Autor Tópico: Instituições que são um fim em si mesmas  (Lida 7510 vezes)

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Offline Bolsonaro neles

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Instituições que são um fim em si mesmas
« Online: 29 de Dezembro de 2013, 21:35:58 »
Instituições que são um fim em si mesmas são aquelas que se não existissem não fariam a mínima diferença para a sociedade ou que somente existem para sustentar a si própria como seu próprio fim. Existir e continuar existindo para alimentar seus líderes. Neste caso, eu vejo algumas instituições brasileiras e até mundiais que se encaixam perfeitamente nisso.

A maioria das religiões são um fim em si mesmo. Recolhem dinheiro do povo para sustentar seus líderes e funcionários, pagar a conta de água, luz, gás e despesas de custeio dos templos em geral, mas não fazem nada por ninguém. Não tem um serviço social gratuito que se possa oferecer aos pobres, não servem de qualquer apoio prático. Oferecem apenas orações, que em última análise, não custam nada para o que a profere e transferem aos deuses o ônus do favor ao necessitado. Ora, se vc quer uma oração, faça vc mesmo!

A igreja católica é um fim em si mesma. As igrejas evangélicas tb. Ficariam meio que de fora os espíritas, que são os que se esforçam mais em sustentar orfanatos, asilos de velhinhos, casas de recuperação de drogados e fazer caridade nas ruas durante as madrugadas, enfim, tentam um pouquinho ser útil à sociedade, muito além de prestar o "serviço" de distribuir passes, inúteis a meu ver.

Agora vou arrumar alguns inimigos...

Eu cho que as forças armadas brasileiras tb são um fim em si mesmas. Um contingente enorme, destinado apenas a cumprir o expediente nos quarteis sem quase nenhuma utilidade. A soldadesca é usada para os serviços de faxina, manutenção da infra-estrutura, cozinhar, enfim, manter a instituição existindo.

Exceções seriam o controle de tráfego aéreo feito pelos DECEAS que, convenhamos, poderia ser feito por civis, como acontece no Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro. Algum controle de fronteiras feito pelo Exército e da navegação em águas abrigadas, feita pelas capitanias dos portos.... E... Não vejo mais nada.

As forças armadas seriam muito mais úteis se fossem feitas de um contingente bem pequenininho e profissional, destinado apenas a fazer aquilo que não pode ser feito por civis. Não uma quantidade enorme de gente como é hoje, destinada apenas a manter o quartel funcionando.

Na verdade, eu acharia melhor acabar. Não vamos mesmo entrar em guerra com ninguém...


Offline DDV

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #2 Online: 29 de Dezembro de 2013, 23:31:00 »
Já ouvi alguém dizer que as forças armadas são como plano de saúde: é melhor ter e não precisar do que precisar e não ter.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #3 Online: 30 de Dezembro de 2013, 07:34:58 »
"A única função das forças armadas é guerrear; então se não queremos guerras, não devemos ter exércitos" -- argumento pacifista-desarmamentista.

Offline Fabrício

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #4 Online: 30 de Dezembro de 2013, 08:41:10 »
Mas como assim "instituições que são um fim em si mesmas"?

A grande maioria das Instituições são assim. A Igreja católica e as evangélicas tem serviços de ajuda aos pobres, mas isto não quer dizer muita coisa, a finalidade principal delas é "evangelizar", "adorar a Deus", etc. Deixando de lado Edir Macedo e similares, claro. O retorno delas é o benefício que trazem para seus fiéis, que vão nas igrejas, rezam, e saem de lá satisfeitos (pelo menos em tese).

As únicas Instituições que tem obrigatoriamente que dar retorno à sociedade no sentido de "ajudá-la" são as públicas, porque usam dinheiro público.

As forças armadas tem que estar preparadas para um conflito, mas se nunca forem usadas para este fim, melhor.
"Deus prefere os ateus"

Offline Diegojaf

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #5 Online: 30 de Dezembro de 2013, 08:55:52 »
Alguns países não possuem... paísem muuuuuito significantes no cenário internacional, diga-se de passagem...
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_without_armed_forces

"A única função das forças armadas é guerrear; então se não queremos guerras, não devemos ter exércitos" -- argumento pacifista-desarmamentista.

Esse tipo de pacifista é aquele que foi criado assistindo exclusivamente Ursinhos Carinhosos e comendo Danoninho boa parte da infância...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Bolsonaro neles

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #6 Online: 30 de Dezembro de 2013, 09:09:58 »
Vamos entrar em guerra contra quem? Argentina? Venezuela? Nos últimos 100 anos não entramos em guerra com ninguém. A Argentina se meteu a entrar em guerra com a Inglaterra e foi humilhada. Melhor seria se tivesse recorrido à diplomacia. Não teria perdido tantos soldados.

Pra que termos aviões e embarcações da segunda guerra mundial? Não servem pra nada.

A Colômbia entrou em guerra civil contra as FARC. Os americanos armaram o exército colombiano e tudo foi resolvido. Se o Nicolás Maduro resolver nos atacar, recorremos aos americanos, à OEA, à ONU, à seja lá quem for. Mesmo que no cúmulo do absurdo um país expansionista nos resolva agredir, recorremos aos americanos.

Eu não sou contra as forças armadas por pacifismo, mas por achá-las inúteis, um fim em si mesmas e por ser muito caro armá-las de maneira minimamente útil.

Quanto às religiões, ninguém precisa delas a não ser seus próprios líderes e empregados. Qualquer pessoal pode recorrer a Deus sem intermediários. Elas vendem ilusões e a falsa idéia de que vc precisa de intermediários.

Offline Diegojaf

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #7 Online: 30 de Dezembro de 2013, 09:56:38 »
Vamos entrar em guerra contra quem? Argentina? Venezuela? Nos últimos 100 anos não entramos em guerra com ninguém. A Argentina se meteu a entrar em guerra com a Inglaterra e foi humilhada. Melhor seria se tivesse recorrido à diplomacia. Não teria perdido tantos soldados.

Participamos da 1ª e 2ª Guerras.

Pra que termos aviões e embarcações da segunda guerra mundial? Não servem pra nada.

Museus.

A Colômbia entrou em guerra civil contra as FARC. Os americanos armaram o exército colombiano e tudo foi resolvido. Se o Nicolás Maduro resolver nos atacar, recorremos aos americanos, à OEA, à ONU, à seja lá quem for. Mesmo que no cúmulo do absurdo um país expansionista nos resolva agredir, recorremos aos americanos.

Uma coisa interessante sobre alianças é que:

1) Elas mudam.
2) São baseadas em benefício mútuo.

Se o Brasil não tem nada a oferecer e fosse só um país inútil, incapaz de se defender de ameaças externas e sempre corresse para a saia da mãe em casos de perigo, qual a vantagem de se aliar a um país que não acrescenta absolutamente nada e não possui sequer capacidade de repelir em um primeiro momento ameaças externas?

O interesse em se aliar ao Brasil não se resume a sua capacidade econômica, mas também às possibilidades de intervir nos conflitos regionais com legitimidade que um 3º país como os EUA não teriam. Se o Brasil intervem, é uma coisa, se os EUA, Inglaterra ou qualquer outro o faz, "mimimimi...colonialismo...mimimimi...imperialismo".

O Brasil mantém um certo respeito em comparação aos seus vizinhos porque é militarmente forte (sucateado, mas em comparação com os demais países, é) e traz estabilidade justamente por possuir essa legitimidade de ação.

Eu não sou contra as forças armadas por pacifismo, mas por achá-las inúteis, um fim em si mesmas e por ser muito caro armá-las de maneira minimamente útil.

Você está errado.

Quanto às religiões, ninguém precisa delas a não ser seus próprios líderes e empregados. Qualquer pessoal pode recorrer a Deus sem intermediários. Elas vendem ilusões e a falsa idéia de que vc precisa de intermediários.

Se a pessoa tem liberdade pra ter amigos imaginários, ela também tem pra dar dinheiro pros amigos dos amigos imaginários dela.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Bolsonaro neles

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #8 Online: 30 de Dezembro de 2013, 10:09:10 »
Vamos entrar em guerra contra quem? Argentina? Venezuela? Nos últimos 100 anos não entramos em guerra com ninguém. A Argentina se meteu a entrar em guerra com a Inglaterra e foi humilhada. Melhor seria se tivesse recorrido à diplomacia. Não teria perdido tantos soldados.

Participamos da 1ª e 2ª Guerras.
Uma participação apenas simbólica.
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Pra que termos aviões e embarcações da segunda guerra mundial? Não servem pra nada.

Museus.
De certo que sim. Além de desfiles no sete de setembro.
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A Colômbia entrou em guerra civil contra as FARC. Os americanos armaram o exército colombiano e tudo foi resolvido. Se o Nicolás Maduro resolver nos atacar, recorremos aos americanos, à OEA, à ONU, à seja lá quem for. Mesmo que no cúmulo do absurdo um país expansionista nos resolva agredir, recorremos aos americanos.

Uma coisa interessante sobre alianças é que:

1) Elas mudam.
2) São baseadas em benefício mútuo.

Se o Brasil não tem nada a oferecer e fosse só um país inútil, incapaz de se defender de ameaças externas e sempre corresse para a saia da mãe em casos de perigo, qual a vantagem de se aliar a um país que não acrescenta absolutamente nada e não possui sequer capacidade de repelir em um primeiro momento ameaças externas?
Mercado consumidor, comércio.
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O interesse em se aliar ao Brasil não se resume a sua capacidade econômica, mas também às possibilidades de intervir nos conflitos regionais com legitimidade que um 3º país como os EUA não teriam. Se o Brasil intervem, é uma coisa, se os EUA, Inglaterra ou qualquer outro o faz, "mimimimi...colonialismo...mimimimi...imperialismo".
Isso pode ser feito com diplomacia.
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O Brasil mantém um certo respeito em comparação aos seus vizinhos porque é militarmente forte (sucateado, mas em comparação com os demais países, é) e traz estabilidade justamente por possuir essa legitimidade de ação.
De onde concluiu isso? Acho que não é por aí. O braziu é uma espécie de algodão entre cristais porque é mais rico que e tem mais representatividade econômica mundial que os demais países da região. Tem nada a ver com poderio miliar, até porque seu poderio militar é risível.
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Eu não sou contra as forças armadas por pacifismo, mas por achá-las inúteis, um fim em si mesmas e por ser muito caro armá-las de maneira minimamente útil.

Você está errado.
Vc é militar? Filho de?
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Quanto às religiões, ninguém precisa delas a não ser seus próprios líderes e empregados. Qualquer pessoal pode recorrer a Deus sem intermediários. Elas vendem ilusões e a falsa idéia de que vc precisa de intermediários.

Se a pessoa tem liberdade pra ter amigos imaginários, ela também tem pra dar dinheiro pros amigos dos amigos imaginários dela.
Não estou falando de liberdade mas de utilidade prática.

Offline Diegojaf

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #9 Online: 30 de Dezembro de 2013, 10:40:07 »
Vamos entrar em guerra contra quem? Argentina? Venezuela? Nos últimos 100 anos não entramos em guerra com ninguém. A Argentina se meteu a entrar em guerra com a Inglaterra e foi humilhada. Melhor seria se tivesse recorrido à diplomacia. Não teria perdido tantos soldados.

Participamos da 1ª e 2ª Guerras.
Uma participação apenas simbólica.

Não diria simbólica. Foi pequena, efetiva, e garantiu ao Brasil a abertura de diversos mercados aliados.

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Pra que termos aviões e embarcações da segunda guerra mundial? Não servem pra nada.

Museus.
De certo que sim. Além de desfiles no sete de setembro.

Também.

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A Colômbia entrou em guerra civil contra as FARC. Os americanos armaram o exército colombiano e tudo foi resolvido. Se o Nicolás Maduro resolver nos atacar, recorremos aos americanos, à OEA, à ONU, à seja lá quem for. Mesmo que no cúmulo do absurdo um país expansionista nos resolva agredir, recorremos aos americanos.

Uma coisa interessante sobre alianças é que:

1) Elas mudam.
2) São baseadas em benefício mútuo.

Se o Brasil não tem nada a oferecer e fosse só um país inútil, incapaz de se defender de ameaças externas e sempre corresse para a saia da mãe em casos de perigo, qual a vantagem de se aliar a um país que não acrescenta absolutamente nada e não possui sequer capacidade de repelir em um primeiro momento ameaças externas?
Mercado consumidor, comércio.

Como eu disse, vai além disso. O Brasil é um porto seguro em meio às instabilidades de nossos vizinhos e, até agora, ainda não foi completamente dominado por um discurso de esquerda que compromete instituições e investimentos e possui legitimidade e voz ativa entre os demais países se na remotíssima hipótese de ser necessária uma intervenção armada, haveriam muito menos protestos se o Brasil interviesse do que se os EUA fizessem o mesmo.


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O interesse em se aliar ao Brasil não se resume a sua capacidade econômica, mas também às possibilidades de intervir nos conflitos regionais com legitimidade que um 3º país como os EUA não teriam. Se o Brasil intervem, é uma coisa, se os EUA, Inglaterra ou qualquer outro o faz, "mimimimi...colonialismo...mimimimi...imperialismo".
Isso pode ser feito com diplomacia.
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O Brasil mantém um certo respeito em comparação aos seus vizinhos porque é militarmente forte (sucateado, mas em comparação com os demais países, é) e traz estabilidade justamente por possuir essa legitimidade de ação.
De onde concluiu isso? Acho que não é por aí. O braziu é uma espécie de algodão entre cristais porque é mais rico que e tem mais representatividade econômica mundial que os demais países da região. Tem nada a ver com poderio miliar, até porque seu poderio militar é risível.

Se comparado aos demais países da América do Sul, não. E como eu disse anteriormente, não é SÓ a questão econômica, mas a capacidade de agir por conta própria (mesmo que a mando de) em caso de eventual necessidade, sem que preciso fosse desviar tropas, dinheiro e equipamentos de um outro país. A posição política e econômica do Brasil não é só devido ao nosso samba no pé e sorriso no rosto, mas também se deve ao nosso poder de liderança militar dessa parte do continente.

Somos o 11º país no mundo em investimentos militares e mesmo sucateados, ainda temos pelo menos 5 vezes mais poder de fogo do que o segundo país na lista na AS, Argentina, e dezenas de vezes mais do que a Venezuela, que teoricamente seria uma ameaça, caso o maluco filho despirocasse de vez.

Não é questão de ufanismo ou orgulho. É fato. Dizer que "Brasil não tem poder militar", é ignorar completamente o monte de operações que as FFAA fazem em nossas fronteiras chutando a bunda dos nossos vizinhos atrevidos diariamente. Eles ainda não tomaram essas regiões basicamente porque ainda conseguimos impor respeito através dessas operações, que vão completamente contra o discurso de "perna aberta" que nosso governo sempre teve.

Nossas FFAA são uma porcaria se quisermos comparar com o topo da lista, mas pra uma área tão sucateada como a de Defesa, ainda temos um número relevante pra região, suficiente.

Vc é militar? Filho de?

Não pertenço às FFAA e nem tenho parentes nela.
Quanto às religiões, ninguém precisa delas a não ser seus próprios líderes e empregados. Qualquer pessoal pode recorrer a Deus sem intermediários. Elas vendem ilusões e a falsa idéia de que vc precisa de intermediários.

Se a pessoa tem liberdade pra ter amigos imaginários, ela também tem pra dar dinheiro pros amigos dos amigos imaginários dela.
Não estou falando de liberdade mas de utilidade prática.
Nesse caso, também não há utilizada prática alguma em se manter amigos imaginários depois dos 8 anos de idade.

Que zona com essas citações...
« Última modificação: 30 de Dezembro de 2013, 10:42:13 por Diegojaf »
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline JJ

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #10 Online: 30 de Dezembro de 2013, 10:53:12 »
Vamos entrar em guerra contra quem? Argentina? Venezuela? Nos últimos 100 anos não entramos em guerra com ninguém. A Argentina se meteu a entrar em guerra com a Inglaterra e foi humilhada. Melhor seria se tivesse recorrido à diplomacia. Não teria perdido tantos soldados.

Pra que termos aviões e embarcações da segunda guerra mundial? Não servem pra nada.


Os Mirage 2000 que acabaram de ser desativados são da década de 80. Os F 5 são da décáda de 70 , mas foram modernizados e tem capacidade operacional (pelo menos para enfrentar ataques de  vizinhos ). A FA tem também aviões  E-99 de Alerta Aéreo Antecipado e Controle que são derivados do ERJ -145 o qual é um avião moderno da década 90.

A Marinha tem submarinos diesel de fabricação nacional recente e que tem capacidade de combate contra navios de várias forças armadas do mundo . Tem também o Navio Aeródromo que pertenceu a marinha francesa e que foi construido entre 1957 e 1960 , portanto não é da 2° guerra.

O Exército tem carros de combate Leopard 1 que entrou em serviço na Alemanha em  1965, e Leopard 1A5 que é uma versão de 1983 modernizada do 1A1, portanto também não são da WWII. 

Assim como esses também tem muitos outros armamentos utilizados pelas três forças que não são da WWII , inclusive tem vários de fabricação nacional e que são adequados a nossa realidade .


Resumindo, não procede esta alegação de que os aviões e embarcações são  segunda guerra mundial e que não servem para nada.

« Última modificação: 30 de Dezembro de 2013, 11:16:47 por JJ »

Offline JJ

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #11 Online: 30 de Dezembro de 2013, 11:32:00 »
Outra coisa muito importante que muitos ignoram é o papel que as compras militares podem ter no desenvolvimento científico e tecnológico e que isto é uma forma oculta (e positiva) de interferência na economia , e que os EUA praticam esta interferência estatal na economia de forma bastante acentuada:


Redução do papel do Estado na economia sempre foi mito


Para especialista em desenvolvimento, compras militares dos EUA são maior exemplo de política industrial que gerou inovação tecnológica


A PESAR de todas as manchetes sobre a volta do Estado à economia, ele nunca se retirou, e os EUA são o maior exemplo disso, afirma Linda Weiss, especialista em desenvolvimento e professora do Departamento de Governo e Relações Internacionais da Universidade de Sydney (Austrália). Weiss cita especificamente a política de inovação tecnológica americana, organizada por meio de encomendas da área militar do governo, como exemplo do que chama de "ativismo estatal" que nunca diminuiu nas economias mais ricas.


Rafael Andrade/Folha Imagem
   
Linda Weiss, especialista em desenvolvimento e professora da Universidade de Sydney (Austrália)

CLAUDIA ANTUNES
DA SUCURSAL DO RIO

Weiss afirma que a China está adaptando o modelo americano para começar a produzir tecnologias próprias, e sugere que o Brasil estude o exemplo.
Ela deu entrevista à Folha depois de participar, no Rio de Janeiro, de seminário no Instituto de Economia da UFRJ sobre Reposicionamentos Estratégicos, Políticas e Inovação em Tempo de Crise. Abaixo, os principais trechos.
 
FOLHA - A senhora diz que não é possível falar em volta do Estado à economia porque ele nunca foi embora. Pode explicar?

LINDA WEISS - A ideia predominante no debate sobre a globalização e a sua relação com as opções de política econômica é que o Estado foi posto numa camisa de força e recuou da economia.

Fez isso para atrair investimentos num mundo de capitais móveis. O melhor governo é o que reduz impostos e regulações. O Estado atua nas margens da economia, sem presença ativa e muito menos desenvolvimentista. Contesto essa ideia olhando para o que os Estados mais poderosos vêm fazendo.
FOLHA - E quais são os principais exemplos?

WEISS - O primeiro é o paradoxo de que a desregulamentação requer rerregulamentação. Por exemplo, o governo privatiza, mas acaba se tornando muito ativo na arena regulatória, criando agências.

Isso de certo modo aumentou o envolvimento do Estado, sem necessariamente passar pelas autoridades executivas, que têm que responder ao eleitorado.
FOLHA - Mas, no mercado financeiro, houve menos regulamentação, não? WEISS - Houve uma opção por não regulamentar. Foi uma opção movida a razões nacionalistas, porque tanto o Reino Unido quanto os EUA viam o setor financeiro como o que liderava a projeção do seu poder na arena econômica internacional.
Com Wall Street de um lado e a City do outro, para eles fazia sentido ser liberais.

O Japão fez o mesmo, de modo diferente. Ao desregulamentarem o setor financeiro, os burocratas quiseram manter sua presença e escreveram as regras com esse objetivo, sem permitir mais autorregulamentação.

Além disso, há uma forma de ativismo que é a intervenção recorrente do Estado para resgatar o sistema bancário em crises. O que vemos hoje não é excepcional, é parte do padrão da internacionalização das finanças nos últimos 200 anos.

FOLHA - Que outros exemplos a senhora reuniu?

WEISS - Um fundamental é no campo da inovação e da tecnologia. Na OMC (Organização Mundial do Comércio), os Estados líderes escreveram normas que lhes dão margem para promover sua indústria nascente, ao mesmo tempo em que reduziram essa margem para países em desenvolvimento.
As regras da OMC permitem políticas de subsídio à ciência e tecnologia, que é a forma da indústria nascente nas chamadas economias de conhecimento intensivo.

Você vê intervenções muito focadas dos governos dos Estados Unidos, da Europa e do Japão no setor de alta tecnologia, incluindo comunicação e informação, novos materiais, novas energias. São áreas vistas como plataformas de sua prosperidade futura.

FOLHA - Como a senhora compararia o ativismo estatal nos EUA e na Europa com o na Ásia?

WEISS - Eu diria que o ativismo asiático está acima do radar, os países da região não se envergonham de mostrar que têm política industrial. As populações também apoiam o uso do poder do Estado na economia.

No caso dos EUA, não há consenso sobre o ativismo estatal.

Então, ele aparece abaixo do radar. A área que explica de onde vieram as inovações nos EUA, país que é líder em alta tecnologia, é a máquina de encomendas ligada ao setor militar.

Os EUA construíram um sistema formidável de inovação baseado no fato de responderem por 50% dos gastos militares mundiais. Dessa forma existe apoio popular e político, porque a linguagem usada é a da segurança nacional. Esse sistema de encomendas públicas de inovações é tão importante que os europeus agora estão vendo como podem adaptar a seu próprio setor civil. A China está fazendo a mesma coisa.




FOLHA - Como a China está seguindo o exemplo dos EUA?

WEISS - A China, por exemplo, quer desenvolver sua própria indústria de software e está usando encomendas de tecnologia para isso. Ela está definindo o que é uma empresa chinesa com base no "Buy American" [cláusula do pacote de estímulo econômico aprovado nos EUA no início deste ano].

Para o "Buy American", uma empresa americana tem pelo menos 50% de capital americano, está baseada nos EUA e usa trabalhadores americanos. Essa é a definição que os chineses estão usando em sua estratégia de compras governamentais, com o objetivo de construir sua própria indústria de alta tecnologia. [No Brasil, a emenda constitucional nº 6 acabou em 1995 com a distinção entre empresas de capital nacional e capital estrangeiro].

FOLHA - Apesar do ativismo estatal, o Estado de bem-estar social diminuiu?


WEISS - Quando olhamos os números da OCDE [Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que reúne cerca de 30 países industrializados], vemos que o Estado previdenciário na verdade cresceu.

O gasto total aumentou em média de 26% para 40% do PIB entre 1965 e 2006. E o componente social desse gasto aumentou de 15% para 22% em 30 anos. Houve reestruturações no destino do dinheiro, mas não declínio.

FOLHA - Mas o Estado como produtor recuou, não?

WEISS - Sim, claro. Mas é enganoso ver isso como enfraquecimento do Estado. Quando os serviços eram públicos, qual era o papel do Estado, afinal?
Mandar contas de luz e gás?

Não era exatamente um ator no sentido do desenvolvimento.

FOLHA - A resistência que vemos hoje nos EUA ao envolvimento estatal com o sistema de saúde não é paradoxal?

WEISS - Esse debate mostra que o sistema político americano não legitima um programa civil de tecnologia. O Programa de Tecnologia Avançada, civil, teve vida curta no governo Clinton [1993-2001] e recentemente perdeu seu orçamento.

É principalmente por meio do setor militar que são criadas estruturas híbridas, agências com função de investimento e que não são nem puramente públicas nem privadas em seu comportamento. Elas fazem essas encomendas de alta tecnologia.

FOLHA - E como os produtos chegam ao mercado civil?

WEISS - Não há uma cerca entre a Defesa e o setor civil. A CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA), por exemplo, tem seu próprio fundo de investimento e assume participações em empresas privadas. Financia tecnologia que é usada para objetivos militares, mas também tem que ser viável comercialmente.
FOLHA - Que observações a senhora fez sobre a posição do Brasil nesse debate?

WEISS - Foi interessante ouvir outro dia que a política industrial brasileira tem dois pontos problemáticos: a falta de uma política agressiva para a exportação de manufaturados e a política de compras governamentais, que não teria decolado.

Sugiro trazer o caso americano para debate no Brasil. As compras governamentais são um instrumento poderoso de desenvolvimento. O importante é separar as compras ordinárias, como papel e mobília, das encomendas de tecnologia, de algo que ainda não existe.

Nisso você estabelece uma competição entre quem pode produzir tal coisa e como o Estado pode ajudar. Não é só o governo dizendo como deve ser, mas há uma interação.

De um só programa americano, o Small Business Innovation Research Program, de onde vieram nomes como a Microsoft, centenas de firmas receberam financiamento. Não são somas grandes, poderiam ser US$ 750 mil, por exemplo, para levar a tecnologia da fase da ideia na cabeça ao protótipo.

O programa foi lançado em 1982, quando nos EUA temia-se perder a corrida tecnológica para Japão e Alemanha, e envolve muitas agências governamentais, incluindo o Instituto Nacional de Saúde -que faz encomendas ao setor farmacêutico e de biotecnologia-, a Nasa e a Defesa.


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1409200920.htm


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« Última modificação: 30 de Dezembro de 2013, 11:37:15 por JJ »

Offline Südenbauer

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #12 Online: 30 de Dezembro de 2013, 12:22:55 »
Teve também a participação do exército em missões de paz, como no Timor-Leste e Haiti.

Offline Moro

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #13 Online: 30 de Dezembro de 2013, 12:55:22 »
o estado tem que investir, a questão é quanto, aonde e quanto deve receber por isso.

E a resposta deve levar em consideração quanto o estado cobra de pedágio para investir. Se por exemplo, a população entrega 1BI para investimento em determinada obra, o governo rouba 200M, gasta mais 300M em ineficiência, e investe 500M, está claro que o estado não é um bom vetor para investimento.
E se ainda por cima, o projeto que o estado escolhe para investir é ruim e a qualidade do projeto é péssima, nós temos um motivo para praticamente poder afirmar que o estado não deve ser um vetor para investimento.

Esse é o caso do brasil. Devemos tirar do estado a capacidade de investimento em todas as áreas não críticas não por uma decisão ideológica, mas simplesmente porque o pedágio cobrado pelo estado brasileiro é alto demais e a qualidade do que entrega ruim demais, é um custo-benefício desastrosa, o que não acontece em estados como Suécia, Noruega, Canadá, e outros.


“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #14 Online: 30 de Dezembro de 2013, 16:29:05 »
Se por exemplo, a população entrega 1BI para investimento em determinada obra, o governo rouba 200M, gasta mais 300M em ineficiência, e investe 500M, está claro que o estado não é um bom vetor para investimento.
[...]
Esse é o caso do brasil. Devemos tirar do estado a capacidade de investimento em todas as áreas não críticas

"Devemos deixar um sistema de administração ineficiente e corrupto como responsável apenas pelas áreas realmente críticas".

:|

O ideal mesmo seria que ficasse só com as áreas supérfluas, por essa lógica...

Offline Bolsonaro neles

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #15 Online: 30 de Dezembro de 2013, 17:27:32 »
o estado tem que investir, a questão é quanto, aonde e quanto deve receber por isso.

E a resposta deve levar em consideração quanto o estado cobra de pedágio para investir. Se por exemplo, a população entrega 1BI para investimento em determinada obra, o governo rouba 200M, gasta mais 300M em ineficiência, e investe 500M, está claro que o estado não é um bom vetor para investimento.
E se ainda por cima, o projeto que o estado escolhe para investir é ruim e a qualidade do projeto é péssima, nós temos um motivo para praticamente poder afirmar que o estado não deve ser um vetor para investimento.

Esse é o caso do brasil. Devemos tirar do estado a capacidade de investimento em todas as áreas não críticas não por uma decisão ideológica, mas simplesmente porque o pedágio cobrado pelo estado brasileiro é alto demais e a qualidade do que entrega ruim demais, é um custo-benefício desastrosa, o que não acontece em estados como Suécia, Noruega, Canadá, e outros.



Não havia pensado por esse lado. Taí mais um motivo pro estado diminuir.

Offline Bolsonaro neles

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #16 Online: 30 de Dezembro de 2013, 17:28:56 »
Se por exemplo, a população entrega 1BI para investimento em determinada obra, o governo rouba 200M, gasta mais 300M em ineficiência, e investe 500M, está claro que o estado não é um bom vetor para investimento.
[...]
Esse é o caso do brasil. Devemos tirar do estado a capacidade de investimento em todas as áreas não críticas

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O ideal mesmo seria que ficasse só com as áreas supérfluas, por essa lógica...
Mas se ele tem menos a administrar, tende a fazê-lo com mais qualidade. Além do que, O Estado só tem mesmo que que fazer aquilo que não pode ser feito pelas mãos privadas.

Offline Bolsonaro neles

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #17 Online: 30 de Dezembro de 2013, 17:30:17 »
Vamos entrar em guerra contra quem? Argentina? Venezuela? Nos últimos 100 anos não entramos em guerra com ninguém. A Argentina se meteu a entrar em guerra com a Inglaterra e foi humilhada. Melhor seria se tivesse recorrido à diplomacia. Não teria perdido tantos soldados.

Pra que termos aviões e embarcações da segunda guerra mundial? Não servem pra nada.


Os Mirage 2000 que acabaram de ser desativados são da década de 80. Os F 5 são da décáda de 70 , mas foram modernizados e tem capacidade operacional (pelo menos para enfrentar ataques de  vizinhos ). A FA tem também aviões  E-99 de Alerta Aéreo Antecipado e Controle que são derivados do ERJ -145 o qual é um avião moderno da década 90.

A Marinha tem submarinos diesel de fabricação nacional recente e que tem capacidade de combate contra navios de várias forças armadas do mundo . Tem também o Navio Aeródromo que pertenceu a marinha francesa e que foi construido entre 1957 e 1960 , portanto não é da 2° guerra.

O Exército tem carros de combate Leopard 1 que entrou em serviço na Alemanha em  1965, e Leopard 1A5 que é uma versão de 1983 modernizada do 1A1, portanto também não são da WWII. 

Assim como esses também tem muitos outros armamentos utilizados pelas três forças que não são da WWII , inclusive tem vários de fabricação nacional e que são adequados a nossa realidade .


Resumindo, não procede esta alegação de que os aviões e embarcações são  segunda guerra mundial e que não servem para nada.


Tá, não são da WWII, mas continua sendo um monde de merda e um monte de doações que o primeiro mundo desprezou que serve pra muito pouco. Ou seja, podemos acabar com as FFAA que não faz a mínima diferença.

Offline Bolsonaro neles

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #18 Online: 30 de Dezembro de 2013, 17:32:22 »
Teve também a participação do exército em missões de paz, como no Timor-Leste e Haiti.
Não tem petróleo lá, dai os americanos mandaram a gente. Grande merda inútil tb. Melhor se mandassem a Colômbia.

Offline Moro

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #19 Online: 30 de Dezembro de 2013, 17:46:12 »
Se por exemplo, a população entrega 1BI para investimento em determinada obra, o governo rouba 200M, gasta mais 300M em ineficiência, e investe 500M, está claro que o estado não é um bom vetor para investimento.
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me expressei mal. Com as tarefas que devem ser feitas pelo estado, como segurança, justiça, forças armadas, etc..
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Offline Diegojaf

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #20 Online: 30 de Dezembro de 2013, 17:59:22 »
Vamos entrar em guerra contra quem? Argentina? Venezuela? Nos últimos 100 anos não entramos em guerra com ninguém. A Argentina se meteu a entrar em guerra com a Inglaterra e foi humilhada. Melhor seria se tivesse recorrido à diplomacia. Não teria perdido tantos soldados.

Pra que termos aviões e embarcações da segunda guerra mundial? Não servem pra nada.


Os Mirage 2000 que acabaram de ser desativados são da década de 80. Os F 5 são da décáda de 70 , mas foram modernizados e tem capacidade operacional (pelo menos para enfrentar ataques de  vizinhos ). A FA tem também aviões  E-99 de Alerta Aéreo Antecipado e Controle que são derivados do ERJ -145 o qual é um avião moderno da década 90.

A Marinha tem submarinos diesel de fabricação nacional recente e que tem capacidade de combate contra navios de várias forças armadas do mundo . Tem também o Navio Aeródromo que pertenceu a marinha francesa e que foi construido entre 1957 e 1960 , portanto não é da 2° guerra.

O Exército tem carros de combate Leopard 1 que entrou em serviço na Alemanha em  1965, e Leopard 1A5 que é uma versão de 1983 modernizada do 1A1, portanto também não são da WWII. 

Assim como esses também tem muitos outros armamentos utilizados pelas três forças que não são da WWII , inclusive tem vários de fabricação nacional e que são adequados a nossa realidade .


Resumindo, não procede esta alegação de que os aviões e embarcações são  segunda guerra mundial e que não servem para nada.


Tá, não são da WWII, mas continua sendo um monde de merda e um monte de doações que o primeiro mundo desprezou que serve pra muito pouco. Ou seja, podemos acabar com as FFAA que não faz a mínima diferença.

Se mesmo depois de montes de evidências provando o contrário você não consegue arrumar argumento melhor, acho que é melhor você colocar no início do seus tópicos o aviso [Papo de Boteco - Fora o bom senso]...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Geotecton

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #21 Online: 30 de Dezembro de 2013, 18:05:24 »
[...]
A Marinha tem submarinos diesel de fabricação nacional recente e que tem capacidade de combate contra navios de várias forças armadas do mundo .
[...]

Sim.

Pode enfrentar - e vencer - inúmeras belonaves de superfície de muitas marinhas do mundo.

E o que é que isto realmente importa se jamais será travada uma batalha contra estas mesmas marinhas?

Ou você espera enfrentar algum dia a marinha da Somália ou de Papua Nova Guiné?
Foto USGS

Offline Diegojaf

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #22 Online: 30 de Dezembro de 2013, 18:07:42 »
[...]
A Marinha tem submarinos diesel de fabricação nacional recente e que tem capacidade de combate contra navios de várias forças armadas do mundo .
[...]

Sim.

Pode enfrentar - e vencer - inúmeras belonaves de superfície de muitas marinhas do mundo.

E o que é que isto realmente importa se jamais será travada uma batalha contra estas mesmas marinhas?

Ou você espera enfrentar algum dia a marinha da Somália ou de Papua Nova Guiné?

E você crê que tropas permanentes são...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Fabrício

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #23 Online: 30 de Dezembro de 2013, 18:33:51 »
As forças armadas brasileiras deveriam se equipar e se organizar para serem temidas por grupos de traficantes nas fronteiras e respeitadas pelos nossos vizinhos. Estaria de bom tamanho.
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Offline Geotecton

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Re:Instituições que são um fim em si mesmas
« Resposta #24 Online: 30 de Dezembro de 2013, 18:59:52 »
[...]
A Marinha tem submarinos diesel de fabricação nacional recente e que tem capacidade de combate contra navios de várias forças armadas do mundo .
[...]

Sim.

Pode enfrentar - e vencer - inúmeras belonaves de superfície de muitas marinhas do mundo.

E o que é que isto realmente importa se jamais será travada uma batalha contra estas mesmas marinhas?

Ou você espera enfrentar algum dia a marinha da Somália ou de Papua Nova Guiné?

E você crê que tropas permanentes são...

Eu não creio em nada.

Em relação a sua pergunta eu diria que são 'necessárias'.

Eu defendo a manutenção de um pequeno núcleo de soldados profissionais voltados para combater em dois teatros de operações de baixa intensidade, isto é, contra países do porte até da Argentina. Em termos de equipamentos a ênfase seria ter uma diversidade e um número suficiente para defender os principais alvos estratégicos do país.

E, apenas a título de esclarecimento, a minha resposta ao JJ foi para desmontar o cenário apresentado por ele a respeito dos submarinos a diesel pois estes são excelentes para proteção de costa mas são pouco úteis para as marinhas ditas ou que querem ser "oceânicas".
« Última modificação: 31 de Dezembro de 2013, 07:13:59 por Geotecton »
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