Claro, se um avião civil está sobrevoando uma zona de conflito, eles tem todo o direito de abatê-lo. Tipo um pedestre que está atravessando fora da faixa, se eu venho dirigindo na rua estou no direito de atropelá-lo e a culpa é toda dele.
Pelo jeito você parece achar que o pessoal que luta num conflito tem especialistas a postos para identificar, com eficiência, rapidez, e eficácia, se um avião que está sobrevoando a 33.000 pés (ou mais) é um avião civil, com tripulação civil, e em missão civil.
Não é assim que funciona, numa zona de guerra até mesmo aviões amigos são atingidos. Até mesmo numa zona que não seja de guerra, mas que esteja sob tensão, e seja zona altamente restrita, como foi o caso do KAL 007, não é possível ter certeza de que o suposto avião civil esteja com tripulação civil, e em missão civil, foi o que aconteceu em 1983. O piloto identificou o avião, chegou a ter contato visual próximo, para ele pareceu sim ser um avião civil, mas um avião pode ter uma aparência de civil por fora, e ser um avião com tripulação, equipamentos e missão militar por dentro. O piloto tinha uma missão a cumprir, tinha ordens, ele deu uma rajada de advertência (que nem deve ter sido vista pela tripulação), logo após a rajada o avião por coincidência começou a subir, para o piloto pareceu uma manobra evasiva, e então, continuando a cumprir com o seu treinamento, o piloto enquadrou o alvo e disparou dois mísseis, um passou direto e não atingiu o alvo, o outro atingiu a cauda do avião e cortou controles da cauda, de modo que o avião começou a descer, o piloto da URSS, deu por finda a sua missão, e retornou a base.
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