O "[palavra com D] seja louvado" nas notas é um abuso, uma afronta aos direitos dos ateus. Nada mais é do que uma forma de nos degradar, de nos humilhar, e de tentar nos levar à exclusão social. Sua manutenção serve para esfregar na cara do ateu sua posição de cidadão de segunda classe no status quo capitalista-cristão.
Já demonstrei, e o Derfel também, que viola também a doutrina judaico-cristã.
Se for definir uma acusação, direcione ao fundamentalismo extremista de quem desconhece os princípios da própria religião (Sarney, por exemplo).
O nome de Deus não está sendo usado em vão, pois a frase é um "louvor" ao mesmo, não?
Ademais, acho falta de coisa melhor pra fazer e se preocupar na vida ficar implicando com isso. O termo "Deus" é amplo demais e pode significar praticamente qualquer coisa (inclusive "universo" ou "destino"). É parte da nossa cultura.
Não se deixe enganar por racionalizações como essa, companheiro! A palavra-começando-com-d só tem um significado verdadeiro, um tirano onipotente que nos aterroriza para serví-lo fiel cegamente. ele ("ele" com minúscula mesmo sendo a primeira palavra da frase, não aceito toda a submissão que a sociedade tenta impor) representa o estado burguês patriarcal, onde as pessoas estão em suas classes sociais de acordo com uma vontade divina que não pode ser questionada. Não só é um pecado tentar mudar as coisas como é impossível por ir contra a oniciência e a onipotência, é tentar desafiar a [palavra com d]. Claro que isso convém às classes dominantes, mas a situação é muito diferente para os demais que precisam trabalhar para alcançar a "salvação", e especialmente para as mulheres, que devem ser totalmente subservientes aos seus senhores, para que evitem ser apedrejadas até a morte.
Racionalizar isso é se submeter, é tapar o sol com uma peneira, uma fantasia que pode talvez fazer as coisas parecerem mais confortáveis, mas não muda mais o status quo do que achar que comer comida contaminada por bactérias não é prejudicial por não conseguirmos vê-las. É viver num "faz de conta".