é a incrível capacidade de agrupar a maior quantidade possível de bobagens por texto publicado, provavelmente um recorde mundial nesse quesito.

Offline JohnnyRivers

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Re:As cédulas de real desrespeitam o laicismo
« Resposta #99 Online: 16 de Novembro de 2012, 13:55:58 »
Este tópico perdeu umas 2 ou 3 paginas devido ao problema com o banco de dados ocorrido ontem (15/11/2012).

Mas vou resumir o que tinha em todo conteúdo perdido:

Quem não concorda com a retirada:
Os argumento ficam nessa de Teoria da Conspiração, Ideologias diversas, nossas leis são erradas, não existe estado laico, um país qualquer do mundo não é laico e vive bem e por aí vai...
Tudo isso sem nenhum fundamento sólido aos moldes do FCC.

Quem concorda com a retirada:
Basicamente os argumentos envolvem a laicidade conforme constituição e o direito a todos previsto na Convenção Americana de Direitos humanos. E todos acharam que é falta do que fazer do procurador por que simbologias não dizem nada demais. E tudo bem fundamentado.


Bom é isso. Uma opnião minha é de que se persistirem nestes moldes, vamos ficar andando em círculos se mantermos a discussão.
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