A China nunca vai ser uma superpotencia, nunca. A China e' mais fragmentada culturalmente do que imaginamos, o governo investe em mega-infra-estruturas que nao atendem a ninguem (cidades e shoppings fantasmas). O crescimento economico impressionante se deve a forma como o governo e as multinacionais lidam com isso, estao cagando para o povo (ja ouviram falar da cidade que pinta uma montanha de verde ao inves de reflorestar?). E' tipo uma nova forma de colonizacao. E' uma nacao condenada a servir de polo industrial.
Eu já acho o contrário: a China tem (e sempre teve) uma tendência a ser a maior potência econômica do globo, desde a antiguidade, devido principalmente ao tamanho absurdo de sua população. Ao longo da história, fatores puramente políticos* tiraram temporariamente a China do seu lugar natural, que é ser a maior potência econômica do planeta.
*Cito dois exemplos: o desmantelamento de sua frota e fechamento ao exterior ocorridos a partir do século XV (idiossincracia de uma dinastia) e o comunismo em meados do século XX. Hoje a China não é fechada e nem comunista, o que a faz ter o seu ritmo "normal" de crescimento econômico.
Off Topic: O fato da China ser um grande território unificado sob um mando único e incontestável tem suas vantagens e desvantagens. Jared Diamond explica isso no seu famoso Armas, Germes e Aço. Grandes territórios unificados permitem aos países a organização e financiamento de grandes obras (isso foi mais importante no passado, quando não havia grandes corporações privadas para assumir esse papel), entretanto, se um grande território estiver sob mando único, aparecem 2 efeitos colaterais que podem prejudicar o avanço do país:
1- As decisões estúpidas e idiossincráticas de governantes causam mais impacto, de forma generalizada e geralmente mais duradoura.
2- A ausência de competições ou ameaças externas significantes não estimula o desenvolvimento técnico e nem "pune" o país que optar por manter técnicas ou "tradições" obsoletas. Na Europa, se um país decidisse banir as armas de fogo ou proibir/não investir em frotas marítimas, pagava o preço relativamente rápido. Na China isso não aconteceu até bem mais tarde (século XIX), quando as canhoneiras britânicas vieram cobrar a fatura.