Autor Tópico: China  (Lida 10879 vezes)

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Offline Moro

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Re:China
« Resposta #25 Online: 11 de Março de 2014, 09:32:10 »
EUA sempre utilizou o discurso da liberdade para justificar suas intervenções. Saddam cagando no Iraque? precisamos dar liberdade ao povo.  O que usará? O confucionismo com Lían? O Chi e depois o Yong? Vão ter que se explicar demais (principalmente por causa do Chi que deveriam sentir pelo Tibet) e provavelmente suas ações como superpotencia terão finalidades mais próximas das divulgadas ao público.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Geotecton

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Re:China
« Resposta #26 Online: 11 de Março de 2014, 10:21:00 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.
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Offline _Juca_

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Re:China
« Resposta #27 Online: 11 de Março de 2014, 11:32:30 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.

Será? Quantas intervenções militares externas a China participou até hoje? Eu acho que a diplomacia chinesa bem menos belicosa do que a dos EUA ou das europeias.

Offline Skeptikós

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Re:China
« Resposta #28 Online: 11 de Março de 2014, 12:28:41 »
Sobre a superioridade militar dos EUA sobre os demais países do mundo, sim, isso é indiscutível.
:nao3:

O verdadeiro cético deve permanecer na dúvida e incapaz de chegar a uma conclusão final!!1. Deve suspender o juízo!!111onze1!!

Realmente, tá difícil de achar um verdadeiro cético.
Eu não disse em nenhum momento que era um cético em tempo integral.

Até hoje minhas defesas do ceticismo fora uma descrição do que representa o pensamento cético com base em fundamentos históricos da doutrina e do próprio pensamento cético. Esta afirmação minha obviamente não representa uma posição cética, mas como eu não me considerei cético em nenhum momento, não vejo contradições em afirmar qualquer coisa que desejar afirmar.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Diegojaf

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Re:China
« Resposta #29 Online: 11 de Março de 2014, 12:31:34 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.

Será? Quantas intervenções militares externas a China participou até hoje? Eu acho que a diplomacia chinesa bem menos belicosa do que a dos EUA ou das europeias.

O Tibete que o diga.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline _Juca_

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Re:China
« Resposta #30 Online: 11 de Março de 2014, 14:36:59 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.

Será? Quantas intervenções militares externas a China participou até hoje? Eu acho que a diplomacia chinesa bem menos belicosa do que a dos EUA ou das europeias.

O Tibete que o diga.

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« Última modificação: 11 de Março de 2014, 14:43:20 por _Juca_ »

Offline Skeptikós

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Re:China
« Resposta #31 Online: 11 de Março de 2014, 15:59:20 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.

Será? Quantas intervenções militares externas a China participou até hoje? Eu acho que a diplomacia chinesa bem menos belicosa do que a dos EUA ou das europeias.

O Tibete que o diga.

Uma...
A Mongólia também se não me engano.
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Offline Geotecton

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Re:China
« Resposta #32 Online: 11 de Março de 2014, 16:06:10 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.

Será? Quantas intervenções militares externas a China participou até hoje? Eu acho que a diplomacia chinesa bem menos belicosa do que a dos EUA ou das europeias.
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Tibete (1951); Índia (1962, 1967 e 1969); Mongólia (1969); URSS (1969); Coréia do Norte (1970) e Vietnã (1979).
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Re:China
« Resposta #33 Online: 11 de Março de 2014, 16:22:49 »
política de extinção dos turcos até hoje em Xinjiang?

Caraca falar que a China não é um país belicoso é foda. Ele não exerce mais porque tem boi maior na linha... se ela se tornar o macho alfa, não sabemos o que podemos esperar.
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Re:China
« Resposta #34 Online: 11 de Março de 2014, 16:28:27 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.

Será? Quantas intervenções militares externas a China participou até hoje? Eu acho que a diplomacia chinesa bem menos belicosa do que a dos EUA ou das europeias.
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Tibete (1951); Índia (1962, 1967 e 1969); Mongólia (1969); URSS (1969); Coréia do Norte (1970) e Vietnã (1979).

E a Guerra da Coréia de 1950 não se enquadraria também não?

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Re:China
« Resposta #35 Online: 11 de Março de 2014, 16:32:36 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.
Será? Quantas intervenções militares externas a China participou até hoje? Eu acho que a diplomacia chinesa bem menos belicosa do que a dos EUA ou das europeias.
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Tibete (1951); Índia (1962, 1967 e 1969); Mongólia (1969); URSS (1969); Coréia do Norte (1970) e Vietnã (1979).
E a Guerra da Coréia de 1950 não se enquadraria também não?

Eu entendo que sim. Mas, neste caso, o "prêmio" tem que ser compartilhado com a URSS pelo lado 'norte' e com o EUA pelo lado 'sul'.
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Offline _Juca_

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Re:China
« Resposta #36 Online: 11 de Março de 2014, 16:57:27 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.

Será? Quantas intervenções militares externas a China participou até hoje? Eu acho que a diplomacia chinesa bem menos belicosa do que a dos EUA ou das europeias.
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Tibete (1951); Índia (1962, 1967 e 1969); Mongólia (1969); URSS (1969); Coréia do Norte (1970) e Vietnã (1979).

Sete... Todas regionais...
« Última modificação: 11 de Março de 2014, 17:02:58 por _Juca_ »

Offline Moro

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Re:China
« Resposta #37 Online: 11 de Março de 2014, 17:09:39 »
Regional porque não tem poder de projeção global. Alias bem regional mesmo, quando matou dezenas de milhões de seu próprio povo.
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Offline João da Ega

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Re:China
« Resposta #38 Online: 11 de Março de 2014, 18:18:10 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.

Será? Quantas intervenções militares externas a China participou até hoje? Eu acho que a diplomacia chinesa bem menos belicosa do que a dos EUA ou das europeias.
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Tibete (1951); Índia (1962, 1967 e 1969); Mongólia (1969); URSS (1969); Coréia do Norte (1970) e Vietnã (1979).

!979 foi a grande última invasão? Se sim, faz 35 anos, e pode significar uma mudança na "política externa".
Mas não dá pra prever mesmo o que eles fariam se fossem o "macho alfa", como dito.
"Nunca devemos admitir como causa daquilo que não compreendemos algo que entendemos menos ainda." Marquês de Sade

Offline Geotecton

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Re:China
« Resposta #39 Online: 11 de Março de 2014, 18:27:40 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.

Será? Quantas intervenções militares externas a China participou até hoje? Eu acho que a diplomacia chinesa bem menos belicosa do que a dos EUA ou das europeias.
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Tibete (1951); Índia (1962, 1967 e 1969); Mongólia (1969); URSS (1969); Coréia do Norte (1970) e Vietnã (1979).
Sete... Todas regionais...

Sim, são sete sem contar as pequenas escaramuças com Rússia, Índia e Japão (este a mais recente). E elas são apenas 'regionais' porque a China não tinha (e ainda não tem) capacidade de "projeção de poder".
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Re:China
« Resposta #40 Online: 11 de Março de 2014, 18:30:16 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.

Será? Quantas intervenções militares externas a China participou até hoje? Eu acho que a diplomacia chinesa bem menos belicosa do que a dos EUA ou das europeias.
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Tibete (1951); Índia (1962, 1967 e 1969); Mongólia (1969); URSS (1969); Coréia do Norte (1970) e Vietnã (1979).
!979 foi a grande última invasão? Se sim, faz 35 anos, e pode significar uma mudança na "política externa".

Sim, houve uma "mudança na política externa" mas não porque eles sejam pacíficos e sim porque foi um dos fatores necessários para que os países ocidentais investissem intensamente na China.


Não dá pra prever mesmo o que eles fariam se fossem o "macho alfa", como dito.

Não mesmo?
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Offline João da Ega

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Re:China
« Resposta #41 Online: 11 de Março de 2014, 18:47:47 »
Sim, houve uma "mudança na política externa" mas não porque eles sejam pacíficos e sim porque foi um dos fatores necessários para que os países ocidentais investissem intensamente na China.
é. muito provavelmente por isso.


Não dá pra prever mesmo o que eles fariam se fossem o "macho alfa", como dito.

Não mesmo?

Pra prever acho que não. A não ser chamando canalizando o Nostradamus. Já pra supor o que eles fariam, aí sim.
« Última modificação: 11 de Março de 2014, 22:35:08 por Geotecton »
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Re:China
« Resposta #42 Online: 11 de Março de 2014, 19:05:31 »
Dizer que a China não intervém muito em outros países como fazem os EUA é mais ou menos como dizer que os índios silvícolas não degradam tanto a natureza igual os brancos. Assume-se que é uma virtude intrínseca dos mesmos ao invés de ser uma mera questão de capacidade ou oportunidade.

 
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Offline João da Ega

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Re:China
« Resposta #43 Online: 11 de Março de 2014, 20:04:12 »
Dizer que a China não intervém muito em outros países como fazem os EUA é mais ou menos como dizer que os índios silvícolas não degradam tanto a natureza igual os brancos. Assume-se que é uma virtude intrínseca dos mesmos ao invés de ser uma mera questão de capacidade ou oportunidade.

 
Dado o caráter totalitário do regime chinês, é muito provável que você e o sr. Geotecton tenham razão.

Totalmente off topic: o uso de 'o mesmo" (muito usado por advogados) como elemento anafórico não é o mais adequado na norma padrão da língua. O mais adequado seria usar um pronome pessoal de verdade. "Assume-se que é uma virtude intrínseca deles ao invés de ser uma mera questão de capacidade ou oportunidade."

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/mesmo-voce-sabe-utilizar-o-pronome.htm
http://www.migalhas.com.br/Gramatigalhas/10,MI4192,101048-O+mesmo

« Última modificação: 11 de Março de 2014, 20:11:27 por João da Ega »
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Offline _Juca_

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Re:China
« Resposta #44 Online: 11 de Março de 2014, 20:50:41 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.

Será? Quantas intervenções militares externas a China participou até hoje? Eu acho que a diplomacia chinesa bem menos belicosa do que a dos EUA ou das europeias.
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Tibete (1951); Índia (1962, 1967 e 1969); Mongólia (1969); URSS (1969); Coréia do Norte (1970) e Vietnã (1979).
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Sim, são sete sem contar as pequenas escaramuças com Rússia, Índia e Japão (este a mais recente). E elas são apenas 'regionais' porque a China não tinha (e ainda não tem) capacidade de "projeção de poder".

Mesmo que. China tenha uma real capacidade de projetar milarmenye, não há umhistorico bélico tão grande como dos europeus, estadunidenses e até dos russos, eu continuo achando a China bem mais pacífica do que esses.

Offline Derfel

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Re:China
« Resposta #45 Online: 11 de Março de 2014, 21:03:27 »
Acho que a China possui um belicismo semelhante aos europeus e americanos,  como mostra a própria história de formação da China, porém existe um limite que a partir de então ela se fechou em si mesma. Parece que o tamanho de um país ou império tinha a ver com a distância percorrida a cavalo em uma semana (a exceção do Império Mongol), por causa das comunicações.  Em um mundo com aviões e telecomunicações essa expansão poderia ser quanto?

Offline EuSouOqueSou

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Re:China
« Resposta #46 Online: 18 de Março de 2014, 02:30:43 »
A China nunca vai ser uma superpotencia, nunca. A China e' mais fragmentada culturalmente do que imaginamos, o governo investe em mega-infra-estruturas que nao atendem a ninguem (cidades e shoppings fantasmas). O crescimento economico impressionante se deve a forma como o governo e as multinacionais lidam com isso, estao cagando para o povo (ja ouviram falar da cidade que pinta uma montanha de verde ao inves de reflorestar?). E' tipo uma nova forma de colonizacao. E' uma nacao condenada a servir de polo industrial.

Eu já acho o contrário: a China tem (e sempre teve) uma tendência a ser a maior potência econômica do globo, desde a antiguidade, devido principalmente ao tamanho absurdo de sua população. Ao longo da história, fatores puramente políticos* tiraram temporariamente a China do seu lugar natural, que é ser a maior potência econômica do planeta.


*Cito dois exemplos: o desmantelamento de sua frota e fechamento ao exterior ocorridos a partir do século XV (idiossincracia de uma dinastia) e o comunismo em meados do século XX. Hoje a China não é fechada e nem comunista, o que a faz ter o seu ritmo "normal" de crescimento econômico.



Off Topic: O fato da China ser um grande território unificado sob um mando único e incontestável tem suas vantagens e desvantagens. Jared Diamond explica isso no seu famoso Armas, Germes e Aço. Grandes territórios unificados permitem aos países a organização e financiamento de grandes obras (isso foi mais importante no passado, quando não havia grandes corporações privadas para assumir esse papel), entretanto, se um grande território estiver sob mando único, aparecem 2 efeitos colaterais que podem prejudicar o avanço do país:

1- As decisões estúpidas e idiossincráticas de governantes causam mais impacto, de forma generalizada e geralmente mais duradoura.

2- A ausência de competições ou ameaças externas significantes não estimula o desenvolvimento técnico e nem "pune" o país que optar por manter técnicas ou "tradições" obsoletas. Na Europa, se um país decidisse banir as armas de fogo ou proibir/não investir em frotas marítimas, pagava o preço relativamente rápido. Na China isso não aconteceu até bem mais tarde (século XIX), quando as canhoneiras britânicas vieram cobrar a fatura.



Nao penso assim. Nem fudendo a China vai ser uma superpotencia. Concordo com o fato de que uma nacao com um vasto territorio e uma grande populacao conferem uma vantagem enorme para qualquer imperialismo. Mas como vc ilustrou bem ai citando esse tal de Jared Diamond, essas caracteristicas podem ser facas de dosi gumes.

Ate onde lembro, a China interrompeu a expansao imperial maritima devido a problemas internos. Toda a Historia da China e' marcada por revezamentos de dinastias, de imperadores de diversas provincias tomando o poder, sem falar das invasoes dos Mongois. Como uma nacao pode investir em expansao international quando la dentro tem uns 10 caras loucos pra dar um golpe e sentar no trono?

So pra ilustrar a fragmentacao cultural, duas linguas mais faladas na China, o Cantones e o MAndarim sao praticamente incomunicaveis entre si.

Sobre o poderio militar > http://en.wikipedia.org/wiki/China#Military
Parece que nao e' essa poteencia toda.

Ademais (achismo.on) a China e' so um pais com quase um bilhao de camponeses analfabetos que vao trabalhar nos grades centros urbanos montando celurares, tablets, roupas e outros produtos, trabalhando feito condenados pq e' da cultura deles servir e obedecer. E tudo isso favorecido pela Republica de um partido so, que faz o que quer, quando quer, como quer. Por isso, e so por isso, a China tem um crescimento economico "fenomenal". Com trabalho escravo, fica facil.
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline O Grande Capanga

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Re:China
« Resposta #47 Online: 18 de Março de 2014, 05:50:18 »
Alguém acha que a China terá uma influência ocidental nas questões trabalhistas e sofrerá uma reforma laboral?

Off: apesar de não ser sobre a China, recentemente vi uma reportagem (praticamente só o final) na Globo, se não me engano, mostrando a ascensão feminina no Irã. Pelo que pude ver, aparentemente era uma coisa inimaginável desde a Revolução Islâmica. O que eu quero dizer com isso é que existe uma tendência de "ocidentalização" no Oriente. Claro que o Ocidente aproveita a mão de obra barata e os incentivos fiscais, entre outras coisas; por tabela e meio a contragosto a "ocidentalização" chegará... Ou não.  :hihi: E quem "perde" são os governos e as multinacionais.

Offline Pagão

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Re:China
« Resposta #48 Online: 18 de Março de 2014, 06:42:41 »
Se a China ocupar a posição do EUA como superpotência, teremos saudades dos 'bushs da vida'.

Será? Quantas intervenções militares externas a China participou até hoje? Eu acho que a diplomacia chinesa bem menos belicosa do que a dos EUA ou das europeias.

Quais são as reivindicações territoriais da UE e dos EUA sobre territórios doutros Estados?
Quais são as reivindicações territoriais da RPChina sobre territórios doutros Estados?

Uma resposta cabal a estas questões revela quem é que é potencialmente mais belicoso e perigoso..., se não for contido a tempo por terceiros.
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Diegojaf

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Re:China
« Resposta #49 Online: 18 de Março de 2014, 09:53:18 »
Alguém acha que a China terá uma influência ocidental nas questões trabalhistas e sofrerá uma reforma laboral?

Off: apesar de não ser sobre a China, recentemente vi uma reportagem (praticamente só o final) na Globo, se não me engano, mostrando a ascensão feminina no Irã. Pelo que pude ver, aparentemente era uma coisa inimaginável desde a Revolução Islâmica. O que eu quero dizer com isso é que existe uma tendência de "ocidentalização" no Oriente. Claro que o Ocidente aproveita a mão de obra barata e os incentivos fiscais, entre outras coisas; por tabela e meio a contragosto a "ocidentalização" chegará... Ou não.  :hihi: E quem "perde" são os governos e as multinacionais.

Essa ocidentalização é encarada de maneira muito diversa de acordo com o país. Aquelas "rent economies" como Emirados Árabes Unidos e Arábia Saúdita cagam e andam pra qualquer tentativa de implementação de aspectos modernistas como democracia ou secularismo, já que em países em economias que não contam com arrecadação de impostos, é possível pagar pro povo ficar calado e ignorar qualquer voz dissoante.

Países como Indonésia e Malásia por outro lado adotam uma aproximação mais moderada e até mesmo o Irã tem dado uma importância crescente ao que o ocidente acha das ações deles.
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